domingo, 25 de novembro de 2007

ADQUIRA O LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA ...


Ubatuba espaço memória cultura

LINKS : http://www.arteciencia.com.br/arteciencia/eco/ficha.asp?codlivro=203


Código:
0203

Autor:

Juan Droguett

ISBN:
8574733091

Nº de páginas:
300p.

Formato:
14x21cm

Orelha:
Não

Preço:
R$ 75,50

Situação:

Disponível


Sinopse

O livro trata de um olhar estrangeiro e de uma visão nativa sobre a história, a cultura e o turismo do município de Ubatuba. Com uma pesquisa detalhada e profunda, desperta o leitor para o potencial turístico do ponto de vista da preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental. A intenção deste trabalho é sistematizar e reconhecer as informações e conhecimentos sobre os grupos humanos que formaram Ubatuba, a partir da recuperação da memória como direito social.

CONHEÇA O LIVRO : Ubatuba. espaço, memória e cultura - 6 ª parte

5. PRAIA DO ITAGUÁ

Localização


A Praia do Itaguá localiza-se bem próximo ao centro de Ubatuba, sendo toda margeada pela Avenida à beira mar, Leovegildo Dias Vieira, formando uma longa extensão de praia e orla da baía central de Ubatuba.
Acesso

Para o acesso de quem chega à Ubatuba pela rodovia Rio Santos, BR 101, vindo de Caraguatatuba, passando o primeiro trevo após a praia Grande se faz o contorno sentido centro pelo bairro do Itaguá, pela via da Avenida Capitão Felipe até o final na rotatória que fica na frente da praia.

Pela Rodovia Oswaldo Cruz, vindo de Taubaté, passa-se pelo trevo na entrada da cidade sentido centro e logo em seguida pela Avenida Professor Thomaz Galhardo até o final, chega-se a Avenida Iperoig beirando a praia, segue-se esta até a praia do Itaguá.

A Empresa de ônibus Cidade de Ubatuba oferece 8 linhas em horários diversos com destino Itaguá, mas para quem curtir uma caminhada à beira mar, pode-se, à partir da Avenida Iperoig ou do Cruzeiro, seguir pelo calçadão, ou mesmo de bicicleta pela ciclovia.

Visão

A Praia do Itaguá se destaca por sua areia escura, tornando sua água no mesmo tom. Esta areia, dita por conhecedores como sendo medicinal, é chamada de areia monazítica. Itaguá é uma praia muito mansa, quase sem ondas. Hoje, infelizmente, não muito própria para o banho de mar, pois, a qualidade de sua água costuma estar imprópria e proibida pela SETESB .

Mesmo assim, a praia de Itaguá possui uma beleza própria percorrendo boa parte de toda a baía central de Ubatuba. Para enaltecer este visual, os primeiros raios solares caminham pelo mar chegando até suas areias onde já existe logo cedo a presença daqueles pescadores que na madrugada jogaram suas redes para de manhã fazer o arrastão. Nesta mesma manhã os moradores locais presenteiam os próprios olhos com uma inigualável paisagem.

A sua extensão começa na foz do Rio Acaraú e vai até a foz do Rio Tavares ou Barra da Lagoa, este último fazendo a divisa com a Praia Iperoig. Um aspecto topográfico, já comentado no início deste capítulo, a linha imaginária do Trópico de Capricórnio, passa exatamente nesta praia, contradizendo e sendo mais preciso que o local onde se situa o marco principal na Praça Trópico de Capricórnio frente ao campo de aviação Gastão Madeira na praia Iperoig ou do Cruzeiro.

A bela Itaguá guarda muitas histórias e acontecimentos juntamente com Iperoig e a exemplo disso, no dia 1º de Junho de 1973, de suas areias partiu rumo à Santos, a canoa Maria Comprida que construída por 5 moradores do local, remaram durante 3 dias até chegar ao seu destino em comemoração da Paz de Iperoig.

Turistas e visitantes podem desfrutar de vários atrativos que beiram toda a Avenida Leovegildo Dias Vieira como os dois pequenos shoppings que oferecem algumas lojas, lanchonetes, sorveterias e cinema para garantir a diversão de toda família. Os famosos quiosques a beira mar contam com vários tipos de músicas, inclusive ao vivo para todos os gostos.

Itaguá reúne um número considerável de restaurantes, bares, lanchonetes e pizzarias que oferecem uma variedade de cardápios com todo tipo de comida: caseira, típicas caiçara, massas, e até de cozinha internacional.

Para hospedagem de turistas, as opções são diversas, desde casas de aluguel e pequenas pousadas até hotéis com infra-estrutura de primeira qualidade. Nas ruas que iniciam na avenida da praia adentrando o bairro do Itaguá existe uma variedade imensa de hospedagem.

Demanda Turística

O fluxo do movimento em sua orla é grande, principalmente na “alta temporada”, passagem de ano, carnaval e finais de semana durante o mês de janeiro. Por se tratar de uma avenida de acesso quase que obrigatória para o centro de Ubatuba e por reunir uma diversidade de opções para o lazer e points de encontro, Itaguá ganha um movimento tremendo dia e noite com gente de todos os cantos do Brasil. Jovens crianças e velhos caminham pela orla do Itaguá dando vida a esta praia urbanizada, local de saída de escunas.


6. PRAIA DO CEDRO

Localização

A Praia do Cedro localiza-se num remanso ao norte da Ponta Grossa, a uns 5 km do centro de Ubatuba, passando as praias do Tenório e Vermelha do Centro.

Acesso
Para chegar à Praia do Cedro de carro deve-se ir até a praia Vermelha do Centro, cuja entrada fica próxima do Tenório. Quando terminar toda a extensão da Vermelha, começa uma estrada de terra por uns 2 km, o mesmo caminho que leva ao farol da Ponta Grossa. Quando se chega ao início da parte de paralelepípedos da estrada podem ser avistadas as árvores de cedro. Nas proximidades há um estacionamento com uma trilha, logo na esquerda, a indicação da Praia do Cedro. O acesso de ônibus fica difícil, chegando no máximo, às praias do Itaguá e Grande. O acesso marítimo pode ser realizado através de empresas de turismo em passeio de escunas com saída da Praia do Itaguá com um horário pela manhã e outro pela tarde.

Visão
A Praia do Cedro possui este nome fazendo referência a uma grande plantação de árvores da espécie do mesmo nome existente no local . Pequenina, mas graciosa, sua praia não chega a 100 metros de extensão, mesmo próxima da região central de Ubatuba, porém longe da vista de quem circula pela grande enseada de Ubatuba. Sua vegetação é cerrada e o destaque são as plantações de cedro, lindas e majestosas completando o visual perfeito de um canto primoroso do litoral ubatubense.

Praia de tombo, não tão brava, de águas incrivelmente cristalinas e de areias bem grossas e brancas, um ótimo local para a prática do mergulho em suas lajes submersas.

Vários barcos como escunas, grandes lanchas, cheias de turistas e visitantes param bem próximos da praia para mergulhos e apreciação do belo lugar. O local é preservado pelos moradores que tentam conscientizar os turistas, espalhando latões de lixo nas areias e ao longo da trilha de acesso.

Além do visual paradisíaco, a praia do Cedro é freqüentada por pequenas criaturas como os caxinguelês, um tipo de esquilo, mas a atração principal são as tartarugas marinhas e os golfinhos. Ás vezes as baleias costumam dar o ar da graça em determinada época do ano. Peixes ornamentais, cavalos marinhos, anêmonas, entre outros tantos espécies aquáticos completam o quadro subaquático daqueles que curtem mergulhos submarinos.

Para a hospedagem daqueles interessados em ficar próximo da praia do Cedro: casas de alugueis, pois, hotéis e pousadas podem ser encontrados na Praia Vermelha do Centro. Antes, nas praias do Tenório e Grande.

A alimentação é por conta de um pequeno bar simples e rústicos, mas com aperitivos diversos de frutos do mar e peixes, entre outras comidas e bebidas. A água de coco na melhor temperatura não pode faltar para completar a sensação espetacular de dia ensolarado e quente do verão.

Neste mesmo tipo de bar é possível alugar equipamentos de mergulho para amadores e iniciantes, possibilitando conhecer bem de perto a fauna subaquática daquele verdadeiro aquário natural.



Demanda Turística


A demanda na Praia do Cedro é de turistas e visitantes, ou mesmo, aventureiros em busca de paz e sossego em um local escondido da civilização. Costuma haver um movimento muito fraco, quase ninguém freqüenta esta praia na “baixa temporada”, tornando-se quase deserta.

Veja na próxima 2 ª feira ( 03/12) a 7 ª parte do Livro UBATUBA, ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA , dos autores Juan Droguet e Jorge Otávio Fonseca, editado em 2005.
Este livro pode ser comprado através da Editora Arte e Letras , confira oa cesso a o link sobre o livro na Seção LINKS AMIGOS desta páginae encontrado para empréstimo na Biblioteca Municipal de Ubatuba , Praça 13 de Maio, Centro.

RADIO GAIVOTA , Á 1 ª COMUNITÁRIA DE UBATUBA

A Matéria abaixo sobre rádios de Ubatuba é um texto extraído livro "Ubatuba , espaço, memória e cultura" , de Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca.


Outra rádio FM é a Gaivota FM, uma rádio comunitária, reconhecida pela Anatel. Fundada no ano de 2002 por Mauro Lioberali, com o nome artístico de Mauro Lauro. A faixa de sintonia é a 104,9 MHz, com 25 wats de potência, localizada no Shopping Iperoig, no centro de Ubatuba. André Felipe de Camargo é o radialista responsável pelos vários tipos de música, nacionais e internacionais, MPB e Rock. A rádio também faz a prestação de serviço para a comunidade local.

A palavra rádio é derivada de radiodifusão ou radiofonia. A radiodifusão está relacionada com a transmissão pública de mensagens e sons à distância, por meio de ondas eletromagnéticas. A linguagem do rádio se constrói na base do som e do silêncio, entretanto, é o som, a matéria – prima com a qual a rádio arquiteta sua programação. Essas mensagens sonoras funcionam como estímulos auditivos. Neste sentido, a rádio transmite imagens da realidade, comunicando sensações, emoções, sentimentos e difunde informação (Sousa, 2004:342).

A evolução histórica do rádio encontrou na cidade de Ubatuba, um lugar propício para desenvolver-se, capitalizando como mídia os remanescentes de uma cultura, fundamentalmente oral. O sistema sonoro no qual a linguagem do rádio se estabelece em Ubatuba compreende elementos como: o uso da voz, a música e os efeitos sonoros. Quando estes elementos se combinam, perde-se a unidade conceitual, por isso o efeito sensorial baseado nos princípios do ritmo, da melodia e da harmonia (Santaella, 2001:97). A interação de tais elementos no sistema de rádio estabelece um novo conceito de linguagem radiofônica. Assim, a produção de significados para uma mensagem radiofônica depende do conjunto de elementos sonoros e do silêncio. Por esta razão, a estética radiofônica resulta de uma trama na combinação desses elementos sonoros e não na particularidade de cada um deles.

A voz que consagrou reconhecidas figuras da rádio, é um dos instrumentos preferências para a veiculação de mensagens em rádio. A linguagem verbal é polissêmica e a entoação de uma mensagem exerce diferentes funções: imperativa, submissa, irada e amorosa. As características físicas da voz: ritmo, intensidade, volume e tom contribuem para que o ouvinte atribua à mensagem um determinado sentido, fruto do processo de identificação: consigo mesmo ou com um outro. A voz, em última instância, tem o poder de aproximar ou de distanciar.

A linguagem musical também tem esse poder de provocar sensações, emoções e sentimentos, com a musica podem ser recriados ambientes físicos ou psicológicos, recorrendo à aprendizagem do receptor no sentido de promover uma correta decodificação das intenções do emissor.

Os meios de comunicação social promovem efeitos significativos na população. A rádio como veiculo que incentiva a audição de noticias, música e uma variedade de programas religiosos, educativos ou de entretenimento propõem à comunidade de Ubatuba, através de sua programação, uma série de mudanças nos modos de pensar, sentir e agir, de acordo com aquilo que está de moda e que responde aos padrões mais cosmopolitas de ser no mundo de hoje. Aqui visualizamos a influência da mídia nacional e internacional no âmbito restrito da mídia regional. Entretanto, existem honrosas exceções a esta regra nos tempos de globalização, a música é um deles, no livro Ubatuba nos Cantos das Praias – estudo do caiçara paulista e de sua produção musical de Kilza Setti (1985), nele encontra-se um aspecto importante que queremos destacar sobre a cultura caiçara, o cultivo da musica como fonte de preservação da cultura tradicional. A autora afirma que o caiçara tenta, ajustar-se ao que poderia ser o mínimo inevitável de civilização, procurando preservar o máximo possível, as formas tradicionais de equilíbrio. A audição de músicas estranhas a seu repertório não impedem a prática paralela do seu repertório tradicional. Ainda que esteja havendo uma progressiva adesão aos padrões impostos pela mídia – cultura urbana, nota-se - diz a autora – uma combinação desses com os padrões tradicionais de vida.

O rádio representa para a cultura de Ubatuba uma espécie de porta – voz da informação, na qual seus habitantes podem acompanhar o acontecer do mundo em tempo real, da música como expressão do saudosismo de caiçaras, quilombolas, migrantes e imigrantes que vieram a este lugar em busca de paz e progresso, do entretenimento e do lazer como alternativa ao desgaste do cotidiano e de civilidade no que se refere às práticas ritualísticas e urbanas na configuração de uma identidade autóctone que se vê refletida na voz deste meio cujo principal concorrente é a televisão.

MAIS UM BELO PASSÁRO DE UBATUBA : Sábia laranjeira



Eis mais uma passáro muito comum em Ubatuba, o sábia laranjeira é uma pelo passáro d fato.

GENÉSIO DOS SANTOS 100% CAIÇARA - 1 ª PARTE

O exame atento da realidade caiçara nos levou à praia do Camburi para entrevistar a um ícone desta cultura, Genézio dos Santos de 73 anos cuja sabedoria e vivência são sinônimos dos descendentes de quilombolas. Nascido e criado no Camburi, homem de muitas vidas, sobreviveu a um naufrágio com seus 17 anos durante um dia inteiro, sendo levado pela correnteza contra a costeira, superou a nove internações e uma pneumonia. Mas nada disso impede do homem que tem sede e fome da sua bandeira brasileira, de palestrar a todos os que o procuram para relatar tudo que os seus olhos já viram...

Procurado por grupos de historiadores, turistas, escritores e repórter de lugares diversos, senhor Genézio é reconhecido no exterior. Já esteve até no senado em Brasília, acompanhado pelo senhor Inglês de 65 anos - também caiçara, morador do bairro- através do Projeto Martim Pescador. Descendente do mestre Basílio, quilombola, senhor Genézio diz ter nascido em berço de ouro, pois a fartura que a mãe terra oferecia na hora da colheita, era a maior riqueza que um homem poderia almejar. Plantava-se banana, batata doce, mandioca doce, inhame, taiova, milho, cana, que era usado tanto para consumo próprio quanto na alimentação dos animais domésticos como, porcos e galinhas.

O homem naquela época – explica o entrevistado - pescava seis meses, semeava e cultivava outros seis. A liberdade do homem era o trabalho, até onde o suor e a força braçal suportavam. Ele diz que o progresso é bom, mais tem um preço, pois o rio antes navegável onde servia de agasalho para os peixes, hoje com a Rodovia Rio Santos, virou um mangue pobre e assoreado. A natureza que tudo dava, hoje somente pode ser olhada e apreciada. Movido pela fé, ele acredita que há de chegar o dia em que os governantes hão de olhar para o Camburi, ponto final do estado de São Paulo, onde a luz elétrica, a estrada e tantas outras reivindicações são os maiores objetivos da comunidade. Acredita que com esta estrutura possa organizar melhor a vinda de turistas, que hoje usam a praia para acampar ao invés dos campings - na baixa estação- não pagando nada por isso. Ele e os outros moradores gostariam de uma orientação de quem tem o conhecimento de outras fontes de renda, porque com setenta e três anos não se tem mais a força de antes, e só de fé não consegue seu alimento, pois tudo que aprendeu durante toda sua vida foi naquela praia e que hoje só lhe serve para contar histórias. Senhor Genézio, fundou em 1967 o cemitério de Camburi, antes os corpos eram levados para o Ubatumirim. Ele fala que naquela época caixão era coisa raríssima, todos eram enterrados em redes a sete palmos da terra. Seus olhos também testemunharam e o fazem, os aparecimentos de diversos OVNIS - objetos voadores não identificados na região. Pai de sete filhos de criação, ele deixa uma mensagem aos jovens: “Que escutem o conselho e a obediência e sinceridade de todos os familiares, para que cresçam com a mensagem do bom caminho conseguindo na vida adulta o conforto da vida material e principalmente da vida espiritual ao lado de Deus quando perderem o fogo da vida aqui na face da terra”.

CONTINUA NA PRÓXIMA 2 ª FEIRA - 03 / 12


Extraído do livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura " de Juan Droguet e Jorge Otávio Fonseca

GENÉSIO DOS SANTOS CAIÇARA

domingo, 18 de novembro de 2007

PÁSSAROS DE UBATUBA - Sairinha 7 cores


Entre sua grande variedade de pássaros, em Ubatuba voc~e também pode encontrar este belo pássaro : saira 7 cores.

UBATUBA, ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA - 5 ª PARTE

3. PRAIA DO PROMIRIM

Localização

A Praia do Promirim está localizada a 19 km do centro de Ubatuba, entre as praias do Félix e do Léo.

Acesso

O acesso único, como a maioria das praias de Ubatuba se dá pela Rodovia Rio – Santos, BR 101. Da entrada, passando por uma guarita, um loteamento com ruas asfaltadas e estacionamento até chegar às areias da praia, são mais 2 km. Os meios de transportes podem ser: carro ou o ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, que faz o circuito das praias mais ao norte do município.

Visão

O Promirim é um interessante conjunto que se oferece aos nossos olhos numa composição de praia, cachoeira, rio, ilha, sertão e por uma das últimas aldeias remanescentes indígenas da região litorânea. A aldeia da Boa Vista de índios guarani está no sertão da praia. Nessa praia, o turista poderá ter acesso ao artesanato indígenas, que usam como matéria-prima madeira, raízes, penas coloridas e cabaças, vendidas à beira da rodovia, nas proximidades da cachoeira do Promirim.

A praia do Promirim tem água límpida e cristalina. Típica praia de tombo, é mais indicada para a prática de surf do que para banhistas. Há também a praia do Promirim, que pode ser alcançada em minutos. A travessia pode ser feita através de pequenas lanchas com motor de popa.

Há também a cachoeira do Promirim, próxima do centro de Ubatuba. A queda principal está localizada a 15 km da região central da cidade, e seu acesso se dá pela rodovia Rio - Santos, sentido Parati.

Para a hospedagem existem campings e pousadas próximas da praia, com ótimas acomodações e uma infra-estrutura.

Demanda turística

A praia do Promirim oferece uma demanda variada, porém é mais freqüentada por surfistas. A época de grande movimento e pico são os meses de dezembro e janeiro. O local também recebe muita visitação durante o carnaval. No resto do ano, há queda.

4. PRAIA IPEROIG OU CRUZEIRO

Localização


A Praia Iperoig, também chamada de Praia do Cruzeiro, localiza-se bem no centro de Ubatuba, levando toda a avenida principal da cidade o nome de Iperoig – Cruzeiro -, margeando toda a extensão que compreende a barra da Lagoa, divisa com a Praia do Itaguá e o rio Grande que passa sob a ponte que liga com o bairro da praia do Perequê Açu.

Acesso

Os acessos são vários, por algumas das ruas do centro como a Dom João III, Professor Thomaz Galhardo, Dª Maria Alves, Condensa de Vimieiro e a Dr. Esteves da Silva, ou então, pelos bairros do Itaguá ou Perequê Açu. Para quem vem de outros bairros da cidade pode-se fazer uso das linhas de ônibus coletivo da empresa Cidade de Ubatuba, e são vários os horários deste tipo de transporte coletivo.

Visão

A baía do centro de Ubatuba tem em toda sua extensão de orla a Praia Iperoig ou Cruzeiro dividindo este espaço com a sua “irmã”, a Praia do Itaguá. Esta baía proporciona um visual deslumbrante, o maior cartão postal de Ubatuba, onde foram registrados grandes acontecimentos da vida regional e mesmo da história do Brasil .

Na praia do Cruzeiro, as areias são grossas e amareladas, suas águas não tão escuras como as do Itaguá, nesta última as areias são finas e meio acinzentadas. Em época de maré baixa, o mar é tão manso como no Itaguá, mas quando a maré sobe costuma ser fundo e às vezes bravo. A praia é cheia de árvores, chapéus de sol ou amendoeiras e os abricoteiros.

Durante o dia, a beleza e o brilho do nascer do sol, logo pela manhã nos atordoa e os barcos de pescas no horizonte ajudam na composição harmoniosa de uma pintura. À noite, o mesmo visual das águas e de suas amendoeiras tem como deslumbre na composição, o reflexo da lua e das estrelas somado a fresca das brisas oceânicas.

Hoje, o turista e visitante pode desfrutar desta paisagem à beira mar seguindo por um agradável caminho no calçadão de ponta a ponta ou mesmo nas ciclovias em tranqüilas pedaladas. Em toda sua extensão a Praia Iperoig ou do Cruzeiro conta com a avenida, nela grandes acontecimentos da vida cívica e cultural da cidade acontecem aí. Palco para grandes eventos religiosos como a Paixão de Cristo, festas como a de São Pedro pescador, a Feira das Nações, entre outros, e o Carnaval de rua que alcança neste lugar maior expressividade.

Na Avenida Iperoig, existe um grande número de restaurantes e bares nos embalos dos finais de semanas e na alta temporada, lotando-a com pessoas de diferentes procedências.

O artesanato, também está presente em lojas especializadas, ou, na famosa e já tradicional Feirinha Hippye de Ubatuba bem ao lado da Cruz do Cruzeiro. Bem na direção da Avenida Professor Thomaz Galhardo, há o Centro de Informações Turísticas, que atualmente funciona como sede da Secretaria de Turismo de Ubatuba.

As opções de lazer na orla de Iperoig ou Cruzeiro são muitas, desde seus bares e restaurantes como o Parque de diversões fazendo a alegria das crianças e até de adultos e a mais recente pista de skat construída para os jovens esportistas de Ubatuba e da região, em frente ao campo de aviação Gastão Madeira, mais especificamente na recente Praça Trópico de Capricórnio.

Tanto a praia como a Avenida Iperoig são o cenário de uma das festas mais tradicionais da cultura ubatubense, a Festa de São Pedro o pescador, celebrada o dia 29 de junho. A cidade de Ubatuba há mais de oitenta anos aderiu a esta tradição judaico - cristã para enaltecer e homenagear seus pescadores, homens humildes, caiçaras que vivem dos frutos que o mar lhes oferece.

A comemoração inicia-se com a saída da imagem do Santo da Igreja Matriz em uma procissão até a Ilha dos Pescadores onde se encontra com os barcos de pesca já enfeitados e em um deles a imagem do Santo que segue em bela procissão pelo mar. Dezenas de barcos, seguindo o que leva o Santo, cruzam a bela baía central de Ubatuba com direção à Ponta Grossa por uma hora. De volta, assim que entram no boqueirão da Ilha dos pescadores, após o farol é feita uma parada, frente ao Morro da Prainha e da estátua de São Pedro encima do morro.

Ali é feita a benção dos anzóis simbolizando parte desta tradição em homenagem ao Santo padroeiro e aos pescadores. Em questão de minutos o padre dá continuidade à navegação chegando logo ao destino final, próximo de onde seria a missa campal, celebrando a liturgia com toda uma população de cidadãos residentes, turistas e visitantes . A imagem de São Pedro foi trazida para Ubatuba pelo padre alemão Hans Bell, em 1942. Desde então, ela tem-se tornado o motivo da identificação e a conseqüente devoção da população caiçara, sendo uma das festas mais importantes do calendário litúrgico de Ubatuba. A Festa de São Pedro veio a enaltecer e a valorizar a Praia de Iperoig.

A hospedagem nesta praia torna-se fácil aos turistas e visitantes, pois por se tratar de uma região central existe uma série de opções na avenida que beira a sua orla assim como no centro comercial de Ubatuba são várias as opções hoteleiras.

Para alimentação existem: restaurante, lanchonetes e bares com cardápios variados para todos os paladares, desde o lanche rápido até a um prato específico da culinária caiçara.


Demanda Turística

A praia de Iperoig não é mais tão freqüentada como antigamente, e nem tão indicada. Mas, por se tratar de uma praia tão centralizada e com tantas opções de lazer como o calçadão e a ciclovia em toda sua extensão vêm sendo muito requisitados por turistas e visitantes que fazem caminhadas pelo calçadão desfrutando do bonito jardim e das muitas sombras de suas amendoeiras. Costuma ter grande movimento de visitantes e turistas na “alta temporada” e em determinadas datas, como no Ano Novo e nos dias de Carnaval. Nela, ainda, há campeonatos de pesca, fazendo parte do calendário de atrativos esportivos da cidade.

Enfim, a Praia de Iperoig, localizada no marco perfeito da baia do centro de Ubatuba, em suas manhãs oferece um espetáculo privilegiado em um dos cenários mais primorosos que se possa ter do litoral ubatubense. A luz do sol dourada, ao fundo o horizonte em duas tonalidades, o azul do mar e do céu, contrastando com o verde das montanhas. Os pássaros e, às vezes, os pequenos barcos de pesca completam o cenário da aurora do verão, desenhando na baía de Iperoig um dos mais belos espetáculos naturais.


CONTINUA ...........Veja no dia 25/11/07, a 6 ª parte do Livro "Ubatuba, Espaço,Memória e Cultura" , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca - Editado em 2005 . Você encontra este livro na Biblioteca Municipal , na Praça 13 de Maio - centro, em Ubatuba é claro.

A HISTÓRIA DAS RÁDIOS FM EM UBATUBA-SP

Trechos do livro " Ubatuba, espaço , memória e cultura" , dos autores Juan Drouguet e Jorge O. Fonseca.

Houve também, com o passar dos anos, a entrada das rádios FMs, a primeira foi a Maré FM, com pelo menos 13 anos de existência. Seus fundadores e proprietários era Flávio Sherman, já falecido e Luiz de Gonzaga, mais conhecido como “Jim”, residente em São Paulo. Por um curto período esta rádio passou a retransmitir a programação da Rádio Jovem Pan FM, chamando-se Joven Pan de Ubatuba. Como não havia um retorno financeiro lucrativo nas propagandas para a matriz da Jovem Pan de São Paulo, o contrato foi cancelado. Em Janeiro de 2005, a Maré FM passou a chamar-se Beira Mar FM, o mesmo nome da rádio de São Sebastião, cujo dono também é Luiz Gonzaga. Esta rádio leva entretenimento a todos seus ouvintes, na faixa de estação de 101,5 MHz tocando durante as 24 horas vários tipos e ritmos de músicas nacionais, internacionais, também esta transmissora presta serviços à comunidade local.

Outra rádio FM é a Gaivota FM, uma rádio comunitária, reconhecida pela Anatel. Fundada no ano de 2002 por Mauro Lioberali, com o nome artístico de Mauro Lauro. A faixa de sintonia é a 104,9 MHz, com 25 wats de potência, localizada no Shopping Iperoig, no centro de Ubatuba. André Felipe de Camargo é o radialista responsável pelos vários tipos de música, nacionais e internacionais, MPB e Rock. A rádio também faz a prestação de serviço para a comunidade local.

A palavra rádio é derivada de radiodifusão ou radiofonia. A radiodifusão está relacionada com a transmissão pública de mensagens e sons à distância, por meio de ondas eletromagnéticas. A linguagem do rádio se constrói na base do som e do silêncio, entretanto, é o som, a matéria – prima com a qual a rádio arquiteta sua programação. Essas mensagens sonoras funcionam como estímulos auditivos. Neste sentido, a rádio transmite imagens da realidade, comunicando sensações, emoções, sentimentos e difunde informação (Sousa, 2004:342).

A evolução histórica do rádio encontrou na cidade de Ubatuba, um lugar propício para desenvolver-se, capitalizando como mídia os remanescentes de uma cultura, fundamentalmente oral. O sistema sonoro no qual a linguagem do rádio se estabelece em Ubatuba compreende elementos como: o uso da voz, a música e os efeitos sonoros. Quando estes elementos se combinam, perde-se a unidade conceitual, por isso o efeito sensorial baseado nos princípios do ritmo, da melodia e da harmonia (Santaella, 2001:97). A interação de tais elementos no sistema de rádio estabelece um novo conceito de linguagem radiofônica. Assim, a produção de significados para uma mensagem radiofônica depende do conjunto de elementos sonoros e do silêncio. Por esta razão, a estética radiofônica resulta de uma trama na combinação desses elementos sonoros e não na particularidade de cada um deles.

A voz que consagrou reconhecidas figuras da rádio, é um dos instrumentos preferências para a veiculação de mensagens em rádio. A linguagem verbal é polissêmica e a entoação de uma mensagem exerce diferentes funções: imperativa, submissa, irada e amorosa. As características físicas da voz: ritmo, intensidade, volume e tom contribuem para que o ouvinte atribua à mensagem um determinado sentido, fruto do processo de identificação: consigo mesmo ou com um outro. A voz, em última instância, tem o poder de aproximar ou de distanciar.

A linguagem musical também tem esse poder de provocar sensações, emoções e sentimentos, com a musica podem ser recriados ambientes físicos ou psicológicos, recorrendo à aprendizagem do receptor no sentido de promover uma correta decodificação das intenções do emissor.

Os meios de comunicação social promovem efeitos significativos na população. A rádio como veiculo que incentiva a audição de noticias, música e uma variedade de programas religiosos, educativos ou de entretenimento propõem à comunidade de Ubatuba, através de sua programação, uma série de mudanças nos modos de pensar, sentir e agir, de acordo com aquilo que está de moda e que responde aos padrões mais cosmopolitas de ser no mundo de hoje. Aqui visualizamos a influência da mídia nacional e internacional no âmbito restrito da mídia regional. Entretanto, existem honrosas exceções a esta regra nos tempos de globalização, a música é um deles, no livro Ubatuba nos Cantos das Praias – estudo do caiçara paulista e de sua produção musical de Kilza Setti (1985), nele encontra-se um aspecto importante que queremos destacar sobre a cultura caiçara, o cultivo da musica como fonte de preservação da cultura tradicional. A autora afirma que o caiçara tenta, ajustar-se ao que poderia ser o mínimo inevitável de civilização, procurando preservar o máximo possível, as formas tradicionais de equilíbrio. A audição de músicas estranhas a seu repertório não impedem a prática paralela do seu repertório tradicional. Ainda que esteja havendo uma progressiva adesão aos padrões impostos pela mídia – cultura urbana, nota-se - diz a autora – uma combinação desses com os padrões tradicionais de vida.

O rádio representa para a cultura de Ubatuba uma espécie de porta – voz da informação, na qual seus habitantes podem acompanhar o acontecer do mundo em tempo real, da música como expressão do saudosismo de caiçaras, quilombolas, migrantes e imigrantes que vieram a este lugar em busca de paz e progresso, do entretenimento e do lazer como alternativa ao desgaste do cotidiano e de civilidade no que se refere às práticas ritualísticas e urbanas na configuração de uma identidade autóctone que se vê refletida na voz deste meio cujo principal concorrente é a televisão.

DO LIVRO " Ubatuba, espaço , memória e cultura " : Os gênios da mata" - 1 ª Parte

Os gênios da mata são na mitologia Tupinambá, seres sobrenaturais pertencentes a duas categorias: potências malévolas e espíritos propriamente tais. Thevet recolhe tradições que falam do diabo com distintos nomes como Yurapiri. Segundo os missionários advindos ao Novo Mundo, este espírito do mal, guarda uma estreita relação com o diabo da religião católica. Sob a dependência deste espírito, outros agem em função dessa causa escura da humanidade. Yurapiri teria sido um empregado de Deus que devido a suas maldades foi dispensado do serviço divino. Tal demônio odeia a humanidade e impede com que as chuvas garantam a coleta de sobrevivência, maltrata os homens inspirando-lhes o medo e traindo-os diante da guerra contra os inimigos da tribo. Yurapiri é um demônio que “não presta e não vale nada”, associado em algumas oportunidades aos espíritos dos mortos e ao perambular por aldeias abandonadas, especialmente onde estão sepultados os corpos de seus parentes.

A natureza de Yurapiri está relacionada com o lugar que este freqüenta, isto é, com os bosques. É uma espécie de duende túpico, ogre ou divindade que aparece de acordo com cada tribo, em nenhum caso, afirma Métraux, opondo-se a Yves d’ Évreux, tem a ver com a alma dos mortos.

Os Tupinambá estabeleceram certa afinidade entre Yurupari e certas aves cujo canto ou aspecto pudessem inspirar sentimento de terror. Algumas das lendas chegam a sugerir intimidade sexual entre este espírito do mal e as aves de rapina.

Agnan ou Anhangá é um ser comparável a Yurupari, cuja ação principal era atacar as pessoas vivas, causando o maior terror entre os Tupinambá. Agnan provocava grandes violências repentinas em público, mas sob uma forma invisível. Os índios que relataram possessão deste espírito do mal afirmavam vê-lo na forma de um animal, de uma ave ou de qualquer outra forma esquisita. Para defender-se dos ataques desse malévolo que lhes ocasionava angústia, os Tupinambá não saiam de noite sem levar consigo um archote . Agnan ficava perto de túmulos abertos, devorando cadáveres quando nestes não eram depositados alimentos e bebidas de acordo com o costume. Agnan surge na mitologia Tupinambá episodicamente, no final da história dos gêmeos míticos, no papel do ogro, com o qual os dois “manos” entram em luta. Os gêmeos fazem deste personagem o bode expiatório, sem recear nenhuma represália por parte do mesmo.

Métraux interpela missionários e viajantes na ora de afirmar que Agnen é um “diabo” e atribui como causa desta confusão o caráter homonímico das palavras “añanga” e “agn” que é um designativo de alma, também com “angueré” que significa as almas destacadas do corpo. Talvez Agnen, um simples espírito da mata foi promovido pelos missionários, o mesmo que Tupã, à dignidade de diabo, em virtude dos malefícios causados por estas entidades à humanidade Tupinambá.

Kurupira é outro demônio das matas, protetor da caça e muito mal humorado a respeito dos homens. Sua forma mais conhecida entre os Tupinambá é a de um homenzinho que anda com os pés para trás. Kupira é uma imagem própria do litoral à qual Anchieta faz referência nas suas cartas. Para o jesuíta, os cupiras eram os espíritos que assaltavam os índios na floresta, açoitando-os, maltratando-os e até matando-os. Por esta razão, os selvagens - diz José de Anchieta, depositam flores e outros objetos em oferenda a tais demônios.

Os coropiras, cupiras e outras designações achadas nas tradições Tupinambá são fantasmas de Kurupira, desdobramentos deste espírito de aspecto humano, pois tinham a cabeça pelada e a semelhança dos Tupinambá andavam nus no só no meio da mata, mas também nas praias.

Um outro espírito é reconhecido na mitologia Tupinambá com o nome de Macachera, espírito das estradas que vai à frente do viajante, os Tupinambá viam nesse demônio um inimigo da saúde.

O padre José de Anchieta descreve nas suas epístolas que havia também nos rios outros fantasmas, Igpupiára, isto é, aqueles que moram na água e que também costumavam matar os índios. Os que viviam nas proximidades do mar ou dos rios eram chamados de Beatatá, que quer dizer, coisa de fogo ou todo fogo. Anchieta provavelmente se referia ao espírito dos mortos com os quais os Tupinambá lidavam ante a falta de um Deus.

Os espíritos nas crenças Tupinambá perambulavam por toda parte, principalmente na mata e em lugares escuros, manifestando-se de forma sinistra. Os espíritos dos mortos freqüentavam a proximidade das tumbas e seu comportamento era hostil em relação aos homens, causavam doenças, dificultavam o devir das chuvas e propiciavam a derrota na guerra. Estes espíritos agrediam fisicamente e atormentavam os índios de diversas maneiras.

CONTINUA..........Veja a 2 ª parte no dia 25/11/07

domingo, 11 de novembro de 2007

CONFIRA A 4 ª PARTE DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA"

ITINERÁRIO DA VISÃO

1. PRAIA DA PICINGUABA

Localização


A Praia da Picinguaba está localizada ao norte do município, a 40 km do centro de Ubatuba. Da entrada no km 8 da Rodovia Rio – Santos, BR 101, até suas areias são mais 6 km. Picinguaba está entre as praias de Bicas e Brava do Camburi.

Acesso

O acesso à praia é pela rodovia Rio Santos, BR 101. Existe uma linha de ônibus Centro - Picinguaba da empresa Cidade de Ubatuba, com alguns horários, que chega até a Vila da Picinguaba.

Visão

Com apenas 50 metros de praia, Picinguaba é uma charmosa vila, onde podem ser reconhecidas as típicas formas de vida caiçara . A pouca praia é compensada por diversas belezas que o mar e a mata oferecem àqueles que lá ainda mantêm suas raízes e aos que lá chegam para sentir a verdadeira sensação da vida tranqüila dos seus típicos moradores.

Embora suas muitas casas de alvenaria se destaquem no meio da paisagem natural do local, a praia mantém um visual esplendoroso e selvagem. Essas casas rústicas abrangem também alguns morros.

Adentrando nas matas das proximidades da praia, pode-se aventurar por trilhas e em 30 minutos de caminhada chegar na Cachoeira do Saco da Guarda ou então no Saco da Cabeçuda. Ainda, no percurso de uma outra trilha mais longa, atravessando o Morro do Baú, está a praia do Praiano. As histórias locais - lendas repassadas oralmente - advertem aos turistas a nunca chegar em altos gritos, pois correm o risco de nunca mais voltar.

Vale ressaltar que a baía da Picinguaba reserva aventuras para todos os gostos e, além da pescaria, dos passeios de traineiras e canoas disponíveis na vila, pode-se daí avistar ilhas como a Comprida, das Couves, entre outras, e praias vizinhas como as das Bicas, Fazenda, Brava e Camburi.

Demanda turística

A demanda turística da praia de Picinguaba chega a ser seleta principalmente devido à sua localização, distante do centro de Ubatuba. Nos meses do verão, o movimento é maior de turistas, com maior presença de estrangeiros, artistas plásticos, entre outros.


2. PRAIA DO UBATUMIRIM

Localização

A Praia do Ubatumirim está localizada a 28 km do centro de Ubatuba, ao norte da cidade . Da entrada a partir da rodovia Rio – Santos, BR 101, exatamente no km 18. Depois, são mais de dois quilômetros de estrada de terra. Ela está entre as praias do Estaleiro do Padre, na mesma faixa de praia após o rio Ubatumirim e a pequena praia da Justa.

Acesso

O acesso para Ubatumirim se dá pela rodovia Rio – Santos, km 18. A mesma linha de ônibus existente para Picinguaba passa por esta praia. A empresa que faz a linha tem vários horários, existem ônibus que chegam a entrar no Sertão do Ubatumirim, mas nenhum deles chega até a praia.

Visão
Com uma extensão de 3.800 metros, juntamente com a Praia do Estaleiro, a praia de Ubatumirim é uma continuação da mesma, mas separadas pela foz do rio que leva o mesmo nome da praia e que pode ser avistada em todo seu esplendor do mirante da Almada.

A beleza dessa praia levou o local a ser palco de produções cinematográficas e televisuais.

A longa extensão da praia do Ubatumirim nos permite enxergar um panorama vasto. A praia agrada aos que procuram sossego, tranqüilidade, longe dos grandes centros urbanos. Ao lado direito da praia existe um pequeno rio de água escura que desemboca no mar. Seguindo pela orla marítima é possível, em períodos de marés baixas, atravessar a costa, sentido à praia da Justa. Também é possível, com a maré muito baixa, atravessar em questão de poucos metros até a ilhota das Cobras, muito próxima do continente, entre as praias de Ubatumirim e a Justa.

Turistas ou visitantes que pretendem passar dias na Praia do Ubatumirim e desfrutar melhor de suas belezas naturais, os meios de hospedagem mais imediatos são os campings: o da Zita, do Damásio, do Geraldo, do João, ou a pousada da Zita e do Lucasmar Chalés, todos com uma infra-estrutura razoável, com estacionamento, iluminação, sanitários e chuveiros.

Demanda turística

A demanda da praia de Ubatumirim é bem variada, principalmente na “alta temporada”, chegando a lotar, como no ano novo, no mês de janeiro e no carnaval.



CONTINUA..............DIA 18/11, VEJA À 5 ª PARTE do Livro UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA", dos autores : Juan Drouguet e Jorge Otavío Fonseca, editado em 2005.
Este livro pode ser encontrado na Biblioteca Municipal " Atheneu Ubatubense"

a história da Rodovia Rio - Santos em Ubatuba

Segundo o site http://estradas.com.br/histrod_riosantos.htm , a Rodovia Rio – Santos foi entregue em três etapas, nos anos de 1973, 1974 e finalizando em 1975, e que sem uma inauguração oficial, esta rodovia atendia a três objetivos principais: 1) unir dois importantes pólos econômicos, em opção lógica e muito vantajosa, seguindo a Serra do Mar; 2) podendo servir de meio de fuga no caso de problemas graves na Usina Nuclear para os moradores na região de Angra dos Reis; 3) exibir os encantos da exuberante natureza da região ao turismo, com suas mais de mil praias, ilhas, cachoeiras além de suas matas e montanhas.

Foi nesta época da construção da rodovia BR-101, que aconteceu a maior migração de mineiros e alguns baianos para o município de Ubatuba. Naquele momento da história nacional, o desemprego era grande e estas pessoas, homens ansiosos por trabalho e assim sustentar suas famílias, largaram suas cidades natais, em direção ao litoral paulista. Segundo o senhor Barhouch as pessoas em Ubatuba não se habituaram ao esquema de trabalho da empreitada nas obras da rodovia, forçando a contratação destes mineiros e baianos. Razão que justifica hoje a boa parcela destes imigrantes, fazendo parte dos habitantes de Ubatuba.


Veja a matéria extraída do Livro " Ubatuba, Espaço, Memória e Cultura" dos autores : Juan Droguet e Jorge Otávio Fonseca

A rodovia Rio – Santos é um elo econômico, um verdadeiro cartão postal que permite aos turistas percorrer e apreciar durante o trajeto, as paisagens consideradas uma das mais bonitas do mundo. Começando no Estado do Rio de Janeiro, com início em Itacuruçú, passando por Mangaratiba, Angra dos Reis, Parati; e, já no Estado de São Paulo, cortando o município de Ubatuba com as paisagens das lindas praias; passando ainda por Caraguatatuba, São Sebastião, com acesso a Ilha Bela, Bertioga, Guarujá. Um trajeto cheio de sinuosas curvas, caminhos que levam as praias paradisíacas, cenários maravilhosos em lugarejos com rica história caiçara, natureza exuberante a todo instante. Uma viagem que encanta a turistas, visitantes e aventureiros por todos seus 457 km desta rodovia que liga dois grandes pólos econômicos importantes do país .

Said Barhouch Filho conta que a rodovia BR-101, trecho que compreende a cidade de Ubatuba, teve o início de suas obras por volta do ano de 1972, ano que ele veio à Ubatuba, mais especificamente no dia 16 de Março, para auxiliar o engenheiro responsável Abid Elias Cadah, ficando no município definitivamente. Há 33 anos em Ubatuba é responsável hoje pela manutenção e cuidados da estrada nos trechos de Ubatuba, ao longo da rodovia BR 101.

A extensão da estrada dentro do perímetro urbano do município de Ubatuba, das divisas entre Caraguatatuba – SP e Parati – RJ, tem um percurso de 83.260 kms. A suas obras foram divididas em duas etapas, sendo a primeira compreendida desde o Rio da Praia da Fazenda até o Rio Grande próximo ao Trevo, saída para Taubaté. A segunda etapa compreendia do Rio Grande – Trevo - até o Trevo da Praia Grande. Vale lembrar que o trecho da rodovia entre Ubatuba e Caraguatatuba já existia, e para concluir a ligação entre as duas grandes capitais portuárias do país, Rio e Santos, foi necessário utilizar trechos da rodovia paulista, hoje SP 055, que percorre as cidades do litoral norte.

A primeira base em que funcionavam as instalações do DNER, o seu escritório montados em madeira, localizava-se onde hoje funciona a atual sede da Prefeitura Municipal, construída pela mesma. Eram muitas as frentes de serviços, equipes em trechos diferentes no trajeto da estrada como no trecho do Rio Grande - Trevo, no Itamambuca onde havia o acampamento da Construtora mantida pelo DNER e no trecho do Rio da Praia da Fazenda. Enquanto uma equipe desbravava matas fechadas, desmatando, outra se dedicava aos destroncamentos e encravamentos de estacas metálicas para construção de pontes. Eram vários os trabalhadores braçais, uma média de mais de 500 homens, todos vindos dos Estados de Minas e da Bahia .

As dificuldades eram muitas, pois, o lado norte do município não possuía nenhum caminho por simples que fosse. A estrada da Casanga era um caminho que possibilitava o acesso até o acampamento no Itamambuca, mas de difícil percurso. As muitas máquinas de terraplanagem eram transportadas por “chatas”, tipos de balsas que pelo mar seguiam até as praias da Fazenda e Ubatumirim. Os serviços eram 24 horas, todos os dias e com dois turnos e que durante a noite costumava-se escutar os barulhos das máquinas trabalhando do centro da cidade.

De acordo com Barhouch, o trecho da estrada sob sua responsabilidade da obra finalizada era até a região do Rio da Praia da Fazenda, terminado o trecho paulista. Até ali viria de encontro com a abertura da estrada, obra do trecho que vinha do Estado do Rio de Janeiro. O percurso da estrada cortando o município de Ubatuba passava por algumas fazendas de café, grandes áreas que foram desapropriadas pela Procuradoria Jurídica Federal. Muitos loteamentos, como o Mato Dentro, o Jardim Carolina e da Estufa (dividida em Estufa I e II), tiveram os imóveis, terrenos com casas próximo ao centro da cidade, cortados pela rodovia.

Hoje a manutenção da estrada é feita por equipes terceirizadas, contratadas por empreiteiras sob a responsabilidade da DNIT com sede à Rodovia BR-101, a altura do km 49, juntamente do o Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Said Barhouch Filho é o engenheiro responsável desde o ano de 1974, sendo este departamento pertencente à Regional de Taubaté, sob a responsabilidade do engenheiro Nilson Franco Martins, e ao Estado de São Paulo do 8º UNIT .

domingo, 4 de novembro de 2007

JORGE FONSECA 100% CAIÇARA - Última parte

Jorge Fonseca lembra que o carnaval era realizado na maioria das ruas do centro e o corso parava em frente de casas que pediam. Até o Hotel Felipe marcava a presença dos blocos carnavalescos que desfilavam pelo local onde mais tarde seria a Avenida Iperoig. Bares convidavam o bloco do seu Jorge a tocar no local e também no antigo Hotel Atlântico. A alegria era tanta que as pessoas amanheciam nas ruas , pura diversão, sem perigo e sem maldade. Ele relembra dos blocos “os mascarados” que anunciavam o carnaval a partir das duas horas do primeiro dia, domingo, fantasiados de forma assustadora.. Eram sacis, caveiras, fantasias de vermelho imitando o diabo, personagens que corriam atrás das crianças para assustá-las. A partir das dez da noite, alguns se vestiam de morte e saiam fantasiados de caveiras, carregando foices. O último dia era na terça-feira, respeitando a quarta-feira de cinzas quando religiosamente, nenhuma alma viva saia às ruas em sinal de sacro respeito.

Jorge Fonseca era um grande carnavalesco, chamado de mestre, levava a sério os ensaios e as marchas que eram escritas por ele, por exemplo a marcha “Pela primeira vez”, entre outras de sua autoria. Ensaiavam em um mês e meio e o numero de pessoas era de 70 integrantes fantasiados. Sua esposa, Dona Celina ficava responsável por sua fantasia pronta e no cabide, depois ela poderia confeccionar as outras, atravessando, para isso, noites em claro. Os ensaios aconteciam em salões emprestados como no Ateneu, perto da igreja Matriz que foi liberado pelo Padre João. Em outros anos, tais ensaios foram no salão de Dona Idalina Graça: “As de Ouro” e “O boêmio de ouro”.

Eram realizados campeonatos entre os blocos, disputas que davam prêmios em dinheiro e troféus recebidos das mãos do Matarazzo, quando prefeito. Jorge Fonseca diz que todos os anos tirava blocos nos carnavais da cidade, entre os anos de 1940 à 1972. Depois parou, viu que não era mais a mesma coisa, que as pessoas começaram a querer bagunça em vez de diversão sem violência. No início dos anos oitenta, ele volta atendendo ao convite de seu compadre e amigo Toninho Marques, sendo esse o último de seus carnavais frente a um bloco de rua. O bloco foi o “Pé de Cana”, onde as pessoas em uma fantasia muito simples, feita de saco de pano, empunhando uma ponta de cana em folhas pulavam descalços pelas ruas do centro da cidade relembrando décadas anteriores de sua juventude carnavalesca. Jorge Fonseca termina a nossa entrevista falando sobre os carnavais antigos de Ubatuba, lembrando nomes de pessoas da época que tiravam blocos: Mane Raé (Moçambique), Joaquim Rita (Banda Cipó), João Vitório (Dança da Fita); Antonio Argeu (Dança do Bugre) e Dona Maria do Paulo (Dança Sempre Viva), estes os mais antigos. A partir dos anos 40, quando ele começou junto com Bibaco, Ditos Roque, Evaristo, Jonas, Antonio Barbosa, Bideco, Cacareco, Emílio, Miguel Argel, Zé Graciano, Quinzhinho, Virgínia, Benedita Efigênia, Maria di Bê, Catarina, Iracema entre outras pessoas que vinham, inclusive de outras cidades.

Os enunciados do discurso de Jorge Fonseca são signos de uma realidade que dialoga o tempo todo com o passado, de forma imediata e prática. A revitalização do entrevistado parece vir de sua voz, meio pelo qual ele se transforma em protagonista principal da história. As palavras assim cobraram vida e nos envolveram. As palavras percorreram todos os domínios, costurando as informações sobre as origens de sua família, sobre seu trabalho e sobre o carnaval no qual ele era festeiro. Esse saber do cotidiano parece ser, na a concepção caiçara essencial à própria existência, centro de organização de toda a fala de Jorge Fonseca, assim como de todos os entrevistados, é a expressão do interior e do exterior, situada no âmago do meio social do qual o caiçara faz parte. Ele é o espaço privilegiado dessa dinâmica humana em que o ser constrói e se desconstrói no cotidiano, lugar onde penetram os meios de comunicação.

TEXTO EXTRAÍDO DO LIVERO : " Ubatuba, espaço, memória e cultura " , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca.

UBATUBA , ESPAÇO , MEMÓRIA E CULTURA ....3 ª PARTE

Demanda Turística
A demanda turística varia de acordo com o ponto de vista a ser considerado, uma vez que Ubatuba é, como já mencionamos, um destino turístico, e isso define toda e qualquer praia como um recurso natural de interesse, demanda e desejo por parte do turista. Na economia, a demanda turística está atrelada à relação de quantidade de qualquer produto, bem ou serviço que o público em geral queira e possa comprar por um preço específico, dentro de um conjunto de preços possíveis em um tempo determinado.

A demanda turística anual, segundo pesquisas realizadas pela Secretaria de Turismo de Ubatuba SETUR, a COMTUR e a empresa MEDIMIX em janeiro de 2004, referem que o período considerado “alta temporada” vá do dia 26 de dezembro até o 31 de janeiro Também são considerados Carnaval, Semana Santa e os feriados prolongados tradicionais como 7 de setembro, 12 de outubro e Finados, em 1 e 2 de novembro. A baixa temporada, que vai de março a dezembro, registra movimento médio de 20% a 40% do fluxo turístico. O mês de julho, considerado de baixa temporada, tem aumento de 40 a 60% populacional, devido à visita dos turistas. A população flutuante na alta temporada mantém a média –de 300 mil turistas com permanência média de sete a dez dias, chegando a picos de 800 mil no Réveillon e Carnaval. Em geral, o turista busca lazer (94,6%), um número menor encara a viagem como de “caráter familiar (4,2%), outros dão preferência à prática de esportes (2,4%), e apenas 1% têm interesse ecológico ou paisagístico”. O restante (4,2%) vai à cidade em viagens de negócios, ou tratamento de saúde, entre outros.

As pesquisas também mostram que o mais desagradável para os turistas é a falta de infra–estrutura local, não adequada para recebê-los. Os documentos também citam a falta de planejamento na recepção, até mesmo a “impressão”, mantida por alguns visitantes, de Ubatuba ser uma cidade “abandonada”.

* * *

Ubatuba tem mais de 84 praias, ao longo de cem quilômetros de costa . Algumas ainda sofreram pouca interferência humana, enquanto outras localidades já abrigam uma ampla infra-estrutura para receber os turistas, com várias opções de atividades para lazer ou esportes.

Fazem parte do litoral sul de Ubatuba, as praias de Galhetas, Figueira, Ponta Aguda, Mansa, Lagoa, Frade, Saco da Banana, Raposa, Caçandoquinha, Caçandoca, Pulso, Maranduba, Barra/Palmira, Domingas Dias, Lázaro, Sununga, Sete Fontes, Flamenguinho, Flamengo, Ribeira, Saco da Ribeira, Lamberto, Perequê – Mirim, Santa Rita, Sapé, Lagoinha, Oeste, Peres, Bonete, Grande do Bonete, Deserto/Cedro do Sul, Fortaleza, Brava da Fortaleza, Costa, Vermelha do Sul, Dura, Enseada, Fora, Godoi, Toninhas, Grande, Tenório, Vermelha do Centro e Cedro.


No litoral central de Ubatuba
encontramos as praias de Itaguá, Iperoig/Cruzeiro e Matarazzo.

O litoral norte de Ubatuba tem as praias de Perequê-Açú, Barra Seca, Saco da Mãe Maria, Vermelha do Norte, Alto, Itamambuca, Prainha, Félix, Lúcio/ Conchas, Prumirim, Camburi, Léo, Meio, Puruba, Justa, Ubatumirim. Almada, Brava do Norte, Fazenda, Picinguaba e Brava.

Portanto, em posse de todas estas coordenadas que nos servirão para percorrer o litoral de Ubatuba, sugerimos os dois itinerários a seguir, traçados de acordo com a divisão espacial do litoral. As dez primeiras praias escolhidas seguem o recorrido da visão: norte, centro e sul, as dez seguintes, o percurso do olhar: sul, centro e norte.


CONTINUA............Próximo Capítulo será editado dia 11/11/07

Conheça a história do primeiro grupo escolar de Ubatuba

ESCOLA ESTADUAL DR. ESTEVES DA SILVA ......
PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR DE UBATUBA

O primeiro Grupo Escolar de Ubatuba foi criado por Decreto, datado de 1º de julho de 1896, reunindo assim as escolas urbanas em um único grupo escolar. O Professor Francisco de Paula Cortez, vindo da vizinha cidade de São Luiz do Paraitinga deu início a esta tão importante tarefa educacional, favorecendo muitas das gerações ubatubenses. Os professores Benedito Juvenal de Escobar e Aquino, Francisco Lourenço dos Santos, Francisco de Paula Cortez e o professor – diretor, Luiz Mariano Bueno formaram o primeiro corpo docente deste estabelecimento educacional, que curiosamente não eram diplomados, mas tinham o reconhecimento através de concursos na Capital.

A localização do antigo e do atual prédio educacional encontra-se na Rua Jordão Homem da Costa, fazendo frente com o Rio Grande, cuja denominação é “Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva” que foi instalado nesse lugar, em 18 de julho de 1896. O primeiro prédio era de propriedade de Dona Joana Rosa dos Santos Nobre, também conhecido como Solar dos Pires Nobre, adquirido e comprado pelo Estado em 1910. Era um prédio de arquitetura simples, mas elegante e com características coloniais, situado em uma chácara que acompanhava as curvas do Rio. Palmeiras, mangueiras frondosas entre outras árvores, completavam o belo cenário mas o passar dos anos resistindo à ação do e a falta de manutenção fizeram do edifício ruínas. Sua demolição total se realizou em 1943.

O atual prédio do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva, demorou anos para ser concluído. Enquanto isso, as mesmas salas foram espalhadas em vários pontos da cidade pela Prefeitura no aguardo conclusão do novo prédio na mesma chácara dos Pires Nobre

Até 1987 o Grupo Escolar funcionava como uma escola masculina , e então, arrojadamente, houve uma anexação de três escolas femininas o que não foi aceito pelas autoridades estaduais do ensino que determinaram a volta às antigas escolas. No ano seguinte, o mesmo aconteceu com as turmas masculinas, voltando os mesmos às antigas escolas dos bairros distantes, fechando-se assim o Grupo Escolar. Em 1900, o Grupo Escolar foi reaberto com o Professor Luiz Mariano Bueno como diretor, reassumindo suas turmas masculinas. Em 1908, o grupo feminino também voltou de vez a fazer parte das turmas de estudantes daquele estabelecimento escolar e até hoje o Grupo Escolar cumpre sua missão de formar crianças, jovens e adultos no ensino público educacional de Ubatuba. Há 109 anos o Grupo Escolar “Dr. Esteves da Silva” exerce o papel mais nobre na sociedade, educar para a vida e a civilidade.

Texto extraído do livro “ Ubatuba, espaço, memória e cultura “, editado em 2005, pelos autores Juan Drouguett e Jorge Otávio Fonseca

IPEROIG NEWS....

SAIBA ONDE ESTÁ LOCALIZADA UBATUBA...

O Município de Ubatuba encontra-se no território nacional do Brasil, exatamente dentro do Estado de São Paulo, na região Sudeste do país. Esta zona compreende toda a orla marítima muito recortada numa sucessão de baías, angras, enseadas e sacos. Disto resulta uma infinidade de praias de médio e pequeno porte quase sempre junto aos paredões da Serra do Mar, que ali termina em forma de costões. As suas baixadas são de pouca extensão e, devido ao declive mais acentuado, os rios não chegam a ser caudalosos. Esta configuração proporciona maior facilidade para a pesca, oferecendo terrenos mais férteis para a agricultura e um clima mais salubre, dando margem para o estabelecimento de grupos humanos com melhores condições de vida.
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CONHEÇA O SIGNIFICADO DO NOME UBATUBA

A etimologia da palavra Ubatuba é muito discutida. Escolhemos a que melhor representa sua aproximação com a raiz tupi, na voz de historiadores e pesquisadores amantes da veracidade originária dos vocábulos. Uba: cana silvestre, planta nativa da região. Tuba: abundância de plantas, sítio, pomar. Ubatuba, portanto, quer dizer flechal, sítio onde abundam flechas e ubás (De Oliveira, 1977:16).
A feliz referência bibliográfica do primeiro autor de sobrenome Florençano corresponde a um achado documental e literário: Roteiro de Ubatuba, de 1951, cujo autor é Paulo Camilher Florençano, que há mais de cinqüenta anos se interessava por fotografas e relatar Ubatuba como um atrativo turístico de relevância, “uma aprazível cidade do litoral paulista”.
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PICINGUABA SIGNIFICA ...

Picinguaba em tupi quer dizer “refugio de peixes”. É uma vila tombada pelo patrimônio histórico, um pequeno refúgio de pescadores que ainda mantém e preserva a tradição da pesca, os costumes caiçaras e a transmissão oral das suas estórias.
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PRAIA DO UBATUMIRIM , O SIGNIFICADO DE UBATUMIRIM É...

O nome da Praia do Ubatumirim é de origem tupi, ibatyba, significa sítio onde abundam pequenos ubás, espécie de cana silvestre.
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Texto extraído do livro “ Ubatuba, espaço, memória e cultura “, editado em 2005, pelos autores Juan Drouguett e Jorge Otávio Fonseca