segunda-feira, 28 de abril de 2008

Aprovado e assinado o Termo de Compromisso entre Parque Estadual, Prefeitura e Comunidade do Cambury.

Ubatuba - O acordo visa estabelecer um cronograma de metas para promover adequações, através de medidas especiais e em caráter emergencial para minimizar os impactos ambientais e prever a realocação das ocupações irregulares instaladas ma Praia do Cambury, além de apoio à Pesca e Lazer do Plano de Uso Tradicional do Cambury e ao Plano Diretor Físico do Município de Ubatuba. etrata da adequação e realocação das ocupações da Praia da Cambury.
Depois da várias reuniões no Cambury, o vereador Jairo dos Santos, PSB, que colaborou intensamente para se chegar à redação final do Termo de Compromisso, esteve mais uma vez, nesta sexta-feira, dia 25, com a comunidade e todos os integrantes da Câmara Técnica do Cambury, na sede do Núcleo Picinguaba, zona Norte de Ubatuba. A responsável Técnica do Núcleo Picinguaba, Eliana Simões, Cleide e Inês Maricondi, da Fundação Itesp, representantes da Prefeitura e do Incra, o vereador Jairo fizeram a revisão do texto, que foi assinado por todos, em comum acordo. Uma das mudanças foi a inclusão da Prefeitura Municipal e do Plano Diretor Físico do Município de Ubatuba. Na cláusula que trata dos deveres dos ocupantes e usuários da Praia, um dos itens do Termo do Parque diz que a realocação ficaria totalmente a cargo dos ocupantes, com apoio dos órgãos competentes. Na alteração, cada ocupante deve responsabilizar-se pela busca dos meios de sua realocação, com o apoio dos órgãos competentes através de captação de financiamento e apoios diversos. Como estas, há outras modificações importantes no Termo que ainda poderão ser discutidas, antes da assinatura do acordo. Para isso, o vereador Jairo propôs uma ampla reunião com representantes da SPU - Secretaria do Patrimônio da União, dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Instituto Florestal e da Prefeitura Municipal e a comunidade, no dia 28 de abril, às 9 horas da manhã, na Câmara Municipal.
(Fonte: Câmara Municipal de Ubatuba)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

FUNDAÇÃO DE ARTE E CULTURA DE UBATUBA INFORMA :

Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba “Povo que não tem memória não tem nada para contar”

Idalina Graça


Oficina de Dança da Fundart em São José dos Campos no 20º Prodansp Brasil



O ballet da Fundart estará se apresentando nesse domingo, 27, em São José dos Campos, no importante no 20º Prodansp Brasil. O grupo levará 9 coreografias: Pétalas, Vivendo Dançando...Vivaldiando, O Quebra Nozes, O Corsário, Bela Adormecida, A Florista, Uma Pequena Boneca, Giselle 1º Ato, Nos Acordes com Ravel e Por um fio.

Brevemente o público de Ubatuba terá oportunidade de apreciar o desempenho da premiada Oficina de Dança, em evento que está sendo preparada pela Fundação, e que reunirá nossa cultura, do clássico ao pop.



Fundart no Ipiranguinha


A Festa do Trabalhador do Ipiranguinha terá apoio cultural da Fundart. O grande evento de 1º de Maio, além da Prefeitura Municipal, contará com apoio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, juntamente com a Associação de Amigos do Ipiranguinha.



Música no Fórum – 1º de Maio



No próximo dia 1º de Maio, no antigo Fórum, às 20h00, à Praça Nóbrega, 54 – Centro.

A convite de Thomas Rohrer (músico suíço, saxofonista e rabequeiro, residente no Brasil desde 1995), Hans Koch vem ao Brasil com o apoio da Suisa, Fundação Avina Stiftung e da Swiss Airlines e apresenta-se no Centro Universitário Maria Antonia, no Teatro X - em programação extra-oficial à Virada Cultural - e na Galeria Vermelho. Em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, a apresentação acontecerá na Casa de Cultura Sidney Martins Leme (Antigo Fórum).


Casa de Cultura Sidney Martins Leme (Antigo Fórum)

Dia 1º de Maio, às 21h00.

Praça Nóbrega, 54 – Centro.

Ingressos: R$ 3,00.


Ingressos antecipados e informações com:


Patrícia Cabral - 12 - 91788452
Paulinho Dalua - 12 - 91316929
Virgílio Portes - 12 - 91490317
Marilena Cabral - 12 – 97697575


O NUVEM - NÚCLEO DE VALORIZAÇÃO E EXPRESSÃO MUSICAL - é responsável pela realização do evento em Ubatuba, contando com o apoio de:
FUNDART - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba - www.fundart.com.br; Pousada Recanto das Palmeiras - www.recantodaspalmeiras.com.br; Terra Papagalli Restaurante - (12) 38321488; Senzala Restaurante e Pizzaria - www.restaurantesenzala.com.br; Restaurante Pizzaria Perequim - (12) 38321354; Pizzaria São Paulo - (12) 38327457; O Rei do Peixe Restaurante - www.reidopeixe.com.br; Ubatuba Automóveis - (12) 38326988.



Hans Kock


Hans Koch (1948) foi clarinetista clássico até o final da década de 1970. A partir daí, ele se aproximou do free jazz, da improvisação livre e de outras formas da música de vanguarda. Toca com músicos como Cecil Taylor, Butch Morris, Barry Guy, Phil Minton, David Moss e Fred Frith. Desde 1990, trabalha com o trio Koch - Schütz - Studer, onde toca clarinete, clarone e saxofone. No grupo, conjuga improvisação e composição; analógico e eletrônico; música culta e música popular.



Thomas Rohrer



Thomas Rohrer nasceu em Basiléia na Suíça, iniciou seus estudos musicais como violinista e estudou saxofone com Othmar Kramis na escola de jazz de Lucerna. Desde 1995 vive no Brasil e hoje transitando entre a improvisação livre e a música regional brasileira.

Thomas colabora em gravações e apresentações de Zé Gomes, A Barca, Carlinhos Antunes, Ceumar, Quarteto Original, Zeca Baleiro e Chico Cesar no Brasil e com John La Barbera, Sendebar, Mark Dresser, Alexandra Montano e Chris Stout entre outros no exterior.

No campo da Improvisação livre tem colaborações internacionais com o baixista brasileiro residente em Londres Marcio Mattos, o vocalista inglês Phil Minton e a cantora kazakha Saadet Türköz entre outros. No Brasil colabora com os Antônio "Panda" Gianfratti, Célio Barros, o coletivo paulista Abaetetuba, Miguel Barella, Maurício Takara entre outros.

Desenvolve também colaborações interdisciplinares com a artista plástica Patrícia Osses e contribui para a realização de trilhas sonoras para teatro, rádio e cinema.



Banda Sinfônica na Maranduba


Domingo, 04 de maio, o novo projeto da Fundart, Banda no Bairro, estará contemplando a Maranduba, na Praça de Eventos do bairro, a partir das 10h00. Além do Ipiranguinha, a Banda Sinfônica esteve no último domingo no Sertão do Ubatumirim no I Fandango Caiçara onde executou repertório regional.



Bem sucedido I Fandango terá segunda edição



O I Fandango Caiçara, realizado no último fim de semana, dias 19 e 20, reuniu centenas de pessoas, que foram ao Sertão do Ubatumirim, somente para prestigiar a cultura caiçara, com suas comidas, músicas e danças típicas. Durante os dois dias de festa, violeiros e grupos de danças se revezaram no palco, atraindo a atenção do público. O evento foi uma realização das comunidades da região norte, em parceria com a Prefeitura de Ubatuba, por meio da Fundação de Arte e Cultura e da Administração Regional Norte.

O prefeito Eduardo Cesar esteve na festa e prestigiou algumas das delícias servidas, como a costela no bafo com mandioca e a polpa da semente Juçara, parecida com o açaí. “Tenho muito prazer em participar das festas tipicamente caiçaras, porque reencontro velhos amigos e me emociono com as manifestações culturais. A comida também é sempre farta e muito gostosa.”

O cardápio caiçara - A Festa teve início com a apresentação dos jovens do Projeto Guri – Pólo do Quilombo da Fazenda. Sob o comando do professor Samuel Dutra, os alunos apresentaram ritmos variados da cultura afro-brasileira, aprendidos na Oficina de Tambores. Também aconteceram apresentações da dança “bate-pé”, conhecida como Xiba, com caiçaras da Praia Vermelha do Norte e do Prumirim. A Congada de São Benedito ficou por conta da Comunidade do Puruba, comandada pelo “Seo” Benedito Fernandes.

Depois das apresentações no palco, o público também caiu na folia, “batendo pé” com as danças típicas dos caiçaras, como a ciranda, a cana verde, a canoa e a dança do caranguejo. Os músicos também encantaram o público, com modas de viola e repertório regional. Destaque para as duplas Acauã e Pantanal, Rikson e Hanson, o cantor popular, Maverick, o grupo Fandango Caiçara e a Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta, que executou um repertório especial para a Festa.

Na opinião do presidente da Fundart, Pedro Paulo Teixeira, o Fandango Caiçara tem um grande potencial turístico, além de servir de estímulo para a preservação da cultura local. “Este tipo de evento é muito importante para divulgar e manter as nossas tradições. A parceria entre comunidade e poder público faz com que essas manifestações, que aconteçam nas vilas e comunidades tradicionais, possam ser prestigiadas e mais conhecidas por todo o público.”







Programação Final de Semana:



25 – Sexta-feira
9h00, 14h00 e 20h00 – Recital Pedagógico – Sexteto Caiçara

Auditório Fundart





Acesse nosso site:
www.fundart.com.br
Nossa cultura em um clique!

I Fandango Caiçara leva dança, comida e música para o Sertão do Ubatumirim

Segundo o dicionário Aurélio, fandango é um baile popular, especialmente rural, ao som da viola ou da sanfona e no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas




O grupo de Congada do Puruba deu um show durante a festa



Os jovens do Projeto Guri - Quilombo da Fazenda - animaram o público, com uma batucada contagiante


O I Fandango Caiçara, realizado no último fim de semana, dias 19 e 20, reuniu centenas de pessoas, que foram ao Sertão do Ubatumirim, somente para prestigiar a cultura caiçara, com suas comidas, músicas e danças típicas. Durante os dois dias de festa, violeiros e grupos de dança se revezaram no palco, atraindo a atenção do público. O evento foi uma realização das comunidades da região norte, em parceria com a Prefeitura de Ubatuba, por meio da Fundação de Arte e Cultura e da Administração Regional Norte.

O prefeito de Ubatuba esteve na festa e prestigiou algumas das delícias servidas, como a costela no bafo com mandioca e a polpa da semente Juçara, parecida com o açaí. “Tenho muito prazer em participar das festas tipicamente caiçaras, porque reencontro velhos amigos e me emociono com as manifestações culturais. A comida também é sempre farta e muito gostosa.”



O cardápio caiçara


A Festa teve início com a apresentação dos jovens do Projeto Guri – Pólo do Quilombo da Fazenda. Sob o comando do professor Samuel Dutra, os alunos apresentaram ritmos variados da cultura afro-brasileira, aprendidos na Oficina de Tambores. Também aconteceram apresentações da dança “bate-pé”, conhecida como Xiba, com caiçaras da Praia Vermelha do Norte e do Prumirim. A Congada de São Benedito ficou por conta da Comunidade do Puruba, comandada pelo “Seo” Benedito Fernandes.

Depois das apresentações no palco, o público também caiu na folia, batendo os pés e levantando a poeira, com as danças típicas dos caiçaras, como a ciranda, a cana verde, a canoa e a dança do caranguejo. Os músicos também encantaram o público, com modas de viola e repertório regional. Destaque para as duplas Acauã e Pantanal, Rikson e Hanson, o cantor popular, Maverick, o grupo Fandango Caiçara e a Banda Lira Padre Anchieta, que ensaiou um repertório especial para a Festa.

Na opinião do presidente da Fundart, o Fandango Caiçara tem um grande potencial turístico, além de servir de estímulo para a preservação da cultura local. “Este tipo de evento é muito importante para divulgar e manter as nossas tradições. A parceria entre comunidade e poder público faz com que essas danças e essas músicas, que geralmente acontecem nas vilas e comunidades tradicionais, possam ser prestigiadas e conhecidas por todo o público.”

Fonte: Assessoria de Comunicação - PMU

quarta-feira, 23 de abril de 2008

ESPECIAL : CONHEÇA " SEU JORGE, DO EMAUS"...




Salve Jorge

por Julia Duque Estrada



Não é preciso ter dinheiro para se preocupar com o homem e o meio ambiente. Motivado por essa certeza, há 13 anos Jorge da Cruz Oliveira saiu da baiana Ipiaú, onde nasceu, com quase nada no bolso e uma grande missão: erguer uma comunidade autônoma para moradores de favela e sem-teto de Ubatuba, São Paulo. O objetivo era oferecer a eles novas perspectivas de vida através da educação e do trabalho. Hoje, Seu Jorge - que dirige a Comunidade de Serviço Emaús Ubatuba - tem sob sua batuta 22 famílias. São 220 pessoas que produzem o alimento que consomem e vivem da renda do próprio trabalho, preservando o meio ambiente.

Para botar em prática sua missão, Seu Jorge, 49 anos, não precisou fazer milagre. Seguiu à risca um lema muito simples: evitar o desperdício. Nos 33 mil metros quadrados, no bairro de Ipiranguinha, zona rural de Ubatuba, nada é problema: o lixo é separado e vendido; o esgoto é tratado por meio de um sistema alternativo e vira adubo para as plantações; os dejetos dos porcos passam por um biodigestor e se transformam em gás natural. O alimento é cultivado na própria comunidade.

O baiano tem muito orgulho de percorrer a área. Cacau, alface, couve-flor, banana, madioca e arroz são apenas alguns dos ítens que compõem o cardápio da comunidade. "Não dá para acabar com a miséria sem acabar com a fome do homem", costuma dizer ele, afinado com as metas do presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Guiado por esta filosofia, Jorge conta que sempre teve a preocupação de cuidar do homem e preservar o meio ambiente. "Quando comecei o trabalho na comunidade, falava-se muito em preservar as matas, mas ninguém parecia se preocupar com o homem pobre. Para cuidar do homem, é preciso ensinar que, em vez de desmatar, devemos plantar, em vez de fazer queimadas, devemos preservar", prega.


Deixar tudo para trás

Graças ao trabalho social que realizava com jovens na Bahia, Jorge foi convidado a colocar em prática o projeto da comunidade, em Ubatuba. Foi descoberto pelo padre João Benevides, de Cachoeira Paulista. "O padre me procurou dizendo que precisava de uma pessoa para criar a comunidade em São Paulo e que essa pessoa só poderia ser eu. Larguei tudo e vim", diz Jorge.
Ele não recebe um tostão pela tarefa. "A idéia é conquistar tudo através do trabalho. Começamos com apenas um caminhão para a locomoção e poucos recursos", diz. Ao chegar na área, Jorge teve a certeza de que teria autonomia para administrar o lugar ao seu modo. Em Ubatuba, o baiano ouviu do padre João: "Lá é o seu Céu, aqui é o seu povo".

A comunidade Emaús Ubatuba é formada por gente de todas as idades, 59 das quais vindas da favela Rio Grande do Sul. Na casa principal, de 14 cômodos, Jorge vive com os seis filhos - em idades que variam dos 20 aos 32 anos -, os respectivos genros e noras, 11 netos e mais 54 crianças encaminhadas pelo Conselho Tutelar do Município. "Elas ficam aqui até encontrar os pais", explica Jorge, que para a construção das casas recebeu suporte inicial da entidade Emaús Internacional, sediada na França.
O Emaús é um movimento de pessoas livres e inconformadas com a miséria, que reúne adeptos em todo o mundo. A primeira comunidade nasceu em 1949, na França, fundada pelo padre Abbe Pierre, que após seu mandato como deputado passou a pedir ajuda financeira nas ruas de Paris para manter uma casa para desabrigados. Para garantir o próprio sustento, os moradores passaram a recuperar e vender móveis, eletrodomésticos, roupas e outros objetos doados pelo povo. Esse método de trabalho é clássico no movimento e praticado por 80% das 300 comunidades no mundo inteiro. No Brasil, existem 12 comunidades.

Balcão de empregos

Em Ubatuba, cada família é responsável por sua própria renda. Através do reparo de computadores doados, por exemplo, eles passaram a oferecer cursos de computação. Em época de festas, Seu Jorge arrecada cerca de R$ 4 mil com a venda de lixo para empresas de reciclagem. "Em três meses, é possível reunir um caminhão com sete toneladas", calcula. De acordo com Jorge, a meta é empregar todos os moradores. "Acabamos virando uma espécie de balcão de empregos. Quando alguém precisa de funcionários, liga pra cá", conta.
Além da recuperação de roupas e objetos usados, eles recebem doações de empresários e de pessoas físicas, e contam com o apoio de órgãos públicos. O supermercado Paulista, por exemplo, todo mês doa 10 cestas básicas. Em recente parceria firmada com a Secretaria Municipal de Educação, todo o material danificado utilizado nas escolas - tais como cadeiras e carteiras - será recuperado pelos moradores da comunidade e vendidos para a prefeitura, pelo valor de R$ 10 cada peça.


Além das 22 famílias, distribuídas por 26 casas, na comunidade moram também 17 ex-mendigos. De acordo com Jorge - que tem o respaldo da Secretaria de Ação Social do município, as portas estão sempre abertas para novos moradores, contanto que existam casas desocupadas. "A comunidade é uma entidade particular sem vínculos políticos. Não damos nada a ninguém, emprestamos".

A meta é ensinar o homem carente a caminhar com as próprias pernas: "Suprimos as necessidades básicas das pessoas. Assinamos um contrato de comodato, renovado a cada ano, e oferecemos uma casa com energia, água e esgoto. O contrato estabelece direitos e deveres, como conservar a casa, preservar o meio ambiente, respeitar o próximo e não consumir bebida alcoólica, que é a maior causa da miséria entre as pessoas. Assim, vamos conquistando confiança e amizade", sintetiza.
Os avanços conquistados são enumerados com gosto por Jorge, que garante: todos têm a sua marca. "Eu adoro ler tudo o que aparece na minha mão. Fiquei sabendo, através de um jornal de Piracicaba, de um projeto alternativo de saneamento. Fui atrás do engenheiro responsável e ele acabou nos ajudando a implantar o sistema na comunidade, nos acompanhando durante três anos", conta.

Desde 1994, não só a comunidade como 150 moradores vizinhos são contemplados com a estação de tratamento de esgotos alternativa. Para depurar a água vinda das fossas das casas, é usado o sistema de aguapé - plantas que se alimentam das bactérias das águas, eliminando assim toda a poluição. "Trouxe essas plantas da Bahia", conta Jorge. Assim, doenças como hepatite, agravadas pela falta de saneamento básico, foram erradicadas da comunidade. Através do sistema de composteira, o aguapé é tratado e vira adubo, usado nas plantações. "Não trabalhamos com agrotóxico nem com adubo químico", diz ele.


Há cinco anos foi instalada uma pocilga, que comporta cerca de 70 porcos. Para não lançar no solo o esgoto produzido, Seu Jorge teve a idéia de utilizar um equipamento chamado biodigestor, sobre o qual tomou conhecimento ao repetir o velho hábito: ler uma revista. "Uma empresa alemã nos doou o equipamento. O que acontece é que acabamos produzindo, a partir do esgoto, o gás natural que abastece a minha casa", comemora.
Da infância sofrida, Seu Jorge extraiu o necessário jogo de cintura para enfrentar as dificuldades impostas pela natureza. Filho de uma família pobre na Bahia, ele foi criado pela mãe até os 2 anos. Dificuldades financeiras o levaram a ser deixado na casa do avô, por quem foi criado até os 7 anos, quando fugiu de casa. "Filho de pobre não tem muita liberdade. Eu tinha que trabalhar e, quando queria brincar, meu avô era durão e me batia", conta.

Jorge morou na rua até os 11 anos. Sua vida começou a mudar quando ele foi adotado por uma família de empresários da região. "O que me tirou da rua foi a dedicação dessa família. Comecei a vender doce para eles e não tive a menor dúvida de que estava no lugar certo", lembra. Aos 17 anos, o baiano já tinha sido gerente de bar, administrador de cinema e de supermercado. Tudo isso tendo estudado apenas um ano na vida. "Encontrei boa vontade na professora, fiz da primeira a quarta série em apenas um ano, mas aprendi a ler sozinho, folheando gibis nas minhas folgas. Queria entender o que os artistas dos filmes estavam falando", diz.
Nesta época, a mãe do baiano morreu, deixando para ele a casa na qual foi morar com a esposa e seus dois irmãos, além da própria irmã, então órfã. Casado com Maria Joana - sua atual companheira -, Jorge passou a voltar a atenção para os moradores de rua e para o meio ambiente. "Nossos irmãos estavam a caminho da rua, mas acabamos morando todos juntos e já começamos a vida de casados em uma família de cinco", conta. "Já nesta época, minha família começou a aumentar e não parou mais. Na comunidade, as pessoas são muito felizes, e não existe nenhuma área desmatada", orgulha-se. "Quem trabalha com o homem pobre, acaba sempre se envolvendo com o meio ambiente", conclui.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Evento tradicional da Região Sul é incluído em calendário oficial

Aprovado por unanimidade na última Sessão de Câmara, 15, o Projeto de Lei que autoriza o Executivo Municipal a incluir no calendário oficial de eventos do Município de Ubatuba a tradicional festa de Nossa Senhora das Graças no bairro do Sertão da Quina. O Projeto de Lei nº 21/08 aprovado prevê ainda a participação da iniciativa pública e privada na colaboração do evento.
No uso da tribuna em defesa do projeto o Padre Sérgio Lúcio falou da importância de se reconhecer como oficial a tradicional festa, falou da importância religiosa e até econômica do evento, já que em muitos lugares, além de fortalecer a fé, como função social fortalece a geração de emprego e renda através do turismo religioso, comentou ainda de que o projeto é muito bem vindo pela comunidade da região.
A festa teve seu início nos encontros das famílias em 1915, quando na ocasião quatro meninas avistaram na região a imagem de uma mulher jovem e que a elas fora dada algumas instruções. Eram as meninas: Iria Rosa de Oliveira de 06 anos, Joana Félix de 07 anos, Benedita Januária de 05 anos e Maria Aparecida de 08 anos, esta última avistou apenas uma única vez a imagem no Morro do São Cruzeiro, atual Morro do Emaús.
Por várias décadas o local foi conhecido como Sertão da Santa. Existe na região apenas uma testemunha da época. Para as famílias da localidade o encontro tem um valor inestimável, já que grande parte de seus moradores são descendentes diretos das meninas.
O autor do projeto, vereador Charles Medeiros, comenta que na festa da região ficou admirado com a quantidade de pessoas prestigiando o evento, segundo ele os laços familiares e fraternais ainda são muito fortes e por conta disto a tradicionalidade, a cultura e os costumes são muito visíveis nos moradores. "Trata-se de início de um evento familiar, onde o ápice da fé aliada ao acontecimento de 1915 é expressada em forma de uma grande festa a Padroeira do local, o evento é parte integrante de nossa história e de nossa cultura, por isto o reconhecimento", afirma o vereador.
O evento é realizado no bairro do Sertão da Quina, no Morro do Emaús na semana de sete de setembro de cada ano desde 1915 e na última edição reuniu cerca de três mil pessoas.
Ezequiel dos Santos

Ubatuba em Campinas – 14ª Mostra de Cultura Indígena

A Fundart representa Ubatuba na 14ª Mostra de Cultura Indígena de Campinas, da Secretaria Municipal de Cultura daquela cidade. Trinta e dois índios guaranis, da Aldeia Boa Vista, do Promirim, participaram da abertura do evento na noite do último dia 14, no Centro de Convivência Cultural, sob a coordenação do Cacique Altino.

“Para nós foi um grande prazer participar deste fato que marca o início de uma parceria entre a Fundart e a Secretaria de Cultura da Prefeitura de Campinas, aprovada pela Câmara Municipal de Ubatuba e de Campinas. Alguns números de dança da aldeia de Ubatuba abriram a importante mostra que nos anos anteriores reuniu público de mais de 100 mil pessoas”, disse Pedro Paulo, presente à inauguração do evento.

Acrescentou o presidente da Fundart, que participou da reunião para tratar do desenvolvimento de ações que já estão sendo planejadas nas áreas de dança, teatro, música, artes plásticas, etc., que vão pontuar a parceira celebrada “quando ampliarmos o corredor cultural entre as duas cidades”.

Do encontro em Campinas, além da Fundart participaram o Diretor Cultural da Secretaria de Cultura de Campinas, Marco Rocha e Heyttor Barsalini, diretor de teatro pela Unicamp, que dirige em Ubatuba a peça infantil, Eram os Patugueses Astronautas?, premiada no Concurso Literário – Ubatuba 2007, da Fundart.

Fonte : FUNDART

quarta-feira, 16 de abril de 2008

CONFIRA : 1 9 ª Parte do Livro " UBATUBA, ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA"

5. AQUÁRIO DE UBATUBA

Localização

O Aquário de Ubatuba está localizado próximo à região central de Ubatuba, na Rua Guarani, 859, no bairro do Itaguá, na cabeceira da ponte sobre o rio da Barra da Lagoa de quem vem do Itaguá sentido centro.

Horário de funcionamento:

De quinta a terça-feira, das 10 às 22h - Fechando as quartas-feiras para manutenção. No verão e nas férias de Julho, costuma-se abrir todos os dias.

Nem as mais de oitenta praias e ilhas de Ubatuba, apesar do maravilhoso visual que suas águas cristalinas e rica fauna marinha, podem proporcionar aos nossos olhos um espetáculo como o do Aquário de Ubatuba, inclusive àquelas pessoas inexperientes e sem condições da pratica de mergulho ou por ter receio do mar, a oportunidade de ver bem de perto tantas maravilhas exóticas do fundo do mar. Para isso, o Aquário, com toda sua infra - estrutura e qualidade de um empreendimento privado, oferece aos visitantes e turistas, como à toda família, estudantes e curiosos a oportunidade de conhecer de perto o mundo fantástico e complexo da vida marinha.

Entre tantos animais exóticos e coloridos da fauna marinha local, o Aquário de Ubatuba traz para nosso conhecimento animais da fauna marinha dos mares. Este atrativo artificialmente construído tem como objetivo educar e conscientizar a população acerca da riqueza marinha e assim poder promover o turismo de preservação. O Aquário de Ubatuba possui exemplares exóticos da fauna que são adquiridos e importados legalmente junto ao IBAMA. Por esta razão, o Aquário não possui nenhum animal ameaçado de extinção, como as tartarugas marinhas e corais que recriam o habitat do fundo do mar. Animais como espécies típicas de recifes e corais, graciosos cavalos marinhos, moréias, o peixe morcego, o peixe leão, o tubarão lixa e até um tubarão leopardo do Oceano Pacífico fazem parte desta riquíssima coleção. Além claro dos animais das proximidades, das nossas praias como: garoupas, baiacus, lagostas, budiões; entre outros, pequenos como os límulos, verdadeiros fósseis vivos, parentes dos escorpiões e aranhas.

Estes animais de diversos tipos, tamanhos e formas somam mais de 70 espécies, entre os quais se encontram diferentes tipos de peixes, invertebrados, répteis e anfíbios. Eles são adequadamente mantidos em tanques onde os especialistas procuraram transportar do fundo oceânico todas as condições necessárias para a sobrevivência das espécies em cativeiro, proporcionando a aparência natural dos lugares submarinhos. São 15 tanques, sendo que um deles tem 80.000 litros, este é considerado o maior tanque costeiro de águas marinhas do país. Este tanque principal costuma ser freqüentemente mantido com o fim de garantir a alimentação dos peixes, nele um mergulhador pode brincar com as espécies como uma moréia e um tubarão, proporcionando ao visitante um espetáculo: lúdico, gracioso e didático.

O Aquário de Ubatuba proporciona ainda um contato direto com alguns animais da vida marinha como o ouriço, pepinos e estrelas do mar, uma diversidade de invertebrados marinhos que ficam em um tanque de fácil acesso e manuseio sendo uma das grandes atrações para crianças e estudantes em geral. Todo o percurso dentro do espaço ocupado pelas instalações do Aquário é bem diversificado. Antes mesmo de o visitante passar por estes tanques que proporcionam a proximidade com as espécies animais, os que ali chegam podem observar vários tanques, grandes aquários das mais diversificadas vidas marinhas e do ecossistema como: do mangue, uma representação do costão rochoso, o fundo arenoso, o recife de coral e os ambientes de água doce. Vários painéis luminosos completam os caminhos dentro do Aquário com explicações importantes do funcionamento do ecossistema.

O interessante do Aquário de Ubatuba é a sua diversificação e o interesse em mostrar outros tipos de animais não tão comuns da região. Por exemplo, o pingüinário, onde os visitantes ou turistas que imaginavam ver de perto um pingüim somente em ecossistemas frios, matam sua curiosidade observando os pingüins-de-Magalhães. Outro espaço reservado é do lado de fora, onde se recria o ambiente de um pequeno lago com uma espécie do jacaré, algumas tartarugas de água doce e jabotis; um tanque com piranhas e um terral com iguanas. Para completar este panorama da vida do mar, existe o Museu do Mar que contém 500 tipos variados de conchas do mundo inteiro.

O Aquário ainda possui em sua infra - estrutura uma aconchegante lanchonete, banheiros, um auditório com ar-condicionado para sessenta pessoas e também uma lojinha de souvenirs com variados produtos que levam a marca do aquário, logotipo cuja imagem é a de um meio tubarão e um meio golfinho.

É importante ressaltar a preocupação do Aquário de Ubatuba e de seus idealizadores, os senhores Hugo Gallo e Eduardo Eadwanski, oceanógrafos , em fazer deste lugar um atrativo turístico que eduque a população sobre as riquezas do mar e a sua preservação. Para eles, acima de tudo, está a conscientização ambiental. Estimular por meio da educação ambiental e pesquisa programas que visem a conservação deste patrimônio natural dos cidadãos ubatubenses. Com isso o espaço do Aquário disponibiliza salas de projeção para a divulgação de trabalhos na área de pesquisa e conservação marinha. Assim, preocupados em educar e mostrar a importância do controle do equilíbrio ambiental, juntamente com o Projeto TAMAR-IBAMA, o Aquário de Ubatuba lança campanhas como a remoção do lixo nas praias e do mar com mutirões envolvendo alunos de escolas na coleta e limpeza das mesmas. O Aquário oferece também estágios não-remunerados para estudantes universitários que desejam abraçar a vocação do mar.

O Aquário de Ubatuba foi fundado em Janeiro de 1996, sendo considerado nos dias atuais, como um dos atrativos turístico da região mais visitado, recebendo excursões de cidades vizinhas e de outras muito distantes do território nacional. Começou num espaço menor, com poucos exemplares da espécie marinha e com o passar do tempo foi adquiriu mais espaço, ampliando suas instalações. Outros tipos de atrações da biodiversidade de diversos ecossistemas da região costumam aparecer como novidade do acervo e fazer parte desta seleta variedade de animais.

Desde sua fundação mais de 70.000 alunos, estudantes de diversos níveis educacionais visitaram o local. As turmas são recebidas por monitores especializados, que durante o percurso ,acompanham e explicam dando informações interessantes e curiosas, de grande importância, provenientes da biologia e da ecologia dos ecossistemas. O projeto é inteiramente particular, sendo assim o Aquário sobrevive das entradas de seus visitantes, com tarifas especiais aos grupos e escolas que incluem a visita como parte de suas atividades curriculares e extracurriculares.

6. PROJETO TAMAR

Localização

Rua Antônio Atanásio, 273, Jardim Paula Nobre, bairro do Itaguá – próximo da região central de Ubatuba.



Horário de Visitação

Diariamente das 10 às 12 h e das 14 às 18 h.

As tartarugas marinhas eram uma espécie ameaçada de extinção, desaparecendo rapidamente por causa da captura em atividades de pesca, da matança das fêmeas e da coleta de ovos na praia.

Até mesmo os pescadores ,por falta de informação, matavam as tartarugas para comer sua carne, os ovos e vender o casco. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), em 1980, criou o Projeto TAMAR com o fim de salvar e proteger as tartarugas marinhas do Brasil. Pesquisadores empenhados em tal propósito levaram 2 anos percorrendo o litoral brasileiro para a identificação das espécies, locais de desova, períodos de reprodução e os principais problemas relativos à exploração da espécie.

O Projeto TAMAR é hoje em dia um sucesso em favor da preservação do meio ambiente entre a população caiçara de Ubatuba. As tartarugas marinhas são animais pré – históricos, viajantes por natureza, com um ciclo de vida muito longo, mas estão ameaçadas de extinção, por esta razão o Projeto TAMAR se destaca como uma iniciativa importante de interação com a natureza. Um atrativo cultural cujas instalações podem ser visitadas para conhecer esses ancestrais da espécie marinha, protegidos por uma iniciativa que envolve toda a comunidade de Ubatuba.

Este Projeto hoje está ligado institucionalmente ao IBAMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente
O surgimento de Ubatuba como ponto turístico de relevância no litoral Norte do Estado foi por volta da década de sessenta, segundo o historiador Paulo Camilher Florençano. Até fins da década de setenta, não existia no Brasil consciência a respeito das áreas de conservação natural.

A partir de 1991, o Projeto TAMAR desenvolve em Ubatuba, um programa de educação ambiental, pesquisa científica e ações comunitárias. Conta com a ajuda voluntária de pescadores que já salvaram e catalogaram mais de 2.500 tartarugas. No aquário abastecido com água do mar do Projeto Tamar vivem tartarugas de 4 espécies:

1) Careta – careta (Tartaruga Cabeçuda)
2) Chelonia – mydas (Tartaruga Verde)
3) Eumochelys - imbricata (Tartaruga de Pente)
4) Lepidochelys - olivacea (Tartaruga Oliva)

A Tartaruga Cabeçuda tem justamente a cabeça proporcionalmente maior que a das outras espécies. É a que faz maior número de desovas no litoral. Também é conhecida pelo nome de Tartaruga Mestiça, tem o dorso marrom e o ventre amarelado, seu casco mede aproximadamente um metro de comprimento e pesa cerca de 150 Kg ainda que alguns exemplares cheguem a 250 kg. A Cabeçuda se alimenta de peixes, camarões, caramujos, esponjas e algas. Possui poderosas mandíbulas com as quais tritura conchas e carapaças de moluscos e crustáceos.

A Tartaruga Verde alimenta-se exclusivamente de algas depois do primeiro ano de vida. Também é chamada de Aruanã, tem o casco castanho esverdeado ou acinzentado chegando a medir cerca de 1,20 m de comprimento. Pesa em média 250 kg., podendo atingir 350. No estado juvenil pode ser vista com facilidade ao longo de todo o litoral brasileiro.

A Tartaruga de Pente também chamada de Verdadeira ou Legítima é considerada a mais bonita das espécies marinhas. Tem a carapaça formada por escamas de cor marrom e amarelo sobrepostas como telhas. A boca parece com o bico de um gavião e o casco pode medir até um metro de comprimento chegar a pesar 150 k. Leva o nome de Pente porque era caçada para que seu casco fosse usado na fabricação de pentes, jóias e armações de óculos. Por esse motivo é uma das espécies mais ameaçadas de extinção. Esta tartaruga alimenta-se de pequenos habitantes dos corais e esponjas.

A Tartaruga Oliva é a menor de todas as tartarugas marinhas, medindo cerca de 60 cm e pesando em torno de 65 k. Sua caparaça é de cor cinza esverdeada, daí o nome de oliva. Alimenta-se de peixes, moluscos, crustáceos, principalmente camarões e plantas aquáticas.

A espécie verde é a mais abundante na região litoral de Ubatuba. Na base do Projeto TAMAR podem ser vistas todas estas espécies, também no seu interior há um museu com peças naturais e uma biblioteca para os interessados nestes assuntos. Os dados acima citados foram extraídos da Revista TAMAR, n° 3 de 1999, Fundação Pró – TAMAR. Criação e Editoração Eletrônica, Praia do Forte, Mata São João, Bahia – Brasil.

Ubatuba é, segundo a Revista Tamar, uma das mais importantes bases de pesquisa e conservação que o Projeto Tamar – Ibama mantém no Brasil. A base do Projeto é um dos principais atrativos de Ubatuba, e ocupa uma área de 3.600 m2, cedida pela Prefeitura Municipal no bairro de Itaguá, região central do Município. O Projeto possui uma ampla infra-estrutura de apoio: alojamento, administração, unidades de reabilitação de tartarugas, centros de visita com 4 aquários e 4 tanques de exposição; 2 terrários com tartarugas terrestres e de água doce; mostruário de réplicas, peças biológicas e painéis educativos; oficinas, biblioteca, auditório, lanchonete e loja que oferece os produtos da linha Tamar, artesanato produzido pelos índios Guarani da Aldeia Boa Vista.

O Museu Caiçara também faz parte do Projeto com cerca de 200 peças no seu acervo. Para operar com toda essa infra-estrutura física e de ações, o Projeto Tamar conta com cerca de 60 pescadores-colaboradores e uma equipe de 35 pessoas, a maioria pertencente à comunidade, incluindo a equipe técnica: veterinários biólogos e oceanógrafos, estagiários e também voluntários.

O Projeto TAMAR é reconhecido na cidade de Ubatuba pelo seu propósito de educação ambiental e integração comunitária. O dano ambiental e a pesca predatória eram a maior ameaça à sobrevivência das tartarugas marinhas, neste sentido, o Projeto TAMAR começou a desenvolver ações concretas junto às comunidades caiçaras de Ubatuba para encontrar novas fontes de renda em substituição a caça, a alimentação e a comercialização das tartarugas por parte dos pescadores, assim houve a conscientização da população baseada no princípio participativo da comunidade. O ideal ético que mediava este projeto, salvar e proteger as espécies , teve em troca, a criação de novas alternativas de subsistência apoiando a preservação da cultura popular . Além de contratar pescadores, o Projeto TAMAR e o IBAMA desenvolveram junto às comunidades projetos sociais como auxílio a creches e hortas comunitárias, ações de saúde, biblioteca, apoio em telecomunicações e outros como fontes alternativas de renda, confecções, artesanato, programas de ecoturismo e varias atividades de educação ambiental. As comunidades caiçaras são instruídas a respeito da preservação do meio ambiente através de palestras, cursos, vídeos e apoio em festas regionais. Boa parte dos recursos são angariados pela venda de produtos como camisetas, chaveiros, adesivos, bonés da linha TAMAR.

O potencial deste atrativo selecionado é abrangente e efetivo, segundo depoimento dos próprios moradores de Ubatuba, pois envolve o natural, o histórico e o cultural, promovendo o turismo na sua variante de Ecoturismo.


O livro : " UBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA e cultura "

Editado em 2005, pelos autores :
Juan Drouguet e Jorge OTávio Fonseca,
pode ser encontrado na
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE UBATUBA
Praça 13 de Maio, 52 - Centro

sexta-feira, 11 de abril de 2008

FUNDART INFORMA ..........Ubatuba, 11/04/2008

Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba “Povo que não tem memória não tem nada para contar”

Idalina Graça





Cursos Fundart



São 28 cursos já iniciados pela Fundart em 2008.

Cursos em andamento na sede da Fundart:
Sapateado Infantil; Sapateado Adulto; Camerata de Violões; Coral; Capoeira Regional; Dança de Salão; Dança do Ventre; Jazz Infantil; Jazz Adulto; Yoga Infantil; Yoga Adulto; Desenho Artístico; Desenho Artístico e Pintura Infantil; Pintura sobre papel (aquarela e pastel seco); Pintura em Tela; Cerâmica; Oficina de Rabeca e Macheto; Piano; Teatro; Musicalizar é preciso (violão, bateria, flauta doce, contra-baixo) e Tecelagem.

Cursos já instalados (externos):

Lira do Amanhã (Casa da Música); Coral Lirinha (Casa da Música); Coral Lira (Casa da Música); Oficina de Rabecas e Máximos (Escola de Samba do Itaguá); Papietagem (EM. Silvino Teixeira Leite – Marafunda); Dança de Rua (EM. Semiramis Prado de Oliveira, Saco da Ribeira, Sociedade Perequê-Mirim); Crochê (EM. Maria Josefina – Estufa II); Dança de Salão (EM. Maria Josefina – Estufa II e Tênis Clube); Ubatuba em Fantoches (Aicá – Almada, EM Agnaldo Salinas – Monte Valério).

Informações: (12) 38337000/38337001.



Dias 19 e 20 tem o I Fandango Caiçara


(Subst. Masc. 1. Bras. S. Baile popular, especialmente rural, ao som da viola ou da sanfona, e no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas, durante as quais a dança pára; caranguejo, pagará, pega-fogo, tatu, xiba, canoa, serra-baile. (Dicionário Aurélio)).



Dias 19 e 20 deste mês a Fundart, Administração da Regional Norte e Prefeitura Municipal, promovem o I Fandango Caiçara, evento que vai reunir manifestações da nossa cultura popular.


O I Fandango Caiçara terá como cenário o Sertão do Ubatumirim (campo de futebol), a partir das 20h00, nos dois dias de sua realização.

Além de muita dança e música, a culinária caiçara será um dos focos da festividade inédita entre nós. A idéia é exatamente pontuar numa festa somente os elementos que constituem o repertório da cultura tradicional caiçara. Por isso foi escolhida a região norte do município, onde se concentra o maior reduto de população e tradições de nossa cultura e onde o nosso patrimônio imaterial, nesse sentido, tem presença marcante.

Informações: (12) 38337000/3833 7001.



Fundart mantém encontro com Delegada Regional do Trabalho do Estado de São Paulo


No último dia 08, terça-feira, a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba manteve importante encontro na Delegacia Regional do Trabalho com a Delegada Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, Lucíola Rodrigues Jaime e sua equipe técnica. Pedro Paulo Teixeira Pinto, presidente da Fundart; Maridete Alves Sampaio Cruz, Assessora Jurídica; Ernesto Cardoso, Coordenador do Grupo Setorial de Música e membro Conselho Deliberativo; Marilena Silva Azevedo, Secretária Executiva, representaram a instituição cultural.

O encontro teve como foco recolher subsídios que possam aperfeiçoar a Fundação de Ubatuba no trato com os diversos aspectos da legislação trabalhista. Com a presença de sete técnicos da Delegacia, a reunião se estendeu por mais de noventa minutos.

“Sendo a Fundart, órgão da administração pública indireta,fiscalizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, pela Promotoria Pública das Fundações, prestando contas à Câmara Municipal, à Prefeitura Municipal e ao Conselho Deliberativo, é imperativo e mesmo fundamental que mantenhamos relações que possam oxigenar todas as nossas atribuições legais, dentro da lisura e do espírito público requerido”, afirmou o presidente Pedro Paulo, que acrescentou:

“Recentemente estivemos com a Diretoria Executiva da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, de São José dos Campos, em encontro muito proveitoso, e de onde trouxemos subsídios importantes para a atualização do nosso estatuto e do regimento interno, já em fase de discussão.”



Parceria Fundart – Prefeitura de Campinas leva Aldeia Boa Vista à 14ª Mostra da Cultura Indígena


A Secretaria Municipal de Cultura de Campinas e a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba – Fundart, celebraram termo de parceria, recentemente, com o intuito de promover e divulgar a cultura indígena Guarani, especificamente o povo da Aldeia Boa Vista do Promirim com vistas à participação dos índios daquela comunidade em eventos da 14ª Mostra da Cultura Indígena que se realizará em Campinas de 14 de abril à 16 de maio próximo.

A abertura, no dia 14 deste mês será às 20h00, no Centro de Convivência Cultural, com apresentação de danças típicas pelos índios da Aldeia Boa Vista. A Fundart deslocará para Campinas 30 índios da referida aldeia que ficarão durante 30 dias participando da Mostra da Cultura Indígena organizada pela Secretaria Municipal de Cultura.

O evento conta também com parcerias com a Funai, Casa das Culturas Indígenas, Escola Paulista de Medicina de São Paulo, Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas e Livraria Pontes, de Campinas, entre outras.

As Mostras da Cultura Indígena têm representado para Campinas e região a principal atividade de caráter cultural e educativo enfocando o universo etnográfico do indígena brasileiro, seja pela diversidade do acervo disponível entre várias exposições, seja pelo público que ela atinge, que em suas realizações já somaram 100 mil visitantes.

Nesta edição de 2008, a mostra estará mostrando como exposição central a cerâmica Xinguana através de peças utilitárias e lúdicas, mostrando toda a riqueza de formas e grafismos, peculiares a cada um dos cinco grupos do Xingu que confeccionam este tipo de artefato.



Campinas e Ubatuba já trabalham em mais parcerias para 2008


A aprovação do projeto de Lei do Poder Executivo número 3067, de 27 de março de 2008, que “Autoriza o Poder Executivo a reconhecer oficialmente o título de ‘Cidades Irmãs’, atribuído aos Municípios de Ubatuba e de Campinas”, promulgado em 27 de março último, pelo prefeito Eduardo Cesar.

Desde janeiro último as tratativas vêm ocorrendo entre a Secretaria de Cultura de Campinas, através do Diretor Cultural Marco Rocha, e a Fundart. Reuniões vêm sendo feitas nesse sentido e alguns intercâmbios já estão preliminarmente estabelecidos envolvendo as áreas de teatro, artes plásticas, ballet e música. Na seqüência haverá a inclusão de outras áreas.



Fundart e Secretaria de Estado da Cultura Realizam Oficinas Culturais Gratuitas em Ubatuba



A Fundart em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, através da Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo (Assaoc) estarão realizando duas oficinas em Ubatuba:



- LEITURA MUSICAL APLICADA AO VIOLÃO - 19/04 a 12/07

Oficinas aos sábados da 14h:00 às 17h:00

Público-alvo – interessados com conhecimento intermediário na área

Faixa etária – a partir de 13 anos

Seleção – entrevista e aula aberta dia 12/04 a partir das 14h:00

Inscrições na Fundart – Praça Anchieta, 38 centro – Ubatuba

Coordenação – Prof. Paulo Henrique Carvalhal



- GESTÃO CULTURAL – FACILITANDO OFICINAS – 11/05 a 15/06

Oficinas aos domingos de 09h:00 às 12h:00 e das 14h:00 às 17h:00

Público-alvo – interessados com conhecimento intermediário na área

Faixa etária – a partir de 18 anos

Seleção – currículo

Inscrições na Fundart – Praça Anchieta, 38 centro – Ubatuba

Coordenação – Simone Levisky e Walace Puosso de Castro



Informações: (12) 3833 7000 / 3833 7001

Zéca Ribeiro

Eventos & Cursos

Fundart – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba



Fundart entrega uniformes novos para o Grupo de Congada de São Benedito do Poruba

A Fundart está entregando uniformes novos para o tradicional Grupo de Congada de São Benedito do Sertão do Poruba, liderado pelo senhor Dito Fernandes, e que estará se apresentando no I Fandango Caiçara, dias 19 e 20 próximos, no Sertão do Ubatumirim.

O grupo representa um dos ícones da nossa cultura popular e se destaca nas apresentações da Festa de São Pedro Pescador e Caiçarada





Programação Final de Semana:



12 – Sábado
20h30 – Sarau Caiçara

Auditório Fundart

20h30 – Grupo Saia Justa

Praça Exaltação à Santa Cruz



18 – Sexta-feira

20h00 – Abertura de Exposição de Artes Plásticas – Celso de Siqueira Cardoso

Salão de Exposições da Fundart

21h00 – Grupo Solstício Maior

Auditório Fundart





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quinta-feira, 10 de abril de 2008

ESPECIAL : UMA HOMENAGEM A JOÃO DE SOUZA, "O POETA DO PÉ RACHADO"

A gente tem conhecidos, amigos e companheiros.

Da pessoa, de quem vou falar, já fui até rival. Eu de um lado, ainda garoto, com meu tamborim, defendendo a Escola de Samba Brasília, e ele, já mais de idade e experiente, também com seu tamborim, defendendo a Mocidade Alegre do Itaguá. Entre um samba e outro, éramos apenas conhecidos... Isso foi no período áureo do carnaval das escolas de samba de Ubatuba.

Depois passamos a ser amigos e ao lado de outros amigos juntos passamos a falar da cultura dessa nossa terra caiçara. Foi o radialista Tony Luiz, através dos microfones da rádio Costa Azul e Gaivota FM (programa Ranchinho Caiçara), que uniu esses caiçaras para falarem das nossas raízes, dos nossos costumes, lendas, folclore, história, causos, culinária etc. Foi aí o início de minha amizade com João de Souza. Foi no programa Ranchinho Caiçara que, não só eu, mas boa parte da população de Ubatuba passou a conhecer e a gostar do poeta João de Souza "do pé rachado". João relatava passagens de sua vida, fatos da história de Ubatuba, causos hilariantes e pitorescos do cotidiano caiçara. Disso surgiu o companheirismo. Era eu quem digitava seus contos; passei a freqüentar sua casa; conhecer sua família; admirar sua sinceridade, honestidade, bondade; gostar de suas histórias, do seu espírito brincalhão e esportivo, enfim, meu santo bateu com o dele. Das coisas que sei da cultura caiçara boa parte aprendi com João de Souza.

Hoje ele já não está mais entre nós, São Pedro o requisitou para contar histórias lá no céu. Tá lá com o amigo Clementino Soares fazendo os anjos morrerem de rir com seus fabulosos e pitorescos causos caiçaras, como por exemplo os causos: A mulher que perdeu a Memória, O choro das crianças pagãs, A revolta dos guaruçás, Bagre engarrafado, Cama de pau duro, A capela do Itaguá, As ostras do rio Puruba, muitas, muitas e muitas histórias que, como ele mesmo dizia, não se encontram em estantes de bibliotecas e livrarias, somente na fala de um locutor da rádio Costa Azul, dos programas Ranchinho Caiçara e agora o Fogão de Lenha.

É meu amigo João, infelizmente suas histórias, seus causos, sua vida de caiçara não se encontram em estante de livrarias e nem de bibliotecas! Por que?

Peço sua licença, amigo João de Souza, para falar o porque. Porque não há uma política cultural para cuidar, preservando e mantendo efetivamente a história de nosso povo e de nossa cultura.

Estamos enterrando nossos caiçaras e junto enterrando seus conhecimentos e sabedorias, suas artes, suas histórias, suas músicas e canções, suas danças... sua cultura; e a famigerada política só tem olhos para fomentar a famigerada política.

Valeu amigo João de Souza, você cumpriu sua missão com muita dignidade, com muito amor e carinho. Teremos saudades sim, porque você foi exemplo de bem viver.

AUTOR : JULINHO MENDES


FONTE: www.ubaweb.com

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sertão do Ubatumirim sedia I Fandango Caiçara nos dias 19 e 20







Segundo o dicionário Aurélio, fandango é um baile popular, especialmente rural, ao som da viola ou da sanfona e no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas


O Sertão do Ubatumirim servirá de cenário para uma grande festa folclórica, durante os dias 19 e 20 deste mês. O I Fandango Caiçara reunirá diversas manifestações da tradicional cultura caiçara. Violeiros, danças, comidas típicas e muitas outras atrações estão na programação da festa, que terá início às 18h e se estenderá noite adentro. O evento acontecerá no campo de futebol, ao lado da Escola Municipal do Ubatumirim.

O I Fandango Caiçara é uma realização das comunidades da região norte, em parceria com a Prefeitura de Ubatuba, por meio da Fundação de Arte e Cultura e a Administração Regional Norte. Segundo o presidente da Fundart, a intenção é atrair o interesse também dos turistas, considerando que o fim de semana será prolongado, devido ao feriado de 21 de abril. “A festa tem uma grande riqueza cultural e apresentará manifestações autênticas de nossa cultura popular. Vale a pena prestigiar.”

No palco, os grupos regionais se revezarão, apresentando danças típicas, como: xiba, cana verde, congada, ciranda e folia. Diversos violeiros também se apresentarão durante a festa. No cardápio, delícias caiçaras, como bolinhos de mandioca, salada quilombola e azul-marinho, um prato à base de peixe, farinha de mandioca e banana verde. Para encerrar a festa, a Banda Lira Padre Anchieta apresentará um repertório especial, com músicas regionais.

O que é Fandango?
Segundo o dicionário Aurélio, fandango é um baile popular, especialmente rural, ao som da viola ou da sanfona e no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas, durante as quais a dança pára; caranguejo, pagará, pega-fogo, tatu, xiba, canoa, serra-baile.
Fonte: Assessoria de Comunicação - PMU

sexta-feira, 4 de abril de 2008

PROGRAMAÇÃO DA FUNDART -Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba-SP

Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba “Povo que não tem memória não tem nada para contar”
Idalina Graça

Fundart abriu exposição na última sexta-feira

A exposição individual do artista plástico Wladimir Ferreira da Silva, “Recordando Ubatuba”, com a apresentação do grupo musical Saia Justa marcou o último dia 28 à noite no Salão de Exposições do Sobradão do Porto e no Auditório Fundart. O público pode apreciar o estilo de Wladimir Ferreira, cuja característica é reproduzir fotos de aspectos de Ubatuba que vai de seus prédios mais antigos até a mostragem sobre pesca e sobre a vida caiçara. O Saia Justa demonstrou mais uma vez a versatilidade de sua nova fase musical, com arranjos arrojados na interpretação de seu repertório de gêneros variados. A exposição “Recordando Ubatuba” estará aberta até o próximo dia 13 deste mês.

Projeto Banda no Bairro: Chuva não impediu a Banda Sinfônica de se apresentar no Ipiranguinha

Dia 29, sábado último, o bairro do Ipiranguinha assistiu a uma ótima performance da Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta. Apesar da chuva, o público presente a partir na praça da igreja aplaudiu a nossa Banda Sinfônica.
A cada peça musical o maestro Valdecy dos Santos falou do autor e do conteúdo das composições, possibilitando ao público um entendimento maior sobre cada apresentação. Brevemente a Banda Sinfônica irá ao Sertão da Quina, dentro do projeto Banda no Bairro, com o apoio da Prefeitura Municipal.

Fundart na Praça – Projeto está em fase final de planejamento

O Projeto Fundart na Praça está em fase de conclusão de planejamento e brevemente vai estrear, muito provavelmente no bonito cenário da Praça 13 de Maio (praça da Biblioteca Municipal) revitalizada no ano passado.
Música, dança (ballet da Oficina de Dança) da Fundart, bandas de rock, etc., e outras variadas atrações serão mostradas a um público de variadas faixas etárias. Aguarde.

Vem aí o I Fandango Caiçara – Festa do Folclore, dias 19 e 20 de abril

O Sertão do Ubatumirim será o cenário do I Fandango Caiçara que reunirá as manifestações da nossa cultura tradicional. Violeiros, danças, comidas típicas e muitas outras atrações constarão da festa que vai durar todo o dia e se estenderá pela noite.
Apresentando manifestações autênticas de nossa cultura popular, a festa será diferente. A Fundart, Administração da Regional Norte e Prefeitura Municipal estarão garantindo o suporte técnico e logístico necessário, mas a festa será feita pela população. A partir das reuniões já realizadas, às quais compareceram representantes de todos os bairros da região norte de Ubatuba, a presença deverá ser grande. A divulgação do evento será dirigida também aos turistas que certamente vão lotar Ubatuba, considerando o feriado de 21 de abril.
O que se entende por Fandango?
Fandango é: Subst. Masc. 1. Bras. S. Baile popular, especialmente rural, ao som da viola ou da sanfona, e no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas, durante as quais a dança pára; caranguejo, pagará, pega-fogo, tatu, xiba, canoa, serra-baile. (Dicionário Aurélio)

Texto premiado em concurso da Fundart está em montagem

O texto “Eram os Patugueses Astronautas?” de José Antonio G. Teixeira de Freitas classificado em primeiro lugar do Concurso Literário Ubatuba – 2007, na categoria teatro infantil Tia Helô, está em fase de montagem. Os ensaios acontecem no prédio do antigo Fórum, sob a direção do diretor de teatro Heyttor Barsalini, formado pela Unicamp, com apoio técnico da professora Marilena Cabral. A montagem do texto faz parte do prêmio instituído pelo referido concurso.

Programação Final de Semana:

04 – Sexta-feira
9h00, 14h00 e 20h00 – Recital Pedagógico – Grupos Tupinambrás e Saia Justa
Auditório Fundart

06 – Domingo
20h30 – Retreta Maestro Pedrinho
Praça Exaltação à Santa Cruz


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quinta-feira, 3 de abril de 2008

ESPECIAL: Ubatuba, espaço,memória e cultura" - 18 ª Parte do Livro

4. CASA DA FARINHA – FAZENDA PICINGUABA

Localização


A Casa da Farinha e Fazenda Picinguaba estão localizadas no extremo norte do município de Ubatuba, na altura do km 12 da rodovia Rio – Santos, BR 101, próximo à entrada do Núcleo Picinguaba a uns 37 km do centro urbano da cidade, com placa a esquerda de localização do local.

Horário de funcionamento

Por se tratar de um atrativo do patrimônio cultural a “céu aberto” numa integração perfeita com a natureza local, pode ser visitado a qualquer hora do dia.

A história que antecede a própria história da Casa da Farinha, na Fazenda da Picinguaba, hoje o Núcleo Picinguaba é bem curiosa e muito interessante. Antes mesmo deste atrativo que faz parte da cultura histórica do município e sua comunidade local ter a grande importância para o desenvolvimento desta e se transformar no futuro em um marco histórico, representou a conquista de trabalhadores da região.

Localizada especificamente em uma fazenda, a “Fazenda Picinguaba”, hoje dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, área esta de preservação ambiental[1], antes mesmo de se chamar Casa da Farinha, era um engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.

Esta fazenda que passou de mão em mão, de herdeiro a herdeiro, inicialmente, no ano de 1843, era de propriedade do Sr. Manoel da Silva Alves, deixado para sua esposa então herdeira direta, após a sua morte. Dona Maria Alves de Paiva com o seu falecimento deixa como herança ao sobrinho José Cardoso de Paiva que no ano seguinte vende ao então Capitão Firmino Joaquim Ferreira de Veiga. Este por sua vez construiu no local o engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.

A idéia inicial do Capitão Firmino era interessante. Ele queria povoar a localidade e sua fazenda com famílias de imigrantes italianos formando assim uma colônia com 45 famílias. Mas, com o passar dos anos a maioria destas famílias foram embora, ficando alguns descendentes de italianos no que hoje se tornou o Núcleo Picinguaba[2].

Com a hipoteca da Fazenda ao Banco do Brasil e da República do Brasil, cedida em seguida ao Banco Hipotecário do Brasil, o Capitão Firmino deixa de ser proprietário e com isso o moinho de fubá e o engenho foram desativados. Em ruínas restaram duas pedras originais e a roda d’água de ferro; e do engenho o moedor de cana-de-açúcar, a caldeira e o eixo, peças estas importadas da Inglaterra.

Pedro Ozório e Eduardo Delaporte são os novos proprietários no ano de 1907. Estes compram do Banco a fazenda hipotecada, mas por não conseguirem pagar, logo volta ao mesmo Banco Hipotecário do Brasil que em sociedade com a A.S.CIA. Agropecuária, no ano de 1928, colocam entre outros imóveis como Capital Social da Firma a Fazenda Picinguaba.

No ano de 1950, já em posse e propriedade do Senhor Saint Clair Bustamante e Silva, este manda construir a 1 km do local do engenho a Casa da Farinha, aproveitando-se do que restou do antigo engenho. Contratou os serviços do Sr. Werneck de Araújo da Cidade de Parati, um profissional da madeira,para a construção de uma roda d’ água substituindo a anterior roda de ferro que havia sido roubada. Infelizmente, após um ano na fabricação de farinha, como um estigma da fazenda, o antigo engenho e agora Casa da Farinha é abandonado. Mesmo assim a farinha continua sendo produzida na região e nas suas proximidades em casas rústicas de famílias dos pequenos produtores e de forma artesanal.

Mais uma vez a Fazenda Picinguaba é penhorada à Caixa Econômica Estadual do Estado de São Paulo pelo proprietário o Senhor Saint Clair em uma tentativa de obter recursos e assim investir nas terras, mas não fazendo bom uso do investimento, Saint Clair abandona a região e vai embora.

A Caixa Estadual, por sua vez, levou para o local, famílias e logo em seguida, a fazenda foi doada à Marinha que faria do local uma Escola Naval na Praia da Fazenda, mas pelo fato de suas águas serem rasas, não permitindo manobras das embarcações de grande porte, este projeto também não foi realizado, e voltou à Caixa do Estado, sendo desapropriada.

Mas graças a esta desapropriação, o Governo do Estado de São Paulo transforma toda esta área de 310.000 hectares, no Parque Estadual da Serra do Mar, o que veio a ser o Núcleo Picinguaba. Em uma gestão de dois anos seguidos, consegue-se que a Casa da Farinha ocupe uma faixa de 30.000 hectares dentro do perímetro do Parque. Então, hoje a Fazenda e mais cinco praias são protegidas estando abrigadas dentro de uma área de preservação ambiental.

Parece até que toda esta história narrada a respeito da área que inclui a Fazenda Picinguaba, desde o primeiro proprietário e os subseqüentes herdeiros, a intenção de colonização das famílias, da idéia do Engenho, do Moinho e da Casa da Farinha não frutificou em função dos interesses particulares de seus precursores, fortalecendo hoje a idéia de proteção e preservação das matas, rios e praias da região norte que é o forte de Ubatuba, tornando-as famosas pela sua natureza e não pela intervenção e expropriação da mesma.

[1] O Parque Estadual da Serra do Mar tem uma área total de 309.000 hectares, estando 69% localizado no setor norte do Estado de São Paulo. Criado pelo Decreto nº 10251 de 30/08/1977, ocupando a maior parte do Município de Ubatuba, tendo como objetivo assegurar a integral proteção da fauna, da flora e das belezas naturais bem como disciplinar a sua utilização para fins específicos, educacionais e recreativos. Assim, tem incorporado à sua área original o Núcleo Picinguaba, através do Decreto nº 13313 de 1979. Artigo: Parque Estadual da Serra do Mar. Revista Igarati, nº 7, 1994.
[2] O Núcleo Picinguaba localizado no extremo norte de Ubatuba – SP, representa uma das mais significativas áreas naturais do Parque Estadual da Serra do Mar. Abrange uma área que vai desde a Ponta da Trindade (divisa de São Paulo e Rio de Janeiro) onde inicia, até a Ponta da Espia, o Núcleo acompanha a linha divisória com os terrenos da marinha. A partir da Ponta da Espia, segue pela vertente, cruza a BR 101 passando pela cota 100 seguindo pelo divisor de águas até atingir o Morro do Corisco – divisa de São Paulo e o Rio de Janeiro. Deste local, segue pela linha divisória (Serra de Paraty), encontrando novamente a Ponta da Trindade e assim, completando o perímetro do Núcleo, somando um total de 7850 hectares, sendo a única região do Parque Estadual da Serra do Mar a atingir a orla marítima. Existem dentro deste Núcleo seis aglomerados humanos, dentre esses três grupos urbanos sendo uma vila e dois bairros. Referência Bibliográfica idem Nota 18.

Texto extraído do livro " Ubatuba, espaço,memória e cultura" , editado em 2005 - Autores : Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca.

O livro pode sere ncontrado na Biblioteca Municipal de Ubatuba , Praça 13 de maio, 52 - centro

Quilombola de Ubatuba proporciona à cidade verba de R$576 mil do Governo Estadual

Quilombola de Ubatuba proporciona à cidade verba de R$576 mil do Governo EstadualUbatuba - Ubatuba foi o único município da região do Litoral Norte a ser contemplado com o ampliação do Programa Saúde da Família e atenção básica em saúde. A iniciativa do Governo Estadual terá investimentos de R$ 60 milhões por ano e irá beneficiar 402 municípios, dos quais 17 encontram-se no Vale do Paraíba. Destes milhões, Ubatuba receberá 576 mil anualmente. Este é o maior valor fornecido pelo Programa. Além de Ubatuba, Salto de Pirapora, Itapeva e Presidente Prudente também receberão o mesmo repasse. No Vale do Paraíba, as 17 cidades contempladas receberão um total de 3,4 milhões anuais. Os novos municípios foram selecionados segundo critérios populacionais e sócio-econômicos. Cidades com até 100 mil habitantes e IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) igual ou menor que 0,770 irão receber os recursos extras. Também foram incluídos alguns municípios com atividade canavieira. Ubatuba, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, apesar de possuir o IDHM equivalente a 0,795, acima do valor permitido pelo critério de seleção, foi pleiteado por possuir quilombolas, comunidades de descendentes de escravos. “Além disso, Ubatuba já fazia parte do Programa Qualidade Integral em Saúde (Qualis) e não poderia sair”, informa a assessoria. O benefício do Qualis, ainda de acordo com a assessoria, foi ampliado pelo Governo do Estado em mais de 300%. “Este investimento será fundamental para melhorar ainda mais os indicadores de saúde no Estado. A ampliação das equipes do PSF e o aprimoramento da atenção básica são muito importantes para que a população possa tratar rapidamente problemas simples de saúde, evitando possíveis complicações”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.De acordo com o secretário da saúde de Ubatuba, Clingel Frota, eles ainda não estava cientes da liberação desta verba, mas informa que, em reunião com a Secretaria de Saúde do Estado no ano passado, pleitearam um reajuste no valor recebido pelo Programa de Saúde da Família (PSF), já que haviam cadastrado mais cinco novas equipes. Quanto ao novo valor que será repassado, o secretário ressalta que, até agora, investem no PSF R$ 420 mil, sendo que R$ 180 mil eram fornecidos pelo Governo Federal e R$ 9 mil pelo Governo Estadual. “Os outros R$ 231 mil são completados pela prefeitura. Então, esta nova verba dará um equilíbrio financeiro nesta relação”, avalia Clingel. No Litoral Norte, em São Sebastião, o IDHM registrado é de 0,798; em Ilhabela, 0,781 e em Caraguatatuba, 0,802. Não houve uma tentativa de pleitear o benefício por parte destes municípios já que, de acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado, assim que surgiu a oportunidade de ampliar o programa, o próprio Estado fez uma seleção prévia segundo o perfil sócio-econômico de cada lugar.

(Fonte: Imprensa Livre)

quarta-feira, 2 de abril de 2008