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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
sábado, 24 de fevereiro de 2024
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
Respeito, diálogo e aproximação: prefeitura faz reunião na aldeia Boa Vista
Javyju é uma saudação guarani que significa bom dia.
E foi assim, em clima de harmonia e amizade, que os representantes do poder público da comissão organizadora da II Conferência Municipal dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais foram recebidos na aldeia Boa Vista, no Prumirim, na manhã do dia 20 de fevereiro, para a realização da I pré-conferência.
Após um café da manhã servido na cozinha comunitária da aldeia, os membros do poder público reuniram-se com os indígenas na Casa de Reza para uma reunião que durou cerca de quatro horas.
Durante o período, os donos da terra puderam expor suas demandas prioritárias a fim de que o poder público possa atendê-las por meio de programas e recursos sociais.
A pré-conferência nasceu da ideia de aproximar a Prefeitura de Ubatuba das dificuldades das comunidades e, assim como o tema da conferência deste ano, colocá-los no lugar de protagonistas na criação de políticas públicas que os atendam.
“É importante o poder público estar no território, pois é dessa reunião que sairão as prioridades que vão trazer melhorias de fato para nossa comunidade” enfatiza o cacique da aldeia, Marcos Tupã.
Tupã foi a voz da pré-conferência, utilizando sua língua materna, Guarani Mbya, para traduzir o que estava sendo debatido para os indígenas, e todos pudessem compreender, opinar e questionar os pontos que consideram essenciais para o bem-estar e desenvolvimento sustentável da aldeia.
A engenheira civil da Secretaria de Habitação, Cinthia Barbosa, que pela primeira vez integra a comissão organizadora, considera fundamental esse modo respeitoso de acessar o território.
“Como profissional, meu foco é oferecer soluções que atendam as demandas dos povos, porém sem retirar o que elas têm de mais rico: sua identidade”, declara.
Cinthia conta que o contato com a aldeia está sendo uma experiência enriquecedora.
“Estar aqui é memorável. É uma oportunidade única na minha carreira, faltam palavras para definir a importância de vivenciar esse momento” destaca.
O que são as pré-conferências?
As pré-conferências são Iniciativas da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura que, após a finalização, irão reunir as demandas prioritárias para apresentá-las durante a conferência que será realizada no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto, nos dias 21 e 22 de maio de 2024.
“Essas reuniões são um meio de aproximar o poder público das comunidades. É um reconhecimento do rico patrimônio cultural e histórico. É fundamental também para a preservação do meio ambiente. A pré-conferência foi um sucesso!”, conclui o sociólogo da Prefeitura de Ubatuba, Uirá Freitas.
Estavam presentes representantes das secretarias de Assistência Social, Pesca e Agricultura, Habitação, Urbanismo, Comunicação, Turismo, Segurança Pública e Desenvolvimento Social, do Gabinete e lideranças da aldeia Boa Vista.
Calendário das Pré-conferências de 2024:
27/02, às 9h – Escola da Aldeia Renascer – Indígenas da Aldeia Renascer
05/03, às 14h – Centro Comunitário do Quilombo do Sertão de Itamambuca
12/03, às 16h, Centro Comunitário do Quilombo da Caçandoca
19/03, às 16h, Casa de Farinha do Quilombo da Fazenda
26/03, às 16h, Campinho ou Escola do Camburi Quilombo do Camburi
09/04, às 14h, Centro Cultural Araponga – Caiçaras das regiões Norte e Sul
16/04, às 18h30, Centro Cultural Araponga – Caiçaras da região Central, Centro-Sul e Centro-Norte
23/04, às 9h, Aldeia Rio Bonito – Indígenas da Aldeia Rio Bonito
Ao fim da reunião, foram elencadas as demandas gerais e específicas de cada tema. Confira algumas:
Tema: Infraestrutura e direito ao território:
– Elaboração de projeto para pavimentação e drenagem para a estrada da rodovia até a escola, com bloquete, sarjeta e iluminação.
– Ligação na rede de energia elétrica, e de internet às casas da aldeia.
– Promoção do turismo de base comunitária, com melhoria na identificação visual e de acesso ao território, e informações das regras, horários e cartilha de boas práticas para visitantes.
– Elaboração do Plano Municipal dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais com a participação dos povos originários em todo processo
Tema: Turismo, meio ambiente e desenvolvimento sustentável:
– Criação de canal de denúncias não só para crimes ambientais, mas também para violência contra a mulher e crianças;
– Construção de banheiros, receptivo para visitantes, cozinha comunitária adequada e espaço para venda e exposição de artesanato.
Educação, esporte, lazer e inclusão digital
– Ofertas de cursos técnicos com educação diferenciada nas escolas das aldeias;
– Incentivo financeiro aos atletas das aldeias;
– Inclusão digital com internet e equipamentos de informática nas aldeias.
-Trazer o EJA – Ensino de jovens e adultos – à aldeia
Cultura e identidade
-Auxiliar os povos originários na participação dos editais – linguagem/ ajuda com burocracia;
-Recurso para aquisição de instrumentos musicais e produção de figurinos;
Saúde e saneamento básico
-Captação da água, reforma em fossas sépticas e criação de novas;
– Melhor atendimento na Santa Casa respeitando os costumes tradicionais, exemplo: dieta pós-parto, pajelança (pajelança é um ritual de cura realizado pelos índios. Quem realiza este ritual é o pajé – curandeiro e líder espiritual da aldeia);
-Tempo de espera diferenciado na Santa Casa;
– Atendimento veterinário para os animais da aldeia.
– Adaptação da escola desativada para funcionar como posto de saúde.
Trabalho, renda e pesca artesanal
– Que haja a contratação dos povos originários para a realização da zeladoria da comunidade;
– Disponibilização de áreas e autorização para que os povos possam comercializar suas artes.
Assistência Social e soberania alimentar e nutricional
– Comunidade ter mais apoio nos setores de documentação, como o Poupatempo.
Transporte e segurança Pública
– Ampliação dos horários de ônibus que atendem os indígenas, e criação de linha de ônibus que suba até a entrada da aldeia Boa Vista.
– Novos radares para diminuir o limite de velocidade na rodovia, em frente à entrada da aldeia.
– Passe livre para indígenas para o transporte intermunicipal
Também foram eleitos 12 membros delegados que irão representar a aldeia durante a conferência com direito a voz e voto. São eles:
- Mayara (titular)
- Mari de lima (suplente)
- Madalena (titular)
- Dona Santa (suplente)
- Dona Jandira (titular)
- Cleusimara (suplente)
- Marinalva (titular)
- Célia (suplente)
- Patrícia (titular)
- Zilda (suplente)
- Rosimeire (titular)
- Claudia (suplente)
PREFEITURA DE UBATUBA SP
A CANOA CAIÇARA
terça-feira, 20 de fevereiro de 2024
MDU - MOVIMENTO EM DEFESA DE UBATUBA - Anos 80
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
Tropeiro reclama do alto valor da animal de carga na estrada imperial São Luiz do Paraitinga á Ubatuba - Ano 1868
Tropeiro reclama do alto valor da animal de carga na estrada imperial São Luiz do Paraitinga á Ubatuba - Ano 1868
domingo, 18 de fevereiro de 2024
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
Assembleia da Província de São Paulo autoriza cobrança de taxas p/ quem atravessar a ponte que ligava a cidade ao Morro da Prainha .
A ponte que ligava a cidade ao Morro da Prainha tinha cobrança de taxas ,como aponta o documento da Câmara Municipal de Ubatuba para a Assembleia Legislativa de São Paulo ,em 1841. Jornal A Phenix
WASHINGTON DE OLIVEIRA , SÊO FILHINHO
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
UM DOS BLOCOS DO EDIFICIO ANÊMONA, NA PRAIA DAS TONINHAS SERÁ DEMOLIDO - Ano 2003
09/05/2003 - 10h03
da Folha de S.Paulo, em São José dos Campos
Um dos blocos do Edifício Anêmona, na praia das Toninhas, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, que está inclinado desde maio de 2001, será demolido dentro de 60 dias, segundo a Defesa Civil.
Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil, Donizete Cruz, técnicos da prefeitura realizaram uma vistoria no prédio e verificaram que não há outra possibilidade para o imóvel que não seja a demolição.
"Foi feita uma análise e verificamos que não havia condições de ele ser recuperado, porque a estrutura já estava toda comprometida", disse Cruz.
Ainda segundo o secretário, a construtora responsável pela obra será notificada na próxima semana sobre o laudo feito pela prefeitura. "A própria construtora será responsável pela demolição do prédio, que terá de ser feita manualmente para não comprometer o solo", disse.
O prédio, de 24 apartamentos, desabou, supostamente por causa de problemas do solo. Em julho de 2001, o outro bloco do edifício apresentou rachaduras e também foi interditado.
O bloco que será demolido recebeu pilares de sustentação para reforçar a estrutura. "Vistoriamos também o outro bloco, e o prédio está em boas condições. Por isso, é preciso cuidado na hora de demolir o bloco condenado", afirmou Cruz.
Ainda segundo ele, as telhas do bloco que será demolido foram retiradas ontem pela Defesa Civil porque poderiam se soltar e atingir o outro bloco.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
terça-feira, 13 de fevereiro de 2024
Projeto Povos: território, identidade e tradição no Teatro Municipal de Ubatuba
O Teatro Pedro Paulo Teixeira Pinto foi palco na quinta-feira, 8 de fevereiro, de um evento importante para os povos originários e comunidades tradicionais com a apresentação dos resultados do Projeto Povos.
O projeto foi realizado pelo Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), por meio da parceria entre a Fiocruz e o Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba (FCT).
Com o apoio da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), o Projeto Povos atua nos territórios indígenas, quilombolas e caiçaras de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba.
Por meio de metodologias de cartografia social, o projeto permite que comunidades, com auxílio de profissionais, desenhem mapas detalhados de seus territórios. Esse método, utilizado por populações tradicionais, torna-se uma ferramenta na defesa dos direitos desses grupos diante de desafios como: grilagem de terras, titulação de territórios quilombolas e indígenas, regularização fundiária de áreas caiçaras, entre outros aspectos.
O caminho da construção coletiva
O Projeto Povos mapeia os territórios por meio de um processo apelidado de “chegança”, pois conta com a colaboração de pesquisadores, indígenas, caiçaras e quilombolas.
Uma das etapas é o “mapa falado”, onde as comunidades são convidadas a desenhar livremente seus territórios, revelando elementos a partir do exercício da memória. Outra etapa é a “localização no mapa”, onde é transposto o desenho para uma foto de satélite.
Outra fase é a “refletir o território”, quando é apresentada a primeira versão do mapa à comunidade, permitindo validações, correções e acréscimos. E por fim “nosso mapa”, em que a comunidade revisita o material produzido, para validá-lo coletivamente.
O Legado do Projeto Povos
Desde janeiro de 2019 até janeiro de 2024, mais de 850 comunitários participaram ativamente, resultando em 7546 elementos mapeados na cartografia social. Mais de 500 entrevistas foram realizadas, complementadas por mais de 190 oficinas de caracterização, 105 mapas falados e 135 mapas comunitários.
Essa iniciativa qualifica o licenciamento ambiental, fortalece a segurança alimentar e nutricional das comunidades. Além disso, fortalece o turismo de base comunitária, a educação diferenciada e a agroecologia.
“O Projeto Povos não é apenas uma resposta às exigências ambientais, mas uma celebração do conhecimento local e fundamental na preservação da identidade das comunidades tradicionais da Bocaina”, destaca Cristiano de Brito.
Arte, cultura e saberes
Para alegrar o dia e colocar todo mundo para dançar, houve apresentações de grupos de Fandangos Caiçara.
O Fandango Caiçara se divide em batido e bailado ou valsado, cada qual caracterizado pelos instrumentos utilizados, estrutura musical, versos e toques específicos. Nos bailes, que são os encontros dedicados a essa expressão, ocorrem trocas e diálogos entre gerações, fundamentais para preservar a memória e a prática das diversas músicas e danças. Essa manifestação musical representa uma expressão profundamente enraizada no dia a dia das comunidades caiçaras.
Fonte: Secretaria de Comunicação / PMU