Nos últimos decênios do século XIX, segundo narra a lenda, uma senhora residente na cidade do Rio de Janeiro, fez uma promessa a Nossa Senhora das Dores, pedindo à santa que protegesse seu marido que se encontrava participando da guerra entre Brasil e Paraguai e o trouxesse de volta com saúde e sem mutilação de guerra. Se o seu pedido fosse realizado, ela iria edificar uma capela em louvor à Santa, escolhendo para isso um lugar humilde e que não tivesse uma capela. Passou-se algum tempo, a guerra terminou e o marido daquela senhora havia retornado, tão bem quanto tinha partido. Após alguns meses, essa senhora conheceu um pescador, mestre de barco, chamado Pedro Vicente, bom conhecedor das terras da gente do litoral norte paulista, e por indicação do mesmo, a capela foi edificada na praia do Itaguá em Ubatuba, recanto que conheceu de perto a figura venerada do padre Anchieta, quando aqui esteve servindo de refém dos índios tupinambás, enquanto se tratava do armistício entre índios e portugueses.