Iperoig tem duas traduções possíveis. Pode
ser uma corruptela de Ypirú-yg, ou seja, o
rio do tubarão. Mas pode também ser uma
corrupção da locução iperó-yg, que significa
rio das perobas, que são árvores da Mata
Atlântica.
Iperoig foi a aldeia sobre a qual se ergueu
Ubatuba.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
UBATUBA E SUA HISTÓRIA....
Por volta de 1.600 Iperoig já despertava o interesse dos europeus. Foi nesta época que chegou aqui o português Jordão Homem da Costa, considerado o fundador da cidade. Tão logo se instalou com sua família, construiu uma Capela sob invocação de Santa Cruz do Salvador.
A antiga aldeia de Iperoig foi elevada à categoria de vila em 28 de outubro de 1.637, com o nome de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.
A partir de 1.870, antes que deflagrasse a Guerra Franco-Prussiana, dezenas de famílias de nobres franceses transferiram-se para cá.
Com inúmeras casas já montadas pelos colonizadores europeus, a vila teve seu apogeu no final do século passado, com o agigantamento de São Paulo.
Na áurea época do ciclo do café Ubatuba tornou-se o porto de exportação mais importante dessa rica região econômica onde imperava o café. Figurava à frente dos municípios de maior renda da Província.
Com a marcha do café para o Oeste a decadência de Ubatuba passou a ser inevitável. Como providência para salvar o porto e a cidade começou a ser construído um ramal ferroviário ligando Ubatuba a Taubaté.
As obras foram iniciadas no dia 28/09/1.890, mas com a falência do Banco Taubaté o projeto foi abandonado.
Somente 43 anos depois, com a abertura de uma estrada de rodagem entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga, a cidade foi descoberta para o turismo.
Desde a data na qual foi elevada à categoria de Vila, até agora muita coisa mudou. O surto do desenvolvimento despertado com as rodovias, a intensificação do turismo e, de uns anos para cá, o considerável aumento da população fizeram de Ubatuba uma cidade promissora.
Neste próximo 28 de outubro quando comemoramos 371 anos de existência da cidade, seu povo e as pessoas que, de coração a elegeram como lar, aproveitam para homenagear esta terra, abençoada pela natureza e acolhedora por vocação. As comemorações serão estendidas durante toda a semana.
FONTE : Especial UBAWEB-1997, alterada só a data em negrito no texto, o qual foi publicado em 1997, quando Ubatuba completarei 360 anos, e eu para atualizar, coloquei 371 anos (em negrito)
A antiga aldeia de Iperoig foi elevada à categoria de vila em 28 de outubro de 1.637, com o nome de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.
A partir de 1.870, antes que deflagrasse a Guerra Franco-Prussiana, dezenas de famílias de nobres franceses transferiram-se para cá.
Com inúmeras casas já montadas pelos colonizadores europeus, a vila teve seu apogeu no final do século passado, com o agigantamento de São Paulo.
Na áurea época do ciclo do café Ubatuba tornou-se o porto de exportação mais importante dessa rica região econômica onde imperava o café. Figurava à frente dos municípios de maior renda da Província.
Com a marcha do café para o Oeste a decadência de Ubatuba passou a ser inevitável. Como providência para salvar o porto e a cidade começou a ser construído um ramal ferroviário ligando Ubatuba a Taubaté.
As obras foram iniciadas no dia 28/09/1.890, mas com a falência do Banco Taubaté o projeto foi abandonado.
Somente 43 anos depois, com a abertura de uma estrada de rodagem entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga, a cidade foi descoberta para o turismo.
Desde a data na qual foi elevada à categoria de Vila, até agora muita coisa mudou. O surto do desenvolvimento despertado com as rodovias, a intensificação do turismo e, de uns anos para cá, o considerável aumento da população fizeram de Ubatuba uma cidade promissora.
Neste próximo 28 de outubro quando comemoramos 371 anos de existência da cidade, seu povo e as pessoas que, de coração a elegeram como lar, aproveitam para homenagear esta terra, abençoada pela natureza e acolhedora por vocação. As comemorações serão estendidas durante toda a semana.
FONTE : Especial UBAWEB-1997, alterada só a data em negrito no texto, o qual foi publicado em 1997, quando Ubatuba completarei 360 anos, e eu para atualizar, coloquei 371 anos (em negrito)
terça-feira, 23 de setembro de 2008
TUPINAMBÁS , SUA LINGUA...
extinta, originária do povo tupinambá, que teve sua gramática estudada pelos jesuítas, e que deu origem a dois dialetos, hoje considerados línguas independentes: a língua geral paulista, e o nheengatu (língua geral amazônica). Esta última ainda é falada até hoje na Amazônia.
Vários nomes tupis que encontramos na geografia brasileira, nas denominações dos animais, plantas etc., são quase sempre descrições das coisas a que se referem e envolvem uma explicação inteira. Cada palavra é uma verdadeira frase, o que, aliás, é um dos grandes prazeres do estudo da língua. Decifrar o significado das palavras, recorrendo, inclusive, a uma visita ao local. Um bom exemplo disso é: Paranapiacaba = paraná + epiak + -(s)aba, "mar" + "ver" + "lugar onde" = "lugar de onde se vê o mar".
A língua tupi é aglutinante, não possui artigos (assim como o latim) e não flexiona em gênero nem em número.
Índice
1 A fonologia, o alfabeto e as várias "ortografias" do tupi
1.1 Vogais
1.2 Semi-vogais e consoantes
1.3 Metaplasmo: fenômeno comum
2 Brasil 500 anos: ressurge o interesse pela língua
3 A bibliografia da língua
4 Ver também
4.1 Línguas da família Tupi-Guarani próximas ao Tupi
4.2 Tupinólogos
4.3 O Tupi no cinema
4.4 Mitologia Tupi-Guarani
5 Ligações externas
//
A fonologia, o alfabeto e as várias "ortografias" do tupi
Levantar informações confiáveis sobre a fonologia da língua tupi para uma possível reconstrução fonológica seria uma tarefa difícil ou até mesmo impraticável, não tivesse o tronco tupi, e mais especificamente a família tupi-guarani, da qual o tupi faz parte, uma ampla distribuição geográfica. Preponderante a uma reconstrução fonológica, já realizada, foi o fato de o nheengatu, língua que descende do tupi, também conhecido como tupi moderno, ser falado ainda hoje na Amazônia. Somando-se a este fato, já bastante favorável, não se pode deixar de citar a continuidade do guarani antigo, língua distinta mas muito próxima ao tupi, no guarani-mbyá, guarani-nhandéva, guarani-kaiowá e guarani paraguaio, e a existência de um método científico-investigativo para se formular uma hipótese fonológica como fatores também preponderantes. Sendo tão fortes os pontos favoráveis, tornou-se factível a reconstrução da fonologia tupi.
O tupi identifica um conjunto de trinta e um fonemas, dos quais doze são vogais, três semi-vogais e dezesseis consoantes. Característica notória de sua fonologia é, sem dúvida, o seu caráter gutural. Uma outra, os abundantes metaplasmos.
Vogais
a - i - u - ã -- - -- - --
Semi-vogais e consoantes
j (-) w -- - p m (mb) t r n (nd) k - - - s -
Metaplasmo: fenômeno comum
Brasil 500 anos: ressurge o interesse pela língua
O interesse pela língua tupi passa pelo sentimento de brasilidade e de identificação de nossa cultura primária.
A descoberta de civilizações e povos antigos no Brasil em períodos remotíssimos cerca de 9.000 A.C. faz com que haja um interesse cada vez maior por estas nossas origens.
Instituições e empresas governamentais têm apoiado o estudo e a disseminação de informações sobre esta história tão fascinante, como o Museu de Arqueologia do Xingó, no sertão baiano, onde se registra a presença de povos indígenas neste passado distante.
Segue trecho interessantíssimo extraído do site acima mencionado:
"Os primeiros homens que chegaram ao Nordeste brasileiro pertenciam a grupos mongolóides como, aliás, todos os habitantes das Américas anteriores à colonização européia. Dentro das naturais variedades, existe, portanto uma homogeneidade indiscutível nos diferentes grupos humanos brasileiros, o que identifica todos os índios sul-americanos como oriundos de uma mesma origem. Admite-se que os índios brasileiros chegados ao Nordeste são os descendentes de levas arcaicas que atravessaram o estreito de Bering, alguns milhares de anos antes. Mesmo que, periodicamente, levante-se a conjectura da existência de outras vias de acesso que poderiam ter dado lugar à chegada na América de grupos humanos em épocas pleistocênicas, nada pode ser provado até o momento."
Para alguns, sendo rica em sons culturais, o tupi e outras línguas nativas podem explicar por que o Português falado no Brasil se diferenciou bastante do lusitano. Essa, no entanto, é uma afirmação polêmica e, até certo ponto, duvidosa.
A bibliografia da língua
O tupi, embora já extinto e de conhecimento restrito ao meio acadêmico, é uma língua estudada e bem documentada. Sua bibliografia é vastíssima. Veja abaixo uma excelente bibliografia da língua tupi:
ANCHIETA, José de. Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1933.
ANCHIETA, José de. Poemas: Lírica portuguesa e tupi. Editora Martins Fontes. (ISBN 8533619561)
EDELWEISS, Frederico G. Tupis e Guaranis, Estudos de Etnonímia e Lingüística. Salvador: Museu do Estado da Bahia, 1947. 220 p.
EDELWEISS, Frederico G. O caráter da segunda conjugação tupí. Bahia: Livraria Progresso Editora, 1958. 157 p.
EDELWEISS, Frederico G. Estudos tupi e tupi-guaranis: confrontos e revisões. Rio de Janeiro: Livraria Brasiliana, 1969. 304 p.
GOMES, Nataniel dos Santos. Observações sobre o Tupinambá. Monografia final do Curso de Especialização em Línguas Indígenas Brasileiras. Rio de Janeiro: Museu Nacional / UFRJ, 1999.
LEMOS BARBOSA, A. Pequeno Vocabulário Tupi-Português. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1951.
LEMOS BARBOSA, A. Juká, o paradigma da conjugação tupí: estudo etimológico-gramatical in Revista Filológica, ano II, n. 12, Rio de Janeiro, 1941.
LEMOS BARBOSA, A. Nova categoria gramatical tupi: a visibilidade e a invisibilidade nos demonstrativos in Verbum, tomo IV, fasc. 2, Rio de Janeiro, 1947.
LEMOS BARBOSA, A. Pequeno vocabulário Tupi-Português. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1955. (3ª ed.: Livraria São José, Rio de Janeiro, 1967)
LEMOS BARBOSA, A. Curso de Tupi antigo. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
LEMOS BARBOSA, A. Pequeno vocabulário Português-Tupi. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1970.
MICHAELE, Faris Antônio S. Tupi e Grego: Comparações Morfológicas em Geral. Ponta Grossa: UEPG, 1973. 126 p.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Método Moderno de Tupi Antigo: A língua do Brasil dos primeiros séculos. Petrópolis: Editora Vozes, 1998. (ISBN 8532619533)
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Análise morfológica de um texto tupi. Separata da Revista "Logos", ano VII, N. 5. Curitiba: Tip. João Haupi, 1953.
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Morfologia do Verbo Tupi. Separata de "Letras". Curitiba, 1953.
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Descripción del tupinambá en el período colonial: el arte de José de Anchieta. Colóquio sobre a descrição das línguas ameríndias no período colonial. Ibero-amerikanisches Institut, Berlim.
SAMPAIO, Teodoro. O Tupi na Geografia Nacional. São Paulo: Editora Nacional, 1987. 360 p.
SILVEIRA BUENO, Francisco da. Vocabulário Tupi-Guarani Português. Efeta Editora, 1982. (ISBN 8586632031)
TIBIRIÇÁ, Luiz Caldas. Dicionário Tupi-Português. São Paulo: Editora Traço, 1984. (ISBN 8571190259)
Ver também
Línguas indígenas do Brasil
Proto-Tupi
Tronco tupi
Tupi-Guarani (família lingüística)
Línguas da família Tupi-Guarani próximas ao Tupi
Guarani
Língua Geral Paulista (também conhecido por Tupi Austral ou Língua Geral do Sul)
Nheengatu (também conhecido por Tupi Moderno, Língua Geral Amazônica ou Língua Geral do Norte)
Tupinólogos
Aryon Rodrigues
Antônio Lemos Barbosa
Eduardo de Almeida Navarro
Faris Antônio Michaele
Frederico Edelweiss
José de Anchieta
Luís Figueira
Plínio Ayrosa
Teodoro Sampaio
Tibiriçá
O Tupi no cinema
Hans Staden
Como Era Gostoso o Meu Francês
Mitologia Tupi-Guarani
Anhanga
Caipora
Curupira
Sumé
Mandioca
Guaraci
Jaci
Monã
Rudá
Tupã
Ligações externas
Como aprender tupi recursos recomendados para quem deseja aprender tupi (cursos, dicionários, leitura)
Curso de tupi antigo - Prof. Eduardo Navarro mini-curso em dez lições, com exercícios
Curso de tupi antigo - Prof. Joubert di Mauro Curso de tupi antigo: on-line e gratuito
Ethnologue report for language code: TPN página do Ethnologue.com (em inglês)
Línguas Indígenas Brasileiras, de Renato Nicolai - Projeto Indios.Info - www.indios.info
Nheengatu Tupi sítio dedicado à divulgação dos idiomas tupi antigo e tupi moderno
Página do Idioma Tupi Antigo informações sobre o idioma tupi
Síntese da Gramática Tupinambá artigo escrito por Nataniel dos Santos Gomes
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_tupi"
Categorias: Línguas aglutinantes Línguas extintas Línguas tupis-guaranis
Vários nomes tupis que encontramos na geografia brasileira, nas denominações dos animais, plantas etc., são quase sempre descrições das coisas a que se referem e envolvem uma explicação inteira. Cada palavra é uma verdadeira frase, o que, aliás, é um dos grandes prazeres do estudo da língua. Decifrar o significado das palavras, recorrendo, inclusive, a uma visita ao local. Um bom exemplo disso é: Paranapiacaba = paraná + epiak + -(s)aba, "mar" + "ver" + "lugar onde" = "lugar de onde se vê o mar".
A língua tupi é aglutinante, não possui artigos (assim como o latim) e não flexiona em gênero nem em número.
Índice
1 A fonologia, o alfabeto e as várias "ortografias" do tupi
1.1 Vogais
1.2 Semi-vogais e consoantes
1.3 Metaplasmo: fenômeno comum
2 Brasil 500 anos: ressurge o interesse pela língua
3 A bibliografia da língua
4 Ver também
4.1 Línguas da família Tupi-Guarani próximas ao Tupi
4.2 Tupinólogos
4.3 O Tupi no cinema
4.4 Mitologia Tupi-Guarani
5 Ligações externas
//
A fonologia, o alfabeto e as várias "ortografias" do tupi
Levantar informações confiáveis sobre a fonologia da língua tupi para uma possível reconstrução fonológica seria uma tarefa difícil ou até mesmo impraticável, não tivesse o tronco tupi, e mais especificamente a família tupi-guarani, da qual o tupi faz parte, uma ampla distribuição geográfica. Preponderante a uma reconstrução fonológica, já realizada, foi o fato de o nheengatu, língua que descende do tupi, também conhecido como tupi moderno, ser falado ainda hoje na Amazônia. Somando-se a este fato, já bastante favorável, não se pode deixar de citar a continuidade do guarani antigo, língua distinta mas muito próxima ao tupi, no guarani-mbyá, guarani-nhandéva, guarani-kaiowá e guarani paraguaio, e a existência de um método científico-investigativo para se formular uma hipótese fonológica como fatores também preponderantes. Sendo tão fortes os pontos favoráveis, tornou-se factível a reconstrução da fonologia tupi.
O tupi identifica um conjunto de trinta e um fonemas, dos quais doze são vogais, três semi-vogais e dezesseis consoantes. Característica notória de sua fonologia é, sem dúvida, o seu caráter gutural. Uma outra, os abundantes metaplasmos.
Vogais
a - i - u - ã -- - -- - --
Semi-vogais e consoantes
j (-) w -- - p m (mb) t r n (nd) k - - - s -
Metaplasmo: fenômeno comum
Brasil 500 anos: ressurge o interesse pela língua
O interesse pela língua tupi passa pelo sentimento de brasilidade e de identificação de nossa cultura primária.
A descoberta de civilizações e povos antigos no Brasil em períodos remotíssimos cerca de 9.000 A.C. faz com que haja um interesse cada vez maior por estas nossas origens.
Instituições e empresas governamentais têm apoiado o estudo e a disseminação de informações sobre esta história tão fascinante, como o Museu de Arqueologia do Xingó, no sertão baiano, onde se registra a presença de povos indígenas neste passado distante.
Segue trecho interessantíssimo extraído do site acima mencionado:
"Os primeiros homens que chegaram ao Nordeste brasileiro pertenciam a grupos mongolóides como, aliás, todos os habitantes das Américas anteriores à colonização européia. Dentro das naturais variedades, existe, portanto uma homogeneidade indiscutível nos diferentes grupos humanos brasileiros, o que identifica todos os índios sul-americanos como oriundos de uma mesma origem. Admite-se que os índios brasileiros chegados ao Nordeste são os descendentes de levas arcaicas que atravessaram o estreito de Bering, alguns milhares de anos antes. Mesmo que, periodicamente, levante-se a conjectura da existência de outras vias de acesso que poderiam ter dado lugar à chegada na América de grupos humanos em épocas pleistocênicas, nada pode ser provado até o momento."
Para alguns, sendo rica em sons culturais, o tupi e outras línguas nativas podem explicar por que o Português falado no Brasil se diferenciou bastante do lusitano. Essa, no entanto, é uma afirmação polêmica e, até certo ponto, duvidosa.
A bibliografia da língua
O tupi, embora já extinto e de conhecimento restrito ao meio acadêmico, é uma língua estudada e bem documentada. Sua bibliografia é vastíssima. Veja abaixo uma excelente bibliografia da língua tupi:
ANCHIETA, José de. Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1933.
ANCHIETA, José de. Poemas: Lírica portuguesa e tupi. Editora Martins Fontes. (ISBN 8533619561)
EDELWEISS, Frederico G. Tupis e Guaranis, Estudos de Etnonímia e Lingüística. Salvador: Museu do Estado da Bahia, 1947. 220 p.
EDELWEISS, Frederico G. O caráter da segunda conjugação tupí. Bahia: Livraria Progresso Editora, 1958. 157 p.
EDELWEISS, Frederico G. Estudos tupi e tupi-guaranis: confrontos e revisões. Rio de Janeiro: Livraria Brasiliana, 1969. 304 p.
GOMES, Nataniel dos Santos. Observações sobre o Tupinambá. Monografia final do Curso de Especialização em Línguas Indígenas Brasileiras. Rio de Janeiro: Museu Nacional / UFRJ, 1999.
LEMOS BARBOSA, A. Pequeno Vocabulário Tupi-Português. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1951.
LEMOS BARBOSA, A. Juká, o paradigma da conjugação tupí: estudo etimológico-gramatical in Revista Filológica, ano II, n. 12, Rio de Janeiro, 1941.
LEMOS BARBOSA, A. Nova categoria gramatical tupi: a visibilidade e a invisibilidade nos demonstrativos in Verbum, tomo IV, fasc. 2, Rio de Janeiro, 1947.
LEMOS BARBOSA, A. Pequeno vocabulário Tupi-Português. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1955. (3ª ed.: Livraria São José, Rio de Janeiro, 1967)
LEMOS BARBOSA, A. Curso de Tupi antigo. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
LEMOS BARBOSA, A. Pequeno vocabulário Português-Tupi. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1970.
MICHAELE, Faris Antônio S. Tupi e Grego: Comparações Morfológicas em Geral. Ponta Grossa: UEPG, 1973. 126 p.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Método Moderno de Tupi Antigo: A língua do Brasil dos primeiros séculos. Petrópolis: Editora Vozes, 1998. (ISBN 8532619533)
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Análise morfológica de um texto tupi. Separata da Revista "Logos", ano VII, N. 5. Curitiba: Tip. João Haupi, 1953.
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Morfologia do Verbo Tupi. Separata de "Letras". Curitiba, 1953.
RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Descripción del tupinambá en el período colonial: el arte de José de Anchieta. Colóquio sobre a descrição das línguas ameríndias no período colonial. Ibero-amerikanisches Institut, Berlim.
SAMPAIO, Teodoro. O Tupi na Geografia Nacional. São Paulo: Editora Nacional, 1987. 360 p.
SILVEIRA BUENO, Francisco da. Vocabulário Tupi-Guarani Português. Efeta Editora, 1982. (ISBN 8586632031)
TIBIRIÇÁ, Luiz Caldas. Dicionário Tupi-Português. São Paulo: Editora Traço, 1984. (ISBN 8571190259)
Ver também
Línguas indígenas do Brasil
Proto-Tupi
Tronco tupi
Tupi-Guarani (família lingüística)
Línguas da família Tupi-Guarani próximas ao Tupi
Guarani
Língua Geral Paulista (também conhecido por Tupi Austral ou Língua Geral do Sul)
Nheengatu (também conhecido por Tupi Moderno, Língua Geral Amazônica ou Língua Geral do Norte)
Tupinólogos
Aryon Rodrigues
Antônio Lemos Barbosa
Eduardo de Almeida Navarro
Faris Antônio Michaele
Frederico Edelweiss
José de Anchieta
Luís Figueira
Plínio Ayrosa
Teodoro Sampaio
Tibiriçá
O Tupi no cinema
Hans Staden
Como Era Gostoso o Meu Francês
Mitologia Tupi-Guarani
Anhanga
Caipora
Curupira
Sumé
Mandioca
Guaraci
Jaci
Monã
Rudá
Tupã
Ligações externas
Como aprender tupi recursos recomendados para quem deseja aprender tupi (cursos, dicionários, leitura)
Curso de tupi antigo - Prof. Eduardo Navarro mini-curso em dez lições, com exercícios
Curso de tupi antigo - Prof. Joubert di Mauro Curso de tupi antigo: on-line e gratuito
Ethnologue report for language code: TPN página do Ethnologue.com (em inglês)
Línguas Indígenas Brasileiras, de Renato Nicolai - Projeto Indios.Info - www.indios.info
Nheengatu Tupi sítio dedicado à divulgação dos idiomas tupi antigo e tupi moderno
Página do Idioma Tupi Antigo informações sobre o idioma tupi
Síntese da Gramática Tupinambá artigo escrito por Nataniel dos Santos Gomes
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_tupi"
Categorias: Línguas aglutinantes Línguas extintas Línguas tupis-guaranis
TUPINAMBÁS....ANTIGOS HABITANTES DE IPEROIG (UBATUBA)
indio tupinambá
Dança entre Tupinambás
O termo tupinambá provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere tanto a uma grande nação de índios, da qual faziam parte, dentre outros, os tamoios, os temiminós, os tupiniquins, os potiguara, os tabajaras, os caetés, os amoipiras, os tupinás (tupinaê), os aricobés e um grupo também chamado de tupinambá.
Os tupinambás como nação dominavam quase todo o litoral brasileiro e possuíam uma língua comum, que teve sua gramática organizada pelos jesuítas e passou a ser conhecida como o tupi antigo, sendo a língua raíz da língua geral paulista e do nheengatu. Entretanto, normalmente, quando se fala em tupinambás está-se a referir às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamoios, cujo objectivo era lutar contra os portugueses, também conhecidos como perós.
Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação Tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos.
Em todas as tribos tupinambás era comum a observância aos heróis civilizadores, como chama Alfred Métraux em seu livro A Religião dos Tupinambás, que eram divindades que haviam criado ou dado início à civilização indígena (Meire Humane e Pae Zomé - mito ameríndio comum em toda a América Meridional). Também era comum a intercessão junto aos espíritos dos pajés, o uso dos maracás, chocalhos místicos cujo uso era obrigatório em qualquer cerimônia.
Atualmente existem dois núcleos de índios Tupinambá, no litoral da Bahia: Olivença, município de Ilhéus, com 20 aldeias e 3864 indígenas; e a aldeia Patiburi, município de Belmonte, com 199 pessoas.
Os tupinambás da Região Sudeste do Brasil tinham um vasto território, que se estendia desde o rio Juqueriquerê, em São Sebastião / Caraguatatuba, no Estado de São Paulo, até o cabo de São Tomé, no estado do Rio de Janeiro.
O grosso da nação tupinambá localizava-se na baía da Guanabara e em Cabo Frio, ou Gecay, o nome da mistura de sal e pimenta que os índios, embora não consumindo o sal, vendiam aos franceses, com os quais se aliaram quando estes estabeleceram a colónia da França Antártica na baía de Guanabara.
As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de cana-de-açúcar no núcleo vicentino, levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe, chamada de Confederação dos Tamoios, englobando todas as aldeias tupinambás, desde São Paulo, Vale do Rio Paraíba (São José dos Campos, Taubaté e outras) até o cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra.
É neste ínterim que Nóbrega e Anchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atual Ubatuba), para tentar fazer as pazes. Segundo a tradição, Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e o Padre José de Anchieta ficou cativo dos tupinambás em Ubatuba. Neste período, ele teria escrito o Poema da Virgem. Fatos lendários e fantásticos teriam ocorrido nesta época do cativeiro, como o milagre de Anchieta: levitar entre os índios, que horrorizados, queriam que ele dalí se retirasse pois pensavam tratar-se de um feiticeiro.
Seja como for, os padres com muita diplomacia, conseguiram desmantelar a Confederação dos Tamoios, promovendo a Paz de Iperoig, o Primeiro Tratado de Paz das Américas. Diz-se que depois de feitas as pazes, Nóbrega advertiu os índios de que, se voltassem atrás na palavra empenhada, seriam todos destruídos, o que de fato ocorreu. Quando os portugueses atacaram os franceses do Rio de Janeiro, estes pediram ajuda aos índios, que de fato acudiram a seus aliados. Isto levou ao extermínio dos tupinambás que moravam em aldeias em torno da Baía da Guanabara, na segunda metade do século XVI. Os que conseguiram se salvar foram os que se embrenharam nos matos com alguns franceses e os índios tupinambás de Ubatuba que, para não ajudarem e não correrem riscos, ou se embrenharam nos matos ou foram assimilados pelos colonos em Ubatuba, gerando a atual população caiçara daquela região assim como a população cabocla do Vale do Paraíba Paulista e Fluminense.
Contudo, o golpe fatal ao fim dos tupinambás, foi o ataque ao último reduto francês em Cabo Frio, com a destruição de todas as aldeias. Tudo destruído com fogo e passado ao "fio da espada". Os sobreviventes ou se embrenharam nos matos e migraram para outras regiões ou alguns poucos ainda, no final do século XVI, podiam ser encontrados numa aldeia de índios cristãos próxima da então recém-fundada cidade do Rio de Janeiro, local onde morreu e foi enterrado o Padre Nóbrega.
Por esses motivos e por algumas declarações que denotariam em tese conivência com o extermínio indígena, é que o Padre José de Anchieta tem sido considerado muito polêmico até os dias atuais, embora noutras oportunidades, tenha declarado que se dava melhor com os Índios do que com os portugueses. Afinal, os padres jesuítas tinham a boa intenção e boa-fé de angariar novas almas para a Igreja, no movimento conhecido como Contra-Reforma, haja vista a Reforma que havia se iniciado e espalhado pela Europa. Veja também Tupinambá de Olivença
Dança entre Tupinambás
O termo tupinambá provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere tanto a uma grande nação de índios, da qual faziam parte, dentre outros, os tamoios, os temiminós, os tupiniquins, os potiguara, os tabajaras, os caetés, os amoipiras, os tupinás (tupinaê), os aricobés e um grupo também chamado de tupinambá.
Os tupinambás como nação dominavam quase todo o litoral brasileiro e possuíam uma língua comum, que teve sua gramática organizada pelos jesuítas e passou a ser conhecida como o tupi antigo, sendo a língua raíz da língua geral paulista e do nheengatu. Entretanto, normalmente, quando se fala em tupinambás está-se a referir às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamoios, cujo objectivo era lutar contra os portugueses, também conhecidos como perós.
Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação Tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos.
Em todas as tribos tupinambás era comum a observância aos heróis civilizadores, como chama Alfred Métraux em seu livro A Religião dos Tupinambás, que eram divindades que haviam criado ou dado início à civilização indígena (Meire Humane e Pae Zomé - mito ameríndio comum em toda a América Meridional). Também era comum a intercessão junto aos espíritos dos pajés, o uso dos maracás, chocalhos místicos cujo uso era obrigatório em qualquer cerimônia.
Atualmente existem dois núcleos de índios Tupinambá, no litoral da Bahia: Olivença, município de Ilhéus, com 20 aldeias e 3864 indígenas; e a aldeia Patiburi, município de Belmonte, com 199 pessoas.
Os tupinambás da Região Sudeste do Brasil tinham um vasto território, que se estendia desde o rio Juqueriquerê, em São Sebastião / Caraguatatuba, no Estado de São Paulo, até o cabo de São Tomé, no estado do Rio de Janeiro.
O grosso da nação tupinambá localizava-se na baía da Guanabara e em Cabo Frio, ou Gecay, o nome da mistura de sal e pimenta que os índios, embora não consumindo o sal, vendiam aos franceses, com os quais se aliaram quando estes estabeleceram a colónia da França Antártica na baía de Guanabara.
As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de cana-de-açúcar no núcleo vicentino, levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe, chamada de Confederação dos Tamoios, englobando todas as aldeias tupinambás, desde São Paulo, Vale do Rio Paraíba (São José dos Campos, Taubaté e outras) até o cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra.
É neste ínterim que Nóbrega e Anchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atual Ubatuba), para tentar fazer as pazes. Segundo a tradição, Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e o Padre José de Anchieta ficou cativo dos tupinambás em Ubatuba. Neste período, ele teria escrito o Poema da Virgem. Fatos lendários e fantásticos teriam ocorrido nesta época do cativeiro, como o milagre de Anchieta: levitar entre os índios, que horrorizados, queriam que ele dalí se retirasse pois pensavam tratar-se de um feiticeiro.
Seja como for, os padres com muita diplomacia, conseguiram desmantelar a Confederação dos Tamoios, promovendo a Paz de Iperoig, o Primeiro Tratado de Paz das Américas. Diz-se que depois de feitas as pazes, Nóbrega advertiu os índios de que, se voltassem atrás na palavra empenhada, seriam todos destruídos, o que de fato ocorreu. Quando os portugueses atacaram os franceses do Rio de Janeiro, estes pediram ajuda aos índios, que de fato acudiram a seus aliados. Isto levou ao extermínio dos tupinambás que moravam em aldeias em torno da Baía da Guanabara, na segunda metade do século XVI. Os que conseguiram se salvar foram os que se embrenharam nos matos com alguns franceses e os índios tupinambás de Ubatuba que, para não ajudarem e não correrem riscos, ou se embrenharam nos matos ou foram assimilados pelos colonos em Ubatuba, gerando a atual população caiçara daquela região assim como a população cabocla do Vale do Paraíba Paulista e Fluminense.
Contudo, o golpe fatal ao fim dos tupinambás, foi o ataque ao último reduto francês em Cabo Frio, com a destruição de todas as aldeias. Tudo destruído com fogo e passado ao "fio da espada". Os sobreviventes ou se embrenharam nos matos e migraram para outras regiões ou alguns poucos ainda, no final do século XVI, podiam ser encontrados numa aldeia de índios cristãos próxima da então recém-fundada cidade do Rio de Janeiro, local onde morreu e foi enterrado o Padre Nóbrega.
Por esses motivos e por algumas declarações que denotariam em tese conivência com o extermínio indígena, é que o Padre José de Anchieta tem sido considerado muito polêmico até os dias atuais, embora noutras oportunidades, tenha declarado que se dava melhor com os Índios do que com os portugueses. Afinal, os padres jesuítas tinham a boa intenção e boa-fé de angariar novas almas para a Igreja, no movimento conhecido como Contra-Reforma, haja vista a Reforma que havia se iniciado e espalhado pela Europa. Veja também Tupinambá de Olivença
IGREJA MATRIZ DE UBATUBA......
A primeira igreja Matriz de Ubatuba foi construída na Avenida da praia, atual Av. Iperoig, onde foi erguida a casa da família Gastão Madeira e atualmente funciona a Câmara Municipal. A Capela ficava no centro de um cemitério e tinha como Padroeira Nossa Senhora da Conceição, a primeira padroeira da cidade. Por isso, a rua que começa na Avenida, junto ao local da Capela, recebeu o nome de Conceição. No final do século XVIII, a população do município cresceu motivada pela reabertura do Porto. Logo no início do século XIX, surgiram as ricas mansões e imponentes sobradões. A população aumentou e a capela se tornou pequena. Uma nova Matriz, e de menor porte, foi projetada e iniciada em 1780. Entretanto, a falta de recursos financeiros fez com que a obra paralisasse várias vezes. Em 9 de março de 1790, uma carta ao capitão-mor de Ubatuba reafirmava uma ordem anterior para a cobrança de subsídios aos barcos que chegassem ao Porto ..."continue a cobrança do subsídio para a construção da Nova Matriz, como lhe ordenou o Marechal Governador Interino"... (...) ... "E somente após o pagamento, os Mestres das embarcações poderão ser despachados."... No entanto, esses recursos ainda eram insuficientes. Somente com a
Lei n.º27, de 8 de março de 1842, assinada pelo Barão de Mont'Alegre, presidente da Província de São Paulo, concedia à Igreja Matriz da Vila de Ubatuba, a Loteria Municipal, em benefício "a construção..."
Somente em 1866 a Nova Matriz ficou em condição de uso, porém, inacabada. Sem as torres, ela permaneceu até 1890, época em que o empreiteiro Francisco dos Passos foi contratado para construir uma das torres para colocar os sinos e relógio. A outra torre ficou abandonada até 1940, época em que chegou a Ubatuba para dirigir a paróquia o Padre Alemão, Hans Beil, mais conhecido por Padre João. Ele solicitou aos fiéis quaisquer recursos para melhorar o aspecto. A torre, que ainda permanece inacabada, recebeu um novo telhado, os bancos foram renovados, o piso recebeu cerâmica e os detalhes das portas, altares e teto, foram feitos artesanalmente pelo voluntário carpinteiro Antônio Marques do Vale. A nova Matriz foi erguida sob a invocação da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, o verdadeiro nome da cidade. Essa data é comemorada no dia 3 de maio, Dia da Santa Cruz, a atual Padroeira da Cidade.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A reforma da praça Dr Alberto Santos
“Ex-praça Alberto Santos Dumont”
A praça foi construída na administração do prefeito Basílio de Moraes Cavalheiro Filho, em 1976, e em homenagem ao ilustre homem brasileiro recebeu seu nome: “Alberto Santos Dumont”. O projeto foi elaborado pelo Eng. Roberto de Carvalho Rezende.
Um busto de Santos Dumont sobre a cauda em concreto armado de um avião, em local de destaque na praça, por muitas décadas, enalteceu o feito do inventor de uma das maiores realizações da humanidade.
A história do próprio bairro “Itaguá” e do povo de Ubatuba tem muitas memórias gravadas nesta praça, mesmo a despeito de ter sido rebatizada de nome, em 1991.
Nada foi respeitado pelo atual prefeito. Nem as tradições, nem a história, nem a reverência a um ilustre homem brasileiro. Nem tampouco o respeito a um ato e feito de seu antecessor. Nem a opinião da população. Infelizmente, tudo foi demolido pelo atual prefeito Eduardo de Souza Cesar em nome de uma pífia justificativa de modernização da praça.
Diz a sabedoria que “um povo que não preserva o seu passado também não faz a sua história”.
Outrossim, pelo que é demonstrado, o elevado custo dessa reforma mais atende aos interesses de favorecimentos à empreiteira e às preferências do prefeito, que os da própria população.
Um projeto, em execução, cheio de irregularidades e excessos, como a rua de entrada ao estacionamento, irregular, que disfarça a intenção de por aí continuar uma avenida que cruzará sobre o rio e seguirá pela orla no sentido ao centro da cidade e destruirá o único jardim à beira-mar.
Em tempo de corrigir esses abusos, a comunidade reclamou. A prefeitura fez pouco caso e deu andamento às obras.
Esclarecimentos
1) Ofício protocolado na Prefeitura, em 29/02/2008, SO/3176/08.
SOCIEDADE AMIGOS DE BAIRRO DO ITAGUÁ E ACARAÚ – SABIÁ
Fundação: 07 de dezembro de 1.990
Estatuto Reformado de acordo com a Lei 10.460 de 10/01/02
CNPJ 65.511.032/0001-05
Endereço da sede: rua Saturno, 111 – Itaguá.
CEP 11.680-000
OFÍCIO – 01/08
À
Prefeitura Municipal de Ubatuba
Ac.
Secretário de Obras
Eng. João Paulo Rolim
Assunto:
Obras de Reurbanização da Praça Alberto Santos / Santos Dumont.
Pedido de vistas ao projeto.
Em data que não sabemos precisar, no segundo semestre de 2007. Atendendo a convite formulado por essa Secretaria, reuniu-se nas dependências do hotel Maré a população residente e os comerciantes do bairro do Itaguá, para que tivessem conhecimento e opinassem a respeito do projeto de reurbanização da Praça. Foi consenso de todos, que o projeto, à aquela época apresentado pela Prefeitura, deveria sofrer alterações para melhor se adequar aos interesses e necessidades da população, e preservando as características fundamentais, paisagísticas e históricas da praça pública, cuja destinação é para servir ao laser e descontração das pessoas; e histórica, onde se homenageia com um monumento, a Santos Dumont. Assim também, quanto a preservação e revitalização das árvores existentes. Foi-nos garantido que seriam consideradas as observações feitas pelos presentes e, que, antes que as obras se iniciassem nos seria apresentado o projeto final. Ocorre senhor secretário, que as obras se iniciaram e não se cumpriu o acordo, pois a Prefeitura não nos apresentou antecipadamente o projeto final. Portanto, não só as pessoas presentes àquela reunião, assim como, a população em geral, não tem conhecimento do que está por ser construído no espaço da praça que já está parcialmente em obras.
Estamos de total acordo que algo se faça para a sua revitalização. Já, que esta mesma praça, não teve das administrações públicas a atenção necessária, para que ela cumprisse seu papel social. Só se mantendo em face da dedicação de algumas pessoas.
Assim é que, a SABIÁ, na qualidade de entidade representativa dessa mesma população, vem mui respeitosamente, solicitar vistas ao projeto de reurbanização da praça, antes que as obras se concretizem.
Certos da atenção e do pronto atendimento que V.S. dará ao nosso pedido.
Firmamo-nos.
Atenciosamente.
Sociedade Amigos de Bairro do Itaguá e Acaraú
Georg Mascarenhas Marly Manolio
Presidente do Conselho Executivo Secretária Geral
terça-feira, 16 de setembro de 2008
RUINAS DA LAGOINHA " Um pedacinho da história de Ubatuba "
AS RUINAS DA LAGOINHA
As ruínas do antigo engenho da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha foram tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico do Estado de São Paulo), através do processo 554/75, resolução 69, em 16 de dezembro de 1985, para sua proteção e valorização enquanto patrimônio histórico de suma importância para o município. Foi classificado como engenho devido ao grande aqueduto existente e ao que restou das instalações de um roda d'água. O terreno onde se encontram as ruínas foi doado pelo senhor Jamil Zantut e sua esposa, Benedicta Corrêazantut, à Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), através de escritura pública (livro 1913, folhas 60, em 19 de outubro de 1989)
Se Deus fez belo o luar lá do sertão Sobretudo em Ubatuba ele pôs a sua mão As lindas praias, verdes matas e luares Gente atrai de mui lugares, é orgulho da Nação A Lagoinha do Paraíso se avizinha Como a Pero Vaz Caminha, apaixonada o coração Em suas ruínas minha alma se aninha Como linda andorinha que vem cá entrar canção... estrofes cantadas na música "Luar do Sertão" em comemoração local
No início do século XIX, o engenheiro francês João Agostinho Stevenné ou Steveninc, proprietário também da Maranduba e Sapé, criou na Lagoinha um engenho de açúcar: uma grande Fazenda modelo, escola para o ensino de novas técnicas para a fabricação de açúcar e introdução e propagação de carneiros merinós para a produção de carvão animal, através de abertura de processo de subscrição pública de ações (venda de ações). A fazenda entrou em decadência por volta de 1850 com a evolução das técnicas agrícolas. As datas de compra da propriedade Porsteenné, anterior à da abertura de ações e de venda do engenho da Lagoinha, são desconhecidas e objeto de estudo pelo Departamento de Patrimônio, Biblioteca e Arquivo da Fundart.
Segundo relatos orais e recentes pesquisas, outro importante proprietário foi o Capitão Romualdo, já no final do século. Possuidor de vasta cultura de café e cana-de-açúcar, fabricante e exportador de aguardente e açúcar mascavo, seus escravos teriam ganho a liberdade com a abolição da escravatura, mas, sem terem para onde ir e por gratidão e amizade, permaneceram até o falecimento do fazendeiro. O Capitão Romualdo ainda teria iniciado a construção da primeira fábrica de vidros no Brasil, para embalar a aguardente para exportação, fato não comprovado, nem mesmo pela existência de três colunas de sustentação.
A entrada do Condomínio Lagoinha, do lado da praia, forma encontrados registros de batizados de escravos de Romualdo Antônio de Oliveira, na Lagoinha, de 1836 a 1883, juntamente com membros da família Oliveira e família Prado. Os descendentes dos Prados da Lagoinha, Catarina Oliveira do Prado, Manoel Hilário Filho e Washington de Oliveira (seu Filhinho), declararam que o patriarca, Hilário Vicente do Prado, teria sido vizinho e compadre do capitão e de sua esposa Mariana.
SOBRE A FABRICA DE VIDRO NA LAGOINHA....
As referências que faz à "Fábrica de Vidro" são fantasiosas: "... planejou (o capitão Romualdo) exportar aguardente, para o que necessitava vasilhame, foi assim que deu início à construção de uma fábrica de garrafas nas proximidades da praia, que não conseguiu (?) e cujos pilares permanecem de pé, eretos... (...)" A 200m do mar e separados do engenho pela SP-55, estão em pé três pilares em pedra e cal, parte de um conjunto maior, de oito ou mais pilares que definem um edifício retangular com 18 metros de largura por 50 ou 60 metros de comprimento. Os pilares que restaram têm aproximadamente dez metros de altura e há furos para recebimento de vigas de madeira a seis metros do solo.
Não é possível determinar se essa estrutura pertencia ou não a uma "fábrica de vidro". Por outro lado, o pé-direito de quase seis metros é pouco comum para uso exclusivamente residencial. É possível que abrigasse alguma fábrica no pavimento térreo e residência no sobrado, porém é difícil aceitar a convivência de uma fábrica de vidro com qualquer outro uso no pavimento superior: o vidro é fabricado a partir de um forno de alta temperatura que despreende muito calor, tornando impossível a utilização de um sobrado. Acredita-se que o termo "Fábrica de Vidro", que é associado àquela estrutura, possa também se referir à embalagem de aguardente, apenas. As referências à produção agrícola e manufatura de Ubatuba, nos séculos XVIII e XIX, citam sempre pipas e tonéis como contenedores de aguardente e nunca garrafas ou vidros." - In: Sinópses, nº 12 - páginas 3 a 22 - novembro de 1989 - artigo de período da Fau/Usp - Carlos Augusto Matteifaggin
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
UBATUBA ANTIGA.....Ao fundo a esquerda a antiga fabrica de gelo, na Ilha dos Pescadores
O fotografo se posicionou ao lado do prédio da Escola Dr. Esteves da Silva, o ano eu não sei, mas ao fundo a esquerda a Ilha dos Pescadores e a antiga Fabrica de Gelo,a qual não existe mais, hoje no local temos o Mercado de Peixes ...
Ao fundo a antiga ponte , tendo ao lado Direito o Casrão do Porto.
Se alguem souber a data desta foto, por favor me envie um e - mail....
A Folia do Divino em Ubatuba
Trazida de Portugal pela Rainha Isabel, nos fins do século XVII, a Festa do Divino Espírito Santo ou Festa de Pentecostes, é uma das mais antigas tradições profano-religiosas do Brasil. Pela atuação de vários fatores adversos, a Folia do Divino, em Ubatuba, não sai mais, ainda permanecendo viva na cidade vizinha de Paraty no Estado do Rio de Janeiro.
A Enseada era um bairro habitado exclusivamente por famílias de pescadores. As casas, de pau-a-pique, chão de barro batido, cobertas de sapé. Luz de lamparina, água de cachoeira carregada em pote para uso doméstico. Sobre tarimba de bambu, esteira de taboa completava a cama.Na pesca, a atividade principal dos homens. As mulheres davam conta da roça.Peixe, mandioca e banana eram a base da alimentação, enquanto danças como o Xiba, São Gonçalo, entre outras manifestações típicas, sustentavam as necessidades de entretenimento.A ausência acentuada do pároco era remediada pelo humilde e dedicado capelão que reunia a comunidade para rezar na capela de Santa Rita.Boitatá, saci-pererê, corpo-seco, mula-sem-cabeça, assombração, faziam parte do imaginário coletivo e podiam castigar criança desobediente e mesmo adultos.Mau olhado e quebranto eram afastados pela competência das benzedeiras. Uma delas, dona Sarafina, velhinha, pito no canto da boca, de cócoras, à beira do braseiro do fogão feito no chão, contava longas histórias de meter medo.Para chegar à cidade, hora e meia a pé, por trilhas e praias, sobre sempre pés descalços.Nesse cenário, criança, conheci e convivi com a Folia do Divino Espírito Santo, maior festa anual de toda a comunidade caiçara. Durante sua permanência no bairro, todos os dias, de manhã à noite, com a roupa melhor que tinham, todos participavam, casa em casa, da romaria do Divino. Era o grande ato de fé da comunidade.· OUTROS TEMPOSEm 1974 a Folia não saiu. "O trabalho da Igreja, atualmente, é mais o de evangelizar, e hoje não há a possibilidade dessas festas se realizarem, pois é um ato religioso que não é mais entendido pelo povo", justificou-se o Vigário da época.O interesse em resgatar essa importante tradição da cultura caiçara, reuniu algumas pessoas, como a Zenaide, dona Ofhélia e eu, que empenhamo-nos bastante para reviver o evento.Em 1975 conseguimos que a Zenaide fosse a Festeira e garantimos, não sem luta, a saída do grupo da Folia, e toda Ubatuba recebeu a visita do Divino. Em 1976 foi a minha vez. Vencemos a fase crítica e finalmente a resistência da Igreja. Com a vinda do novo pároco, Frei Sebastião, sensível às manifestações populares religiosas, a Folia se firmou de novo. Contudo, sem o antigo brilho, dentro de uma nova realidade, cada vez mais adversa.A influência crescente das religiões evangélicas, da atividade turística, da mídia eletrônica, determinaram profundas alterações no perfil de nossa população, hoje formada preponderantemente por migrantes aqui chegados em função da construção civil.Hoje a Folia do Divino não sai mais, a partir do ano passado, e a razão principal é a falta de foliões. Os que não morreram estão muito velhos e a renovação não encontrou ambiente propício para acontecer.Jaime Rodrigues em seu artigo "Observações Sobre a Cultura Popular" diz assim:" Uma conseqüência desse admirável mundo novo é a internacionalização do produto artístico-cultural. Isso quando não fortalecidas as culturas nacionais, a conduzem para o aniquilamento ou para a subversão, mediante a simbiose com manifestações alienígenas".
A Enseada era um bairro habitado exclusivamente por famílias de pescadores. As casas, de pau-a-pique, chão de barro batido, cobertas de sapé. Luz de lamparina, água de cachoeira carregada em pote para uso doméstico. Sobre tarimba de bambu, esteira de taboa completava a cama.Na pesca, a atividade principal dos homens. As mulheres davam conta da roça.Peixe, mandioca e banana eram a base da alimentação, enquanto danças como o Xiba, São Gonçalo, entre outras manifestações típicas, sustentavam as necessidades de entretenimento.A ausência acentuada do pároco era remediada pelo humilde e dedicado capelão que reunia a comunidade para rezar na capela de Santa Rita.Boitatá, saci-pererê, corpo-seco, mula-sem-cabeça, assombração, faziam parte do imaginário coletivo e podiam castigar criança desobediente e mesmo adultos.Mau olhado e quebranto eram afastados pela competência das benzedeiras. Uma delas, dona Sarafina, velhinha, pito no canto da boca, de cócoras, à beira do braseiro do fogão feito no chão, contava longas histórias de meter medo.Para chegar à cidade, hora e meia a pé, por trilhas e praias, sobre sempre pés descalços.Nesse cenário, criança, conheci e convivi com a Folia do Divino Espírito Santo, maior festa anual de toda a comunidade caiçara. Durante sua permanência no bairro, todos os dias, de manhã à noite, com a roupa melhor que tinham, todos participavam, casa em casa, da romaria do Divino. Era o grande ato de fé da comunidade.· OUTROS TEMPOSEm 1974 a Folia não saiu. "O trabalho da Igreja, atualmente, é mais o de evangelizar, e hoje não há a possibilidade dessas festas se realizarem, pois é um ato religioso que não é mais entendido pelo povo", justificou-se o Vigário da época.O interesse em resgatar essa importante tradição da cultura caiçara, reuniu algumas pessoas, como a Zenaide, dona Ofhélia e eu, que empenhamo-nos bastante para reviver o evento.Em 1975 conseguimos que a Zenaide fosse a Festeira e garantimos, não sem luta, a saída do grupo da Folia, e toda Ubatuba recebeu a visita do Divino. Em 1976 foi a minha vez. Vencemos a fase crítica e finalmente a resistência da Igreja. Com a vinda do novo pároco, Frei Sebastião, sensível às manifestações populares religiosas, a Folia se firmou de novo. Contudo, sem o antigo brilho, dentro de uma nova realidade, cada vez mais adversa.A influência crescente das religiões evangélicas, da atividade turística, da mídia eletrônica, determinaram profundas alterações no perfil de nossa população, hoje formada preponderantemente por migrantes aqui chegados em função da construção civil.Hoje a Folia do Divino não sai mais, a partir do ano passado, e a razão principal é a falta de foliões. Os que não morreram estão muito velhos e a renovação não encontrou ambiente propício para acontecer.Jaime Rodrigues em seu artigo "Observações Sobre a Cultura Popular" diz assim:" Uma conseqüência desse admirável mundo novo é a internacionalização do produto artístico-cultural. Isso quando não fortalecidas as culturas nacionais, a conduzem para o aniquilamento ou para a subversão, mediante a simbiose com manifestações alienígenas".
FONTE : UBAWEB- 1998
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
SÉRIE : GRANDES PERSONAGENS UBATUBENSES...
-- Padre José de Anchieta --
Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 em San Cristobal de Laguna, na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias; era filho de João Lopes de Anchieta. Sua mãe chamava-se Mência Dias de Clavijo e Larena.
Em 8 de maio de 1553 o jovem jesuíta partiu para o Brasil na 3ª Expedição de Missionários Jesuítas, chefiada pelo padre Luiz de Grã, chegou ao Brasil em 13 de junho de 1553, com menos de 20 anos de idade. Em 5 de maio de 1563, Anchieta chegou à praia de Iperoig em Ubatuba, em companhia do Padre Manoel da Nóbrega, a fim de negociar uma trégua com os índios tupinambás. Aqui iniciou seu famoso Poema à Virgem, com 5.732 versos latinos, alguns dos quais tracejados nas areias da praia de Iperoig.
A Paz de Iperoig foi estabelecida em 14 de setembro de 1563.
No dia 9 de junho de 1597, aos 63 anos, Anchieta faleceu em Iritiba ou Reritiba - atual cidade Anchieta (ES) -, após 44 anos de incansável trabalho apostólico-pastoral realizado no Brasil. Catequista onipresente, poeta, tupinólogo e professor. Músico, enfermeiro, construtor de capelas, conselheiro espiritual.
Em 1611 os ossos de Anchieta foram transladados em parte para o Colégio da Bahia e alguns para Roma. Em 1617, a pedido dos Jesuítas do Brasil, foram iniciados os processos de Beatificação e Canonização do Padre José de Anchieta. Em 1773, foram suspensos os processos.
Somente em 22 de junho de 1980, o Papa João Paulo II beatificou o Padre José de Anchieta, sendo chamado de "Apóstolo do Brasil".
FONTE : FUNDART
UBATUBA E SUA HISTÓRIA.........1 ª PARTE
FONTE : FUNDART..
Ubatuba e sua História
Ubatuba é considerada o paraíso ecológico do Litoral Norte paulista, pois nos encanta com suas riquezas naturais e sua gente simples, carismática e cheia de histórias surpreendentes.
Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios do planalto, até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização.
Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig e passou a categoria de vila somente em 1554.
Travou-se uma batalha diplomática fundamental para se decidir o futuro do Brasil, pois os portugueses e franceses disputavam essa região.
Os franceses eram apoiados pelo seu Rei Henrique II e pelos índios Tupinambás, sendo que para conquistar essas terras, precisavam enfrentar o poderio militar português, que na época era muito forte.
Os portugueses mantinham relações de amizade com os Tupiniquins e com a prisão do chefe Tupinambá Aimberê,que depois de ter sido condenado a morte conseguiu escapar, tornando-se um dos maiores inimigos da Coroa.
Os Tupinambás, sob o comando de Cunhambebe, fizeram aliança com outras tribos, de Bertioga a Cabo Frio, para lutar contra o domínio lusitano.
Os Tupinambás e Tupiniquins organizaram-se, formando a “Confederação dos Tamoios” e passaram a enfrentar os portugueses (Tamoio é uma palavra da língua falada pelos Tupinambás, que significa “o mais antigo, o dono da terra”, portanto a Confederação era a união dos índios, verdadeiros donos da terra).
Para evitar o conflito, os portugueses convocaram, em 1563, uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta.
A história de Ubatuba começa em 1563, quando o Padre Anchieta promove junto aos índios liderados por Cunhambebe, a chamada Paz de Iperoig, que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente.
Em 14 de setembro de 1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram expulsos e os índios pacificados.
Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão de paz foi lenta e difícil. Anchieta ficou prisioneiro durante aproximadamente quatro meses e nesse período escreveu vários poemas, dentre eles o célebre “Poema à Virgem” nas areias da praia do Cruzeiro, enquanto Manoel da Nóbrega voltava à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz de Iperoig; o primeiro tratado de paz das Américas.
Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa.
O povoado conseguiu sua emancipação político-administrativa e foi elevado à categoria de Vila em 28 de Outubro de 1637, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albernaz Homem da Costa, nobre português das ilhas dos Açores.
Os povoadores se instalaram ao longo da costa, utilizando o mar como meio de transporte. A pobreza enfrentada pelos primeiros povoadores da região permanece até o final do séc. XVIII quando a plantação de cana-de-açúcar permite pela primeira vez que Ubatuba tenha uma economia significativa. Todavia, com o surgimento da economia do ouro, a região do Litoral Norte se transforma em produtora de aguardente e açúcar para o abastecimento das áreas de Minas Gerais, que experimentava um novo surto do progresso. A Vila de Ubatuba deixa de ter apenas a agricultura de subsistência.
Em 1787, o presidente da Província de São Paulo, Bernardo José de Lorena, decretou que todas as embarcações do litoral seriam obrigadas a se dirigir ao porto de Santos, onde os preços obtidos pelas mercadorias eram mais baixos. A partir dessa pressão do governo, Ubatuba entra em franca decadência e muitos produtores abandonaram os canaviais. Os que ficaram passaram a cultivar apenas o necessário para a subsistência.
A situação só melhorou a partir de 1808 com a abertura dos portos. A medida beneficiou diretamente a então Vila de Ubatuba. O comércio ganha impulso inicialmente com o cultivo do café no próprio município, enviado para o Rio de Janeiro. Todavia, o café se expande para todo o Vale do Paraíba e Ubatuba passa a ser o grande porto exportador, privilegiada mais ainda pela estrada Ubatuba - Taubaté.
Ubatuba nessa época ocupava o primeiro lugar na renda municipal do Estado. Novas ruas são abertas, o urbanismo, no sentido moderno, alcança o município. São criados o cemitério, novas igrejas, um teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e novas construções para abrigar a elite local, dentre as quais o sobrado de Manoel Baltazar da Costa Fortes, hoje sede da FUNDART. É nesse apogeu que Ubatuba é elevada a categoria de cidade em 1855 e em 1872 foi elevada a comarca, juntamente com São José dos Campos. Nesse ano tinha 7.565 habitantes.
PRÓXIMO CAPITULO A SER PUBLICADO NO DIA 16 DE SETEMBRO
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
UM POUCO DA HISTÓRIA DE UBATUBA-SP
Ubatuba passou por um processo de ocupação totalmente diferente daquele que tiveram Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião. Ao contrário dessas três cidades – que pertenceram originalmente ao território da Vila do Porto de Santos –, Ubatuba teve todo o seu processo de colonização ligado ao Rio de Janeiro, sendo que o responsável pela fundação de Ubatuba, em 1637, foi o governador do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá e Benevides, visconde de Asseca, sobrinho neto de Mem de Sá. Para viabilizar a ereção da nova vila, Sá e Benevides destacou o açoriano Jordão Homem da Costa, cuja família, até então, estava envolvida no cultivo de cana-de-açúcar no Rio de Janeiro. Sobre o local que, no passado, abrigara a aldeia de Iperoig, Homem da Costa tratou de providenciar as condições mínimas exigidas à época pela Coroa Portuguesa para que o pequeno povoado ali existente pudesse ser elevado à condição de vila. Dentre essas condições estava a construção da Câmara, da Cadeia e da Igreja. O local para servir de sede da nova vila foi escolhido pelos povoadores levando em conta os mesmos motivos que induziram os indígenas a ali estabeleceram sua aldeia. Área de planície, estrategicamente localizada na Enseada de Ubatuba, abrigada de grandes ondas e também dos ventos fortes. Concluídas as obras, a oficialização da ereção daquela que seria, pela ordem cronológica, a nona vila da Capitania de São Vicente, foi determinada por Sá Benevides através de provisão datada de 28 de outubro de 1637, recebendo a denominação de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. A ereção da nova vila – que teve Homem da Costa como primeiro capitão-mor e ouvidor – ocorreu logo no ano em que Sá Benevides assumiu o primeiro de seus três mandatos como governador-geral da Capitania do Rio de Janeiro.
As origens do nome Ubatuba
palavra Ubatuba pode ter origem na locução ybá-tyba, cuja tradução é o sítio das frutas, ou seja, o pomar. Ubatuba também pode ter origem na locução yba-tyba, que significa o sítio das canoas, isto é, o local onde existem muitas canoas, mas daquelas fabricadas com a casca de determinadas árvores. Pode ser também a corrupção de uyba-tyba, cujo significado é o sítio das flechas, o canavial bravo. A flecha – ou flecha de ubá, como diz o caiçara – é uma espécie de cana-brava, muito comum em nossa região, utilizada no passado para fabricar flechas, gaiolas, balaios e cestos. O município de Ubatuba adota oficialmente como tradução para seu nome o significado de “o sítio das flechas”. Dois ramos dessa planta ladeiam o escudo do Brasão de Armas do município. Já Iperoig – aldeia sobre a qual se ergueu Ubatuba – tem duas traduções possíveis. Pode ser uma corruptela de Ypirú-yg, ou seja, o rio do tubarão. Mas pode também ser uma corrupção da locução iperó-yg, que significa rio das perobas, que são árvores da Mata Atlântica.
Nivaldo Simões - http://www.jornalcanalaberto.com.br/
terça-feira, 2 de setembro de 2008
CIEE , Bienal, FIESP e Ubatuba participam das homenagens a Ciccillo Matarazzo, na capital paulista
“Ciccillo Matarazzo – o mecenas das artes”, será o tema da exposição a ser aberta no próximo dia 4 de setembro, às 19 horas, no teatro do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, na Capital. A mostra, que presta homenagem ao ex-prefeito de Ubatuba de 1964 a 1969 e um dos maiores incentivadores da arte e cultura do País, ficará aberta para visitação até 26 de setembro. Painéis fotográficos documentando as passagens de Ciccillo ao lado de personalidades do mundo das artes e da política, além de livros e reportagens sobre sua atuação na criação de museus, indústria do cinema e literatura, tendo como destaque as bienais montadas no Parque Ibirapuera, estarão expostos no salão de exposições do CIEE. A cerimônia de inauguração contará com a entrega de medalha em homenagem ao prefeito Eduardo César, como reconhecimento pela colaboração da Prefeitura de Ubatuba em preservar a memória daquele que foi um industrial de sucesso, amante das artes e pioneiro do planejamento municipal. A prefeitura de Ubatuba marcará presença em São Paulo com a cessão das condecorações internacionais de Cicillo, cedido por sua família e que atualmente integra o acervo do Memorial “Ciccillo Matarazzo”, inaugurado no último dia 27 de junho. O memorial, que já recebeu mais de mil visitantes, ocupa parte do prédio da Biblioteca Municipal onde funcionou originalmente o gabinete do ex-prefeito. Além das medalhas, o memorial participa na Capital com fotos documentando a passagem do “mecenas das Artes” como prefeito de Ubatuba, sua única experiência política. A exposição “Ciccillo Matarazzo – o mecenas das artes”, foi organizada pelo Centro Integração Empresa Escola -CIEE e conta com o apoio da Fundação Bienal de São Paulo, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP e Prefeitura de Ubatuba.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Posse do Ministro da Cultura
Olá a todos!Já chegamos lá!Quilombo Caçandoquinha na posse do Ministro da Cultura!Para uma Associação na qual diziam que não conseguria nada, ontem apertei a mão do Presidente Lula, e lhe disse!"Muito prazer sou Mário Presidente da Comunidade Quilombo Caçandoquinha,excluida da desapropriação do Quilombo Caçandoca!"Assusta esbugalhou os olhos, e continuou a comprimentar as pessoas que lá estavam, diversos ministro como da educação, planejamento, esporte, seppir, Dilma Russef da Casa Civil, entre diversos artista como Sandra de Sá, Mamberti e outros.Após cerimonia no Palácio do Planalto, fomos a Funarte, na sala Cassia Eller, para discurso de posse do novo Ministro.Fica a lição para quem não acreditou no povo simples e humilde da Caçandoca, que na hora do aperto sabe tambem se defender e buscar seus direitos, e muito mais vem por aì, e ainda veremos a justiça sendo feita para o nosso povo, que lutou e resistiu até hoje, sem apoio nenhum do governo.Com certeza o Presidente ficou com uma pulga atrás da orelha, e deverá querer saber o que está acontecendo e para nós o importante é que estamos sendo ouvidos e chegando aonde pensavam que nunca chegaríamos.
Mário Gabriel
Ubatuba, SP
Mário Gabriel
Ubatuba, SP
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