segunda-feira, 31 de março de 2008

Comunidade do Cambury discute Termo de Compromisso

Ubatuba - No Cambury, na última sexta-feira, dia 28, além de levar todas as informações que trouxe de sua viagem a Brasília, o vereador Jairo dos Santos, PSB, se reuniu com a comunidade para tratar do "Termo de Compromisso" do Parque Estadual da Serra do Mar. De acordo com o Parque, o documento visa estabelecer um cronograma de metas para promover adequações, através de medidas especiais e em caráter emergencial, para minimizar os impactos ambientais e prever a realocação das ocupações irregulares na Praia do Cambury. Esta visita do vereador Jairo foi também, para esclarecer e auxiliar a comunidade nas alterações de algumas cláusulas do Termo. A proposta será enviada à Promotoria de Meio Ambiente e Jairo acredita que as alterações do Termo serão acatadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

JORNAL DA FUNDART / UBATUBA

Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba “Povo que não tem memória não tem nada para contar”

Idalina Graça





Lançamento do “Fundart na Praça” terá nova data



O projeto Fundart na Praça que seria lançado no próximo domingo, 30, na Praça 13 de Maio, terá nova data para sua realização. O evento irá concentrar vários tipos de manifestações artísticas e culturais e será anunciado brevemente.



“Recordando Ubatuba” abre exposição sábado, 28 de março próximo



O artista plástico Wladimir Ferreira da Silva assina a exposição “Recordando Ubatuba” cuja abertura acontecerá às 20h00 no Salão de Exposições do Sobradão do Porto. Todas as telas mostrarão Ubatuba em diferentes momentos de sua história e caracteriza o estilo do artista já bem conhecido entre nós e que anualmente participa de vários salões no interior do Estado de São Paulo com o grupo setorial de Artes Plásticas da Fundart.

Na ocasião o grupo instrumental Saia Justa estará se apresentando ao público e abrilhantando o evento com música de qualidade.



Ipiranguinha vai receber a Banda Sinfônica nesse sábado



Sábado próximo, no Ipiranguinha, no espaço ao lado da igreja católica, às 20h30 a Banda Sinfônica “Lira Padre Anchieta” irá se apresentar com repertório variado. O concerto terá caráter didático e as peças musicais escolhidas pela direção musical do grupo visa ilustrar a importância da música na formação e na vida das pessoas.



“Paixão de Cristo” levou 15 mil pessoas à Avenida Iperoig



Com patrocínio da Fundart e da Prefeitura, a Cia. do Mar Atividades Artísticas apresentou o espetáculo de teatro de rua “Paixão de Cristo”, tradição que completa em 2008, 18 anos de realização em Ubatuba.

Mais de 15 mil pessoas assistiram à encenação que emocionou o grande público. A nova Avenida Iperoig, a partir da Praça de Eventos abrigou o evento que teve seqüência até o morro da Prainha onde aconteceu a crucificação de Jesus Cristo. A Via Crucis teve como cenário a Avenida Iperoig em toda a sua extensão.

Todo o público teve ótima visão do espetáculo com aproveitamento adequado do espaço para abrigar os dois grandes palcos e uma passarela que ligou um palco ao outro, além de abrigar cenas importantes da encenação.

“Apoiar a encenação da ‘Paixão de Cristo’ é contribuir para a cultura da cidade, bem como incentivar o espírito de solidariedade e união entre as pessoas, na medida em que o espetáculo faz aflorar fortemente o espírito cristão”, afirmou o prefeito Eduardo Cesar.

O presidente da Fundart, Pedro Paulo, acentuou que a instituição que preside sentiu-se honrada. Duas razões. Primeiro porque a encenação foi de grande beleza plástica na medida em que ganhou local adequado e estrategicamente aproveitado, o que valorizou o desempenho do grupo teatral. Com isso superou as últimas apresentações. Por outro lado o avivamento do espírito de solidariedade e comunhão humana que o espetáculo celebra, em sua mensagem remete ao congraçamento universal.




Projeto de Restauro do Sobradão tem nova reunião em abril



No próximo dia 02 de abril, na Fundart, sua diretoria executiva estará reunida com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e com representantes da Palumbo Galvez – Arquitetura & Restauro para ultimar tratativas em torno do fechamento do projeto de restauro do Sobradão do Porto.

Os trabalhos iniciados em abril do ano passado, já foi apreciado pelo IPHAN, que está fechando os cálculos de custos para, a seguir ser enviado ao Ministério da Cultura para ser homologado e habilitado para a captação de recursos visando a execução das obras.

O projeto, bastante minucioso, requereu pesquisa exaustiva para cumprir todos os trâmites exigidos pelo CONDEPHAAT e IPHAN, órgãos estadual e federal, respectivamente. Para concretizar o projeto de restauro, já constante de pormenorizado estudo, reuniões técnicas e levantamentos minuciosos foram realizados durante estes onze meses de trabalho intensivo.



Fundart e Regional Norte articulam encontro caiçara



A Fundart e a Administração da Regional Norte, juntamente com as lideranças da cultura caiçara local estão preparando evento que vai reunir as manifestações da cultura tradicional caiçara. Para o encontro serão convidados os grupos das regiões sul e oeste. Música, dança, comida, etc. farão parte da programação que se prolongará pelo dia. A data será anunciada oportunamente.



Prêmio Fundart de Teatro inicia sua prática



O Concurso Literário Ubatuba – 2007, na sua categoria teatro infantil – Concurso Tia Helô, premiou o texto, “Eram os Patugueses Astronautas?”, de José Antonio G. Teixeira de Freitas.
Um dos prêmios dessa categoria indica a montagem da peça, o que a Fundart inicia agora com a participação do Grupo Setorial de Artes Cênicas e Dança (Coordenador Fernando Moreno). Os trabalhos já tiveram início sob a orientação do diretor de teatro (formado pela Unicamp) Heytor Barsalini, com participação da professora de teatro Marilena Cabral e Companhia de Teatro Abençoados por Cunhambebe.

Em sua parte inicial os trabalhos realizados envolveram reunião entre autor, diretor, auxiliares e atores para ajustes do texto, considerando forma e conteúdo. A fase atual é de leitura dramática que vai desaguar na montagem propriamente dita.



Recitais Pedagógicos



A Fundart, com seu Grupo Setorial de Música, sob a coordenação de Ernesto Cardoso, Secretaria Municipal de Educação e a Sociedade Lira Padre Anchieta iniciaram tratativas visando fomentar as atividades do Projeto Recitais Pedagógicos, desta última.

Com isso, mais escolas e estudantes terão acesso aos concertos cuja finalidade é levar, além de boa música, informações fundamentais sobre a sua história e teoria, para citar dois exemplos.

O projeto, que desperta grande interesse dos estudantes, será intensificado e enriquecido em seu conteúdo e irá contar com maior atuação dos monitores.

“Houve tempo em que a escola pública comportava o ensino da música em seu currículo. Mudanças de conteúdos curriculares implantadas por governos estaduais sucessivos eliminaram o ensino da Música como da Filosofia. Esta última foi retomada recentemente. Sendo a Música essencial na formação humana, o que buscamos é reparar em parte essa falta, através do Projeto Recitais Pedagógicos, com parceria entre Fundart, Secretaria Municipal de Educação, Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta e Grupo Setorial de Música”, disse o presidente da Fundart, Pedro Paulo T. Pinto.



Cursos da Fundart cujas aulas já foram iniciadas



Violão, piano, dança de salão, dança do ventre, sapateado, jazz capoeira regional, yoga, cerâmica, desenho artístico, pintura à óleo, aquarela e pastel, flauta, bateria, contrabaixo, teatro, tecelagem e ballet (vagas esgotadas).

Informações pelos telefones: (12) 38337000 e 38337001 ou na sede administrativa da Fundart – Rua Félix Guisard Filho, nº 06 – Centro.

Os outros cursos terão início tão logo seus proponentes completem as documentações. Os contratos estão em andamento.



O trabalho dos Grupos Setoriais em 2007



Dando prosseguimento à publicação dos trabalhos realizados pelos grupos setoriais da Fundart, hoje apresentamos as realizações do Grupo Setorial de Folclore e Tradições Populares sob a coordenação de Luiz Gustavo Ballio de Moraes.



I. Sarau Caiçara

a) 38 apresentações realizadas no Auditório Fundart, com a participação de vários artistas, notadamente aqueles ligados à cultura caiçara do nosso município.

b) 4 apresentações em bairros populares: Monte Valério, Bela Vista, Marafunda, Sesmaria, todos realizados em Escolas Públicas Municipais.



II. Homenagem a Mazzaropi

Realizamos 3 (três) eventos em homenagem ao conhecido cineasta brasileiro, sendo que na última apresentação, exibimos o filme “Jeca Contra o Capeta” com o apoio da locadora Summer Vídeo. Chamamos a atenção que este ciclo de evento foi concluído com a participação do Professor Glauco Barsalini na Semana de História realizada pela Fundart e Unitau.



III. Caiçapira

A repercussão das apresentações no Sarau Caiçara, resultaram em várias apresentações pessoais como contador de história que foi intitulado “Caiçapira”, numa simbiose cultural entre o caiçara e o caipira, configurados em personalidades tais como: Jeca Tatu, Pedro Malazarte e outros. Teve participação inclusive, como convidado, no I Festival de Folclore de Redenção da Serra.


Programação Cultural (Final de Semana):

28 – Sexta-feira

20h00 - Exposição “Recordando Ubatuba” – Pintura a Óleo

Artista Plástico Wladimir Ferreira da Silva

Salão de Exposições da Fundart

21h00 – Grupo Instrumental Feminino "Saia Justa"

Auditório Fundart

21h00 – Banda no Bairro – Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta

Ipiranguinha

Acesse nosso site:
www.fundart.com.br
Nossa cultura em um clique!

Ubatuba no Plano Nacional de Proteção a Povos Tradicionais

Ubatuba - Com a necessidade de resguardar os direitos e o desenvolvimento dos povos e comunidades tradicionais de Ubatuba, o vereador Charles Medeiros solicitou ao Ministro do Desenvolvimento Social e Combate a Fome Patrus Ananias, através de Requerimento 314/07 informações sobre a inclusão das Comunidades Tradicionais de Ubatuba na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.
Em resposta, o ministro encaminhou matéria a Secretaria Nacional de Articulação Institucional e Parcerias do Ministério que através de parecer técnico manifestou a viabilidade da inclusão de Ubatuba no Plano Nacional. Fátima Valéria Ferreira da Silva, Diretora de Articulação Governamental informa que "estando pronto o Plano Nacional e suas ações comecem a ser executadas, o referido município poderá ver realizada na sua inclusão na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais".
Já a Assessora Técnica do Núcleo de Povos e Comunidades Tradicionais, Virgínia Ferreira da Silva, comenta: "Estão sendo planejadas consultas regionais e agendas bilaterais para apresentação e pactuação de ações complementares ao Plano Nacional com outros entes federativos e outras organizações da sociedade civil, portanto o Plano encontra-se ainda em construção e por isto não há ainda nenhuma ação específica para as Comunidades Tradicionais em Ubatuba e tão logo o Plano esteja pronto serão implantadas estratégias para a aplicação do Programa". Vale lembrar que o Programa Nacional tem como objetivo principal promover o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, com respeito e valorização à sua identidade, suas formas de organização e suas instituições. "Além de manter um compromisso coerente de reconhecimento e atenção à nossa diversidade cultural, trata-se de um dispositivo legal que auxilia nas garantias de nossa população, principalmente a aquelas Comunidades que tiveram seus territórios inseridos em áreas de Parque Estadual" comenta Charles Medeiros.

(Fonte: Assessoria Charles Medeiros)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Livro : " Ubatuba, espaço , memória e cultura ". - 17 º Capitulo

4. CASA DA FARINHA – FAZENDA PICINGUABA

Localização

A Casa da Farinha e Fazenda Picinguaba estão localizadas no extremo norte do município de Ubatuba, na altura do km 12 da rodovia Rio – Santos, BR 101, próximo à entrada do Núcleo Picinguaba a uns 37 km do centro urbano da cidade, com placa a esquerda de localização do local.

Horário de funcionamento

Por se tratar de um atrativo do patrimônio cultural a “céu aberto” numa integração perfeita com a natureza local, pode ser visitado a qualquer hora do dia.

A história que antecede a própria história da Casa da Farinha, na Fazenda da Picinguaba, hoje o Núcleo Picinguaba é bem curiosa e muito interessante. Antes mesmo deste atrativo que faz parte da cultura histórica do município e sua comunidade local ter a grande importância para o desenvolvimento desta e se transformar no futuro em um marco histórico, representou a conquista de trabalhadores da região.

Localizada especificamente em uma fazenda, a “Fazenda Picinguaba”, hoje dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, área esta de preservação ambiental , antes mesmo de se chamar Casa da Farinha, era um engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.

Esta fazenda que passou de mão em mão, de herdeiro a herdeiro, inicialmente, no ano de 1843, era de propriedade do Sr. Manoel da Silva Alves, deixado para sua esposa então herdeira direta, após a sua morte. Dona Maria Alves de Paiva com o seu falecimento deixa como herança ao sobrinho José Cardoso de Paiva que no ano seguinte vende ao então Capitão Firmino Joaquim Ferreira de Veiga. Este por sua vez construiu no local o engenho de cana-de-açúcar e moinho de fubá.

A idéia inicial do Capitão Firmino era interessante. Ele queria povoar a localidade e sua fazenda com famílias de imigrantes italianos formando assim uma colônia com 45 famílias. Mas, com o passar dos anos a maioria destas famílias foram embora, ficando alguns descendentes de italianos no que hoje se tornou o Núcleo Picinguaba .

Com a hipoteca da Fazenda ao Banco do Brasil e da República do Brasil, cedida em seguida ao Banco Hipotecário do Brasil, o Capitão Firmino deixa de ser proprietário e com isso o moinho de fubá e o engenho foram desativados. Em ruínas restaram duas pedras originais e a roda d’água de ferro; e do engenho o moedor de cana-de-açúcar, a caldeira e o eixo, peças estas importadas da Inglaterra.

Pedro Ozório e Eduardo Delaporte são os novos proprietários no ano de 1907. Estes compram do Banco a fazenda hipotecada, mas por não conseguirem pagar, logo volta ao mesmo Banco Hipotecário do Brasil que em sociedade com a A.S.CIA. Agropecuária, no ano de 1928, colocam entre outros imóveis como Capital Social da Firma a Fazenda Picinguaba.

No ano de 1950, já em posse e propriedade do Senhor Saint Clair Bustamante e Silva, este manda construir a 1 km do local do engenho a Casa da Farinha, aproveitando-se do que restou do antigo engenho. Contratou os serviços do Sr. Werneck de Araújo da Cidade de Parati, um profissional da madeira,para a construção de uma roda d’ água substituindo a anterior roda de ferro que havia sido roubada. Infelizmente, após um ano na fabricação de farinha, como um estigma da fazenda, o antigo engenho e agora Casa da Farinha é abandonado. Mesmo assim a farinha continua sendo produzida na região e nas suas proximidades em casas rústicas de famílias dos pequenos produtores e de forma artesanal.

Mais uma vez a Fazenda Picinguaba é penhorada à Caixa Econômica Estadual do Estado de São Paulo pelo proprietário o Senhor Saint Clair em uma tentativa de obter recursos e assim investir nas terras, mas não fazendo bom uso do investimento, Saint Clair abandona a região e vai embora.

A Caixa Estadual, por sua vez, levou para o local, famílias e logo em seguida, a fazenda foi doada à Marinha que faria do local uma Escola Naval na Praia da Fazenda, mas pelo fato de suas águas serem rasas, não permitindo manobras das embarcações de grande porte, este projeto também não foi realizado, e voltou à Caixa do Estado, sendo desapropriada.

Mas graças a esta desapropriação, o Governo do Estado de São Paulo transforma toda esta área de 310.000 hectares, no Parque Estadual da Serra do Mar, o que veio a ser o Núcleo Picinguaba. Em uma gestão de dois anos seguidos, consegue-se que a Casa da Farinha ocupe uma faixa de 30.000 hectares dentro do perímetro do Parque. Então, hoje a Fazenda e mais cinco praias são protegidas estando abrigadas dentro de uma área de preservação ambiental.

Parece até que toda esta história narrada a respeito da área que inclui a Fazenda Picinguaba, desde o primeiro proprietário e os subseqüentes herdeiros, a intenção de colonização das famílias, da idéia do Engenho, do Moinho e da Casa da Farinha não frutificou em função dos interesses particulares de seus precursores, fortalecendo hoje a idéia de proteção e preservação das matas, rios e praias da região norte que é o forte de Ubatuba, tornando-as famosas pela sua natureza e não pela intervenção e expropriação da mesma.



TEXTO EXTRAÍDO DO lIVRO " UBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA ", DOS AUTORES:
Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca , editado em 2005 -


Próximo Capitulo será publicado em 02/04/2008

FUNDART INFORMA :

Jornal Agito lançou livro de Turismo e Culinária


O Jornal Agito, lançou dia 19, quarta-feira, o livro Gastronomia e Turismo – Edição 2008, a partir das 20h00, no Bardolino – Restaurante (ao lado da Fundart).







“Recordando Ubatuba”




Com o nome acima, o artista plástico Wladimir Ferreira da Silva inaugura exposição na Fundart (Salão de Exposições) no próximo dia 28 de março, às 20h00. A obra do artista ubatubense reúne aspectos da história de Ubatuba, a partir do seu desenvolvimento urbanístico e espelha nosso crescimento. Na oportunidade o conjunto instrumental feminino, Saia Justa, estará apresentando concerto, prestigiando o evento.



Banda Sinfônica no Ipiranguinha



Ainda no dia 28 de março, às 21h00, a Banda Sinfônica Lira “Padre Anchieta” estará se apresentando no Ipiranguinha. Maiores informações serão divulgadas na próxima semana.



Atividades do Grupo Setorial de Artesanato em 2007



Coordenadora: Helena Ottoni Trachi

Vice-Coordenadora: Dalva Nunes Lopes





I. Dia Internacional da Mulher (março): Exposição artesanato – Praça Anchieta

II. Semana Santa: Exposições – Praça Anchieta;

III. Mês de Junho: Exposição e Coquetel no Sobradão do Porto;

IV. Festa de São Pedro (junho/julho): Exposição – Avenida Iperoig

V. Festival Gastronômico (agosto): Exposição;

VI. Caiçarada (setembro): Exposição peças típicas caiçaras – Avenida Iperoig;

VII. Aniversário da Cidade (outubro): Exposição – Sobradão do Porto;

VIII. Revelando São José: Exposição de artesanato e culinária caiçara;

IX. Revelando São Paulo: Exposição de artesanato e culinária caiçara;

X. Dezembro: Exposição de encerramento dos cursos – Sobradão do Porto.




Vem aí o “Fundart na Praça”, novo projeto que será inaugurado no final do mês.
Aguarde notícias!!

quarta-feira, 19 de março de 2008

PAIXÃO DE CRISTO SERÁ ENCENADA NESTA SEXTA - FEIRA EM UBATUBA





Tradicional encenação da Paixão de Cristo acontece nesta sexta, 21, em Ubatuba
Ainda há tempo para as pessoas que quiserem participar da encenação. É só comparecer aos ensaios, que estão acontecendo no prédio do antigo Fórum, durante as noites que antecedem o evento

A encenação da Paixão de Cristo, tradicional em Ubatuba, acontecerá novamente nesta sexta-feira, 21, a partir das 21h. O evento que vem surpreendendo e emocionando milhares de pessoas ao longo de 18 anos, terá início na Praça de Eventos da Avenida Iperoig, onde serão estruturados espaços cênicos para a representação.

Na Praça de Eventos, serão representadas diversas cenas, desde o nascimento de Cristo até a condenação de Jesus por Pilatos, em vários pontos fixos. A Via Crucis se alongará pela Avenida Iperoig, até o Morro da Prainha, onde acontecerão as cenas apoteóticas da Crucificação e Ressurreição de Cristo.

Mudanças no trânsito
Para que o deslocamento das cenas seja possível, algumas adaptações serão feitas no trânsito. O estacionamento ao lado da praia será proibido a partir das 17h. A Avenida Iperoig será fechada para veículos às 21h. A partir das 22h, a ponte que dá acesso ao bairro Perequê-Açu será interditada, até a total dispersão. Aqueles que necessitarem ir ao centro ou voltar ao bairro, devem ir pela BR-101.

O evento conta com o apoio da Prefeitura de Ubatuba, por meio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba. Para o prefeito de Ubatuba, apoiar o espetáculo significa incentivar a cultura da cidade. "A Paixão de Cristo é uma encenação que extrapola os limites religiosos para representar a história, com uma riqueza de detalhes que é impressionante. A nossa própria geografia privilegia e enriquece a peça, por proporcionar um cenário natural. Sem dúvida, é um evento que vale a pena ver de perto.”

Uma das produtoras do evento, Gracita Brandão, afirma que o evento ubatubense vem sendo considerado um dos mais importantes do país. “Pela grandiosidade da apresentação, a quantidade de pessoas envolvidas, a beleza do cenário natural, a riqueza do figurino e a seriedade com que trabalhamos a encenação, alguns veículos de comunicação têm destacado que a nossa Paixão de Cristo já é a segunda mais famosa do país, depois é claro da encenada em Nova Jerusalém”.

Figurantes

Ainda há tempo para as pessoas que quiserem participar da encenação. É só comparecer aos ensaios, que estão acontecendo no prédio do antigo Fórum, durante todas as noites que antecedem o evento. A Paixão de Cristo conta com, aproximadamente, 200 pessoas, entre atores, figurantes e técnicos. A produção é da Cia. do Mar Atividades Artísticas, patrocinada pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart).

A apresentação
O diretor da encenação, Bado Todão afirma que, ao longo desses 18 anos, sempre tentou introduzir alguns elementos novos na representação, sem, no entanto, descaracterizar a história. “Muito pouco pode se mudar na dramaturgia, pois os evangelhos que alicerçam o texto são muito definidos. Acho arriscado inventar, porque o público é tradicionalista. Mas, ainda assim, sempre há novidades. Para este ano, estou apostando no cinema, com introdução de imagens de vídeo, substituindo a cenografia naturalista e dando suporte dramático a algumas cenas.”

Paixão de Cristo em outros locais
A encenação da Paixão de Cristo acontecerá também nas Ruínas da Lagoinha, região Sul do Município, no dia 21, a partir 20h30. No Ipiranguinha, a apresentação acontecerá, no dia 20, às 21h, em frente à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. (Fonte: Assessoria de Comunicação – PMU/Cia do Mar)
Fonte: Assessoria de Comunicação - PMU

terça-feira, 18 de março de 2008

PROCISSÃO DO FOGARÉU EM UBATUBA...






Uma das mais tradicionais manifestações religiosas do Brasil, sendo ela introduzida em meados do século 18, mais precisamente no estado de Goiás.


Hoje restam pouquíssimas cidades que resistem a essa tradição e Ubatuba num ato de resgatar esta manifestação a qual havia se perdido desde 1954, no ano de 2006 retomando graças às pesquisas realizadas pelo geógrafo e professor Rogério Estevenel e apoio incondicional dos Franciscanos Menores conventuais e Guarda Mirim de Ubatuba; impressionando os fiéis que lotaram a igreja Matriz.


A celebração, que dá continuidade a uma tradição de pouco mais de 200 anos, consiste em encenar as principais passagens bíblicas que antecedem a crucificação, nela, os farricocos, homens encapuzados com mortalhas em negro e roxo, carregam tochas acesas, representando o caminho dos romanos até o momento da prisão de Cristo.

A cerimônia é rica em detalhes e beleza plástica. As figuras encapuzadas remontam as cerimônias espanholas, mais especificamente às de Toledo, Sevilha e ao período da Inquisição. A escuridão, as tochas, a rapidez, os encapuzados, o som das matracas que simbolizam as chicotadas em Jesus, o trote dos cavalos que são feitos por cascas de coco criam um clima medieval assustador e excitante de beleza ímpar.

Em Ubatuba essa tradição era muito conhecida e era desenvolvida pela Irmandade do Senhor dos Passos (hoje também extinta) por enquanto!!!), que em noite de Quinta-feira Santa percorriam as ruas da cidade ao som de numerosas matracas, tochas carregando um belíssimo estandarte de Nosso Senhor preso e o baldaquino com as hóstias a serem depositadas no altar do sepulcro após a procissão. Hoje apenas os moradores mais antigos se lembram desta procissão, a qual foi muito aguardada o ano passado.

A retomada desta tradição trouxe de volta uma proposta nova de resgatar e valorizar as nossas manifestações religiosas e a expectativa se repete este ano.





QUINTA FEIRA SANTA

20 DE MARÇO DE 2008

LOCAL: PRAÇA SANTOS DUMONT

(AO LADO DO AQUÁRIO)

HORÁRIO: 21:15h

ITINERÁRIO PELAS AREIAS DA PRAIA DO CRUZEIRO RUMO A MATRIZ

FÉ, TRADIÇÃO E RESGATE

PARTICIPEM



FONTE : Rogério Estevenel de Oliveira

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ubatuba: Terra de Tradição

Ubatuba - Ubatuba é uma cidade com muitas riquezas naturais e culturais, mas atualmente sua história está sendo esquecida e sua tradição sendo deixada para trás na vida dos caiçaras mais recentes.
Antigamente eram conhecidos como caiçaras as pessoas que viviam da pesca. Hoje toda a população que habita o litoral é também chamada de caiçara. De acordo com o historiador, Euclides Vigneron, mesmo a palavra caiçara sendo generalizada, o verdadeiro caiçara é aquele que ainda mora na beira da praia e tira seu sustento somente da pesca. Porem o verdadeiro pescador é algo que está cada vez mais difícil de se encontrar.
Mesmo com toda essa escassez não só de peixe, mas também do seu principal agente, o pescador, ainda existem muitos moradores vivendo na beira do mar, pescando com sua canoa e tirando o seu sustento da pesca, como Euzébio Higino de Oliveira, mais conhecido como Gino, que vive da pesca desde que nasceu.
Gino, mora em uma das praias mais ricas de vegetação: a praia da Barra Seca. Na praia existem vários tipos de ecossistemas da vegetação da Mata Atlântica, como a vegetação das praias, da restinga e do manguezal.
Com a evolução de novos tipos de pesca e de seus materiais, veio junto a pesca predatória, que fez com que a falta de peixes ficasse grande no município, forçando a população a transpor peixes de Santos e Santa Catarina. Esse foi o motivo principal que levou Gino a procurar outro meio de subsistência para complementar sua renda, que foi a maricultura. Gino, hoje tem uma fazenda de mexilão na praia. "Meu pai me ensinou a cultivar e a tirar marisco, mas a gente tirava só pra comer, não era pra vender como hoje", diz Gino.
Hoje o turismo é a principal atividade econômica do município. Mesmo com suas tradições um pouco apagadas pelo tempo, podemos dizer que Ubatuba ainda é conhecida por sua beleza e por seu povo caiçara, que como Gino, ainda luta pela pesca e continua se aprimorando, esse é o verdadeiro pescador, que conhece a maré, o tempo e o peixe, sem precisar de estudo.

O ESPETÁCULO : PAIXÃO DE CRISTO COMPLETO 18 ANOS EM UBATUBA





Neste ano, o evento contará com inovações tecnológicas, como a introdução de cenas cinematográficas, que enriquecerão o cenário e darão suporte dramático


Encenação da Paixão de Cristo

A encenação da Paixão de Cristo na cidade de Ubatuba, que ao longo de 18 anos vem surpreendendo e emocionando milhares de pessoas, será realizada na próxima sexta-feira, dia 21, a partir das 21 horas. O espetáculo Paixão de Cristo terá início na Praça de Eventos da Avenida Iperoig, onde serão estruturados espaços cênicos para a representação.

Ainda há tempo para as pessoas que quiserem participar da encenação. É só comparecer aos ensaios, que estão acontecendo no prédio do antigo Fórum, durante todas as noites que antecedem o evento. A Paixão de Cristo conta com, aproximadamente, 200 pessoas, entre atores, figurantes e técnicos. A produção é da Cia. do Mar Atividades Artísticas, patrocinada pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart).

A apresentação
Na Praça de Eventos, serão representadas diversas cenas, desde o nascimento de Cristo até a condenação de Jesus por Pilatos, em vários pontos fixos. A Via Crucis se alongará pela Avenida até o Morro da Prainha, onde acontecerão as cenas apoteóticas da Crucificação e Ressurreição de Cristo.

O diretor da encenação, Bado Todão afirma que, ao longo desses 18 anos, sempre tentou introduzir alguns elementos novos na representação, sem, no entanto, descaracterizar a história. “Muito pouco pode se mudar na dramaturgia, pois os evangelhos que alicerçam o texto são muito definidos. Acho arriscado inventar, porque o público é tradicionalista. Mas, ainda assim, sempre há novidades. Para este ano, estou apostando no cinema, com introdução de imagens de vídeo, substituindo a cenografia naturalista e dando suporte dramático a algumas cenas.”

Paixão de Cristo em outros locais
A encenação da Paixão de Cristo acontecerá também nas Ruínas da Lagoinha, região Sul do Município, no dia 21, a partir 20h30. No Ipiranguinha, a apresentação acontecerá, no dia 20, às 21h, em frente à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.(Fonte: Assessoria de Comunicação – PMU/Cia do Mar).


Fonte: Assessoria de Comunicação - PMU

sexta-feira, 14 de março de 2008

Município firma acordo para promover intercâmbio cultural com São José dos Campos

Ubatuba - Nessa última terça-feira, a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba e a Fundação “Cassiano Ricardo” realizaram um encontro, com o objetivo de estreitar as relações voltadas para a troca de experiências e intensificar o intercâmbio cultural entre Ubatuba e São José dos Campos.
A história irá ajudar muito na construção desta parceria, já que a Fundart foi criada em 1987 tomando como modelo, justamente, a “Cassiano Ricardo”, que hoje armazena grande experiência, além de atuar intensamente na área cultural da maior cidade da região do Vale do Paraíba e do Litoral Norte, onde é reconhecida por todos os trabalhos no setor.
Aproveitando o laço do passado recente, a Fundação Ubatubense buscou subsídios para atualizar o atual regimento interno da casa, cujo próprio presidente da Fundart, admitiu precisar de mudanças. Com a parte teórica sendo alinhada, os trabalhos de integração já terão inicio na prática.
A Oficina de Dança da Fundart estará participando do 19º Festidança de São José, além também do Revelando São José (preliminar do Revelando São Paulo), realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e ainda o Abaçaí Cultura e Arte, quando produtos de nossa cultura tradicional serão mostrados no grande evento da cultura de raiz do Vale e Litoral Norte.
“A iniciativa se faz necessária e visa fomentar nossas manifestações culturais, dando-lhes ainda maior visibilidade” assegurou o presidente da Fundart, Pedro Paulo.


(Fonte: Imprensa Livre)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba

Fundart e Fundação Cassiano Ricardo



Nessa última terça-feira a Fundart – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba e a Fundação “Cassiano Ricardo” mantiveram, na sede desta última, um encontro cujo objetivo visa o estreitamento de relações voltadas para a troca de experiências, bem como para o planejamento de intercâmbio cultural.

Recebidos pela presidente Antonia Varoto, pelo Diretor Cultural, pelo Assessor Jurídico e pela Diretora Administrativa, a Fundart se fez representar pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria Executiva. Inicialmente fomos buscar subsídios para orientar a atualização do Regimento Interno e Estatutos, carentes de mudanças.

A Fundart foi criada em 1987 tomando como modelo a “Cassiano Ricardo”, que hoje armazena grande experiência, além de atuar intensamente na área cultural da maior cidade da região do Vale do Paraíba e do Litoral Norte, com destacada presença.



Intercâmbio Cultural
Outro ponto do encontro, Fundart e Fundação “Cassiano Ricardo”, esteve ligado à materialização de intercâmbio cultural entre São José dos Campos e Ubatuba.

Inicialmente, a Oficina de Dança da Fundart estará participando do 19º Festidança (Festival de Ballet) de São José, em maio próximo e do Revelando São José (preliminar do Revelando São Paulo), realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e Abaçaí Cultura e Arte, quando produtos de nossa cultura tradicional serão mostrados no grande evento da cultura de raiz do Vale e Litoral Norte.

“A iniciativa se faz necessária e visa fomentar nossas manifestações culturais, dando-lhes ainda maior visibilidade” assegurou o presidente da Fundart, Pedro Paulo.



Artes Plásticas – Ubatuba ganha prêmio em Araras



O artista plástico Costa Simões recebeu o Prêmio Casa da Cultura de Araras pelo Conjunto da Obra, no LXI Salão de Artes Plásticas daquela cidade, enquanto Carlos Torralbo, Wladimir Ferreira Silva, Celso de Siqueira Cardoso e Rosemara Coelho Silva foram selecionados para participação no referido salão.

A Fundart se congratula com o Grupo Setorial de Artes Plásticas e com os artistas, em particular, pelo feito.



Homenagem à Mulher reuniu grande público



No último dia 08, sábado, a Fundart, com o Grupo Setorial de Artes Plásticas e o Grupo Setorial de Música homenageou o Dia Internacional da Mulher com a abertura de uma exposição e apresentações musicais.

A cantora lírica Mariana Cioromila, que este ano estará desenvolvendo curso de canto na Fundart, foi amplamente aplaudida pelo público que superlotou o Auditório Fundart. Sua performance demonstrou fina técnica. A mezzo-soprano é de nacionalidade romena, tem invejável currículo internacional e está radicada em Ubatuba.


Silmara Retti
Outro destaque foi o lançamento do livro: Flash – Você sabe o que eu tenho? – de Silmara Retti, pela Parêntese Editora. O Grupo Canoá foi também atração que contou com um público entusiasta.



Oficina de Judas


Dias 17, 18 e 19 próximos, Julinho Mendes, do Grupo Guaruçá, estará desenvolvendo, pela Fundart, oficinas de confecção de bonecos de Judas, cuja malhação ocorre na Semana Santa. As inscrições estão abertas na Fundart. Pelos telefones (12) 38337000 e 38337001 você poderá obter maiores informações.



Ubatuba e Campinas já são parceiros culturais


A Câmara Municipal de Ubatuba aprovou nessa última terça-feira o Projeto de Lei nº 03/08, do Executivo, que autoriza o Poder Executivo a reconhecer oficialmente o título de “Cidades Irmãs”, atribuido aos Municípios de Ubatuba e Campinas.

De outro lado, a Câmara Municipal de Campinas já aprovou projeto no mesmo sentido. Com isso, oficialmente, a Prefeitura de Campinas está habilitada a estabelecer, legalmente, intercâmbio cultural com a Prefeitura de Ubatuba, que será representada pela Fundart.

Em reunião realizada com o prefeito de Ubatuba e o presidente da Fundart, com representantes da Secretaria da Cultura de Campinas foram iniciadas as tratativas que prosseguiram, a ponto de hoje já terem havido reuniões, na Fundart. Brevemente poderemos dar início, na prática, ações nesse sentido.

“Quando buscamos estabelecer um relacionamento maior com outros municípios, através da celebração oficial de compromissos estabelecidos oficialmente, através de projetos de leis que instituem o título de ‘Cidades Irmãs’, o que fazemos é a facilitação de contribuições mútuas entre cidades, quando todos ganham”, afirmou o prefeito Eduardo Cesar, de Ubatuba.

Tanto o prefeito quanto o presidente da Fundart lembraram a importância do papel da Câmara Municipal acolhendo essa idéia que ganha destaque na atual administração municipal, quando alguns municípios ficaram contemplados, recentemente. Pirassununga, também foi aprovada, na última seção do Legislativo, como “Cidade Irmã” de Ubatuba.



Recitais Pedagógicos


Os Recitais Pedagógicos fazem parte de projeto da Sociedade Lira “Padre Anchieta” e vêm sendo praticados em parceria com a Fundart. É uma prática que visa o conhecimento de música, pelos alunos da rede pública de ensino, através de apresentações musicais e orientação teórica por parte dos próprios músicos.

Considerando a importância do projeto, a Fundart se reuniu recentemente com o Secretário da Educação, Arnaldo da Silva Alves, e ficou acertado que medidas que possam assegurar a revitalização do citado projeto e que serão tomadas em comum acordo entre a Fundart, Secretaria da Educação, Sociedade Lira “Padre Anchieta” e o Grupo Setorial de Música. A idéia é atingir o maior número possível de estudantes da rede pública de ensino, bem como desenvolver ainda mais sua qualidade e alcance, para um projeto que tem agradado muito a clientela estudantil.

Programação Cultural:



15 – Sábado

20h00 – Sarau Caiçara

Auditório da Fundart

20h30 - Banda na Praça - Banda Sinfônica Lira “Padre Anchieta”

Praça Exaltação à Santa Cruz



17, 18 e 19 – Segunda, Terça e Quarta-feira

15h00 - Oficina de Construção de Boneco de Judas

Sobradão do Porto



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quarta-feira, 12 de março de 2008

Livro "Ubatuba , espaço , memória e cultura " - 16 ª parte




3. RUÍNAS DA LAGOINHA

Localização

As Ruínas da Lagoinha estão localizadas ao sul, a 23,9 km do Centro de Ubatuba e a 1 km de estrada de terra à direita do bairro da Lagoinha, próximo ao km 72, da rodovia Rio – Santos, mais especificamente na antiga Fazenda Bom Retiro.





Horário de funcionamento

Como se trata de um atrativo a céu aberto, integrando-se com a natureza local, as Ruínas da Lagoinha estão abertas para visitação daqueles interessados neste tipo de atrativo histórico cultural.

As Ruínas da Lagoinha guardam uma história rica em acontecimentos, de prosperidade, desenvolvimento, riquezas, sofrimento, e acima de tudo, de muita sensibilidade a respeito da luta de interesses. Muitos personagens, figuras e nomes que escreveram suas histórias nas terras deste bairro, hoje, chamado de Lagoinha, remanescentes de uma Ubatuba próspera, lutaram desde o início pelo nobre princípio da sobrevivência no contexto do Brasil colonial. Uma época em que a cidade avançava em direção ao progresso por meio do seu porto, onde negociações de exportação dos produtos como aguardente, açúcar mascavo, milho fumo e outros faziam deste atrativo o palco, não só de Ubatuba como também do Vale do Paraíba.

O precursor nestas terras que abrange toda uma enorme área de matas e praias, incluindo a Maranduba e Sapé foi o engenheiro francês João Agostinho Stevenné. No início do século XIX, criou na Lagoinha um engenho de açúcar e uma grande fazenda modelo, a Fazenda Bom Retiro, com o intuito de ensinar novas técnicas na fabricação do produto e a introdução e propagação de carneiros merinos para a produção de carvão animal. Mas com a evolução de técnicas na área da agricultura a fazenda entra em decadência no ano de 1850.

Um dos mais importantes proprietários destas terras e da Fazenda Bom Retiro, no final do século XIX, foi o bom Capitão Romualdo. Admirado por muitos e, principalmente, por seus escravos negros até a abolição acontecer. Segundo relatos históricos, mesmo depois da abolição da escravatura os ex-escravos ficaram do seu lado por gratidão e amizade, como empregados, até o falecimento do Capitão.

“Solar do Capitão Romualdo”, assim era conhecida a Fazenda Bom Retiro na época de seu maior esplendor. Moravam neste sitio, ele e sua esposa de nome Mariana, não tiveram filhos, talvez por isso, tratavam a todos seus empregados como verdadeiros parentes, sem distinção nenhuma. A humanidade deste fazendeiro era tanta, segundo contam testemunhas, que até nas refeições, seus escravos faziam parte da mesa principal tendo a preocupação de alimentar primeiro as crianças.

Dono de enorme propriedade, o capitão tinha em suas terras grande cultivo de café e cana-de-açúcar. Também exportava os produtos que cultivava e fabricava como o açúcar mascavo e a aguardente. No caso da aguardente, o capitão, segundo relatos, foi o precursor do que viria a ser a primeira fábrica de vidros do Brasil para embalar este produto alcoólico, iniciando a construção da fábrica, no local onde hoje existem 3 pilares da provável construção, este dado não é comprovado nem mesmo pela existência das colunas até hoje levantadas no local . Infelizmente a história do Solar do bondoso capitão e da prosperidade do local, a Fazenda Bom Retiro, termina com sua morte e a loucura de sua esposa ao não suportar a partida. Com este acontecimento, seus empregados, ex-escravos, amigos e queridos pelo capitão partem abandonando o local.

A Fazenda, esquecida por muitos anos e abandonada ao devir do tempo e da modernidade, hoje se transformou naturalmente em as “Ruínas da Lagoinha”. O antigo engenho e o aqueduto que mantém uma roda d’água fazem parte juntamente de um conjunto arquitetônico: edifício todo construído em base de argila, óleo de animais do mar, areia de praia com pedras simétricas e conchas, suas janelas de formas arredondadas e portas muito grandes, tudo muito criativo da antiga engenharia que sustenta até hoje o lugar.

As ruínas da Lagoinha, hoje tombada como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico do Estado de São Paulo - em 16/12/1985, é um dos principais patrimônios de Ubatuba de grande importância para a preservação da memória nacional. O maior responsável pela restauração e recuperação das ruínas da Lagoinha foi o francês radicado no Brasil há anos, Guy-Christian Collet, em um trabalho árduo de 4 meses e ,sozinho, conseguiu o apoio da Prefeitura local para a restauração do local. Com a atuação da Sociedade Amigos da Lagoinha conseguiu reativar o processo de tombamento que foi efetivamente reconhecida pelo Estado de um grande valor cultural.

É importante ressaltar o presente dado à cidade de Ubatuba pelo casal Jamil Zantut e Banedicta Corrêa Zantut. Uma doação à FUNDART – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba - do terreno onde estão as ruínas da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha. Da mesma forma, se faz também importante ressaltar o drama ocorrido no ano de 1997, quando o terreno das ruínas, quase foi leiloado e vendido, e que o possível comprador poderia ter derrubado a antiga construção. A FUNDART, endividada por falta de recolhimento de INSS da empresa e FGTS de seus funcionários, quase perdeu este importante marco da cultura ubatubense. Mas uma renegociação da dívida entre a nova diretoria da FUNDART e a Prefeitura, pôs fim a este pesadelo e garantiu a manutenção deste cenário histórico - cultural.

ACOMPANHE A CONTINUAÇÃO ( 17 ª PARTE DO lIVRO Ubatuba. espaço, memória e cultura, Dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fosneca , edição de 2005, no próximo dia 11 de março de 2008, nesta página).

O Livro acima pode ser encontrado na Biblioteca Municipal de Ubatuba.

segunda-feira, 10 de março de 2008

VOCÊ ACESSOU A NOVA PÁGINA " HITSÓRIA & CULTURA " do site " O Caiçara"

Esta página agora conta comas última notícais sobre História e Cultura Caiçra, veja agora aqui as últimas notícias sobre teatro, musica, dança,agenda cultural de Ubatuba e outras matérias especiais , tais como a publicação por capitulo do Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura", dos autores Juan drouguet e Jorge Otávio Fonseca, sobre o livro nova atualização no dia 12/03/08, aqui no HISTÓRIA & CULTURA.

SEJA BEM VINDO...

PAIXÃO DE CRISTO EM UBATUBA, VAI TER?


O maior espetáculo teatral de rua da região

Ubatuba - Sim vai ter! Ainda que apertados os dias de produção, a encenação que há dezoito anos vem emocionando milhares de pessoas na cidade de Ubatuba, como de praxe, reserva algumas novidades. Todo ano o diretor Bado Todão estabelece algumas novidades técnicas e estéticas para a montagem e diz: "Neste ano esperamos mudar conceitualmente a cenografia e ambientação, atualizando a linguagem visual, e localizando a encenação no universo tecnológico e digital, com projeções de vídeo e imagens ilustrando as cenas. A minha vontade é sempre ousar artisticamente, mas infelizmente, por conta do tempo de produção do evento e a nossa realidade orçamentária, me privo de maiores viagens. Mas acho que neste ano, consertando alguns problemas técnicos do ano passado, se Deus quiser, faremos um belo espetáculo"
A encenação que há três anos vem sendo produzida e executada pela empresa Cia do Mar Atividades Artísticas, conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Ubatuba e apoio da FUNDART.
O Prefeito Eduardo César garantiu a viabilização do evento e o seu apoio direto, visto que acha de suma importância para a cidade esta tradicional encenação: "Não podemos deixar de fazer a Paixão de Cristo. Isso é uma cobrança e uma conquista do povo de Ubatuba." Diz o prefeito.
A oficina e ensaios da Paixão de Cristo acontecerão no prédio do antigo Fórum, na Praça Nóbrega, no centro da cidade, a partir do dia 10 de março.
Quem quiser pode participar no elenco de apoio e figuração e cada participante ganhará uma camiseta promocional dos 18 anos da Paixão de Cristo em Ubatuba.
Informações pelo telefone: (12) 3833 2873 ou 9146 3516

sexta-feira, 7 de março de 2008

PROGRAMAÇÃO DA FUNDART ...Ubatuba , 07 de março de 2008

Hoje tem “Arrelá Ubatuba” e Neide Palumbo


Nesta sexta-feira às 20h30, haverá o lançamento do livro de Fátima de Souza, “Arrelá Ubatuba”, coletânea de crônicas que hoje vem à público na Pizzaria Bucaneiros que abre espaço para manifestações culturais.

No programa também a presença de Neide Palumbo de São Sebastião, festejada “contadora de histórias” caiçaras, que retorna à Ubatuba. Um bom programa para esta sexta-feira à noite.


Mulher ganha programação cultural especial no seu dia


A Fundart elaborou uma programação especial para o dia 08 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. As comemorações acontecerão no Sobradão do Porto. Às 20h00 haverá abertura da exposição de artistas plásticos de Ubatuba cujo tema enfocará a mulher. Na seqüência, mulheres de Ubatuba ligadas à arte e a cultura declamarão poesias. Às 21h00 a escritora ubatubense Silmara Retti lançará o seu livro “Flash – Você sabe o que eu tenho?”. E finalizando a programação, às 21h30, a cantora mezzo-soprano Mariana Cioromila fará a sua apresentação. Em seguida ainda haverá as apresentações dos grupos Canoá, Afro Mulheres e do conjunto instrumental feminino Saia Justa.

"Flash – Você sabe o que eu tenho?"– A escritora Silmara Torres Retti diz que o termo flash utilizado no livro significa a visibilidade, os holofotes voltados para a pessoa que tem a Aids. “Para fugir da discriminação, muitas pessoas se esquivam, vivem no submundo. O livro tem como pano de fundo, um romance, e é uma auto-ajuda para resgatar a auto-estima e vencer o próprio preconceito, porque as pessoas sempre pensam: Aids não é para mim, só acontece com os outros, mas uma única relação sexual pode fazer acontecer”, explica Silmara. O livro está sendo lançado pela editora Parêntese e pode ser adquirido na livraria Nobel ou pelos sites www.parentese.com.br e www.livrariacultural.com.br.



Programação Cultural da Fundart de cara nova


A Fundart inaugura neste março nova programação cultural, agora em novo formato e colorido. A boa nova só foi possível graças ao apoio cultural de: Center Tudo Espaço da Arte; Pistache Gelateria; Restaurante Bardolino; Restaurante O Rei do Peixe; Bucaneiros Pizzaria; Associação Comercial e Prefeitura Municipal de Ubatuba.

A Fundart agradece a todos pelo apoio e pela participação na divulgação da arte e da cultura em Ubatuba. Neste mês a homenagem é para o Dia Internacional da Mulher.



Fundart apóia a Santa Casa


No próximo 14 de março, sexta-feira, no Restaurante Oásis a Santa Casa estará promovendo jantar para arrecadar fundos para a nossa Santa Casa. A Fundart participa do apoio cultural que também é assinado pelo Sexteto Caiçara, ABAU – Associação de Belas Artes de Ubatuba, AREUBA – Associação dos Restaurantes de Ubatuba, Associação Comercial, O Rei do Peixe e Oásis Restaurante.



“Culinária Caiçara” no Festival Gastronômico em agosto




O livro Culinária Caiçara, da Dialeto Latin American Documentary, foi lançado em Paraty no último sábado com a presença de seus autores: Vito D’Alessio (fotógrafo), Ana Bueno (chef de cozinha) e Antonio Carlos Diegues (antropólogo).

O livro é resultado de pesquisa sobre a culinária caiçara “que possui um requinte autêntico que não passa, fundamentalmente, pela alquimia e pelo paladar, mas pela possibilidade de lidar com ingredientes frescos obtidos na pesca, caça ou roça, extraindo da natureza e de todos os seus ciclos o essencial para manter uma vida simples e aconchegante no litoral sul e sudeste do Brasil. É nesta sábia simplicidade que reside o grande diferencial da cozinha caiçara.”

Em agosto deveremos promover em Ubatuba, o lançamento do livro “Culinária Caiçara”, quando do Festival Gastronômico.



Fundart na Secretaria da Cultura


Na última terça-feira a Fundart se fez representar na Secretaria de Estado da Cultura tratando de questões ligadas à nossa cultura, tais como: participação de Ubatuba no Circuito Cultural Paulista, Projetos de Oficinas Culturais, Festivais, Incentivo à Biblioteca, etc.

O encontro foi na Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural com Aurélio Uncini, responsável pela referida unidade.

Teatro na Pizzaria Bucaneiros


A Pizzaria Bucaneiros apresentou a peça Um Caso por Acaso, na última terça-feira com apoio cultural da Fundart e da Prefeitura Municipal.

“Iniciativas como essa são bem vindas, pois diversificam a divulgação de arte e cultura no município. Outros nomes da gastronomia de Ubatuba também apoiaram o evento que teve um bom público”, acentuou o presidente da Fundart, Pedro Paulo.



Relatórios dos Grupos Setoriais


A partir desta semana estaremos apresentando relatório de atividades dos Grupos Setoriais da Fundart.



Relação de feitos do Grupo Setorial de Fotografia, Cinema e Vídeo – 2007

Coordenador: Flávio Pizzuto

Suplente: Fábio Amaro



I. Aquisição de Material para filmagem: através de várias viagens para São Paulo, Capital, fizemos levantamento de preços, qualidade do material e possíveis custos de manutenção que resultaram na aquisição de uma filmadora de cunho profissional que se encontra devidamente registrada nos acervos da Fundart.

II. Primeira Semana de Fotografia na Fundart realizamos com o apoio de outros grupos setoriais da Fundart a 1ª Semana de Fotografia que resultou em sucesso de público, destacando-se também pela qualidade e quantidade do material de fotógrafos amadores e profissionais de Ubatuba.
III. Participamos com vários trabalhos de fotógrafos, relativos ao tema do negro/quilombola de Ubatuba na Semana da Consciência Negra de Ubatuba, realizada entre os dias 16 e 24 de novembro.

IV. Participamos da amostra de fotografias realizada na Secretaria de Educação através do resultado das oficinas realizadas pelo Sr. Wiliam Costa junto a vários alunos da Rede Municipal de Ensino, através do Projeto “Fotografia com câmera de latinha”.



Programação de Final de Semana


08 – Sábado


20h00 – Exposição de Artes Plásticas – Dia Internacional da Mulher

Salão de Exposições da Fundart

20h30 - Poesias - Dia Internacional da Mulher

Auditório Fundart

21h00 - Lançamento do Livro "Flash - Você sabe o que eu tenho?” de Silmara Retti

Auditório Fundart

21h30 - Apresentação da Cantora Lírica Mariana Cioromilla, Grupo Canoá, Grupo Afro Mulheres, Conjunto Instrumental Feminino

Auditório Fundart

FONTE : www.fundart.com.br

MATÉRIA ESPECIAL : Ruinas do Ipiranguinha



Ruínas do Ipiranguinha

Construção datada do século XIX, as Ruínas do Ipiranguinha foram construídas com argila, areia da praia, óleo de baleia e conchas que dão liga e que sustentam as gigantes pedras que estão sobrepostas.



Construção datada do século XIX, as Ruínas do Ipiranguinha foram construídas com argila, areia da praia, óleo de baleia e conchas que dão liga e que sustentam as gigantes pedras que estão sobrepostas.



Há dois caminhos de acesso as Ruínas sendo a primeira que inicia no Km 89 da Rodovia Oswaldo Cruz no bairro dos Macacos. A outra, para quem gosta de uma boa caminhada, inicia atrás do bar da Cachoeira do Ipiranguinha por uma trilha íngrime, mas com uma natureza vasta e colorida, podendo ser percorrida também por adeptos do moutain bike e motociclistas.



Essas ruínas serviram de senzala para o tráfico de escravos do Vale do Paraíba, podendo ser observado atualmente um grande salão que teria sido um porão, e um longo muro que ostentava um aqueduto.



As Ruínas estão localizadas à beira da Cachoeira do Ipiranguinha e estão protegidas por um gigante muro de arrimo construído a partir das próprias pedras que beiram o rio. Parecem ter sido construídas estrategicamente, pois o som das águas com uma queda de 7 metros de altura, abafam qualquer possível barulho humano.



Venha conferir toda essa maravilha que encontra-se no emaranhado da Mata Atlântica e sua história fascinante.


FONTE : http://www.guiadoturista.net/cidades/modelo1/guiadepasseios/info_passeio.asp?id_passeio=57&cidade=5300

quarta-feira, 5 de março de 2008

UBATUBA, ESPAÇO , MEMÓRIA E CULTURA ....Confira a 15 ª Parte

2. CADEIA VELHA - MUSEU HISTÓRICO

Localização

O edifício da antiga Cadeia Velha e atual Museu Histórico de Ubatuba está localizado bem no centro da cidade, na Praça Nóbrega, próximo ao Municipal.

Horário de funcionamento

De terça à sexta-feira, das 9 às 12 h, e das 13 às 17 h. Aos sábados, das 11 às 17h.

A Cadeia Velha, hoje museu histórico de Ubatuba homenageia a um dos mais importantes historiadores da cidade, Washington de Oliveira . Por meio da Lei 2092 de 16/10/2001, na gestão do Prefeito Paulo Ramos, modifica-se o nome do museu em homenagem a este insigne escritor. Foi a primeira cadeia do município definida como um edifício público cujo objetivo é proteger a população local dos transgressores da lei que impedem o progresso e a evolução ética dos seus moradores.

O prédio da Cadeia Velha de Ubatuba guarda momentos importantes da história cívica da cidade, transformando-o em um patrimônio histórico cultural de importante grandeza a ser preservado.

Segundo as palavras de Washington de Oliveira, os elementos básicos para a promoção de uma pequena aldeia à categoria de Vila são: o recenseamento populacional, a construção de uma câmara, de uma cadeia e de uma Igreja. Tais quesitos transformaram a antiga Aldeia de Iperoig em Vila no ano de 1637, pelo governador geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, denominado-a “Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba”.

Assim, a história da Cadeia Velha iniciou-se com transformações importantes na utilização do seu espaço desde o primeiro momento, era para ser uma estação ferroviária que nunca foi utilizada.

A Cadeia Velha foi considerada a primeira construção de linhas modernas na cidade de Ubatuba, nos primórdios do século XX, iniciando-se a sua construção em 1901 e finalizado em 1902. O projeto de reforma foi realizado por Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, que além de engenheiro era militar, jornalista, escritor e autor de Os Sertões (1902), marco da literatura brasileira. A obra de construção foi executada pelo português Silva - primeiro nome desconhecido- construtor e por Manuel Sapão, mestre pedreiro.

Funcionando nas primeiras décadas do século XX, a Cadeia Velha alojava aqueles que transgrediam “as leis e a ordem” do local, caiçaras bêbados, brigões e presos que eram depois levados ao presídio da Ilha Anchieta. A Cadeia Velha funcionou até o ano de 1972, transferindo-se para uma nova sede, mais ampla, à Rua Professor Thomaz Galhardo devido ao aumento de delinqüentes e detentos no decorrer do progresso da cidade.

Novamente, a Cadeia Velha passa por mais uma reforma deixando de ser uma sede para cárceres, passando suas instalações a serem ocupados por órgãos e instituições como o Centro Municipal de Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo, entre os anos de 1977 e 1982. Pela Companhia Estadual de Tratamento de Esgoto e Saneamento Básico – SETESB, entre 1984 a 2000. Depois e até os dias de hoje passou então a sediar as dependências do atual Museu Histórico “Washington de Oliveira”.

Todo museu serve para manter viva a memória de uma cultura. Assim o atual museu, através de um acervo de peças indígenas, do período da colonização portuguesa, de imigração francesa e holandesa e do surgimento da cultura autóctone caiçara, além de apresentar objetos de produção artística, é um referencial de preservação da história local.

O primeiro Museu Regional de Ubatuba foi fundado pelo então prefeito Francisco Matarazzo Sobrinho, através do Decreto 25 de 23/11/1966. O historiador da época o senhor Paulo Camilher Florençano, e outros ilustres cidadãos de Ubatuba como Mello Garcia Migliani, Alcir José Quaglio, Luiz Ernesto Kawall e o artista plástico José Vicente Dória da Motta Macedo foram os gestores deste museu, montado nos porões da Câmara Municipal no ano de 1968.

Em 1987, as instalações do museu precisaram mudar de sede devido a má conservação do acervo museológico, o local era muito úmido gerando fungos, bactérias, cupins, comprometendo assim todo o acervo. Desta forma, o museu passou a ser abrigado no andar térreo do Sobradão do Porto – Fundação de Arte e Cultural de Ubatuba – FUNDART, um patrimônio histórico tombado pela superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN ou IPHAN e pelo CONDEPHAAT.

Não oficialmente, o museu passou a chamar-se Museu Hans Staden. Sua visitação foi suspensa depois de um ano por problemas, novamente estruturais do seu acervo e do próprio edifício da FUNDART que teve a sua restauração parada por motivos políticos e administrativos do governo federal da época, o que ocasionou a falta de verba.

Desde 24 de Julho de 2001, a cidade de Ubatuba tem seu museu histórico, montado e reestruturado na atual sede: a Cadeia Velha que passou definitivamente a sediar o Museu Histórico Washington de Oliveira.

Em seu acervo pré-colonial conserva vestígios do início da colonização no Brasil como a Confederação dos Tamoios e a Paz de Iperoig, que estaremos descrevendo detalhadamente no próximo capítulo deste livro. Este mesmo acervo, contém importantes peças arqueológicas dos sítios do Itaguá e Tenório, mostrando traços do antigo caiçara, costumes como a pesca, utensílios, objetos peculiares da época. A Fundação da Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba tem suas referências históricas lá inscritas, e também o museu mostra a história dos antigos fazendeiros, dos ciclos do café e da cana-de-açúcar, utensílios e vestígios das Ruínas da Lagoinha, documentos do início da imprensa no final do século XIX.

Homenagens a várias figuras importantes da história de Ubatuba são preservadas como: Manuel Baltazar de Cunha Fortes, Félix Guisard, Gastão Madeira, Idalina Graça, “Ciccillo” Matarazzo, entre outros, o acervo do historiador Washington de Oliveira é conservado na sua integridade. Foram pessoas estas que ajudaram a construir a história da cidade através da sua atuação que trouxe benefícios ao desenvolvimento econômico, político, social e artístico de Ubatuba.

Infelizmente, ainda nos dias de hoje, o Museu de Ubatuba passa por problemas de conservação dos seus acervos e do prédio por ser muito antigo. Como já descrito, o acervo museológico sempre se depara com problemas nas dependências que o abrigam e cabe às instâncias do governo e às instituições preocupadas com a cultura empenharem-se no exercício da função de reunir, processar e difundir este importante patrimônio cultural da cidade.

Ressaltamos que um museu é uma instituição permanente sem fins lucrativos e que está ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. Por isso, nada mais justo em prol da preservação do patrimônio e da cultura local que a manutenção seja um compromisso de cidadania.

Um museu não é apenas uma instituição estática, parada no tempo, precisa continuamente ser reestruturado, reorganizado, ampliado. É como uma obra que nunca se acaba, um desafio do tempo que perpassa os limites também do espaço a ser modernizado, atualizado, acompanhando assim a evolução da história humana.

Preservar um patrimônio, e acima de tudo, os materiais expostos que representam a vida indígena e caiçara através dos tempos e das ações de civilidade é, sem dúvida, um ato de amor pelo patrimônio cultural de uma nação e de sua história. Uma paixão em materializar, reunir formas do mundo natural ou da cultura material criada pelo homem durante toda uma trajetória histórica sobre o planeta. Uma das funções mais importantes deste museu é a de conservar a produção dos antepassados, estes materiais ampliam potencialmente um enorme campo de atuação e implicam a proteção e se for preciso a restauração de obras originais, assim como a transferência de informação a outros suportes para salvaguardar o conteúdo intelectual. Neste sentido, deveria existir uma série de medidas encaminhadas pelas políticas públicas e a iniciativa privada, para a criação de condições ambientais idôneas para evitar o deterioro progressivo dos materiais e, por outro lado, a intervenção naqueles casos em que a deteriorização se tem produzido. Estas linhas de atuação, preservação e tratamento das obras do museu de Ubatuba apontam para o fim principal desta instituição na preservação da memória do tempo.


FONTE : Livro " Ubatuba, Espaço , memória e Cultura "
Editado em 2005 - Autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca
Pode ser encontrado na Biblioteca Municipal de Ubatuba,
Praça 13 de maio, 52 - Centro

Próximo capitulo : Dia 12/03/08