sexta-feira, 30 de maio de 2014

Secretaria de Turismo e Galeria Sérgio Caribé organizam lançamento de obra em homenagem ao líder quilombola de Ubatuba Seu Zé Pedro



Com apoio da Secretaria de Turismo e da Galeria Sérgio Caribé, o lançamento do livro Eu Tenho o Meu Sonho: A Sabedoria do Seu Zé Pedro, Mestre Quilombola da Casa da Farinha aconteceu na noite da última quinta-feira na livraria Nobel, Itaguá.

Gratuito, o encontro reuniu dezenas de pessoas e contou com a presença de representantes da Secretaria de Turismo e do Quilombo, localizado no sertão da praia da Fazenda, costa norte do município.


terça-feira, 27 de maio de 2014

O `Sobradão´ está se desmanchando em Ubatuba


 
 
Nenê Velloso 


Fonte :  www.ubaweb.com


O “Sobradão do porto”, construído em 1846, tombado como patrimônio histórico e arquitetônico em 1959, desde 1987 está sobre a responsabilidade da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart), portanto, há 27 anos vem, a trancos e barrancos, resistindo às intempéries e ao abandono por quem dele deveria cuidar. E agora, aos 168 anos completados neste ano de 2014, sem manutenção, está se desmanchando. As quatro estátuas que lá existiam há muito desapareceram, agora só restam dois vasos solitários (veja detalhes),


Poleiro de pombo [em Ubatuba]

 
 
Nenê Velloso 


Do site :   www.ubaweb.com

Ao contrário do Sobradão do Porto, conforme matéria publicada em 14-05-2014 mostrando que se encontra em processo de deterioração total, a nossa Igreja Matriz, que foi iniciada em 1780, parece que ainda não foi terminada. Apesar dos seus 234 anos, está bem conservada por dentro e por fora, só o relógio virou poleiro de pombos, e está parado há muitos anos. Para acabar com o poleiro, simplesmente fecharam com tela (veja detalhe). Uma Matriz sem relógio, um marco histórico da cidade, só mesmo em Ubatuba!


Lançamento de livro sobre história do mestre quilombola Seu Zé Pedro acontece na Nobel




A Secretaria de Turismo convida a população de Ubatuba para o lançamento do livro Eu Tenho o Meu Sonho: A Sabedoria do Seu Zé Pedro, Mestre Quilombola da Casa da Farinha. 

O evento é gratuito e acontece nesta quinta-feira, dia 29 de maio, às 19 horas, na Livraria Nobel, Itaguá, centro. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

ENCANTADO




Quebrando o Encanto - Arte: Estevan (Arquivo JRS)

        Estando em prosa com o Oliveira, no jundu da praia do Perequê-mirim, eu quis saber a respeito dos seus antigos, que viviam na Ilha do Tamanduá, pertencente ao município vizinho de Caraguatatuba, defronte à praia da Tabatinga. Alguma coisa eu já sabia graças ao finado Aristeu Quintino, seu primo da praia da Ponta Aguda. 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

É BOM DEMAIS.............

É BOM DEMAIS!


Oliveira, aos 91 anos, no jundu. (Arquivo JRS).

Olhando bem naqueles olhos que espelham um céu limpo, sem nuvem alguma, perguntei:
- Bom dia, Oliveira! Tá me reconhecendo?
Ele, firmando bem a visão por causa da claridade da metade do dia, respondeu:
- Você é filho da Laurentina. É claro que sei quem é!

Assim começamos uma prosa no jundu do Perequê-mirim, juntamente com o Luiz Carlos e outro rapaz, neto do finado Hermínio. O Oliveira, agora com 91 anos, me conhece desde quando eu vivia os primeiros anos na praia da Fortaleza. Era um dos companheiros do vovô Armiro nas puxadas de rede na praia. “Bons tempos aqueles, né menino?”.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

ESPECIAL DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA " - PARTE 115





A entrevista realizada no Camburi nos permitiu, graças à ajuda de Claudia de Oliveira, observar com atenção as variantes da língua caiçara em uma transcrição quase literal do relato do entrevistado ante nossas perguntas.


Todo mundo criava, um criava dez, otro criava 20, otro criava 30 cabeça de porco, né. Ai, meu pai tinha 25, 30. Então, quando foi uma época, meu pai disse ansi. Tinha dois bem gordo, e ele achava que era muito pra mata pra família. Ai eu me lembro como se fosse onti né. Um dia meu pai disse ansi: -Meu filho ocê vai no vizinho, na vizinhança, onde mora seus tio e oferece quem interessa em compra uns quilo de carne de porco, eu quero mata ele, mas acho que é muita carne pra família, ele ta muito gordo, muito cevado. Ai eu sai de manhã, tomei o café em casa e vim pela vizinhança, que tinha muita gente. Ai eu comecei a chega na casa dum, na casa de outro e oferece.