domingo, 27 de setembro de 2009

ESPECIAL : LIVRO " Ubatuba, espaço, memória e cultura "

4. CASA DA FARINHA – FAZENDA PICINGUABA


Localização


A Casa da Farinha e Fazenda Picinguaba estão localizadas no extremo norte do município de Ubatuba, na altura do km 12 da rodovia Rio – Santos, BR 101, próximo à entrada do Núcleo Picinguaba a uns 37 km do centro urbano da cidade, com placa a esquerda de localização do local.
Horário de funcionamento
Por se tratar de um atrativo do patrimônio cultural a “céu aberto” numa integração perfeita com a natureza local, pode ser visitado a qualquer hora do dia.
A história que antecede a própria história da Casa da Farinha, na Fazenda da Picinguaba, hoje o Núcleo Picinguaba é bem curiosa e muito interessante. Antes mesmo deste atrativo que faz parte da cultura histórica do município e sua comunidade local ter a grande importância para o desenvolvimento desta e se transformar no futuro em um marco histórico, representou a conquista de trabalhadores da região.
Localizada especificamente em uma fazenda, a “Fazenda Picinguaba”, hoje dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, área esta de preservação ambiental22, antes mesmo de se chamar Casa da Farinha, era um engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.
Esta fazenda que passou de mão em mão, de herdeiro a herdeiro, inicialmente, no ano de 1843, era de propriedade do Sr. Manoel da Silva Alves, deixado para sua esposa então herdeira direta, após a sua morte. Dona Maria Alves de Paiva com o seu falecimento deixa como herança ao sobrinho José Cardoso de Paiva que no ano seguinte vende ao então Capitão Firmino Joaquim Ferreira de Veiga. Este por sua vez construiu no local o engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.
A idéia inicial do Capitão Firmino era interessante. Ele queria povoar a localidade e sua fazenda com famílias de imigrantes italianos formando assim uma colônia com 45 famílias. Mas, com o passar dos anos a maioria destas famílias foram embora, ficando alguns descendentes de italianos no que hoje se tornou o Núcleo Picinguaba23.
Com a hipoteca da Fazenda ao Banco do Brasil e da República do Brasil, cedida em seguida ao Banco Hipotecário do Brasil, o Capitão Firmino deixa de ser proprietário e com isso o moinho de fubá e o engenho foram desativados. Em ruínas restaram duas pedras originais e a roda d’água de ferro; e do engenho o moedor de cana-de-açúcar, a caldeira e o eixo, peças estas importadas da Inglaterra.
Pedro Ozório e Eduardo Delaporte são os novos proprietários no ano de 1907. Estes compram do Banco a fazenda hipotecada, mas por não conseguirem pagar, logo volta ao mesmo Banco Hipotecário do Brasil que em sociedade com a A.S.CIA. Agropecuária, no ano de 1928, colocam entre outros imóveis como Capital Social da Firma a Fazenda Picinguaba.


No ano de 1950, já em posse e propriedade do Senhor Saint Clair Bustamante e Silva, este manda construir a 1 km do local do engenho a Casa da Farinha, aproveitando-se do que restou do antigo engenho. Contratou os serviços do Sr. Werneck de Araújo da Cidade de Parati, um profissional da madeira,para a construção de uma roda d’ água substituindo a anterior roda de ferro que havia sido roubada. Infelizmente, após um ano na fabricação de farinha, como um estigma da fazenda, o antigo engenho e agora Casa da Farinha é abandonado. Mesmo assim a farinha continua sendo produzida na região e nas suas proximidades em casas rústicas de famílias dos pequenos produtores e de forma artesanal.
Mais uma vez a Fazenda Picinguaba é penhorada à Caixa Econômica Estadual do Estado de São Paulo pelo proprietário o Senhor Saint Clair em uma tentativa de obter recursos e assim investir nas terras, mas não fazendo bom uso do investimento, Saint Clair abandona a região e vai embora.
A Caixa Estadual, por sua vez, levou para o local, famílias e logo em seguida, a fazenda foi doada à Marinha que faria do local uma Escola Naval na Praia da Fazenda, mas pelo fato de suas águas serem rasas, não permitindo manobras das embarcações de grande porte, este projeto também não foi realizado, e voltou à Caixa do Estado, sendo desapropriada.
Mas graças a esta desapropriação, o Governo do Estado de São Paulo transforma toda esta área de 310.000 hectares, no Parque Estadual da Serra do Mar, o que veio a ser o Núcleo Picinguaba. Em uma gestão de dois anos seguidos, consegue-se que a Casa da Farinha ocupe uma faixa de 30.000 hectares dentro do perímetro do Parque. Então, hoje a Fazenda e mais cinco praias são protegidas estando abrigadas dentro de uma área de preservação ambiental.


Parece até que toda esta história narrada a respeito da área que inclui a Fazenda Picinguaba, desde o primeiro proprietário e os subseqüentes herdeiros, a intenção de colonização das famílias, da idéia do Engenho, do Moinho e da Casa da Farinha não frutificou em função dos interesses particulares de seus precursores, fortalecendo hoje a idéia de proteção e preservação das matas, rios e praias da região norte que é o forte de Ubatuba, tornando-as famosas pela sua natureza e não pela intervenção e expropriação da mesma.


5. AQUÁRIO DE UBATUBA

Localização

O Aquário de Ubatuba está localizado próximo à região central de Ubatuba, na Rua Guarani, 859, no bairro do Itaguá, na cabeceira da ponte sobre o rio da Barra da Lagoa de quem vem do Itaguá sentido centro.
Horário de funcionamento:
De quinta a terça-feira, das 10 às 22h - Fechando as quartas-feiras para manutenção. No verão e nas férias de Julho, costuma-se abrir todos os dias.
Nem as mais de oitenta praias e ilhas de Ubatuba, apesar do maravilhoso visual que suas águas cristalinas e rica fauna marinha, podem proporcionar aos nossos olhos um espetáculo como o do Aquário de Ubatuba, inclusive àquelas pessoas inexperientes e sem condições da pratica de mergulho ou por ter receio do mar, a oportunidade de ver bem de perto tantas maravilhas exóticas do fundo do mar. Para isso, o Aquário, com toda sua infra - estrutura e qualidade de um empreendimento privado, oferece aos visitantes e turistas, como à toda família, estudantes e curiosos a oportunidade de conhecer de perto o mundo fantástico e complexo da vida marinha.
Entre tantos animais exóticos e coloridos da fauna marinha local, o Aquário de Ubatuba traz para nosso conhecimento animais da fauna marinha dos mares. Este atrativo artificialmente construído tem como objetivo educar e conscientizar a população acerca da riqueza marinha e assim poder promover o turismo de preservação. O Aquário de Ubatuba possui exemplares exóticos da fauna que são adquiridos e importados legalmente junto ao IBAMA. Por esta razão, o Aquário não possui nenhum animal ameaçado de extinção, como as tartarugas marinhas e corais que recriam o habitat do fundo do mar. Animais como espécies típicas de recifes e corais, graciosos cavalos marinhos, moréias, o peixe morcego, o peixe leão, o tubarão lixa e até um tubarão leopardo do Oceano Pacífico fazem parte desta riquíssima coleção. Além claro dos animais das proximidades, das nossas praias como: garoupas, baiacus, lagostas, budiões; entre outros, pequenos como os límulos, verdadeiros fósseis vivos, parentes dos escorpiões e aranhas.


Estes animais de diversos tipos, tamanhos e formas somam mais de 70 espécies, entre os quais se encontram diferentes tipos de peixes, invertebrados, répteis e anfíbios. Eles são adequadamente mantidos em tanques onde os especialistas procuraram transportar do fundo oceânico todas as condições necessárias para a sobrevivência das espécies em cativeiro, proporcionando a aparência natural dos lugares submarinhos. São 15 tanques, sendo que um deles tem 80.000 litros, este é considerado o maior tanque costeiro de águas marinhas do país. Este tanque principal costuma ser freqüentemente mantido com o fim de garantir a alimentação dos peixes, nele um mergulhador pode brincar com as espécies como uma moréia e um tubarão, proporcionando ao visitante um espetáculo: lúdico, gracioso e didático.


O Aquário de Ubatuba proporciona ainda um contato direto com alguns animais da vida marinha como o ouriço, pepinos e estrelas do mar, uma diversidade de invertebrados marinhos que ficam em um tanque de fácil acesso e manuseio sendo uma das grandes atrações para crianças e estudantes em geral. Todo o percurso dentro do espaço ocupado pelas instalações do Aquário é bem diversificado. Antes mesmo de o visitante passar por estes tanques que proporcionam a proximidade com as espécies animais, os que ali chegam podem observar vários tanques, grandes aquários das mais diversificadas vidas marinhas e do ecossistema como: do mangue, uma representação do costão rochoso, o fundo arenoso, o recife de coral e os ambientes de água doce. Vários painéis luminosos completam os caminhos dentro do Aquário com explicações importantes do funcionamento do ecossistema.


O interessante do Aquário de Ubatuba é a sua diversificação e o interesse em mostrar outros tipos de animais não tão comuns da região. Por exemplo, o pingüinário, onde os visitantes ou turistas que imaginavam ver de perto um pingüim somente em ecossistemas frios, matam sua curiosidade observando os pingüins-de-Magalhães. Outro espaço reservado é do lado de fora, onde se recria o ambiente de um pequeno lago com uma espécie do jacaré, algumas tartarugas de água doce e jabotis; um tanque com piranhas e um terral com iguanas. Para completar este panorama da vida do mar, existe o Museu do Mar que contém 500 tipos variados de conchas do mundo inteiro.


O Aquário ainda possui em sua infra - estrutura uma aconchegante lanchonete, banheiros, um auditório com ar-condicionado para sessenta pessoas e também uma lojinha de souvenirs com variados produtos que levam a marca do aquário, logotipo cuja imagem é a de um meio tubarão e um meio golfinho.
É importante ressaltar a preocupação do Aquário de Ubatuba e de seus idealizadores, os senhores Hugo Gallo e Eduardo Eadwanski, oceanógrafos , em fazer deste lugar um atrativo turístico que eduque a população sobre as riquezas do mar e a sua preservação. Para eles, acima de tudo, está a conscientização ambiental. Estimular por meio da educação ambiental e pesquisa programas que visem a conservação deste patrimônio natural dos cidadãos ubatubenses. Com isso o espaço do Aquário disponibiliza salas de projeção para a divulgação de trabalhos na área de pesquisa e conservação marinha. Assim, preocupados em educar e mostrar a importância do controle do equilíbrio ambiental, juntamente com o Projeto TAMAR-IBAMA, o Aquário de Ubatuba lança campanhas como a remoção do lixo nas praias e do mar com mutirões envolvendo alunos de escolas na coleta e limpeza das mesmas. O Aquário oferece também estágios não-remunerados para estudantes universitários que desejam abraçar a vocação do mar.


O Aquário de Ubatuba foi fundado em Janeiro de 1996, sendo considerado nos dias atuais, como um dos atrativos turístico da região mais visitado, recebendo excursões de cidades vizinhas e de outras muito distantes do território nacional. Começou num espaço menor, com poucos exemplares da espécie marinha e com o passar do tempo foi adquiriu mais espaço, ampliando suas instalações. Outros tipos de atrações da biodiversidade de diversos ecossistemas da região costumam aparecer como novidade do acervo e fazer parte desta seleta variedade de animais.
Desde sua fundação mais de 70.000 alunos, estudantes de diversos níveis educacionais visitaram o local. As turmas são recebidas por monitores especializados, que durante o percurso ,acompanham e explicam dando informações interessantes e curiosas, de grande importância, provenientes da biologia e da ecologia dos ecossistemas. O projeto é inteiramente particular, sendo assim o Aquário sobrevive das entradas de seus visitantes, com tarifas especiais aos grupos e escolas que incluem a visita como parte de suas atividades curriculares e extracurriculares.


6. PROJETO TAMAR


Localização


Rua Antônio Atanásio, 273, Jardim Paula Nobre, bairro do Itaguá – próximo da região central de Ubatuba.

Horário de Visitação

Diariamente das 10 às 12 h e das 14 às 18 h.
As tartarugas marinhas eram uma espécie ameaçada de extinção, desaparecendo rapidamente por causa da captura em atividades de pesca, da matança das fêmeas e da coleta de ovos na praia.
Até mesmo os pescadores ,por falta de informação, matavam as tartarugas para comer sua carne, os ovos e vender o casco. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), em 1980, criou o Projeto TAMAR com o fim de salvar e proteger as tartarugas marinhas do Brasil. Pesquisadores empenhados em tal propósito levaram 2 anos percorrendo o litoral brasileiro para a identificação das espécies, locais de desova, períodos de reprodução e os principais problemas relativos à exploração da espécie.
O Projeto TAMAR é hoje em dia um sucesso em favor da preservação do meio ambiente entre a população caiçara de Ubatuba. As tartarugas marinhas são animais pré – históricos, viajantes por natureza, com um ciclo de vida muito longo, mas estão ameaçadas de extinção, por esta razão o Projeto TAMAR se destaca como uma iniciativa importante de interação com a natureza. Um atrativo cultural cujas instalações podem ser visitadas para conhecer esses ancestrais da espécie marinha, protegidos por uma iniciativa que envolve toda a comunidade de Ubatuba.


Este Projeto hoje está ligado institucionalmente ao IBAMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente
O surgimento de Ubatuba como ponto turístico de relevância no litoral Norte do Estado foi por volta da década de sessenta, segundo o historiador Paulo Camilher Florençano. Até fins da década de setenta, não existia no Brasil consciência a respeito das áreas de conservação natural.
A partir de 1991, o Projeto TAMAR desenvolve em Ubatuba, um programa de educação ambiental, pesquisa científica e ações comunitárias. Conta com a ajuda voluntária de pescadores que já salvaram e catalogaram mais de 2.500 tartarugas.

No aquário abastecido com água do mar do Projeto Tamar vivem tartarugas de 4 espécies:


1. Careta – careta (Tartaruga Cabeçuda)
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Chelonia – mydas (Tartaruga Verde)
.
Eumochelys - imbricata (Tartaruga de Pente)
.
Lepidochelys - olivacea (Tartaruga Oliva)


A Tartaruga Cabeçuda tem justamente a cabeça proporcionalmente maior que a das outras espécies. É a que faz maior número de desovas no litoral. Também é conhecida pelo nome de Tartaruga Mestiça, tem o dorso marrom e o ventre amarelado, seu casco mede aproximadamente um metro de comprimento e pesa cerca de 150 Kg ainda que alguns exemplares cheguem a 250 kg. A Cabeçuda se alimenta de peixes, camarões, caramujos, esponjas e algas. Possui poderosas mandíbulas com as quais tritura conchas e carapaças de moluscos e crustáceos.
A Tartaruga Verde alimenta-se exclusivamente de algas depois do primeiro ano de vida. Também é chamada de Aruanã, tem o casco castanho esverdeado ou acinzentado chegando a medir cerca de 1,20 m de comprimento. Pesa em média 250 kg., podendo atingir 350. No estado juvenil pode ser vista com facilidade ao longo de todo o litoral brasileiro.
A Tartaruga de Pente também chamada de Verdadeira ou Legítima é considerada a mais bonita das espécies marinhas. Tem a carapaça formada por escamas de cor marrom e amarelo sobrepostas como telhas. A boca parece com o bico de um gavião e o casco pode medir até um metro de comprimento chegar a pesar 150 k. Leva o nome de Pente porque era caçada para que seu casco fosse usado na fabricação de pentes, jóias e armações de óculos. Por esse motivo é uma das espécies mais ameaçadas de extinção. Esta tartaruga alimenta-se de pequenos habitantes dos corais e esponjas.
A Tartaruga Oliva é a menor de todas as tartarugas marinhas, medindo cerca de 60 cm e pesando em torno de 65 k. Sua caparaça é de cor cinza esverdeada, daí o nome de oliva. Alimenta-se de peixes, moluscos, crustáceos, principalmente camarões e plantas aquáticas.
A espécie verde é a mais abundante na região litoral de Ubatuba. Na base do Projeto TAMAR podem ser vistas todas estas espécies, também no seu interior há um museu com peças naturais e uma biblioteca para os interessados nestes assuntos. Os dados acima citados foram extraídos da Revista TAMAR, n° 3 de 1999, Fundação Pró – TAMAR. Criação e Editoração Eletrônica, Praia do Forte, Mata São João, Bahia – Brasil.
Ubatuba é, segundo a Revista Tamar, uma das mais importantes bases de pesquisa e conservação que o Projeto Tamar – Ibama mantém no Brasil. A base do Projeto é um dos principais atrativos de Ubatuba, e ocupa uma área de 3.600 m2, cedida pela Prefeitura Municipal no bairro de Itaguá, região central do Município. O Projeto possui uma ampla infra-estrutura de apoio: alojamento, administração, unidades de reabilitação de tartarugas, centros de visita com 4 aquários e 4 tanques de exposição; 2 terrários com tartarugas terrestres e de água doce; mostruário de réplicas, peças biológicas e painéis educativos; oficinas, biblioteca, auditório, lanchonete e loja que oferece os produtos da linha Tamar, artesanato produzido pelos índios Guarani da Aldeia Boa Vista.
O Museu Caiçara também faz parte do Projeto com cerca de 200 peças no seu acervo. Para operar com toda essa infra-estrutura física e de ações, o Projeto Tamar conta com cerca de 60 pescadores-colaboradores e uma equipe de 35 pessoas, a maioria pertencente à comunidade, incluindo a equipe técnica: veterinários biólogos e oceanógrafos, estagiários e também voluntários.
O Projeto TAMAR é reconhecido na cidade de Ubatuba pelo seu propósito de educação ambiental e integração comunitária. O dano ambiental e a pesca predatória eram a maior ameaça à sobrevivência das tartarugas marinhas, neste sentido, o Projeto TAMAR começou a desenvolver ações concretas junto às comunidades caiçaras de Ubatuba para encontrar novas fontes de renda em substituição a caça, a alimentação e a comercialização das tartarugas por parte dos pescadores, assim houve a conscientização da população baseada no princípio participativo da comunidade. O ideal ético que mediava este projeto, salvar e proteger as espécies , teve em troca, a criação de novas alternativas de subsistência apoiando a preservação da cultura popular24. Além de contratar pescadores, o Projeto TAMAR e o IBAMA desenvolveram junto às comunidades projetos sociais como auxílio a creches e hortas comunitárias, ações de saúde, biblioteca, apoio em telecomunicações e outros como fontes alternativas de renda, confecções, artesanato, programas de ecoturismo e varias atividades de educação ambiental. As comunidades caiçaras são instruídas a respeito da preservação do meio ambiente através de palestras, cursos, vídeos e apoio em festas regionais. Boa parte dos recursos são angariados pela venda de produtos como camisetas, chaveiros, adesivos, bonés da linha TAMAR.
O potencial deste atrativo selecionado é abrangente e efetivo, segundo depoimento dos próprios moradores de Ubatuba, pois envolve o natural, o histórico e o cultural, promovendo o turismo na sua variante de Ecoturismo.
PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO 15 DE OUTUBRO:

Vamos falar sobre a FUNDART , o Corcovado  e apresentar a 1 ª parte do O dia a dia de Ubatuba, do nascer ao por do Sol

O Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura " , foi escrito por Juan Drouguet e Jorge Otavio Fonseca, lançado em 2005, o livro encontra -se na Biblioteca Municipal de Ubatuba , Praça 13 de Maio,52 - centro - Ubatuba-SP 

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

FOLIA DE REIS EM UBATUBA

CRENÇAS




FOLIA DOS REIS

"Folia de Reis ou de Santos Reis, manifestação folclórica de cunho religioso introduzido no Brasil através da colonização portuguesa. Essa manifestação em Portugal no século XVII tinha como finalidade o divertimento do povo. Ao chegar no Brasil no século XVIII a Folia de Reis passou a ter um sentimento mais religioso do que profano".



FOLIA DE REIS EM UBATUBA

1. Em Ubatuba existe Folia de Reis que teimosamente caminha com dificuldades, mas está aí a cantarolar versos exaltando o Deus Menino. As Folias de Reis ou de Santos Reis em Ubatuba são diferentes das folias do Vale do Paraíba.



2. No litoral, especificamente em Ubatuba, o toque de folia, seu canto, sua composição, se diferencia do interior do Estado. Até mesmo dentro do próprio município existem diferenças no modo de se cantar e tocar. As folias da praia Vermelha do Norte até a praia do Camburi se apresentam com apenas duas vozes, ou seja, primeira e segunda, mais o tripe ou tipe. No instrumental apenas duas violas.

1. No bairro do Perequê-Açú a folia é cantada pelo senhor Octávio, no estilo paratiano, composta de viola, cavaquinho, triângulo e na parte vocal, uma primeira voz e um falsete (quinta acima).

No centro urbano ainda encontramos resquícios de uma famosa Folia de Reis do senhor Manoel Barbosa (Mané Barbeiro). Alguns remanescentes do grupo ainda relutam para manter a música e a orquestração, como é chamada por eles.

Existe ainda no centro urbano o Grupo de Folia de Reis da Dona Ophélia que é composto basicamente por mulheres caiçaras. Um fato inédito, pois a Folia de Reis é manifestação folclórica realizada por homens.

No sul do município temos no Sertão da Quina o Grupo de Folia de Reis do Zéca Pedro e seus familiares. Esse grupo é bem parecido com os grupos do lado norte da cidade. Na Maranduba existe hoje um grupo que é uma mistura de dois estilos, o caiçara e o mineiro. Na parte instrumental tem violões, cavaquinho, timba, pandeiro e chocalhos.

Santos Reis vai despedindo

Deixando muita saudade.

Vai deixando muita benção

Pro povo desta cidade.

Versos de Pedro Dovina e Graciano Bernardo

FONTE


Sidnei Martins Lemes

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ESPECIAL : LIVRO "UBATUBA, ESPAÇO MEMÓRIA E CULTURA"

3. RUÍNAS DA LAGOINHA



Localização

As Ruínas da Lagoinha estão localizadas ao sul, a 23,9 km do Centro de Ubatuba e a 1 km de estrada de terra à direita do bairro da Lagoinha, próximo ao km 72, da rodovia Rio – Santos, mais especificamente na antiga Fazenda Bom Retiro.


Horário de funcionamento

Como se trata de um atrativo a céu aberto, integrando-se com a natureza local, as Ruínas da Lagoinha estão abertas para visitação daqueles interessados neste tipo de atrativo histórico cultural.

As Ruínas da Lagoinha guardam uma história rica em acontecimentos, de prosperidade, desenvolvimento, riquezas, sofrimento, e acima de tudo, de muita sensibilidade a respeito da luta de interesses. Muitos personagens, figuras e nomes que escreveram suas histórias nas terras deste bairro, hoje, chamado de Lagoinha, remanescentes de uma Ubatuba próspera, lutaram desde o início pelo nobre princípio da sobrevivência no contexto do Brasil colonial. Uma época em que a cidade avançava em direção ao progresso por meio do seu porto, onde negociações de exportação dos produtos como aguardente, açúcar mascavo, milho fumo e outros faziam deste atrativo o palco, não só de Ubatuba como também do Vale do Paraíba.

O precursor nestas terras que abrange toda uma enorme área de matas e praias, incluindo a Maranduba e Sapé foi o engenheiro francês João Agostinho Stevenné. No início do século XIX, criou na Lagoinha um engenho de açúcar e uma grande fazenda modelo, a Fazenda Bom Retiro, com o intuito de ensinar novas técnicas na fabricação do produto e a introdução e propagação de carneiros merinos para a produção de carvão animal. Mas com a evolução de técnicas na área da agricultura a fazenda entra em decadência no ano de 1850.

Um dos mais importantes proprietários destas terras e da Fazenda Bom Retiro, no final do século XIX, foi o bom Capitão Romualdo. Admirado por muitos e, principalmente, por seus escravos negros até a abolição acontecer. Segundo relatos históricos, mesmo depois da abolição da escravatura os ex-escravos ficaram do seu lado por gratidão e amizade, como empregados, até o falecimento do Capitão.

“Solar do Capitão Romualdo”, assim era conhecida a Fazenda Bom Retiro na época de seu maior esplendor. Moravam neste sitio, ele e sua esposa de nome Mariana, não tiveram filhos, talvez por isso, tratavam a todos seus empregados como verdadeiros parentes, sem distinção nenhuma. A humanidade deste fazendeiro era tanta, segundo contam testemunhas, que até nas refeições, seus escravos faziam parte da mesa principal tendo a preocupação de alimentar primeiro as crianças.

Dono de enorme propriedade, o capitão tinha em suas terras grande cultivo de café e cana-de-açúcar. Também exportava os produtos que cultivava e fabricava como o açúcar mascavo e a aguardente. No caso da aguardente, o capitão, segundo relatos, foi o precursor do que viria a ser a primeira fábrica de vidros do Brasil para embalar este produto alcoólico, iniciando a construção da fábrica, no local onde hoje existem 3 pilares da provável construção, este dado não é comprovado nem mesmo pela existência das colunas até hoje levantadas no local21. Infelizmente a história do Solar do bondoso capitão e da prosperidade do local, a Fazenda Bom Retiro, termina com sua morte e a loucura de sua esposa ao não suportar a partida. Com este acontecimento, seus empregados, ex-escravos, amigos e queridos pelo capitão partem abandonando o local.

A Fazenda, esquecida por muitos anos e abandonada ao devir do tempo e da modernidade, hoje se transformou naturalmente em as “Ruínas da Lagoinha”. O antigo engenho e o aqueduto que mantém uma roda d’água fazem parte juntamente de um conjunto arquitetônico: edifício todo construído em base de argila, óleo de animais do mar, areia de praia com pedras simétricas e conchas, suas janelas de formas arredondadas e portas muito grandes, tudo muito criativo da antiga engenharia que sustenta até hoje o lugar.

As ruínas da Lagoinha, hoje tombada como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico do Estado de São Paulo - em 16/12/1985, é um dos principais patrimônios de Ubatuba de grande importância para a preservação da memória nacional. O maior responsável pela restauração e recuperação das ruínas da Lagoinha foi o francês radicado no Brasil há anos, Guy-Christian Collet, em um trabalho árduo de 4 meses e ,sozinho, conseguiu o apoio da Prefeitura local para a restauração do local. Com a atuação da Sociedade Amigos da Lagoinha conseguiu reativar o processo de tombamento que foi efetivamente reconhecida pelo Estado de um grande valor cultural.

É importante ressaltar o presente dado à cidade de Ubatuba pelo casal Jamil Zantut e Banedicta Corrêa Zantut. Uma doação à FUNDART – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba - do terreno onde estão as ruínas da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha. Da mesma forma, se faz também importante ressaltar o drama ocorrido no ano de 1997, quando o terreno das ruínas, quase foi leiloado e vendido, e que o possível comprador poderia ter derrubado a antiga construção. A FUNDART, endividada por falta de recolhimento de INSS da empresa e FGTS de seus funcionários, quase perdeu este importante marco da cultura ubatubense. Mas uma renegociação da dívida entre a nova diretoria da FUNDART e a Prefeitura, pôs fim a este pesadelo e garantiu a manutenção deste cenário histórico - cultural.

4. CASA DA FARINHA – FAZENDA PICINGUABA


Localização

A Casa da Farinha e Fazenda Picinguaba estão localizadas no extremo norte do município de Ubatuba, na altura do km 12 da rodovia Rio – Santos, BR 101, próximo à entrada do Núcleo Picinguaba a uns 37 km do centro urbano da cidade, com placa a esquerda de localização do local.

Horário de funcionamento

Por se tratar de um atrativo do patrimônio cultural a “céu aberto” numa integração perfeita com a natureza local, pode ser visitado a qualquer hora do dia.

A história que antecede a própria história da Casa da Farinha, na Fazenda da Picinguaba, hoje o Núcleo Picinguaba é bem curiosa e muito interessante. Antes mesmo deste atrativo que faz parte da cultura histórica do município e sua comunidade local ter a grande importância para o desenvolvimento desta e se transformar no futuro em um marco histórico, representou a conquista de trabalhadores da região.

Localizada especificamente em uma fazenda, a “Fazenda Picinguaba”, hoje dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, área esta de preservação ambiental22, antes mesmo de se chamar Casa da Farinha, era um engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.

Esta fazenda que passou de mão em mão, de herdeiro a herdeiro, inicialmente, no ano de 1843, era de propriedade do Sr. Manoel da Silva Alves, deixado para sua esposa então herdeira direta, após a sua morte. Dona Maria Alves de Paiva com o seu falecimento deixa como herança ao sobrinho José Cardoso de Paiva que no ano seguinte vende ao então Capitão Firmino Joaquim Ferreira de Veiga. Este por sua vez construiu no local o engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.

A idéia inicial do Capitão Firmino era interessante. Ele queria povoar a localidade e sua fazenda com famílias de imigrantes italianos formando assim uma colônia com 45 famílias. Mas, com o passar dos anos a maioria destas famílias foram embora, ficando alguns descendentes de italianos no que hoje se tornou o Núcleo Picinguaba23.

Com a hipoteca da Fazenda ao Banco do Brasil e da República do Brasil, cedida em seguida ao Banco Hipotecário do Brasil, o Capitão Firmino deixa de ser proprietário e com isso o moinho de fubá e o engenho foram desativados. Em ruínas restaram duas pedras originais e a roda d’água de ferro; e do engenho o moedor de cana-de-açúcar, a caldeira e o eixo, peças estas importadas da Inglaterra.

Pedro Ozório e Eduardo Delaporte são os novos proprietários no ano de 1907. Estes compram do Banco a fazenda hipotecada, mas por não conseguirem pagar, logo volta ao mesmo Banco Hipotecário do Brasil que em sociedade com a A.S.CIA. Agropecuária, no ano de 1928, colocam entre outros imóveis como Capital Social da Firma a Fazenda Picinguaba.

No ano de 1950, já em posse e propriedade do Senhor Saint Clair Bustamante e Silva, este manda construir a 1 km do local do engenho a Casa da Farinha, aproveitando-se do que restou do antigo engenho. Contratou os serviços do Sr. Werneck de Araújo da Cidade de Parati, um profissional da madeira,para a construção de uma roda d’ água substituindo a anterior roda de ferro que havia sido roubada. Infelizmente, após um ano na fabricação de farinha, como um estigma da fazenda, o antigo engenho e agora Casa da Farinha é abandonado. Mesmo assim a farinha continua sendo produzida na região e nas suas proximidades em casas rústicas de famílias dos pequenos produtores e de forma artesanal.

Mais uma vez a Fazenda Picinguaba é penhorada à Caixa Econômica Estadual do Estado de São Paulo pelo proprietário o Senhor Saint Clair em uma tentativa de obter recursos e assim investir nas terras, mas não fazendo bom uso do investimento, Saint Clair abandona a região e vai embora.

A Caixa Estadual, por sua vez, levou para o local, famílias e logo em seguida, a fazenda foi doada à Marinha que faria do local uma Escola Naval na Praia da Fazenda, mas pelo fato de suas águas serem rasas, não permitindo manobras das embarcações de grande porte, este projeto também não foi realizado, e voltou à Caixa do Estado, sendo desapropriada.

Mas graças a esta desapropriação, o Governo do Estado de São Paulo transforma toda esta área de 310.000 hectares, no Parque Estadual da Serra do Mar, o que veio a ser o Núcleo Picinguaba. Em uma gestão de dois anos seguidos, consegue-se que a Casa da Farinha ocupe uma faixa de 30.000 hectares dentro do perímetro do Parque. Então, hoje a Fazenda e mais cinco praias são protegidas estando abrigadas dentro de uma área de preservação ambiental.

Parece até que toda esta história narrada a respeito da área que inclui a Fazenda Picinguaba, desde o primeiro proprietário e os subseqüentes herdeiros, a intenção de colonização das famílias, da idéia do Engenho, do Moinho e da Casa da Farinha não frutificou em função dos interesses particulares de seus precursores, fortalecendo hoje a idéia de proteção e preservação das matas, rios e praias da região norte que é o forte de Ubatuba, tornando-as famosas pela sua natureza e não pela intervenção e expropriação da mesma.

5. AQUÁRIO DE UBATUBA

LocalizaçãoO Aquário de Ubatuba está localizado próximo à região central de Ubatuba, na Rua Guarani, 859, no bairro do Itaguá, na cabeceira da ponte sobre o rio da Barra da Lagoa de quem vem do Itaguá sentido centro.

Horário de funcionamento:

De quinta a terça-feira, das 10 às 22h - Fechando as quartas-feiras para manutenção. No verão e nas férias de Julho, costuma-se abrir todos os dias.

Nem as mais de oitenta praias e ilhas de Ubatuba, apesar do maravilhoso visual que suas águas cristalinas e rica fauna marinha, podem proporcionar aos nossos olhos um espetáculo como o do Aquário de Ubatuba, inclusive àquelas pessoas inexperientes e sem condições da pratica de mergulho ou por ter receio do mar, a oportunidade de ver bem de perto tantas maravilhas exóticas do fundo do mar. Para isso, o Aquário, com toda sua infra - estrutura e qualidade de um empreendimento privado, oferece aos visitantes e turistas, como à toda família, estudantes e curiosos a oportunidade de conhecer de perto o mundo fantástico e complexo da vida marinha.

Entre tantos animais exóticos e coloridos da fauna marinha local, o Aquário de Ubatuba traz para nosso conhecimento animais da fauna marinha dos mares. Este atrativo artificialmente construído tem como objetivo educar e conscientizar a população acerca da riqueza marinha e assim poder promover o turismo de preservação. O Aquário de Ubatuba possui exemplares exóticos da fauna que são adquiridos e importados legalmente junto ao IBAMA. Por esta razão, o Aquário não possui nenhum animal ameaçado de extinção, como as tartarugas marinhas e corais que recriam o habitat do fundo do mar. Animais como espécies típicas de recifes e corais, graciosos cavalos marinhos, moréias, o peixe morcego, o peixe leão, o tubarão lixa e até um tubarão leopardo do Oceano Pacífico fazem parte desta riquíssima coleção. Além claro dos animais das proximidades, das nossas praias como: garoupas, baiacus, lagostas, budiões; entre outros, pequenos como os límulos, verdadeiros fósseis vivos, parentes dos escorpiões e aranhas.

Estes animais de diversos tipos, tamanhos e formas somam mais de 70 espécies, entre os quais se encontram diferentes tipos de peixes, invertebrados, répteis e anfíbios. Eles são adequadamente mantidos em tanques onde os especialistas procuraram transportar do fundo oceânico todas as condições necessárias para a sobrevivência das espécies em cativeiro, proporcionando a aparência natural dos lugares submarinhos. São 15 tanques, sendo que um deles tem 80.000 litros, este é considerado o maior tanque costeiro de águas marinhas do país. Este tanque principal costuma ser freqüentemente mantido com o fim de garantir a alimentação dos peixes, nele um mergulhador pode brincar com as espécies como uma moréia e um tubarão, proporcionando ao visitante um espetáculo: lúdico, gracioso e didático.

O Aquário de Ubatuba proporciona ainda um contato direto com alguns animais da vida marinha como o ouriço, pepinos e estrelas do mar, uma diversidade de invertebrados marinhos que ficam em um tanque de fácil acesso e manuseio sendo uma das grandes atrações para crianças e estudantes em geral. Todo o percurso dentro do espaço ocupado pelas instalações do Aquário é bem diversificado. Antes mesmo de o visitante passar por estes tanques que proporcionam a proximidade com as espécies animais, os que ali chegam podem observar vários tanques, grandes aquários das mais diversificadas vidas marinhas e do ecossistema como: do mangue, uma representação do costão rochoso, o fundo arenoso, o recife de coral e os ambientes de água doce. Vários painéis luminosos completam os caminhos dentro do Aquário com explicações importantes do funcionamento do ecossistema.

O interessante do Aquário de Ubatuba é a sua diversificação e o interesse em mostrar outros tipos de animais não tão comuns da região. Por exemplo, o pingüinário, onde os visitantes ou turistas que imaginavam ver de perto um pingüim somente em ecossistemas frios, matam sua curiosidade observando os pingüins-de-Magalhães. Outro espaço reservado é do lado de fora, onde se recria o ambiente de um pequeno lago com uma espécie do jacaré, algumas tartarugas de água doce e jabotis; um tanque com piranhas e um terral com iguanas. Para completar este panorama da vida do mar, existe o Museu do Mar que contém 500 tipos variados de conchas do mundo inteiro.

O Aquário ainda possui em sua infra - estrutura uma aconchegante lanchonete, banheiros, um auditório com ar-condicionado para sessenta pessoas e também uma lojinha de souvenirs com variados produtos que levam a marca do aquário, logotipo cuja imagem é a de um meio tubarão e um meio golfinho.

É importante ressaltar a preocupação do Aquário de Ubatuba e de seus idealizadores, os senhores Hugo Gallo e Eduardo Eadwanski, oceanógrafos , em fazer deste lugar um atrativo turístico que eduque a população sobre as riquezas do mar e a sua preservação. Para eles, acima de tudo, está a conscientização ambiental. Estimular por meio da educação ambiental e pesquisa programas que visem a conservação deste patrimônio natural dos cidadãos ubatubenses. Com isso o espaço do Aquário disponibiliza salas de projeção para a divulgação de trabalhos na área de pesquisa e conservação marinha. Assim, preocupados em educar e mostrar a importância do controle do equilíbrio ambiental, juntamente com o Projeto TAMAR-IBAMA, o Aquário de Ubatuba lança campanhas como a remoção do lixo nas praias e do mar com mutirões envolvendo alunos de escolas na coleta e limpeza das mesmas. O Aquário oferece também estágios não-remunerados para estudantes universitários que desejam abraçar a vocação do mar.

O Aquário de Ubatuba foi fundado em Janeiro de 1996, sendo considerado nos dias atuais, como um dos atrativos turístico da região mais visitado, recebendo excursões de cidades vizinhas e de outras muito distantes do território nacional. Começou num espaço menor, com poucos exemplares da espécie marinha e com o passar do tempo foi adquiriu mais espaço, ampliando suas instalações. Outros tipos de atrações da biodiversidade de diversos ecossistemas da região costumam aparecer como novidade do acervo e fazer parte desta seleta variedade de animais.

Desde sua fundação mais de 70.000 alunos, estudantes de diversos níveis educacionais visitaram o local. As turmas são recebidas por monitores especializados, que durante o percurso ,acompanham e explicam dando informações interessantes e curiosas, de grande importância, provenientes da biologia e da ecologia dos ecossistemas. O projeto é inteiramente particular, sendo assim o Aquário sobrevive das entradas de seus visitantes, com tarifas especiais aos grupos e escolas que incluem a visita como parte de suas atividades curriculares e extracurriculares.

FONTE : Livro " Ubatuba, Memória Espaço e  Cultura", próxima atualização 25 de setembro - Projeto TAMAR, FUNDART  e  CORCOVADO

Monumento ao pescador na entrada da cidade

FONTE : LITORALVIRTUAL - JULHO DE 2003

Uma escultura com 9 m e altura vem sendo erguida na entrada da cidade, no trevo de saída para Taubaté, homenageando o pescador de nosso município. A iniciativa da Prefeitura conta com apoio de uma comissão especialmente constituída para este fim e integrada por Julio César Mendes, João Teixeira Leite, Ney Martins e o jornalista Luiz Ernesto Kawall.A definição do local , aprovado pela comissão, teve como base um ensaio fotográfico com a maquete montado pela Secretaria de Arquitetura e Urbanismo – SAL, que apontou o ângulo para melhor visualização do motorista e do pedestre que passam pela rotatória. A base do monumento vem sendo concretada com a supervisão do artesão Demétrio da Silva, autor do projeto que entre outras obras, criou a estátua do Bandeirante, em Taubaté. “É uma forma de homenagear os pescadores do nosso município que fazem parte da nossa história e até hoje simbolizam o que temos de mais autêntico em termos de tradição”, diz o prefeito Paulo Ramos.

Lançamento da Pedra Fundamental do Centro de Convenções de Ubatuba

Autoridades Federais e Estaduais estarão participando do lançamento de um novo ciclo econômico para o município



Nesta próxima segunda-feira, 28, Ubatuba estará recebendo o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) Eduardo Sanovicz, e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, para o lançamento da Pedra Fundamental das futuras instalações do Centro de Convenções e Eventos de Ubatuba e para a assinatura do termo de cessão de transferência da área Estadual para o município. Estarão presentes também o Secretário Estadual de Transporte, Dario Rais, o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos Meirelles, o diretor do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Ricardo Rodrigues Barbosa Volpi, e o diretor do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), Ronaldo Assumpção.

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horácio Lafer Piva, o diretor Executivo da Fiesp, Dagmar Cupaiolo, o presidente do Fórum Brasileiro do Convention & Visitors Bureaux, Rui Carvalho, e autoridades municipais também estarão no evento.

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) da Prefeitura de Ubatuba. O secretário da Setur, Sérgio Carvalho, pretende estar anunciando esta obra ainda este ano, com início previsto para outubro e que terá a duração de no máximo um ano. O custo estimado da obra é de cerca de R$ 17 milhões. Segundo Carvalho, já tem garantida a verba de cerca de R$ 5,5 milhões do Dade e da Prefeitura cerca de R$1,2 milhão. O restante será captado em órgãos federais e na iniciativa privada. “Esta ferramenta estará mudando o perfil turístico de Ubatuba. Este segmento do turismo de negócios movimentará a cidade, que será trabalhado prioritariamente na baixa temporada gerando emprego e renda para grande parte da população do município. Aliás, não podemos pensar em turismo sem agregar a questão social”, concluiu Carvalho.

Agenda do dia 28 - Sanovicz chegará no município por volta das 13 horas, quando será recebido pelo prefeito Paulo Ramos (PFL). Às 14 horas haverá o lançamento da Pedra Fundamental das futuras instalações do Centro de Convenções e Eventos e a assinatura do termo de cessão de transferência para o município da área cedida pelo Daesp, ao lado do aeroporto Gastão Madeira. Às 16 horas haverá coletiva com as autoridades Federais, Estaduais e Municipais na Sede da Setur. Sanovicz fará uma palestra sobre turismo na Unitau (Universidade de Taubaté - Campus Ubatuba) às 17h30. Ao final, Sanovicz participará de um jantar de confraternização com setores empresariais, políticos e comunidade.

Permanecerá no município até o dia seguinte. O Secretário Carvalho considera a presença de Sanovicz um momento muito importante para o desenvolvimento econômico do município. “É o marco de uma nova era econômica para o município. Sanovicz é o segundo homem do turismo nacional do Governo Lula. Com isso podemos capitalizar positivamente para maiores investimentos no setor turístico de nossa cidade”, afirmou Carvalho.



Centro de Convenções e Eventos - O projeto arquitetônico foi desenvolvido pelos arquitetos da Secretaria de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura de Ubatuba em uma área total de 22 mil metros quadrados, sendo cerca de 15 mil metros de área construída. O Centro de Convenções terá 3 mil metros quadrados de área total. A capacidade projetada é para atender 3000 pessoas. Também estão no projeto uma sala de trabalho para instalação de equipamentos de tecnologia e informática, duas salas de reuniões e área exclusiva para intervalos e café. Na área para feiras, shows, eventos e outras atividades, são 6 mil metros quadrados com a capacidade para cerca de 7 mil pessoas. O restaurante terá a capacidade rotativa de 500 pessoas e contará com bar. À área de serviços foram destinados 1400 metros quadrados e contará com posto de atendimento médico.

O Centro de Convenções e Eventos de Ubatuba contará com dois elevadores panorâmicos e amplo estacionamento. Segundo os arquitetos, houve a preocupação em projetar todas as instalações com rampas e sanitários adequados para atender plenamente portadores de deficiência física.

Um novo ciclo econômico - Atualmente Ubatuba vive em franca decadência no seu principal setor econômico que é o turismo. Com cerca de 22 mil leitos, quase 100 praias, dezenas de ilhas, cachoeiras, trilhas dentro da Mata Atlântica para o segmento de ecoturismo, culinária típica caiçara, diversas manifestações culturais de raiz e toda uma infra-estrutura para receber o turista, Ubatuba sobrevive apenas na alta temporada de verão, que na década de 80 era de 90 dias consecutivos. Hoje são apenas 45 dias e pequenas movimentações de turistas nos grandes feriados nacionais e na baixa de temporada de inverno.

A sazonalidade é grande e proporciona uma ociosidade para o desenvolvimento econômico dos setores produtivos. Com a iniciativa do Centro de Convenções e Eventos, o município estará inaugurando uma nova fase, um novo ciclo econômico com a real quebra da sazonalidade por meio do turismo de negócios, que gerará desenvolvimento econômico e social com a geração de empregos e renda para a população que hoje bate 70 mil habitantes.

Novas páginas da história - Por aqui habitava a grande nação Tupinambá. Eram mais de dois milhões de índios e seus domínios territoriais iam de São Sebastião até o Espirito Santo. Em Ubatuba, até então Aldeia de Iperoig, localizava-se o comando dos silvícolas, sob a liderança de Cunhambebe. A história do Brasil começa exatamente aqui, quando os colonizadores brancos chegaram em suas terras.

Portugueses, espanhóis e franceses disputavam os domínios terriotoriais. No meio do caminho surgiram figuras como Hans Staden, um alemão que registrou a sua epopéia com os índios, num livro que retratou a sua permanência de nove meses como prisioneiro, conseguindo fugir. Padre José de Anchieta também se torna refém, quando chega à Aldeia de Iperoig para pacificar a nação aliada aos franceses. Durante cinco meses de negociações, Anchieta escreveu nas areias da praia de Iperoig o imortalizado “Poema à Virgem”. A confederação dos Tamoios declarou guerra aos invasores. Com o tratado da Paz de Iperoig os portugueses conquistaram o direito de freqüentar a região. Com o apoio do Governo Geral do Rio de Janeiro, muitas famílias vieram para cá. A Aldeia de Iperoig é elevada à categoria de Vila em 28 de outubro de 1637.

A segunda parte da história começa no final do século XVII. Ubatuba torna-se um grande pólo no ciclo do café, obtendo grande importância econômica através do seu porto. O município chegou a ter renda per capita maior do que a cidade de São Paulo. Manobras políticas transferiram Ubatuba que pertencia à Capitânia do Rio de Janeiro para território da Capitânia do Estado de São Paulo. Com isso, a construção da estrada de ferro Jundiaí até o porto de Santos, fez com que fossem desativadas as obras da estrada de ferro Taubaté-Ubatuba. Na seqüência, o porto de Ubatuba foi desativado e as operações de exportações e importações foram transferidas para Santos, destronando Ubatuba e levando-a a uma profunda decadência econômica.

Na primeira metade do século passado chegam os primeiros automóveis e Ubatuba começa a despontar na sua vocação turística. Mas, foi na década de 70, com o advento da Rio-Santos, que Ubatuba comemorou de fato a chegada do turismo de massa, que passa a ser a sua grande vocação econômica. Mesmo assim, no final do século, década de 90, os setores da cadeia produtiva experimentam o esgotamento do modelo e ingressam em mais uma decadência econômica. Com o anúncio da construção do Centro de Convenções e Eventos, Ubatuba respira ares de renovação e comemora a chegada de um novo ciclo econômico, escrevendo novas páginas da história. PMU

FONTE : www.litoralvirtual.com.br
Segunda-feira, 28 de julho de 2003 - Nº 831

Perequê-Açu terá acesso á rodovia asfaltado

A Prefeitura de Ubatuba iniciou a pavimentação da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, no Perequê-Açu, que dá acesso ao trevo do Indaiá e Rodovia Rio-Santos. O projeto completo inclui ainda a pavimentação da Rua Imaculada Conceição que será executado com recursos da ordem de R$ 397 mil do Departamento de Desenvolvimento e Apoio ás Estâncias – DADE . Durante reunião com moradores do bairro a Prefeitura acatou a sugestão de diminuição do diâmetro das duas rotatórias em um metro, tendo como objetivo facilitar a manobra naquele local. O bairro vem recebendo uma série de obras que vão resultar em completa reurbanização levando em conta que estão em pleno andamento o calçamento em bloquete e construção de ciclovia na avenida Abreu Sodré, na orla da praia.


LitoralVirtual.com.br
Segunda-feira, 28 de julho de 2003 - Nº 831

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Padre José Anchieta e os Ornitólogos

Em uma rotineira saída de campo para observação de aves, após ter visto algumas dezenas de aves, me recordei de um manuscrito datado em 1560, conhecido como Carta de São Vicente, escrita pelo Padre José de Anchieta. Este documento foi uns dos primeiros relatos da biodiversidade da Mata Atlântica.



O padre ao descrever sua impressão quanto às aves do Brasil, relata: “Em verdade, não é fácil dizer quanta diversidade há de aves ornadas de várias cores”.


Realmente, mesmo os ornitólogos experientes se deparam com o mesmo dilema de Anchieta! Como retratar tanta beleza de cores apenas com palavras?


Para sorte dos ornitólogos modernos, podemos contar com diversos equipamentos, tanto para gravação da vocalização de seus cantos como para o registro fotográfico de toda sorte de aves existente.


Ainda na mesma carta, dentre as muitas espécies citadas, Anchieta faz uma menção aos nossos beija-flores: “Há ainda outros passarinhos, chamados guainumbi, os mais pequenos de todos; alimentam-se só de orvalho; desses há vários gêneros, dos quais um, afirmam todos, que se gera de borboleta”


Não nos admira este relato, onde os povos indígenas acreditavam que uma espécie de beija-flor tenha se originado de uma espécie de borboleta, ainda mais quando os observamos em meio às flores, alimentando-se de néctar.


Matéria Publicada na Ubatuba em Revista Semanal #11
Escrito por Marcio Toledo

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

FOI NOTICIA :Os areeiros de Ubatuba passaram a última quarta-feira, dia 25, em frente à prefeitura esperando para serem atendidos pelo prefeito Paulo Ramos, na tentativa de obter uma solução para o problema que enfrentam há cerca de 70 dias. De acordo com José Roberto Cunha Bueno, cerca de 300 famílias passam dificuldades devido ao fechamento dos portos, onde os profissionais realizam a extração de areia. A medida foi uma determinação da Justiça e foi cumprida pela Polícia Ambiental.

LITORAL VIRTUAL
Terça-feira, 01 de julho de 2003 - Nº 813

Os areeiros de Ubatuba passaram a última quarta-feira, dia 25, em frente à prefeitura esperando para serem atendidos pelo prefeito Paulo Ramos, na tentativa de obter uma solução para o problema que enfrentam há cerca de 70 dias. De acordo com José Roberto Cunha Bueno, cerca de 300 famílias passam dificuldades devido ao fechamento dos portos, onde os profissionais realizam a extração de areia. A medida foi uma determinação da Justiça e foi cumprida pela Polícia Ambiental.


Logo que aconteceu o fato, os representantes da categoria estiveram reunidos com o prefeito que se prontificou a intermediar a situação junto à promotoria do Meio Ambiente. Porém, dez dias após a primeira notificação eles foram impedidos definitivamente de continuar o trabalho. A partir de então, as dificuldades começaram.

Com o passar do tempo, a única alternativa apresentada foi a da formação de uma cooperativa que permitisse obter as licenças ambientais que possibilitassem-lhes retomar suas atividades. Como o processo é demorado, a situação foi se tornando insustentável. Muitas famílias já tiveram a água e a luz de suas casas cortadas; outras, estão com contas vencidas e preocupadas pela possibilidade de terem suas situações pioradas. A alternativa encontrada foi ir à prefeitura em busca de uma nova audiência com o prefeito.

A expectativa, segundo Bueno, era ser recebido de maneira rápida pelo chefe do Executivo, porém o que se viu foi uma espera que se estendeu das 7h30 até às 17h50, quando Paulo Ramos chegou ao gabinete. Neste intervalo, eles foram atendidos por alguns assessores que não apresentaram solução para o caso. Bueno garante que o assessor de Assuntos Externos, Mauro Barros, por exemplo, chegou a dizer que eles deveriam fazer um movimento em frente ao Fórum, já que o problema teria sido ocasionado por uma decisão da Justiça. Durante a espera, o grupo formado por cerca de 20 areeiros recebeu o apoio do vereador Charles Medeiros (PSDB) que forneceu marmitex para que pudessem almoçar.

Ao chegar, o prefeito apresentou algumas alternativas para atenuar o sofrimento dos profissionais.

Para a questão da energia elétrica, ele se dispôs a enviar ao Guarujá, regional da empresa, alguns assessores para acompanharem uma comissão de até dez trabalhadores, para negociar um prazo maior das contas vencidas. No caso das casas que já estão com a luz cortada, ele teria se prontificado a apresentar uma solução para providenciar o pagamento das contas e o religamento da energia.

Sobre a alimentação, o prefeito teria determinado ao secretário de Assistência Social, Edson Alves, que dê uma atenção especial ao caso. Como está prevista, para o próximo dia 10, a chegada de um novo lote de cestas básicas para a secretaria, a categoria seria beneficiada com um atendimento que permitisse minimizar os problemas com a comida que tem faltado já em muitas mesas.

Sobre propostas de trabalho, o prefeito se prontificou a elaborar uma carta de apresentação, acompanhada de um pedido, para que as empreiteiras que prestam serviços no município dêem prioridades aos areeiros desempregados no momento de novas contratações.

Após a conversa, os que estavam em frente a prefeitura decidiram retornar para suas casas.

Cooperativa

Sobre a formação da cooperativa, Bueno disse que tudo está caminhando dentro dos trâmites legais. Porém, é uma solução a médio e longo prazos, já que será preciso também esperar a realização de estudos por parte do governo do Estado e da Prefeitura, para saber quais serão os portos que serão liberados para a extração de areia, após a finalização da regulamentação da cooperativa. (Fonte: Jornal A Semana)

Amopam recebe moção de congratulações

FONTE : http://www.litoralvirtual.com.br/
Terça-feira, 01 de julho de 2003 - Nº 813

A Amopam (Associação dos Moradores do Parque dos Ministérios) vem sendo presidida por Sérgio Correa Rocha desde 15/09/2002, cuja diretoria se comprometeu em realizar com os moradores um trabalho coerente e responsável para com o bairro. Por esta razão, já tem projeto de reciclagem em pleno funcionamento e em andamento um campeonato de futebol para crianças de até 15 anos.


Serjão, como é conhecido seu presidente, conta que foi realizada, em parceria com a Prefeitura, a limpeza de várias áreas dentro do parque e até que resolveram dar início ao sonho da sede própria, necessária para trabalhos junto a comunidade em projetos de cursos, artesanato, música, capoeira já existente.

A associação resolveu realizar uma festa para arrecadar fundos para essa obra, a qual contou o apoio do prefeito e suas secretarias, de alguns vereadores, divulgação da Fundart e rádios locais, inclusive a Gaivota FM fez flash ao vivo da festa durante sua programação. “Contamos também com o apoio do jornal A Semana, através de seu proprietário Jija”, agradeceu Serjão.

Show de organização e público - Nos dias 13, 14 e 15 de junho, aconteceu a 4º Festa a Amopam. Na abertura, teve um culto campal ecumênico, inauguração de asfalto de rua, colocação de placas identificatórias e show com a banda Chapados de Forró. No sábado, aconteceu a apresentação da academia de capoeira “Grito de Liberdade” e “Aurora Banda Show. Finalizando”, no domingo, foi realizado grande bingo e shows musicais. O evento foi acompanhado por grande número de pessoas, que elogiaram sua organização.

O sucesso foi tão grande que mereceu uma moção de congratulações do vereador Ricardo Barbosa, aprovada por unanimidade na sessão da última terça-feira, dia 24.

“Todo trabalho realizado com sucesso tem que ser parabenizado e a diretoria da Amopam merece este reconhecimento”, declarou o autor da moção. (Fonte: Jornal A Semana)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ESPECIAL LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO,MEMORIA E CULTURA"

PARA QUEM CHEGOU AGORA : Estou publicando em partes na integra o Livro " ubatuba, espaço, memória e cultura", o qual teve seu lançamento em 2005, e foi escrito a quatro mãos , sendo escritores : Juan Droguett (Professor da USP) e Jorge Otavio Fonseca (meu irmão). O livro conta em detalhes nunca antes visto a historia de minha querida cidade Ubatuba. Inicio aqui o capitulo 2 do livro. Próxima atualização 15 de setembro próximo...



2. ANCORA NOS PRINCIPAIS ATRATIVOS CULTURAIS DA CIDADE



Uma âncora é sinal de suspensão de uma trajetória ou travessia, este é o significado mais próximo do estado necessário para apreciar os chamados atrativos culturais de Ubatuba, como de qualquer outro destino turístico. Os atrativos naturais são uma dádiva da natureza sempre em movimento, daí o caráter itinerante da nossa viagem pelas praias da região escolhida. Em contrapartida, os atrativos culturais são frutos da intervenção humana ao longo do tempo, tudo aquilo que é da ordem da história e da cultura de um povo.


Portanto, um atrativo cultural se define pela capacidade humana de interferir no espaço natural. Américo Pellegrini define como elementos cruciais do patrimônio cultural: conjuntos e lugares. Conjuntos são agrupamentos de construções, isoladas ou reunidas, cuja arquitetura, unidade e integração na paisagem, lhes proporcionam um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte e das ciências. Lugares são obras do homem e da natureza, assim como zonas que incluem sítios arqueológicos que também possuem um valor excepcional do ponto de vista: histórico, estético, etnológico ou antropológico (Pellegrini, 1999: 98).


Certamente, estas definições de Pellegrini vêm de encontro com os lugares que escolhemos para ilustrar o patrimônio cultural de Ubatuba. Começando pela Igreja Matriz, marco de entrada da colonização portuguesa na aldeia de Iperoig e terminando no Corcovado, ponto de encontro entre a terra e o céu de Ubatuba, lugar excepcionalmente destacado por guardar o passado mítico de seus primeiros habitantes e as lendas que povoam o imaginário cultural da região. Os 8 atrativos culturais de Ubatuba selecionados para mostrar a sua relação com a história e a cultura da cidade serão: a Igreja Matriz, a Cadeia Velha, Ruínas da Lagoinha, a Casa da Farinha, o Aquário, o Projeto TAMAR e o Casarão do Porto – FUNDART e o Corcovado, entre a terra e o céu de Ubatuba.


1.


A IGREJA MATRIZ


Localização


A Igreja Matriz encontra-se na praça situada bem no centro da cidade de Ubatuba com as ruas nas laterais: Dona Maria Alves e Condessa de Vimieiro, atrás a Rua Jordão Homem da Costa e à frente a Rua Dr. Félix Guisard.


Horário de Funcionamento


Missas durante a semana e sábado: às 7 h e 19:30 h.


Domingos: 7, 9, 18 e 19:30 h.


Escritório Paroquial: durante a semana das 13:30 às 17:30 h.


A Igreja Matriz de Ubatuba é um prédio histórico capaz de satisfazer o interesse do público pelo passado. A primeira construção da Igreja Matriz foi dedicada a Nossa Senhora da Conceição, segundo nos relata Washington de Oliveira, no seu livro Ubatuba – Documentário (1977), antes das ruas serem asfaltadas podiam ser vistas a olho nu, as lajens que serviam de alicerces à Igreja16. Nas escavações feitas no lugar, acharam-se ossadas humanas, cadáveres que foram sepultados de acordo com a tradição eclesial, provavelmente sejam corpos pertencentes a clérigos ou nobres da época a quem correspondia tal privilégio.


O primeiro templo devia ser pequeno e em mal estado – observa o historiador -, por essa razão, providenciou-se a construção de uma nova Matriz que teve início na segunda metade do século XVIII. Por decisão da Câmara de São Sebastião, da então Província de São Paulo, que legislava a respeito da Vila de Ubatuba, determinou-se a construção de uma nova Igreja Matriz em vistas de que a existente estava em estado “deplorável”, e assim foram fixadas contribuições para este nobre propósito.


Muitos foram os empecilhos após a declaração da Câmara de São Sebastião (1798), que assombraram o projeto da Igreja Matriz. Problemas nos alicerces, madeiras corrompidas e irregularidades nas paredes constituíam um vexame para o Império que na Matriz de Ubatuba visualizava um emblema de seu poder temporário.


O dilatamento da burocracia em relação ao início das obras deixou-se ver até o ano de 1835, quando a Igreja Matriz ainda estava nos inícios de sua edificação. Por esta razão, os habitantes da cidade procuraram organizar uma loteria beneficente em prol das obras do empreendimento religioso17. Documentos da época caracterizam um tipo de discurso persuasivo em função do louvor e das preces a Deus como primeiro e último beneficiário de tal elevação, vale a pena esclarecer que o destinatário direto de tais benefícios era o próprio Rei ou Imperador que, em última instância, mediava as leis que regiam a ordem celeste e terrena.


A grande contribuição para a Igreja veio do povo, principalmente, como reafirma o historiador anteriormente citado, “do suor derramado pela mão escrava”, desejosa de conciliar: os interesses públicos com os privados, em torno de um templo de arquitetura colonial no litoral paulista.


A morosidade da época e a grandiosidade da empresa Matriz arrastaram a obra até os alvores do século XX, momento a partir do qual Washington de Oliveira passa a ser testemunha ocular18. O historiador, pesquisador e ex – prefeito de Ubatuba descreve por meio de fotogramas da cidade, o estado da Matriz no século XIX, uma Igreja totalmente erguida, mas sem torres, ostentando uma pequena água – furtada onde estariam os sinos. Nessas fotografias aparecem as atuais palmeiras plantadas pelo Intendente Municipal Francisco Pires Nobre e, segundo testemunhas, funcionava também um relógio visível à distância e que por muito tempo marcou as horas da cidade19.


A Igreja Matriz hoje tem uma torre que lhe dá o aspecto de inacabada. Até 1904, relata “Seu Filhinho” não existiam bancos no interior da Igreja, as devotas ubatubenses assistiam a missa em pé ou ajoelhadas. Nesse mesmo ano, o Coronel Francisco Pereira foi o festeiro do Divino Espírito Santo que conseguiu que esta festa patrocinasse as despesas na melhoria da Igreja.


O Padre Paschoal Reale, reconhecido vigário na história de Ubatuba atendia esta cidade e a Ilha Bela, na sua gestão demoliu a Igreja do Rosário que ficava na atual Praça Nossa Senhora da Paz. Aproveitando o material e os auxílios angariados fizera rebocar, forrar e dotar o piso da Capela – Mor e transferiu para lá o Altar – Mor de Exaltação à Santa Cruz.


Em 1956, os Frades Franciscanos Conventuais: Frei Tarcísio Miotto, Frei Vittorio Valentini e Frei Vittorio Infantino tomaram conta da Igreja Matriz oferecendo todos os cuidados que ela precisava. Desde 1980, o vigário Frei Mangélico Maneti empreendeu a restauração do templo trocando a madeira, o decorado interior da nave principal restaurando os corredores e substituindo todo o reboco externo até a pintura total da fachada.


Este espaço de devoção é um dos principais atrativos culturais de Ubatuba, a memória viva da evangelização na configuração do contexto urbanístico do Novo Mundo. Além de a Igreja Matriz representar o esforço de sua população, ela é uma imagem fiel do sacrifício da Santa Cruz e do espírito de luta de São Pedro Pescador que hoje é um reflexo da identidade caiçara de Ubatuba.




2. CADEIA VELHA - MUSEU HISTÓRICO


Localização


O edifício da antiga Cadeia Velha e atual Museu Histórico de Ubatuba está localizado bem no centro da cidade, na Praça Nóbrega, próximo ao Municipal.


Horário de funcionamento


De terça à sexta-feira, das 9 às 12 h, e das 13 às 17 h. Aos sábados, das 11 às 17h.


A Cadeia Velha, hoje museu histórico de Ubatuba homenageia a um dos mais importantes historiadores da cidade, Washington de Oliveira20. Por meio da Lei 2092 de 16/10/2001, na gestão do Prefeito Paulo Ramos, modifica-se o nome do museu em homenagem a este insigne escritor. Foi a primeira cadeia do município definida como um edifício público cujo objetivo é proteger a população local dos transgressores da lei que impedem o progresso e a evolução ética dos seus moradores.


O prédio da Cadeia Velha de Ubatuba guarda momentos importantes da história cívica da cidade, transformando-o em um patrimônio histórico cultural de importante grandeza a ser preservado.


Segundo as palavras de Washington de Oliveira, os elementos básicos para a promoção de uma pequena aldeia à categoria de Vila são: o recenseamento populacional, a construção de uma câmara, de uma cadeia e de uma Igreja. Tais quesitos transformaram a antiga Aldeia de Iperoig em Vila no ano de 1637, pelo governador geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, denominado-a “Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba”.


Assim, a história da Cadeia Velha iniciou-se com transformações importantes na utilização do seu espaço desde o primeiro momento, era para ser uma estação ferroviária que nunca foi utilizada.


A Cadeia Velha foi considerada a primeira construção de linhas modernas na cidade de Ubatuba, nos primórdios do século XX, iniciando-se a sua construção em 1901 e finalizado em 1902. O projeto de reforma foi realizado por Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, que além de engenheiro era militar, jornalista, escritor e autor de Os Sertões (1902), marco da literatura brasileira. A obra de construção foi executada pelo português Silva - primeiro nome desconhecido- construtor e por Manuel Sapão, mestre pedreiro.


Funcionando nas primeiras décadas do século XX, a Cadeia Velha alojava aqueles que transgrediam “as leis e a ordem” do local, caiçaras bêbados, brigões e presos que eram depois levados ao presídio da Ilha Anchieta. A Cadeia Velha funcionou até o ano de 1972, transferindo-se para uma nova sede, mais ampla, à Rua Professor Thomaz Galhardo devido ao aumento de delinqüentes e detentos no decorrer do progresso da cidade.


Novamente, a Cadeia Velha passa por mais uma reforma deixando de ser uma sede para cárceres, passando suas instalações a serem ocupados por órgãos e instituições como o Centro Municipal de Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo, entre os anos de 1977 e 1982. Pela Companhia Estadual de Tratamento de Esgoto e Saneamento Básico – SETESB, entre 1984 a 2000. Depois e até os dias de hoje passou então a sediar as dependências do atual Museu Histórico “Washington de Oliveira”.


Todo museu serve para manter viva a memória de uma cultura. Assim o atual museu, através de um acervo de peças indígenas, do período da colonização portuguesa, de imigração francesa e holandesa e do surgimento da cultura autóctone caiçara, além de apresentar objetos de produção artística, é um referencial de preservação da história local.


O primeiro Museu Regional de Ubatuba foi fundado pelo então prefeito Francisco Matarazzo Sobrinho, através do Decreto 25 de 23/11/1966. O historiador da época o senhor Paulo Camilher Florençano, e outros ilustres cidadãos de Ubatuba como Mello Garcia Migliani, Alcir José Quaglio, Luiz Ernesto Kawall e o artista plástico José Vicente Dória da Motta Macedo foram os gestores deste museu, montado nos porões da Câmara Municipal no ano de 1968.


Em 1987, as instalações do museu precisaram mudar de sede devido a má conservação do acervo museológico, o local era muito úmido gerando fungos, bactérias, cupins, comprometendo assim todo o acervo. Desta forma, o museu passou a ser abrigado no andar térreo do Sobradão do Porto – Fundação de Arte e Cultural de Ubatuba – FUNDART, um patrimônio histórico tombado pela superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN ou IPHAN e pelo CONDEPHAAT.


Não oficialmente, o museu passou a chamar-se Museu Hans Staden. Sua visitação foi suspensa depois de um ano por problemas, novamente estruturais do seu acervo e do próprio edifício da FUNDART que teve a sua restauração parada por motivos políticos e administrativos do governo federal da época, o que ocasionou a falta de verba.


Desde 24 de Julho de 2001, a cidade de Ubatuba tem seu museu histórico, montado e reestruturado na atual sede: a Cadeia Velha que passou definitivamente a sediar o Museu Histórico Washington de Oliveira.


Em seu acervo pré-colonial conserva vestígios do início da colonização no Brasil como a Confederação dos Tamoios e a Paz de Iperoig, que estaremos descrevendo detalhadamente no próximo capítulo deste livro. Este mesmo acervo, contém importantes peças arqueológicas dos sítios do Itaguá e Tenório, mostrando traços do antigo caiçara, costumes como a pesca, utensílios, objetos peculiares da época. A Fundação da Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba tem suas referências históricas lá inscritas, e também o museu mostra a história dos antigos fazendeiros, dos ciclos do café e da cana-de-açúcar, utensílios e vestígios das Ruínas da Lagoinha, documentos do início da imprensa no final do século XIX.


Homenagens a várias figuras importantes da história de Ubatuba são preservadas como: Manuel Baltazar de Cunha Fortes, Félix Guisard, Gastão Madeira, Idalina Graça, “Ciccillo” Matarazzo, entre outros, o acervo do historiador Washington de Oliveira é conservado na sua integridade. Foram pessoas estas que ajudaram a construir a história da cidade através da sua atuação que trouxe benefícios ao desenvolvimento econômico, político, social e artístico de Ubatuba.


Infelizmente, ainda nos dias de hoje, o Museu de Ubatuba passa por problemas de conservação dos seus acervos e do prédio por ser muito antigo. Como já descrito, o acervo museológico sempre se depara com problemas nas dependências que o abrigam e cabe às instâncias do governo e às instituições preocupadas com a cultura empenharem-se no exercício da função de reunir, processar e difundir este importante patrimônio cultural da cidade.


Ressaltamos que um museu é uma instituição permanente sem fins lucrativos e que está ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. Por isso, nada mais justo em prol da preservação do patrimônio e da cultura local que a manutenção seja um compromisso de cidadania.


Um museu não é apenas uma instituição estática, parada no tempo, precisa continuamente ser reestruturado, reorganizado, ampliado. É como uma obra que nunca se acaba, um desafio do tempo que perpassa os limites também do espaço a ser modernizado, atualizado, acompanhando assim a evolução da história humana.


Preservar um patrimônio, e acima de tudo, os materiais expostos que representam a vida indígena e caiçara através dos tempos e das ações de civilidade é, sem dúvida, um ato de amor pelo patrimônio cultural de uma nação e de sua história. Uma paixão em materializar, reunir formas do mundo natural ou da cultura material criada pelo homem durante toda uma trajetória histórica sobre o planeta. Uma das funções mais importantes deste museu é a de conservar a produção dos antepassados, estes materiais ampliam potencialmente um enorme campo de atuação e implicam a proteção e se for preciso a restauração de obras originais, assim como a transferência de informação a outros suportes para salvaguardar o conteúdo intelectual. Neste sentido, deveria existir uma série de medidas encaminhadas pelas políticas públicas e a iniciativa privada, para a criação de condições ambientais idôneas para evitar o deterioro progressivo dos materiais e, por outro lado, a intervenção naqueles casos em que a deteriorização se tem produzido. Estas linhas de atuação, preservação e tratamento das obras do museu de Ubatuba apontam para o fim principal desta instituição na preservação da memória do tempo.


Próximos capitulos : Ruinas da Lagoinha e casa da farinha na Picinguaba - a ser publicada no dia 15/09/09 ...Até lá

terça-feira, 1 de setembro de 2009

História da Comunidade Quilombola da Caçandoca - 19

ORIGEM DA COMUNIDADE

A história da comunidade iniciou-se em 1858, quando o português José Antunes de Sá comprou a Fazenda Caçandoca.

A fazenda era dividida em três núcleos administrativos que abrigavam uma casa-sede e um engenho: Caçandoca, Saco da Raposa e Saco da Banana. Cada um deles era administrado por um filho de José Antunes de Sá: Isídio, Marcolino e Simphonio. Estes tiveram vários filhos "bastardos" com as mulheres negras que trabalhavam nas terras, além dos legítimos, frutos de casamento com mulheres brancas.

A fazenda desmembrou-se em 1881. Filhos e netos legítimos do proprietário da fazenda herdaram parte das terras, mas nem todos permaneceram nelas.

Uma parte dos ex-escravos mudou-se para outras localidades. Outra permaneceu nas terras da Fazenda Caçandoca, na condição de posseiros, com autorização para administrar seu próprio trabalho.

Os filhos bastardos e os ex-escravos deram origem às principais famílias que hoje formam a comunidade da Caçandoca.

Na fazenda produziam-se café e aguardente de cana-de-açúcar. Depois de seu desmembramento, em 1881, o café foi paulatinamente substituído pela banana e a mandioca. Estes itens eram vendidos pelos moradores da Caçandoca até meados da década de 1970.

É a partir desta data que a comunidade passa a enfrentar sérios conflitos em função da construção da rodovia BR 101, que liga a cidade de Santos (em São Paulo) à capital do Rio de Janeiro. Esta obra teve como conseqüência a expulsão de parte da comunidade de suas terras.

http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/brasil/sp/litoral_norte/cacandoca/cacandoca_historia.html