sábado, 30 de março de 2024

TERRA PRA QUÊ

 

 Eu  olhei o morro ao redor, onde outrora o meu povo cultivava sua subsistência, garantia a minha existência e a nossa cultura. Agora estava completamente ocupada por propriedades de gente rica, com quase nenhuma árvore e muitas porções de terra recoberta com cimento. A cachoeira que bastava ao povo do lugar desapareceu. Poços foram cavados nas profundidades enquanto a empresa que lucra com água não se interessa no investimento. São em momentos desses que eu mais penso na preservação ambiental. Os meus antigos, em seus roçados, não causavam tais danos à natureza porque seguiam os hábitos indígenas de cultivo em pousio. A pureza das águas era algo sagrado, delas todos bebiam. Qualquer veio d'água tinha seus peixinhos, seus camarões e demais seres que ali se sustentavam. Aos animais peçonhentos, quando a morte era inevitável, havia um lugar reservado. Ali, onde era o Buraco da Cobra, toda a comunidade sabia que deveriam ser largados os bichos mortos, sem perigo para ninguém. Os peixes e frutos do mar eram básicos na sobrevivência. Suas cascas e seus restos serviam para realimentar a terra, sustentar  as raízes e frutas tão essenciais à vida, se juntavam no monturo às folhas secas e galhos e eram revolvidos pelas galinhas, pela criação. Vidros eram guardados à parte, tinham suas serventias diversas. Plásticos não era comum. A posse da terra era para servir à vida do povo que ali habitava. Agora, lendo um documento antigo, do século XVII, lavrado pelo Juiz Ordinário Diogo Couqueiro, me deparo com a fundação da Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, cabendo ao Capitão Jordão Homem da Costa "fazer a Vila e Igrejagastando com sua fazenda por provisão que tem da Senhora Condessa dona Mariana de Sousa Guerra [Condessa de Vimeiro], proprietária das ditas terras e Senhora... por sua Majestade e assim por esta escritura assim eu e o mais herdeiros assinados como contentes que a possa dar de sesmaria a quem lhe parecer que a possa aprovar e aproveitar e pagar dela os dízimos a Deus e os redízimos ao dito Capitão para enviar à Senhora Condessa e assim o havemos por bem e tiramos todo o nosso dito domínio e poder careçam se temos algum direito nas ditas terras para que o dito Capitão as possa dar aos ditos povoadores que é assim serviço de Deus e de Sua Majestade e da dita Condessasendo por testemunhas...". E segue poucos nomes, os tais primeiros povoadores. Nada se diz referente aos povos originários, à etnia Tupinambá, a nossa importante raiz cultural, uma das bases da cultura caiçara. Mais tarde, no advento do turismo, aconteceu algo semelhante: não houve esforço para aprender com as pessoas que habitavam o espaço litorâneo, que aqui viviam há séculos. O resultado está aí: uma massificação cultural e uma destruição do meio ambiente. Foi claro o desrespeito cultural! 

   Tenhamos a convicção que é a cultura, formada pelo tempo de vida humana sobre este pedaço de chão chamado de Ubatuba, que permite um elo muito forte da comunidade com todos os demais seres (plantas, animais, rios, mar etc.). Digamos que isto é espiritualidade de fato. O resto é tramoia de poucos para viverem às custas da maioria, para destruir a natureza. É evidente que a dívida pelo roubo praticado pelos invasores europeus e por especuladores dos tempos recentes ainda permanece, tem seus desdobramentos cruéis. O futuro está ameaçado.

Ilha Anchieta tem programação de aniversário



O Parque Estadual da Ilha Anchieta, em Ubatuba, terá uma programação especial para comemorar seu aniversário de 47 anos no próximo domingo(31). As atividades serão voltadas para cultura, natureza e celebração das tradições locais.

Para iniciar as festividades, está programada uma  "Volta ao Parque" a bordo da canoa caiçara Maria Comprida II, construída pelo mestre Baeco. Os visitantes terão também a oportunidade de vivenciar o  "Fandango", uma manifestação cultural de dança e música que faz parte do rico patrimônio cultural da região.

Um dos pontos altos da celebração será o lançamento da revitalização do "Centro de Visitantes" seguida pela apresentação do "Boi de Conchas".  Além disso, haverá tendas educativas de parceiros, proporcionando interatividade e informação sobre conservação e biodiversidade.

A Aldeia Boa Vista, povo Guarani, estará presente no evento, compartilhando seus saberes ancestrais por meio do artesanato, proporcionando ao público uma imersão na cultura indígena.

O artista plástico local de Ubatuba, Adriano Art, criará uma obra em homenagem aos povos originários, que ficará exposta no novo Centro de Visitantes.

O evento é uma iniciativa da Fundação Florestal e o Green Haven Ilha Anchieta, com os monitores ambientais autônomos, APA Marinha do Litoral Norte, Tamar, Instituto Argonauta, Biophilium, Plant Verde e Fundepag – Instituto de Pesca.



FONTE :   https://www.meon.com.br/noticias/litoral-norte/ilha-anchieta-tem-programacao-de-aniversario


quinta-feira, 28 de março de 2024

Estamos em plena Semana Santa..,Então vai aqui causinhos da Sexta Feira Santa,vc sabia ?



Que na sexta da Paixão..além do jejum, abstinência de carne há monte histórias que os antigos contavam ? :
Na minha casa minha mãe ensinou a todos nós a fazermos todos serviços até quinta feira ao meio dia ,depois era silêncio e oração.
Quena sexta feira Santa, nao se caçava ,nem pescava e nem ia para a roça; Ela em tempos antes contava também que até os cabelos eram penteados e presos na véspera,para não usar o pente no dia Santo, nem pensar em costurar ,corrida se o risco de mais tarde a máquina costurar sozinha......lavar roupa muito menos..tem a história da mulher que teimou em lavar a roupa no rio ...e era costume " bater " a mesma em uma taboa ....na terceira batida ,a taboa gemeu...(!!!) do compadre que mesmo avisado e sabedor o dia santificado foi caçar , resultado: foi seguindo um passarinho até perde se não mata e só foi encontrado por outros compadres que o procuram por muito tempo e só o acharam a noite sem ter dado um único tiro....e do outro que foi tirar palmito ( quando não era proibido) e acabou pendurado no próprio tronco do palmiteiro só saindo de lá a noite depois de muito rezar pedir perdão...; e tem aquele teimou em comer carne e esta sangrou no prato....outro que também insistiu na carne e esta apareceu cheio de ovos de mosca ..mas qdo mais tarde foi desfazer se dela ,a mesma se encontrava limpa e pronta para comer....; não se cantava nenhum outro canto que não fossem os religiosos...quem tinha rádio ,não os ligava até o sábado santo depois do meio dia.
Do livro " Os Caiçaras Contam.."diz também que o casal não se pode fazer sexo.: se caso a mulher engravidar e a criança for menina será bruxa ,se menino será lobisomem...esses encantos vão demorar a passar.... são as maldições da Sexta feira Santa....
Lembrando que Sexta Feira Santa não é feriado.... É DIA SANTO!!!

Texto e foto de Ana Maria Fernandes
via facebook

Elis Regina fez maior show da vida em bar humilde de Ubatuba; entenda

 



A cantora Elis Regina / Acervo UH/Folhapress


Caso do 'show histórico' em Ubatuba foi revelado por João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina, recentemente


BRUNO HOFFMANN


A cantora Elis Regina fez o maior show da vida em um bar humilde de Ubatuba, no litoral norte paulista. Essa história foi contada recentemente por João Marcello Bôscoli, filho de Elis, durante o podcast B3+1

Segundo o produtor, o caso divertido foi revelado por Roberto de Oliveira, diretor e produtor audiovisual, amigo de Elis, que presenciou o “espetáculo histórico”. Ele estava ao lado do irmão, o cantor e compositor Renato Teixeira. 


Os três amigos estavam em Ubatuba, quando foram surpreendidos por uma chuva forte, um temporal daqueles. Eles se abrigaram em um bar modesto, de chão de terra batida. Nessa hora um homem bêbado se aproximou de Elis e disparou, com voz arrastada: “Você é cantora? Então canta!”.

A cantora se recusou inicialmente, mas o homem, com a falta de tato comum a pessoas embriagadas, não desistiu: “Você não é cantora! Se você é cantora, por que não canta?”. Irritada pelas provocações, Elis pediu que Renato pegasse o violão e o resultado foi, nas palavras de Roberto de Oliveira, o melhor show da vida dela.

“Convivi muito com a sua mãe. Viajei circuito universitário, fomos para os Estados Unidos, ‘Elis e Tom’, ‘Falso Brilhante’, e eu nunca vi ela cantando tanto na vida dela. Foi a melhor performance dela ela cantando tudo para o bebum”, disse Roberto a João Marcello, anos depois.


Ao fim do show improvisado, o sujeito olhou em volta e se limitou a dizer: “É, ela canta bem”.

 FONTE :

https://www.gazetasp.com.br/anexo/elis-regina-fez-maior-show-da-vida-em-bar-humilde-de-ubatuba-entenda/1135787/









Leia mais em: https://www.gazetasp.com.br/anexo/elis-regina-fez-maior-show-da-vida-em-bar-humilde-de-ubatuba-entenda/1135787/

quarta-feira, 27 de março de 2024

Associação Lira está com vagas abertas para Coro adulto e infantojuvenil


As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo site da Lira

Já pensou em se unir a mais de 40 vozes para cantar músicas clássicas, populares e aprender notas, ritmos e timbres? A Associação Lira Padre Anchieta oferece essa oportunidade e está com as inscrições abertas para participar do Coro da Lira adulto, a partir dos 18 anos, e infantojuvenil, de 8 a 18 anos.

“Nosso coro adulto já possui cerca de 40 vozes, mas queremos ampliá-lo. Já o Coro infantojuventil é um sonho que vamos tirar do papel, graças à verba que conquistamos com a Câmara Municipal. Por isso, convidamos a todos os interessados a se inscreverem. As vagas são limitadas”, explicou o presidente da Associação Lira Padre Anchieta, Yuri Ribeiro.

As inscrições para se tornar integrante dos Coros da Lira devem ser feitas diretamente no site da Associação: https://liraubatuba.com.br/cadastro.php?pag=lista_espera

Os ensaios dos Coros vão ser realizados no anexo do Sobradão do Porto, toda terça e quinta-feira, às 19h, para adultos, e às 17h30, às quintas-feiras para os integrantes do infantojuvenil.

A Associação Lira Padre Anchieta é composta por diversos projetos: a Banda Sinfônica Lira, grupo de instrumento musical mais antigo de Ubatuba (28 músicos); a Retreta Maestro Pedrinho, formada por 15 músicos; Grupo Fressom; voltado ao improviso e diversos ritmos brasileiros; Coro da Lira, grupo de vozes com 40 integrantes; e a iniciativa Lira do Amanhã que oferece aulas de instrumentos para todas as idades gratuitamente, a partir dos 8 anos

FUNDART UBATUBA /  PMU

terça-feira, 26 de março de 2024

Centenas de pessoas fazem “penicaço” - Ano 2008

 


Por   Regina Teixeira   -  Ubatuba , 23 de Abril de 2008

Mais de 300 indivíduos Não-Governamentais (INGs), entre moradores e freqüentadores de Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, realizaram neste domingo, dia 20 de abril, o primeiro “penicaço” contra a poluição da Praia de Itamambuca, uma das mais badaladas do Estado e paraíso dos surfistas.

Munidos de penicos e escovas de limpar vasos sanitários, os manifestantes reuniram-se no canto direito da praia, em frente ao rio Itamambuca, que também é considerado impróprio. Crianças, jovens, adultos e idosos carregavam cruzes, faixas, cartazes e até um excremento inflável gigante, aos gritos de “xô cocô” e de uma marchinha de carnaval com o sugestivo nome de “Pai do troço”.

Apesar do tom de brincadeira, o manifesto trouxe à tona um problema muito sério, o da poluição das águas, que atinge várias praias do litoral e acarreta prejuízos para o turismo, a pesca e a saúde pública.

No caso de Itamambuca, escolhida como palco da manifestação por ser um símbolo de Ubatuba, “a capital do surfe”, esta é a primeira vez na história que a praia recebe bandeira vermelha. De acordo com análise da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o mar está impróprio para banho desde o dia 2 de abril, por causa do alto índice de coliformes fecais.

Realizado em pleno feriado prolongado de Tiradentes, o objetivo do “penicaço” foi chamar a atenção das autoridades e órgãos ambientais e, ainda, alertar o turista sobre o perigo de contrair doenças ao mergulhar em águas contaminadas. “É muito triste vir à praia e não poder entrar no mar”, queixou-se uma turista de Taubaté. “A bandeira vermelha passa despercebida. Se não fosse esse protesto e o planfleto distribuído na entrada da praia, eu teria entrado na água”, observou uma paulistana, que planejava voltar no próximo feriado, mas já decidiu que vai para o interior.

O panfleto alertando os turistas sobre os riscos de contaminação foi distribuído pela Sociedade Amigos de Itamambuca, que apoiou a manifestação do “penicaço”, junto com outras ONGs, como a Associação Somos Ubatuba (ASSU).

Os INGs colheram mais de mil assinaturas contra a poluição de Itamambuca e irão reivindicar a criação de uma comissão especial, envolvendo Estado, Prefeitura, Sabesp e outros órgãos competentes, para tratar do assunto. Só com o consentimento de todos e a vontade de encontrar soluções é que se conseguirá proteger o que ainda resta de natureza no nosso litoral.

Entenda o problema de Itamambuca

De acordo com o diagnóstico sanitário ambiental da região, realizado por iniciativa da Sociedade Amigos de Itamambuca (SAI), as ocupações humanas junto às margens do rio Itamambuca e seus afluentes caracterizam-se pela inexistência de sistemas adequados de tratamento de esgoto, sendo que 50% das edificações dispõem apenas de fossa negra, ou seja, um buraco no chão, sem revestimento interno impermeabilizante.

O constante despejo de esgoto doméstico nos corpos d´água que compõem a bacia hidrográfica de Itamambuca já ocasionaram a contaminação do rio, que vem recebendo bandeira vermelha da Cetesb desde o ano 2000, e agora comprometem o mar.

A degradação das praias não é um fenômeno novo e, se não houver ações práticas imediatas, o destino de Itamambuca será o mesmo do Cruzeiro, do Itaguá e de outras praias de Ubatuba em que não se pode nadar. “Não queremos só olhar o mar”, protesta um menino de 10 anos, participante do “penicaço”.

Poluição só traz prejuízos

Ancilostomíase, Estrongiloidíase, Amebíase, Giardíase, Febre tifóide, Ascaridíase, Enterobiose, Balantidíase são exemplos de doenças de veiculação hídrica, provocadas por vermes, protozoários ou bactérias presentes nas fezes humanas, que são despejadas inadvertidamente nos corpos d´água. De acordo com o mapa de saneamento básico do IBGE, no Brasil, apenas 20% dos esgotos recebem algum tipo de tratamento.

Ubatuba está inscrita nesse mapa da vergonha. Itamambuca, Itaguá, Santa Rita, Perequê-Mirim e Dura estão impróprias para banho, por causa do alto índice de coliformes fecais que deságua no mar.

O custo para tratar o esgoto sanitário é quatro vezes menor que o das internações motivadas por doenças infecto-contagiosas de veiculação hídrica. A conta é da organização Mundial da Saúde: para cada um real investido em saneamento básico, economizam-se quatro reais com atendimento médico e hospitalar.

A poluição das águas custa caro para o município, pois gera prejuízos para o turismo, a pesca e a saúde pública.

FONTE :  https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=20663

05/12: Projeto Acervo Memória Caiçara - Ano 2008

 

 
 
 
Reprodução 
  


Kilza Setti, em nome do Projeto Acervo Memória Caiçara, Museu Caiçara de Ubatuba e Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba)

convidam

para a cerimônia de entrega do acervo ao município de Ubatuba, que também marca o início da implantação do Projeto no município.

Dia 5 de dezembro de 2008, às 18h30
Fundart
Praça Anchieta, 38
Centro - Ubatuba

Programa

· Exposição fotográfica: Gente do Mar
· Apresentação do Projeto Acervo Memória Caiçara
· Lançamento do site do Projeto
· Coquetel
· Apresentação musical

(A exposição fotográfica permanecerá aberta ao público até 20 de dezembro, no período de 14h00 às 17h00.)

FONTE :  https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=23614

Rui Teixeira Leite é o prefeito de Ubatuba - Ano 2002



Em razão da viagem oficial que o prefeito de Ubatuba fará à África do Sul; o vice-prefeito, Rui Teixeira Leite, assumiu interinamente, desde esta quarta-feira, 30, a Prefeitura de Ubatuba. Durante dez dias, o vice-prefeito responderá pela prefeitura, atenderá o público e tomará as principais decisões, em substituição ao prefeito. 

30/09/2009 - 16h00

(Fonte: AICS - PMEBU)

Rebelião do presídio na Ilha Anchieta - 60 anos - Ano 2012

 

A rebelião do presídio da Ilha Anchieta, um dos mais históricos e sangrentos fatos do tipo no Brasil, completa 60 anos no próximo dia 20. Para marcar a data, o Parque Estadual da Ilha Anchieta, em parceria com a Associação Pró-Resgate Histórico da Ilha Anchieta e dos Filhos da Ilha (APRHIAFI) e Prefeitura de Ubatuba, realizam, no dia 23, sábado, mais uma edição do encontro que homenageia os militares e familiares mortos e também os sobreviventes desta tragédia.

`Capitão Deolindo´ - o nosso ginásio - Ano 2012

 

Falar do "Capitão Deolindo" é lembrar das namoradas, dos amigos que tenho até hoje, dos professores, dos funcionários, é lembrar dos bailinhos de formatura para arrecadar fundos, realizados nas casas dos próprios formandos. É lembrar dos professores que acabaram se tornando nossos amigos: César Aranha, Hércules Cembranelli, Jair Geraldo, José Wilson, Maurício Pisciotta, Joaquim Barbosa, Waldir Marques, Joaquim Lauro, Wilma Alves, Sílvia Ley, Day Ferreira, Fernando Almada, Fernando Carvalho dentre outros. É recordar-se do Grêmio Estudantil 28 de Abril que sempre esteve presente nas promoções desportivas e na vida social do município. É falar do Zezito, do Mané Hilário e da Zanel. É trazer à lembrança o melhor diretor que o ginásio teve: José Celestino Aranha.

Quantas gerações de ubatubanos se sentaram naqueles bancos escolares? Quantas histórias têm para nos contar aqueles que estudaram no Ginásio Estadual (hoje Colégio Estadual) "Capitão Deolindo de Oliveira Santos"? Terminei o ginásio (8ª série nos dias de hoje) em 1969, no prédio onde hoje está instalado o colégio Olga Gil. Era uma situação provisória. Aguardava-se o término e entrega do prédio que estava sendo construído pelo governo estadual. O mestre de obras na construção era o saudoso Antônio Canabrava.

Os terrenos onde hoje estão instalados os prédios do Colégio Capitão Deolindo, piscina, Tubão e Delegacia de Polícia foram desapropriados para servirem a estas instituições e, ao mesmo tempo, serviram ao arruamento dos loteamentos Umuarama e Jardim Nova Ubatuba (SILOP). É bom frisar que o perímetro urbano da cidade terminava na Rua Gastão Madeira. A partir daí, era só mato e trilhas. A Rua Conceição, por exemplo, terminava na casa do Quinito Vigneron. Havia uma cerca e, depois dela, um caminho que passava rente a um poço enorme, onde havia muitas rãs, e prosseguia, indo até a salga do Tanaka, lá na Aratoca. A Rua Dona Maria Alves terminava na Esquina das Máquinas, mais ou menos onde hoje está situada a SABESP. A partir daí transformava-se num caminho de chão batido, ancestral da futura SP-125, Rodovia Oswaldo Cruz.

A construção de um prédio próprio para o Capitão Deolindo, que até então funcionava no do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva (e somente em horário noturno) era uma antiga reivindicação e uma luta que envolveu principalmente os integrantes da USU - Unidos a Serviço de Ubatuba. Em 1968, quatro representantes dessa entidade estiveram em São Paulo para tentar acelerar o processo de doação da área e início da construção do prédio. Quem melhor pode falar sobre esses acontecimentos é o amigo Celso Teixeira Leite que, tempos depois, viria ser prefeito de Ubatuba. Nesses tempos, a USU, que tinha a participação de muitos jovens, também se articulava para conseguir implantar a Escola de Comércio (a Tancredo Neves de nossos dias), o que viria ocorrer pouco tempo depois. Naqueles tempos, caro leitor, a militância não era por um mundo melhor, mas por uma Ubatuba melhor, que pudesse oferecer melhores condições de ensino a seus filhos.

A presença do Ginásio Estadual "Capitão Deolindo de Oliveira Santos" na vida de Ubatuba era intensa. De repente, tudo isso acabou. A impressão que se tem é que os jovens não estão interessados em questões coletivas, mas tão somente em seus interesses pessoais. São os novos tempos.


Nota do Editor: Eduardo Antonio de Souza Netto [1952 - 2012], caiçara, prosador (nas horas vácuas) de Ubatuba, para Ubatuba et orbi.


FONTE  :   https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=39977

Patrimônio nº 1 da Prefeitura é resgatado - Ano 2015


 A equipe da Secretaria Municipal da Fazenda resgatou recentemente o patrimônio nº 1 da Prefeitura de Ubatuba: um crucifixo que foi descartado há mais de cinco anos.

Frei Luiz Cláudio Avelar, da Paróquia central da cidade, benzeu a Cruz na última quarta-feira em uma solenidade que contou com a presença do prefeito Maurício, da secretária da Fazenda Isabella Vassão e dos funcionários do setor. O crucifixo foi recolocado na mesma parede de onde foi retirado.

O crucifixo ficou pelo menos 5 anos perdido. O agente administrativo Marcelo da Cruz Lima conta que quando foi trabalhar na Secretaria da Fazenda, em 2001, viu a Cruz no gabinete.

A partir de 2005, a Cruz, segundo Lima, foi retirada do gabinete da Fazenda e enviada para o Departamento de Contabilidade. Depois, durante uma reestruturação na Secretaria, o símbolo religioso foi parar no meio de um material que deveria ser descartado.

“Eu me lembro bem. Em 2010 achei a Cruz no meio dos entulhos e guardei-a em minha gaveta. Agora, em 2013, mostrei ao meu colega Ivo Edson da Silva, o Pelé, que é Fiscal de Tributos e verificamos que se tratava do patrimônio número um da Prefeitura”, conta Lima.

A Cruz, lembra Pelé, estava em estado deplorável, escurecida, com os pés do Cristo descolados.

“Fiquei tão consternado que resolvi levar o patrimônio público de imenso valor histórico e religioso para um amigo, o Joel Félix dos Santos, que entre outras atividades, também restaura”, desabafa Pelé, que há 30 anos é funcionário da prefeitura.

A atual secretária da Fazenda, Isabella Vassão, disse lamentar muito a atitude profana.

“Toda administração pública deve ser aberta e respeitar a prática de culto de todas as religiões, dentro do espírito do estado laico, que norteia a Constituição”, opina Isabella.

“Sabemos que a Cruz é um dos maiores símbolos da religião católica e concebe o sagrado, a fé, a esperança, a vida e o universo, além de funcionar como um elemento agregador poderoso. Enfim, é um símbolo católico que representa o local onde Jesus Cristo foi morto para salvar a humanidade, situação relembrada e revivida nesta Semana Santa, quando são celebradas a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo em todo o país”, completa Isabella.

Ao benzer a Cruz, Frei Avelar cantou o hino “Ninguém te ama como eu”, lembrando que o amor de Cristo está acima de qualquer crença ou religião.

“O Crucifixo não é um amuleto da sorte, ele representa aquele que doou sua vida a nós e por isso deve ser respeitado por todos os homens, cristãos ou não, pelos que têm fé e pelos que não têm”, pontua Frei Avelar.

FONTE :   https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=52054

Feira Literária Infantil de Ubatuba - Ano 2019



O importante é motivar a criança para leitura, para a aventura de ler.” Ziraldo

Entre os dias 26 a 31 de julho acontece a primeira edição da FLIU - Feira Literária Infantil de Ubatuba, na Praça Exaltação da Santa Cruz. Repleta de cultura e diversão para a criançada, a programação do evento contará ainda com a participação de artistas e escritores - convidados e locais, rodas de conversa, oficinas, espetáculo circense, venda de livros e o lançamento do Concurso Literário 2019.

Serão tardes de muito conteúdo e novas experiências, compartilhadas pelos nossos artistas e escritores. Devido ao horário, espera-se um público infantil, familiar e interessados na educação infantil.

A FLIU integra a programação da XXI Semana da Educação de Ubatuba - formação de professores, gestores, funcionários da Rede Municipal de Ensino e funcionários terceirizados, que acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de julho.

O evento é uma realização da D3 Educacional com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação e da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba - FundArt.

Confira a programação:

Sexta-feira
15h - “Estou em você e você está em mim!” com Prof. Naidson Pires
17h - Espetáculo circense “Zé Gambiarra Circo Show”

Sábado
13h - “Sonhos de Francisco” - Contos do Vale do Paraíba com Marcelo Fernandes dos Santos
15h - “Depois da Chegada da Arca de Noé” - Contação de história e o processo criativo da arte digital do livro infantil com Rosana Gaeta
17h - “Me Conte sua História que transformo em Micropoesia” com Luanna Mello

Domingo
15h - “Cantando e brincando de ensinar Gramática” com o Grupo Gramaticando
16h - Dobradura historiada com professora escritora Mercia Gama
17h - “A vaca que botou um ovo” com “Pintando o 7”

Segunda-feira
15h - “As boas práticas para formar um leitor em sua família” com a Prof.ª Lucy Almeida
17h - “Encantes da Floresta” com Cia Mangará

Terça-feira
15h - Roda de conversa com escritores locais | Setorial de Literatura da FundArt
17h - “Me conte sua História que transformo em Micropoesia” com Luanna Mello

Quarta-feira
15h - Lançamento do Concurso Literário 2019 | Setorial de Literatura da FundArt
17h - “Projeto VaLER de incentivo à leitura” com Claudia Oliveira.


FONTE :   UBAWEB.COM

segunda-feira, 25 de março de 2024

Projeto oferece oficina de canoa e remo caiçara gratuita no Saco da Ribeira



Durante o evento, haverá passeio de canoa para a criançada

Com objetivo de divulgar o artesanato e a cultura caiçara, o projeto Arte é Cultura promoverá no dia 7 de abril, das 9h30 às 15h30, no Píer do Saco da Ribeira, uma oficina gratuita de Canoa e Remo Caiçara, aberta para toda a população.

O evento terá instruções dos canoeiros Renato Bueno e Marquinho da Almada. Segundo a organização, não há limites de vagas e também não é necessário realizar inscrição prévia. Para participar, basta comparecer ao local no horário estabelecido. No dia, ainda haverá passeio de canoa para a criançada.

“O mestre canoeiro, Renato Bueno, durante sua trajetória de vida, sempre desenvolveu projetos e oficinas em várias comunidades de Ubatuba e região, ajudando e ensinando a construção e restauração de canoas, fabricação de peças em madeira, remos, pilão”, explicou Samantha Quental, que participa da organização da oficina juntamente com Renato e Marquinho.

Para não deixar a cultura canoeira desaparecer surgiu o projeto Arte é Cultura, que mostra esse artesanato e a história do povo caiçara”, completa Samantha.

A iniciativa foi desenvolvida com apoio da Lei Paulo Gustavo, por meio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba – Fundart.

 

Crédito da foto: Samantha Quental

PREFEITURA   DE   UBATUBA   SP

domingo, 24 de março de 2024

TRAVESSIA A NADO EM UBATUBA - Ano 1968



 DATA: 1968/05/27

 Local :   Ubatuba / SP / Brasil

DURAÇÃO: 2min05seg

OUTROS TÍTULOS: DIÁRIO DE SÃO PAULO (DSP)

GÊNERO: Telejornalismo

ASSUNTOS: Natação

CATEGORIAS: Telerreportagem / Não-ficção / Sonoro



Procissão Marítima em Ubatuba - Ano 1968

 




DATA: 1968/07/03

LOCAL: Ubatuba / SP / Brasil

DURAÇÃO: 1min54seg

GÊNERO: Telejornalismo

ASSUNTOS: Igreja CatólicaMarProcissão

CATEGORIAS: Telerreportagem / Não-ficção / Sonoro

UBATUBENSE ANTONIO CARLOS MADEIRA LANÇA SE CANDIDATO AO CONGRESSO ESTADUAL DE SÃO PAULO - Ano 1906

 


ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO EM UBATUBA

 

A Paixão de Cristo em Ubatuba: tradição, fé e cultura
Encenação promete emocionar ao contar Via Crúcis de Jesus
Tudo começou na década de 1980, em um cenário simples e durante uma conversa informal entre dois amigos, Gracita Bello e Bado Todão. No aconchego de um sofá de vinil vermelho, os atores do grupo teatral “Tramoias e Paranoias” falavam sobre via Crúcis de Jesus e todo o sofrimento que o Nazareno enfrentou durante seus últimos momentos.
Essa conversa, que de início não tinha pretensão nenhuma, tomou forma de peça e, assim, no ano de 1987, Ubatuba recebeu a primeira apresentação do que viria a se tornar um grande e esperado espetáculo para moradores e turistas.
Desde então, a encenação cresceu em magnitude e significado. Durante 18 anos de dedicação, o grupo encenou com paixão essa passagem bíblica por meio do teatro de rua, marcando a história da cidade. “Houve encenações em que colocamos 300 pessoas na rua, 40 cavalos, uma coisa muito realista mesmo”, relembra Gracita Bello.
Após a década de 1990, a encenação passou por transformações, como por exemplo, no período do Covid 19 que foi realizada num espaço privado e transmitida on-line. Já, este ano, a Paixão de Cristo retorna aos moldes originais, sob a direção de Bado Todão. O tema “Religare” ressoa como um convite para se reconectar não apenas com a fé, mas também uns com os outros. “É uma oportunidade para os moradores antigos reviverem memórias queridas e para os novos se envolverem em uma tradição que transcende gerações”, destaca Gracita.
A encenação promete ser mais do que um simples evento teatral. Será uma jornada emocionante, em que cada cena e gesto carregará consigo o peso dessa história de amor, fé e tradição, que poderá ser conferida no dia 29 de março, Sexta-Feira Santa, às 20h, na Praça de Eventos da Avenida Iperoig.
Direção: Bado Todão
Fonte: @ubatubapref

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Keila Redondo via facebook

SECRETARIO DE JUSTIÇA E CHEFE DA POLICIA DO ESTADO PROCURAM O LOCAL IDEAL P/ INSTALAÇÃO DA COLONIA CORRECIONAL NO LITORAL NORTE - Ano 1905

 


Soldado Camillo de Freitas Azevedo sofre ataque a tiros em Ubatuba - Ano 1903

 


SECRETARIO DO ESTADO DOS NEGÓCIOS DA AGRICULTURA, COMERCIO E OBRAS PUBLICAS INFORMA - Ano 1898

 


RECEITAS E DESPEZAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE UBATUBA SP - Ano 1867

 


FONTE  :  JORNAL   YPIRANGA  - SÃO PAULO -SP - ED.  099  - ANO 1867

sábado, 23 de março de 2024

Diálogo e parceria: Quilombo da Fazenda realiza pré-conferência

 


O Quilombo da Fazenda, reconhecido como remanescente de quilombo em 2005 pela Fundação Palmares, foi o centro de um importante evento comunitário, na última terça-feira, dia 19 de março. Com a participação ativa de moradores e representantes das Secretarias da Prefeitura de Ubatuba, a pré-conferência realizada na Casa da Farinha proporcionou um espaço de discussões que buscam por compromissos efetivos do setor público para o desenvolvimento e bem-estar do território.

“A presença da prefeitura é fundamental para que as demandas não fiquem apenas no papel e que soluções se tornem realidade para beneficiar toda a comunidade”, ressaltou Dona Laura, líder comunitária do Quilombo.

Além de ser um símbolo de resistência e luta, o Quilombo da Fazenda é conhecido por sua rica história e liderança quilombola. Personalidades como o Sr. Zé Pedro – em memória, foi um dos expoentes do local e representou um papel fundamental na preservação da identidade da comunidade.

O moinho de farinha de mandioca, hoje conhecido como Roda D’água, é outro importante símbolo cultura local, além de ser um  ponto turístico da cidade.

As falas e demandas foram registradas e categorizadas pela comissão organizadora, alimentando o processo de preparação para a II Conferência, que será realizada nos dias 21 e 22 de maio de 2024, no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto.

O que são as pré-conferências?

As pré-conferências são um meio de reunir as demandas prioritárias, gerais e específicas, dos povos originários e comunidades tradicionais para fomentar a criação de programas e projetos que as atendam. E, durante a conferência, que será realizada no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto, nos dias 21 e 22 de maio de 2024, validar essas propostas reunindo delegadas e delegados que representarão todos os povos e comunidades tradicionais do município.

PREFEITURA    DE   UBATUBA   SP

LEMBRANDO DONA EDITE TEIXEIRA

 

Lembrando Dona Edite Teixeira

Dona Edite Teixeira,fez parte de minha vida pessoal ,desde menina..; descobriu que eu tinha uma boa voz para cantar e me convidou para fazer parte do pequeno coro oficial da igreja matriz... Aprendi a cantar em latim sem nem saber o que estava cantando, mas deu certo, dona Edite tocava nós natais,casamentos, mas missas solenes,nos meses de maio e junho todas as noites : maio Mês de Nossa Senhora,junho Sagrado Coração,mas o ponto alto sempre foi a Festa do Divino quando então tínhamos a visita pastoral de Dom Francisco Borja do Amaral ,bispo diocesano e aí a saudosa dona Ophelia ia repassa com gente o The Deum...a gente era Edna Marques , Darcleia Barbosa,Donatila e Neusa Barbosa e as filhas de seo Bidico,Odila e Alzira ainda viva e bem.
Essa casa da foto é onde ela morava ,onde também tinha um simples salão e cabeleireiro,quando cortei meus longos cabelos pela primeira vez...foi ela quem os cortou....
Mora nas minhas lembranças a figura dela na meia porta da casa olhando a vida passar muito vagarosamente naquele tempo...até hoje parece a vejo naquele local nas procissões e nas tardes ensolaradas que o tempo levou.
Me toca muito os janelões e a porta sempre fechada ,muda para demore enquanto o progresso não colocar tudo no chão e no local aparecer um prédio...coisas da modernidade na cidade antiga e histórica que Ubatuba é....
Fica aqui a foto da casa fechada ,cheia de lembranças com uma dona Edite imaginária no portão.Em tempo : dona Edite era organista na igreja...e tocava pra todos cantarem..
Saudades.!!! ❤️❤️❤️❤️

Ana Maria Fernandes/23/03/24
Via facebook

Mulheres da Lira apresentam show no Teatro Municipal


Show reunirá música instrumental, coro e dança nesta segunda-feira

Aproximadamente 35 mulheres da Associação Lira Padre Anchieta, entre instrumentistas da Banda e da Orquestra Sinfônica Jovem de Ubatuba, coralistas e convidadas, realizarão um show especial no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto, no dia 25 de março, segunda-feira, às 20h.

Nomeado “Nossas memórias, nossas histórias”, o evento trará músicas instrumentais, apresentações das vozes do Coro da Lira, declamação de poema, intervenção de dança, em um mix de muita arte e cultura.  “Convidamos todos a prestigiar esse evento que está sendo preparado com muito carinho pelas mulheres da Lira. Uma das nossas alunas, que também é bailarina, também apresentará uma coreografia inédita no espetáculo”, comentou presidente da Associação Lira Padre Anchieta, Yuri Ribeiro.

A entrada para apresentação é gratuita, basta retirar o ingresso no site www.megabilheteria.com.br.

A organização solicita a doação de 1 litro de leite longa vida, que será destinado ao Fundo Social de Ubatuba.

PREFEITURA   DE  UBATUBA   SP