terça-feira, 30 de junho de 2020

Lenda da Sununga






A Praia da Sununga e também a gruta chora e despeja suas gotas de água sobre o visitante que grita sempre mexeu com o imaginário de seus visitantes. As lendas que cercam esta gruta tem em comum a figura de uma enorme serpente que emite um estridente barulho - Cyninga em Tupi-Gurani antigo, modificado para Sununga nos dias de hoje significa forte e estridente barulho, talvez o barulho emitido pelo animal mítico.
A primeira lenda da Sununga foi contada pelo historiador Francisco Martins dos Santos em artigo no jornal santista A Tribuna, em 7 de janeiro de 1951, página 17 (2º caderno), com ortografia atualizada nesta transcrição:

A gruta que chora

A casa do Zé do Barro estava cheia de luzes naquela noite morna de agosto. Sanfonas e violas gemiam lá dentro e parecia que toda a gente do Itaguá, do Tenório, da Praia Grande, das Toninhas e dali, da Enseada, comparecera aos fandangos daquele ano.

Os cantadores do Divino já se haviam ido para os lados de Santa Rita, mas o redeiro emendara Folia aproveitando o pretexto.

- Disgraça pôca é bobage... o pêxe tá dando... sêo Macié tá comprando... bamo bebê... bâmo dançá minha gente!...

Era um filósofo o Zé do Barro, e aquele rancho grande, logo atrás da praia, entre aglomerados de abricós e cajueiros, com suas varandas largas em torno e suas janelas sempre abertas, claro, alegre, cheio de flores e de passarinhos, era bem o seu retrato de caiçara risonho e amigo de todo mundo.

Um cheiro bom de ubatubana corria pela casa e saía lá fora, entre o estrupido da arrelia e o estrepitar das canecas.

Zé do Barro não parava, e ria, e falava com um, com outro, animava os músicos, atirava piadas aos amigos, brincava com as damas e não se esquecia de uma talagada de vez em quando. Era um pai da vida, que se alegrava com as alegrias alheias. Seus olhos deram no Antonio Laurindo de Santa Rita:

- Antonio Laurindo! O dotô que vai pra Sununga tá hí... Bâmo pra ele uma dança de S. Gonçalo que ele qué bê! Cadê o Parú? Esse capeta que puxe a gente!...

O doutor Avelino, visitante de São Paulo, lá estava de fato, na varanda da frente, debruçado na janela, a atiçar o Zé do Barro com olhares de lembrança, no sentido da dança que não conhecia.

Dali a instantes, Antonio Laurindo e o Parú, tocados pelo seo Renê, um francês-caiçara do Taguá, apareceram no meio da sala, serenando a arrelia e arrumando os pares e as coisas para a gonçalina. A imagem do santo logo surgiu, trazida lá do fundo do rancho, enfarruscada, como se viesse do fumeiro, e pouco depois aparecia num dos cantos da sala, sobre um soco improvisado, para presidir à função.

A dança começou com a cantoria de sempre e os pares em desfile e cumprimentos rasgados, de busto inteiro, diante do santo:

Indios Tupis a bordo de um Ubá - tipo de canoa feita de um tronco de árvore.

São Gonçalo d'Amarante...
São Gonçalo d'Amarante...
Casamenteiro das velhas
Casamenteiro das velhas... âããhhh

Por que não casais as moças...
por que não casais as miças...
Que mal bos fizeram elas
Que mal bos fizeram elas... ãããhhh

Oh meu São Gonçalo
Meu São Gonçalinho
Que come o meu pão...
Que bebe o meu binho...

O doutor Avelino se divertia com o canto fanhoso da caiçarada foliona, com os remelexos e bamboleios dos pares, o zangarreio das violas e, por fim, a agitação das umbigadas, na fase aguda da dança tradicional.

Uma voz chamava o visitante:

- Sô dotô... Sô dotô... Pra que hora quereis a canoa aminhâ?

Doutor Avelino voltou-se; era o remeiro do Maciel, o dono das canoas "de frete".

- Logo cedo, às sete, seo...

- Puruba sim sinhô, pra bos sirbi!

- Pois é, seo Puruba, às sete está bom... mas diga ao seo Maciel que mande junto aquele camarada que conhece a história da gruta que nós vamos ver, entendeu?

- Sim sinhô, sô dotô... aquelezinho que conhece é meu mano, sabeis? Ele é que é o Puruba de berdade... - e o praiano desapareceu em seguida, nas sombras do pequeno bosque.



Zé do Barro, estabanado, a oitenta graus de pressão da ubatubana, chegava naquele instante junto a janela da varanda.

- O sinhô gostô do S. Gonçalo, dotô?

- Se gostei, meu amigo; seu pudesse eu viraria caiçara como vocês... A vida é muito mais bonita onde e como vocês a vivem...

Doutor Avelino falava como quem estivesse saturado do grande meio e seus olhos tinham lampejos de inveja cheia de esperança. Zé do Barro ficou ainda mais amolecido com as palavras do doutor, e enquanto este se retirava para descansar, ele ficava ali mesmo, debruçado na janela, os olhos muito abertos para a noite, para o mar, para o céu, vendo tudo irisado pela inspiração alcoólica, ouvindo vozes aveludadas sobre as águas e pelo espaço sideral.

Pela note a dentro foi indo o fandango bulhento, do praiano feliz que tinham um rancho, uma rede de pescaria, uma janela para olhar a natureza trescalante, e um coração para sonhar...

No dia seguinte, bem cedo, lá estava o doutor Avelino à frente do seu pequeno bando, fazendo hora na praia, olhando o mar manso, espelhado, enrubescido do primeiro sol, a brincar com os pés nas maretas, a revolver as conchas na areia, a enamorar-se daqueles horizontes, daquelas serras virgens e daqueles aromas matinais que um ligeiro pitiú de certas luas não chegava a anular, pensando outra vez, que a verdadeira vida estava ali, entre aquela gente e naqueles lindos lugares.

Havia no dorso da praia um exército de canoas de todos os tamanhos, as proas levantadas sobre rolos, apontando o infinito.

Momentos depois, a guaperubú do Manciel rompia a maré, para o largo da Enseada do Flamengo, a rumo do Saco da Ribeira que se pintava ao longe, ao fundo daquela concha de terra verde, ao grasnar dos carapirás em vôo baixo ao saltarelhar vagabundo das tainhas.

Do Saco da Ribeira para a Sununga foi um arranco de quinze minutos a pé, pela vereda de arenito toda bordada de aleluias e, por fim, a visão dadivosa e mansa da baía da Fortaleza, com seu recorte de cromo e uma rampa de areia deslumbrante de brancura, onde os pés se enterravam - num atrito de alpaca de seda, a famosa Sununga.

Ao canto, bem ao fundo daquele imenso lençol de areia solta inclinar-se para as ondas bulhentas, lá estava a gruta encantada, que a voz do tempo apelidara "A Gruta que chora".

A imaginação do doutor Avelino desatou-se em arroubos, diante da pequena caverna lendária, que o trouxera de longe para o transporte emocional do misterioso e do desconhecido. Ansiava por fazê-la chorar, por ver aquelas lágrimas de prata que a tradição dizia verterem do alto da lapa ao soar de gritos humanos. Ele avançara sozinho, precipitando os passos, para ser o primeiro a colher a emoção do fato estranho, e, já da ponta da pedras laterais, que avançavam como braços de esfinge para dentro do mar, levantou a voz em palavra a esmo:

- Chora! Ei! Vamos! Chora!

Quando os outros chegavam, começava o espetáculo da natureza; caíam na areia grossa da boca da caverna, em toda a sua largura, as primeiras gotas cristalinas, como em princípio de um pranto. Doutor Avelino continuou a gritar, e as lágrimas foram amiudando e engrossando, caindo em abundância de cada ponta de folha, de cada epífita suspensa, de cada ruga de pedra da fronteira rasgada em arco.

Houve em seguida um silêncio de meditação; sentaram-se todos à entrada daquela boca de pedra aberta para o oceano, e entre eles e o azul escandaloso do céu ensolarado, passava a cortina de lágrimas, em cambiâncias de cristal de boêmia. Confirmava-se a tradição, para encanto do espírito exaltado do doutor da cidade, e o silêncio dos visitantes era o retrato da sua imaginação traumatizada ao contato do mistério.

Foi o Puruba, em sua inconsciência de simples, quem interrompeu o recolhimento dos visitantes:

- Tá vendo, sô dotô? Bunito, não? Mais a história é muito mais bunita...

E foi assim, sob o assentimento do doutor Avelino, acordado ao som metálico daquela voz, que o Puruba, ajudado às vezes pelo irmão, o remeiro do Maciel, desenrolou de novo a história velha que já contara a tanta gente.

***
Naquele tempo a Enseada dos Miramomis era quase virgem do homem branco; quase, porque os franceses chegavam por ali de vez em quando - os coaraciabas - amigos que eram dos tupinambás. Iperoig era então o reino exclusivo dos homens de bronze da taba de Aimberê e Coaquira, senhores de Ubatuba, uma esmeralda grande a encastoar-se no anel das águas da enseada.

Além, a dez quilômetros de distância, na várzea da Sununga, ficavam as ocas de Coaquira, ao alcance regular das ubás de Iperoig e do som costumeiro dos trocanos da sede, repetido nas ocas intermediárias.

Potira, a virgem tamoia, filha de Coaquira, estava noiva de Jagoanháro, jovem guerreiro, e o casamento deles seria ao fim de "duas luas".

Havia a pairar sobre aquele povo dois motivos recentes de tristeza e inquietude - a caçada intermitente de suas mulheres, realizada pelos portugueses de Bertioga, e um castigo de Tupã, o aparecimento da "cobra grande", um monstro de olhos verdes que chispavam fogo, no costão da Sununga, perto das ocas de Coaquira, vinda da Guãxima, ao que diziam, levantando ondas na passagem.

Afirmavam alguns índios pescadores que o rabo do monstro ferira sete vezes a terra, na ponta do pequeno promontório, e sete fontes haviam brotado do chão ferido. Seguira a serpente enorme para diante, rabeando sobre as águas e chegara às areias da proximidade do sítio de Pindobussú. Ali chegando, a cauda imensa do monstro ferira a rocha, abrindo nela uma gruta profunda, onde ele se aninhara. Naquele instante a terra subira, o mar se refrangera e avançara de nvo, invadindo a gruta numa explosão de raiva, recuando outra vez a um rugido espantoso da "cobra grande".

Tão grande fora o duplo ronco e tão despropositado naqueles lugares que, ao longe, a indiada de Coaquira gritara assustada, correndo para a praia, a ver o que acontecera

- Pará cyninga! (cyninga – ruído forte)

Viram todos então, sem compreender, o fenômeno da costa refrangida, a praia em rampa, o mar embravecido onde fora sempre remançoso e calmo, como o próprio lugar.

Apenas dois ou três tamoios que pescavam àquela hora tinham visto a "cobra grande" e mostravam aos outros a gruta que não existia anteriormente e onde ela se internara.

Os pajés da tribo, a sacudir seus maracás sagrados, pressagiavam desgraças para breve e para quem se aproximasse do bicho.

E dali por diante, nas luas cheias, uma cunhatã tamoia desaparecia das ocas, sem que ninguém visse como desaparecera, vendo todos apenas, pela madrugada, um rastro enorme e grosso que se prolongava pela areia, na direção da gruta.

Pensou Coaquira, embora ferido em seu orgulho, em abandonar aquelas terras onde nascera e onde fora sempre feliz, mudando-se para a Maranduba, mais além, a salvo do monstro que acovardava os seus guerreiros e que ninguém queria combater.

Naqueles dias, caçadores portugueses, pelo menos ao que diziam, de novo aprisionaram diversas cunhatãs tamoias de Malembipe e os trocanos soavam, falando a linguagem da guerra. Aimbirê e Pindobussú reuniam as tribos para um movimento geral dos tupinambás de toda a costa vicentina contra os peros, os portugueses de Bertioga, fazendo esquecer em parte os fatos da "cobra grande".

Foi naquela altura que dois abarés dos peros chegaram a Iperoig para apaziguá-los, afirmando-lhes que os portugueses não eram culpados, que eram os franceses que roubavam as suas mulheres, para lhes dizer depois que foram os portugueses e atirar contra eles a vingança dos tupinambás. Vinham os pai-abunas para lhes propor uma paz de fato ou mais do que isso, uma aliança, afirmando-lhes que assim determinara o seu Deus, que era mais forte do que Tupã.

Um movimento de ódio e temor pincelado de curiosidade arrastara índios e índias para junto dos dois padres, ameaçando-os de morte pelas intrigas dos pajés.

Chegara então a lua cheia e os pavores de Coaquira se renovaram. Uma cunhatã decerto desapareceria para sempre do seu povo, sem reação e sem defesa, e isso o desesperava. Estava o chefe a parlamentar com Pindobussú sobre as coisas da guerra e a presença dos abarés, quando um mensageiro, cheio de terror, veio lhe dizer que Potira, a sua filha, fora carregada pela "cobra grande".

À notícia cruel, Coaquira e Jagoanháro precipitaram-se, loucos de raiva e de dor, para as ocas distantes.

Ia muito avançada a madrugada quando eles chegaram, e Jagoanháro pôde ver apenas, na entrada da gruta do monstro misterioso, um rastro de sangue sobre a areia branca, que uma réstia de luar ainda mais alvejava.
Desesperado, o guerreiro tupinambá investiu pela caverna, aos gritos de Coaquira e dos outros companheiros. Um ronco enorme soou em seguida, na garganta escura da gruta, seguido de um grito lancinante, e depois o silêncio, um silêncio de morte assombrado pelo luar.

Os homens de Coaquira desertaram ouvindo o ronco, e o morubixaba amarrado ao lugar, como um daqueles guanandis da várzea, pela primeira vez teve vontade de chorar, ao sentir-se sozinho, frágil como criança, acovardado como uma mulher, incapaz de levar a cabo o socorro à filha que queria tanto e a Jagoanháro, que em breve devia ser seu filho e futuro chefe em seu lugar, destroçado em seu orgulho de rei que já não poderia reinar.

Pindobussú ameaçou céus e terras quando soube da morte de Jagoanháro, devorado pela "cobra grande", e jurava enviar uma legião de ubás para dar combate ao monstro. Um pajé veio dizer-lhe, então, que tudo seria inútil, e que se aqueles padres eram mesmo santos, e se o seu Deus era mais forte do que Tupã, como dizia, eles que dessem uma prova disso naquela contingência, libertando o povo tupinambá da estranha serpente surgida nas terras de Coaquira. Se assim acontecesse é que seriam mesmo santos e seria o seu Deus maior do que Tupã, porque, de outra forma, acender-se-iam desde logo as fogueiras que deviam assá-los para o banquete.

Nóbrega e Anchieta, pois que eram eles os abarés dos portugueses, aceitaram o desafio dos pajés de Pindobussú e se foram, em expedição, ao lado dos morubixabas tupinambás e uma legião dos seus guerreiros, enquanto os pajés ficavam em sua poracéia bárbara, prelibando o fracasso dos peros.

Rompia a manhã no lado dos céus de Picinguaba, quando a tribo inteira de Coaquira, com seu chefe e os tuchauas de Iperoig, tendo os dois padres à frente, se apresentaram diante da gruta da "cobra grande".
Padre de Anchieta para em frente a gruta e branda: - Apresenta-te em nome de Deus!

Manoel da Nóbrega ia avançar quando Anchieta colocou-se adiante dele e avançou rapidamente para a caverna, a mão alçada no ar, bradando:

- Apresenta-te em nome de Deus! Em nome de Deus!

Um rugido pavoroso irrompeu do fundo da garganta escura e chispas de fogo fuzilaram de dois olhos verdes. A pedra tremeu a uma convulsão do monstro, e, subitamente, uma cabeça enorme surgiu à luz da manhã, avançando para o pequeno e frágil pai-abuna.

A indiada, transida de medo, comprimia-se lá fora, amparando-se mutuamente para não fugir, assombrada ante a coragem daquele homem magro, pálido e de roupagem negra, que num supremo desprezo à vida, ainda protegia o companheiro.

Outro rugido imenso feriu o silêncio daquele instante supremo, e a cabeça do monstro projetou-se sobre o padre, mas, naquele momento, o abaré dos portugueses, enfrentando a sua fúria, suspendera no ar a cruz do seu Deus, que arrancara do peito, e, então, diante de toda aquela gente bárbara houve um estampido enorme, enquanto uma densa nuvem de fumaça, tresandando a enxofre, envolvia a cena.

Ao dissipar-se o fumo, lá estava o padre imóvel, no mesmo lugar, como uma figura de pedra negra, a mão alçada no espaço e nela o crucifixo, mas a "cobra grande" desaparecera para sempre, deixando revolvida a areia e entulhada a garganta onde se escondia e onde para sempre ficariam Potira e Jagoanháro, unidos no noivado eterno da morte.

- Anhanga! Anhanga! - bradavam os tamoios na beira da praia.

- Potira! Potira!... - gritava Coaquira, diante da caverna, enquanto Pindobussu curvava a cabeça para o chão, em sinal de respeito, curtindo em silêncio a sua dor serena.

E, naquele instante, viram todos que, aos gritos do morubixaba tupinambá, vertia a gruta lágrimas abundantes, chorando como um ser humano, como se caissem dos seus olhos, lá de cima, um chuveiro de lágrimas ardentes.

***

O Puruba terminava a sua descrição:

- Esse bicho, sô dotô, era o capeta... As sete fonte, onde ele bateu co rabo sete vêis, tão lá, mais prá riba, prá ponta dessa costera... Este má que era manso como o má de Santa Rita, ficô brabo e co essa sununga, esse ronco que vai longe e que ficô dando nome ao lugá. E essas lágrima, sô dotô, podeis crê, é da índia noiva, que o bicho incantô e que tá incarnada nesta gruta; é o choro da moça, quando ôve a vois de arguém, e pensa que é do noivo ou que é do pai, gritando disisperado pur não podê li sarvá...


domingo, 28 de junho de 2020

Campus em Ação | Filhos do mar: A comunidade caiçara de Ubatuba



Neste programa Raquel Bertani e Luiz Hirschmann apresentam o vídeo "Filhos do Mar: comunidade caiçara de Ubatuba" realizado pelos alunos do curso de jornalismo da PUC Campinas.

A DEVOÇÃO DO TIO FRANCOLINO



Meus rabiscos (Arquivo JRS)


                Quando eu era criança uma coisa me impressionava ao ver o saudoso tio Francolino chegando na rodovia, no ponto do ônibus da Praia Dura, vindo do Corcovado com um enorme saco de farinha de mandioca na cabeça, indo vender na cidade: ele sempre estava totalmente suado, pingando mesmo! Assim que acomodava a sua carga, ele tirava a camisa, pegava uma toalha que trazia na sacola, se enxugava, dava um tempo e vestia outra camisa. (Detalhe: os nossos antigos vestiam uma camiseta sob a camisa). Eu acreditava que jamais veria alguém suar tanto. Também, pudera! Ele era obeso e a sua casa era longe mesmo, talvez quatro quilômetros dali. Era notável a disposição deste caiçara que nos deixou faz tempo!

                Vovô Armiro, falecido faz tempo,  se dava muito bem com o tio Francolino. Quase sempre ele também estava levando a sua carga de farinha para vender no centro, depois de ter andado mais de sete quilômetros na estrada da Fortaleza. Naquele tempo, todos se davam bem, conversavam bastante, contavam causos e davam risadas contagiantes.  Era normal, pois se conheciam desde os tempos de criança, eram parentes, trabalhavam e festavam juntos. Eis uma particularidade dele que eu nunca imaginava. Segundo o vovô: “raramente o Francolino não levava a sua viola na canoa quando ia para a pescaria. Conforme a cara do tempo, ela era embarcada bem protegida e dentro de um balaio de taquara. Seu rancho era em algum ponto, rio acima, quase chegando na Folha Seca”. Estranho? Estranho mesmo! Era paixão! “Numa ocasião, numa pegadeira de espada depois da Barra, quase no Saco Grande, lá estava o Francolino também. Todo mundo estava puxando peixe, inclusive ele. A certa altura, depois de retirar a linhada da água, pegou do saco a sua pequena viola paulista que tanto estimava e nos alegrou com umas modas nossas daquele tempo. Era costume cantar duas ou três delas; depois protegia o instrumento, guardava no balaio e voltava a pescar.  A gente gostava. Era uma alegria só! Não demorava muito para alguém pedir mais cantoria. Quase sempre ele atendia aos pedidos. Coisa comum era de mais gente, nas canoas que estavam por ali, também entrar na cantoria. De uns tempos para cá, devido ao excesso de peso, ele não pesca mais, mas continua tocando a sua viola em casa. O primo Jeú, vizinho dele lá no morro, diz que é costume de um grupo se encontrar no serão, no terreiro do Francolino, para as cantorias e prosas. Ele tem um grande carinho pela sua viola paulista. Diz que, depois da mulher e da canoa,  a viola é o sua maior devoção. O nome grafado nela logo que comprou numa viagem de promessa à Aparecida é: Minha santa".

               Tio Francolino: pescador, roceiro e violeiro radical! Tio Francolino: parte de nossas raízes! Só de imaginar as cenas eu ainda me emociono.


NOSSOS ANTEPASSADOS.............



🌙Ancestrais🌙
Veja que interessante, a quantidade dos nossos antepassados:
Pais: 2
Avós: 4
Bisavós: 8
Trisavós: 16
Tetravós: 32
Pentavós: 64
Hexavós: 128
Heptavós: 256
Octavós: 512
Eneavós: 1024
Decavós: 2048
Num total de 11 gerações, 4094 ancestrais...
Isto tudo em, aproximadamente, 300 anos antes de nascermos!
Pare por um instante e pense!
De onde vieram?
Quantas lutas travaram?
Por quanta fome passaram?
Quantas guerras viveram?
Por quantas vicissitudes todos nossos antepassados sobreviveram?
Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
Quanto de sua força para sobreviver, cada um deles teve dentro de si para que, hoje, nós estejamos aqui, vivos?
Nós só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.
Portanto, curve-se e reverencie seus antepassados!
Tenha gratidão a todos os nossos ancestrais, pois, sem eles, cada um de nós não teria a felicidade de conhecer a VIDA.

FONTE.............Mara Elen Alves Silva via facebook

O Rancho Caiçara está com votação para escolha do seu nome! .





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O Rancho fica situado na praia Perequê-Açu na cidade de Ubatuba/SP e foi construído pelas associações AARCCA (Associação de Amigos e Remadores da Canoa Caiçara) e pela ONG Peregrinos, além de ter contado com a ajuda de diversas pessoas da comunidade. Ele foi construído a partir de recursos cedidos pelo
Instituto Argonauta
e com projeto cedido pela empresa Terramare (especializada em Consultoria, Projeto e Construção de Aquário).
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O Rancho Caiçara tem como principal finalidade preservar a cultura caiçara, em especial relacionado ao uso da canoa de um pau só, bem como da culinária, da dança e das outras manifestações da cultura.
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"Muitos anos atrás, cerca de pelo menos 20 anos, o Nei me levou na praia do Perequê-Açu, porque ele tinha um sonho de fazer ali um Centro de Tradições Caiçaras Nei Martins. Esse era um sonho que ele tinha exatamente próximo naquele lugar onde o Rancho está. Ele queria fazer ali mais próximo da foz do rio Indaiá. O Nei foi um grande divulgador da Cultura Caiçara. A partir disso, eu lembrei de indicar o nome dele, porque eu acredito que ele foi uma pessoa que sonhou com esse projeto. Mas são tantos nomes bons que é difícil escolher", salienta o diretor presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto.
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Para escolher o nome do Rancho é bem simples e rápido.
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🤝🏼 Contamos com o seu voto!
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Sobre o Instituto Argonauta
O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do
Aquário de Ubatuba
e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.
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Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833.4863 - 3833.5789/ (12) 3834.1382 (Aquário de Ubatuba)/ (12) 3833.5753/ (12) 99705.6506 e (12) 99785.3615 - WhatsApp. Também é possível baixar gratuitamente o Aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.
A base do Instituto está situada na Tv. Baitacas, nº 20, bairro Perequê-Açu, Ubatuba/SP - CEP 11680-000.
Conheça mais sobre o nosso trabalho em: www.institutoargonauta.org,
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sábado, 27 de junho de 2020

Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba: história, cultura e tradição




Foto banco de Imagens do Blog Iperoig1637



Em 2020, a Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba completaria 97 anos de história. Infelizmente, a comemoração ao Santo Padroeiro dos Pescadores, que teve início em 29 de junho de 1923, não acontecerá como de costume devido a pandemia (COVID-19). A tradicional Procissão Marítima seguido da Missa Campal; Corrida de Canoa Caiçara; shows musicais e belíssimas apresentações culturais, com fandangos, congada, quadrilhas; e aquela culinária tradicional que encanta a todos que visitam a Vila Caiçara, café com garapa junto com aquela paçoquinha feita na hora no pilão, sem falar na tradicional Tainha na Brasa. Tudo isso sem dúvidas nos fará muita falta este ano, mas isso não quer dizer que deixaremos essa data tão importante passar em branco.

A partir de hoje (22) iniciamos a série “Recordar é Reviver”, trazendo um pouco do gostinho dessa festividade maravilhosa que a gente tanto ama. Mas você conhece a história da Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba?

O Início

A Festa de São Pedro Pescador, em Ubatuba, teve início às 10 horas do dia 29 de junho de 1923, numa sexta-feira ensolarada, quando o padre caiçara, Francisco dos Passos, celebrou a missa em altar improvisado sobre balsa confeccionada a partir de seis canoas amarradas umas às outras. Na época, não havia a imagem de São Pedro, doada pelo padre alemão Hans Beil após 19 anos de celebração, apenas em 1942.

A princípio, várias praias ao longo da costa prestavam suas homenagens ao Santo padroeiro dos pescadores. Rezava-se durante nove noites (novena) até o dia de São Pedro. A festividade era composta pela “Alvorada” – procissão pelas ruas e a condução do “fifó” (tocha feita de bambu embebida com azeite de nogueira), em seguida era levantado o Mastro de São Pedro. Após a missa, o povo se juntava ao lado da Igreja Matriz para o leilão com prendas doadas pela comunidade. Há relatos de que até o início dos anos 60, a louvação a São Pedro acontecia também em frente aos ranchos de canoas.

Novos Tempos

A partir de 1977, a festa sofre uma grande mudança com a união da Paróquia Exaltação da Santa Cruz, da Colônia dos Pescadores, do Hotel Jangadeiro, da Prefeitura Municipal e Sudelpa (Superintendência do Desenvolvimento do Litoral Paulista), dando vistas a atual estrutura do evento.

Com a criação da FundArt – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, em 1987, a Instituição tornou-se a principal responsável pela organização da festa a fim de promovê-la e manter vivas suas tradições culturais.

A Festa de São Pedro Pescador já foi realizada em diversos locais: Ilha dos Pescadores, Praça da Matriz, Praça de Esportes (na antiga Av. Iperoig), na Praia do Perequê-Açú (1968) e no Aeroporto. Desde 2007, a festa passou a ocupar a Praça de Eventos na Av. Iperoig, ganhando maior espaço e conforto. Nos últimos anos o evento cresceu em tamanho e em relevância, incorporando a Vila Caiçara e valorizando ainda mais o aspecto cultural da festividade. Estima-se que as últimas edições tenham reunido mais de 50 mil pessoas todos os anos, tornando sua abrangência regional.

Profissionalização

Atualmente a Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba tem ganhado uma nova dimensão: sua organização foi profissionalizada e seu impacto no turismo aumentou. Hoje a Festa envolve mais de 30 organizações, entre gestores públicos, empresas terceirizadas e entidades filantrópicas, em sua composição – gerando empregos diretos e indiretos, devido ao seu poder de movimentar a economia criativa no município durante os dias de evento.

29 de junho de 2020 – Dia de São Pedro Pescador

Marcando o dia de São Pedro Pescador, no dia 29 de junho (segunda-feira), a Paróquia Exaltação da Santa Cruz realizará às 17h na Igreja Matriz (Centro), a tradicional missa em honra à São Pedro. Contudo, obedientes a todas as recomendações da Diocese de Caraguatatuba, e cientes da importância de novas posturas diante da pandemia do Covid-19, seguem orientações gerais:

🔹 Assim como as demais celebrações realizadas na paróquia, a missa de São Pedro será realizada com 30% de sua capacidade total de pessoas. Sendo assim, para participar, é preciso que seja dado o nome na secretaria paroquial, por telefone ou WhatsApp;

🔹 Todas as pessoas deverão higienizar as mãos, estar usando máscaras (inclusive durante toda a celebração) e evitar o toque nos objetos, altares, imagens, bem como o contato físico com as pessoas; Uma equipe de acolhida irá auxiliar nas celebrações, inclusive quanto à orientação da utilização dos bancos;

🔹 Poderão participar somente crianças acima de 10 anos.

Para mais informações entre em contato:

Paróquia Exaltação da Santa Cruz – Centro
Telefone: (12) 3832-1325
Whatsapp: (12) 99162-4835
Facebook: https://www.facebook.com/par.exaltacaodasantacruz
Instagram: https://www.instagram.com/paroquiaexaltacao

 



sexta-feira, 26 de junho de 2020

A Devoção à Nossa Senhora das Graças no Sertão da Quina





Cruzeiro e Imagem de Nossa Senhora das Graças

Segundo contam os antigos moradores, quatro meninas, entre 6 e 7 anos, avistaram um clarão e a silhueta da imagem de uma mulher numa montanha, no alto do morro do bairro. Eram elas: Iria Rosa de Oliveira, Benedita Januária, Joana Felix dos Santos e Maria Aparecida, que das quatro era a única que não teve a visão na primeira vez.

A “Bela Senhora”
A visão da imagem de uma mulher voltou a acontecer após alguns dias. A visão era precedida por uma forte luminosidade, como que um relâmpago. Quando questionadas pelos pais, sobre o que viam, uma das crianças disse: “É uma mulher muito bonita, do tamanho da mamãe”. Em visões seguintes, a “Bela Senhora” pediu que no local da visão, deveria ser erguida uma cruz, e mais abaixo, uma igreja (local da atual Igreja de Nossa Senhora das Graças), e que na região deveria haver uma paróquia, um asilo e uma congregação chamada Mariana (palavras até então desconhecidas para a época). Falou também que muitos anos mais tarde, ali próximo ao local da cruz, a comunidade deveria construir uma casa onde todos os povos poderiam se encontrar e seu nome bendizer, e que no decorrer de suas visitas mostraria alguns fatos aos mais céticos.

Na época, a região possuía apenas as casas de Luiz Félix, João de Deus e João Manoel dos Santos (João Rosa). As meninas, ao chegarem ao berço de suas famílias, comentaram o ocorrido. Os pais, ainda assim, acharam que era imaginação ou coisa de crianças e mandaram elas irem brincar. Meses após, as meninas estavam brincando pelas redondezas quando avistaram novamente um clarão e o seguiram. Viram a mesma imagem, só que mais nítida. Puderam observar que se tratava de uma jovem mulher. Uma das meninas, Maria Aparecida, que não avistara nada até então, perguntou por quê não conseguia ver ou ouvir o que conversaram. Uma das meninas comentou que haveria muitas provações como essa, assim como a falta de fé e a zombaria dos descrentes. Maria Aparecida pôs-se a rezar e pedir que nela fosse depositada confiança, para que pudesse ver e conversar com a jovem Senhora.

Imagem de Nossa Senhora das Graças

A Cruz de Galhos
Em outra ocasião um grupo numeroso de pessoas avistou um forte clarão. Aproximaram-se para ver do que se tratava e lá, no morro, viram as quatro meninas ajoelhadas, e só uma chorando. Perguntaram a elas o que teria acontecido, pois haviam visto a luminosidade. Aliviadas, as crianças explicaram o que tinham visto e que a claridade tinha uma razão de ser: era o sinal da chegada da “Bela Senhora”. Para que não zombassem delas, disseram que eram capazes de, naquele momento, ir a um local, só conhecido por alguns caçadores da região. Lá iriam achar, no meio da mata fechada, uma cruz de galhos de árvores. Todos que ali estavam seguiram-nas. Após andarem algumas horas, acharam uma cruz bem no local indicado pelas meninas. Atualmente conhecido como “Sítio Santa Cruz”. Algumas pessoas ficaram maravilhadas com a descoberta, já que quase ninguém passava por aquele local, mesmo os experientes caçadores.

Casa de Pedra e Cruzeiro ao fundo

O local da aparição pertencia, na época, as únicas famílias que ali habitavam. Ninguém impediu que o jovem João Manoel e outros amigos cortassem galhos de árvores e, a pedido das meninas, fincassem ali a primeira cruz no local onde havia um pequeno pé de bastão. Depois um senhor, que atendia pelo apelido de “Lelé”, confeccionou uma cruz em madeira e substituiu a primeira. Mais tarde, José Cláudio, um funcionário do DER, forneceu ferro e cimento para se construir em alvenaria uma cruz que ficaria em caráter definitivo.

Placa na rodovia Rio-Santos sinalizando a entrada para a Igreja

As Peregrinações
O ocorrido se espalhou rápido por toda a região chegando até os municípios vizinhos. Muitas pessoas vieram acompanhar as meninas que realizavam longas caminhadas. Anos mais tarde, com o aparecimento cada vez mais de fiéis, tornaram-se gigantescas procissões, a partir deste momento o bairro passou a se chamar “Sertão da Santa”.

A Capela e as Provações
Um ano depois, em 1916, a comunidade iniciou a construção da primeira capela erguida em pau-a-pique. Ainda sem sugestão para o nome, uma das meninas que viu a aparição, disse ser um pedido da jovem Senhora que a capela se chamasse Nossa Senhora das Graças. Aproximadamente entre os anos de 1921 e 1924, as jovens que presenciaram as visões passaram por duras provações. Foram intimadas judicialmente com seus pais a depor no Fórum sobre todo o ocorrido. Choraram e sofreram, mas em nenhum momento negaram tudo aquilo que presenciaram.

Paróquia Nossa Senhora das Graças
Paróquia Nossa Senhora das Graças – Sertão da Quina

Sinais do Amor
Enquanto isso, o movimento religioso crescia, sob o iniciativa da comunidade e do Capelão Jorge da Mata procissões e orações eram feitas. Há ainda o relato de muitos fatos maravilhosos e extraordinários acontecidos com as meninas e os peregrinos que iam até o Sertão. Numa ocasião, a “visão” tinha dito às meninas que havia outra cruz de madeira, agora no bairro da Caçandoca. A cruz era fruto do falecimento de duas irmãs que caíram no mar na tentativa de colherem mexilhões para o almoço. As meninas seguiram o caminho indicado pela “imagem” e, em meio a um capão de mato, acharam entre as folhas uma pequenina cruz de acordo com a descrição. Em outra ocasião, durante um tempo de falta de peixes, um pescador devoto testemunhou ter conseguido uma quantidade enorme de peixes, após ter peregrinado até o local das visões. Muitos atestam que enquanto caminhavam com as meninas, podia chover ou fazer sol, mas as pessoas não sentiam fome e continuavam a caminhar por quilômetros a fio. O relato de graças na saúde, família e emprego e sobretudo a conversão de vida passaram a ser constantes.

Nossa Senhora das Graças - Paróquia

As Profecias se Realizam
O tempo passou, e as profecias que a “Bela Senhora” fez foram se concretizando:
– No ano de 1975 foi concluída a obra da Casa de Emaús, um centro de espiritualidade para retiros, onde centenas de pessoas passaram e tiveram uma ocasião de conversão e de um encontro pessoal com Jesus Cristo.
– A capela em homenagem a Nossa Senhora das Graças, foi construída e em 1999 a região foi constituída em Paróquia, sob o decreto de Dom Fernando Mason, primeiro bispo diocesano de Caraguatatuba.
– E mais recentemente, um novo avivamento aconteceu. No ano de 2008, a comunidade paroquial, de comum acordo com seu pároco, reanimaram a comemoração mensal de Nossa Senhora da Graças, que acontece todo o dia 08 do mês, com a recita do terço, procissão luminosa e a Santa Missa. Desde abril de 2008, quando o movimento se iniciou, já são centenas de fiéis que voltaram a peregrinar nesse terreno sagrado, terra abençoada pela feliz lembrança da Mãe de Deus, a nossa querida Mãe das Graças.

Cruzeiro e Imagem Nossa Senhora das Graças - Sertão da Quina

A “Visão” de Nossa Senhora das Graças
Era primavera do ano de 1915, e em uma tarde, após o almoço, na região do alto do Sertão da Quina em Ubatuba, região próxima a Praia de Maranduba, com acesso pelo Km 76 da rodovia Rio-Santos, sentiu-se um suave perfume de flores.



Oração Antiquíssima
Ó Virgem da Conceição, Vós sois aquela Senhora que na porta do céu estais, do sol vestida, da lua calçada, de graça assistida e de estrela coroada. Vós sois aquela senhora que de vossa sagrada boca dissestes:”Quem por meu santo nome chamar 150 vezes no dia, não sofrerá aflição, nem agonia”.
Ó Virgem da Conceição, agora por vós eu chamo…Ó Virgem da Conceição Valei-me!


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