sexta-feira, 30 de agosto de 2024

UBATUBA INICIA EM SETEMBRO OBRAS DA REDE ESGOTOS - Ano 1967

 


LINHA AÉREA PARA UBATUBA AOS DOMINIGOS - Ano 1967

 


A PROJETADA FERROVIA ENTRE O VALE DO • PARAIBA E O MAR - SEGUNDA PARTE

 




. . . 145 porque na emprêsa empregara suas últimas economias, enlouqueceu e matou-se. Esta, a versão de Esteves da Silva. Segundo dados constantes de relatórios oficiais, o caso da primeira tentativa para ligar Ubatuba ao Vale do Paraíba foi o que narraremos a seguir. Os cidadãos Charles Bernard e Sebastião Gomes da Silva Belfort obtiveram do Govêrno da Província a concessão de "uma estrada de ferro econômica, por tração animada, de Ubatuba Guaratinguetá, com um ramal a Pindamonhangaba". Lavrado contrato com o Govêrno, em 29 de agôsto de 1874, pela cláusula 3.a deviam os concessionários, no praso de 30 meses, a contar daquela data, organizar a companhia, se não pudessem por si realizar a construção da estrada. Não conseguiram os concessionários até o último dia de fevereiro de 1877 'concretizar a incorporação da companhia e, dêsse mesmo dia em diante, portanto, começou a correr o prazo para o início das obras de construção, prazo êsse que deveria terminarem igual dia de fereveiro de 1879. Nesta última data já estavam os concessionários incursos na cláusula de caducidade Garantias de juros tinham sido concedidas em 20 de março' de 1875, pela Lei n.° 8, lei essa que não alterou os prazos do contrato, acima referido. É verdade que o presidente da Província recusara-se a assinar o contrato da garantia de juros, determinado pela Lei n.° 8. Debalde, porém, pretenderam justificar, com isso.; o não cumprimento dos prazos para construção, uma vez que a garantia de juros somente seria concretizada em relação ao capital empregado em obras que já tivessem sido executadas. Para que a garantia de juros se tornasse efetiva era indispensável que obras fôssem executadas e nelas empregado capital, o que até então não ocorrera. Na verdade, iniciadas as obras, empregado nelas certo capital, continuasse o presidente da Província a se recusar a assinar contrato, poderiam então os concessionários, recorrendo ao poder, judiciário, defender os seus direitos. Nada disso aconteceu. A companhia não foi organizada. As obras não tiveram início. Nada foi feito de concreto. Em vista disso, o Presidente do Estado, em data de 14 de agôsto de 1897, baia xou o Decreto n.° 469, declarando caduco o contrato celebrado em 29 de agôsto de 1874, com Sebastião Gomes da Silva Belfort e Charles Bernard, para a construção de uma ferrovia, "de tração animada", entre Ubatuba e Guaratinguetá. Diz ainda Esteves da Silva que Cox, um engenheiro inglês, ciente do fracassado projeto de construção de uma estrada de fer.; ro entre Ubatuba e o Vale do Paraíba, tratou de por sua própria conta realizar estudos de campo, para resolver a dúvida suscitada de que a Serra do Mar, naquela altura, era infranqueável. E chegou a conclusões diametralmente opostas. A Serra daria passagem, — 146 e boa, na aberta chamada Taquaruçú, aproveitada nos estudos que mais tarde seriam aprovados para a mesma ferrovia. Cox e alguns companheiros, feitos os estudos preliminares, imaginaram, de início, dirigir-se a Londres, a fim de levantar os capitais indispensáveis à construção da estrada. Tal fato ocorreu, entretanto, na mesma ocasião em que a febre de incorporações de companhias, no Brasil, estava prestes a atingir o auge —• o End.- lhamento. Por isso, em vez de procurar obter capitais inglêses, para êles próprios organizarem a companhia, preferiram, por maior prudência, vender os estudos realizados, fato que deu origem à formação da Companhia de Estradas de Ferro Norte de São Paulo. . Não sabemos ao certo como, mas o fato é que êsse negócio da estrada de ferro, entre Taubaté e Ubatuba, acabou indo parar nas mãos de Francisco de Moura Escobar e Vitoriano Eugênio Marcondes Varela. A Lei n.o 3.397, de 24 de novembro de 1888, que fixava a receita do Império para o exercício seguinte, autorizou o govêrno a conceder a garantia de juros de 6%, até o custo máximo de 30 contos por quilômetro, a diversas estradas de ferro, entre elas a de Taubaté a Ubatuba, sendo de 30 anos o prazo máximo da concessão. Questão de dois meses mais tarde, publicou o "Diário Oficial do Império do Brasil", em seu número de 26 de janeiro de 1889, o Decreto n.° 10.150, de 5 de janeiro de 1889, cujo texto declarava: "Concede privilégio e garantia de juros para construção da Estrada de Ferro de Taubaté a Ubatuba na Província de São Paulo. "Atendendo ao que Me requereram o bacharel Francisco de Moura Escobar e Victoriano Eugenio Marcondes Varella, Hei por bem Conceder à companhia que organizarem privilegio para a construcção, uso e gozo de uma estrada de ferro na provincia de São Paulo entre Taubaté e Ubatuba e passando por S. Luiz do Parahytinga, e bem assim a garantia de juros de 6% ao anno sobre o capital que for einpregado na referida estrada, até o máximo de trinta contos (30:000$000), por kilometro nos termos da autorização conferida ao governo no § 1. 0 do art. 7. da lei n. 3397, de 24 de Novembro do anno proximo passado, sob as clausulas que com este baixam assignadas por Antonio da Silva Prado, Senador do Imperio, do Meu Conselho, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas, que assim o tenha entendido e faça executar. Palacio do Rio de Janeiro em 5 de Janeiro de 1889, 68.° da Independencia e do Imperio. Com a rubrica de SUA MAGESTADE o IMPERADOR Antonio da Silva Prado.". 147 Vêm a seguir as cláusulas estipulando as condições sob as quais era concedido o privilégio para a construção, uso e gõzo, pelo prazo de 60 anos, da estrada de ferro entre Taubaté e Ubatuba. Além do privilégio concedia o Govêrno outros favores. Cedia gratuitamente, para o leito da estrada, estações, armazéns e outras obras necessárias, os terrenos devolutos nacionais, e bem assim os comprometidos nas sesmarias e posses; concedia o direito de desapropriar aquêles que, de propriedade particular, fõssem necessários para os mesmos fins; permitia o uso de madeiras e outros materiais existentes nos terrenos devolutos nacionais; concedia preferência, em igualdade de condições, para a lavra de minas na zona privilegiada, bem como para a aquisição de terrenos devolutos existentes à margem da estrada, destinados à venda a imigrantes e colonos, de parceria com o Govêrno, sob determinadas condições. • O Govêrno estipulou um prazo de seis meses, a contar da data do decreto, para que fõsse organizada a companhia que deveria construir e explorar a estrada de ferro, sob pena de caducar a concessão. Outros seis meses para a execução dos estudos definitivos e, aprovados êstes pelo Govêrno, o que deveria ser feito dentro dos 30 dias seguintes à apresentação dos mesmos, obrigar-se-ia a companhia a dar início aos trabalhos de construção dentro de um prazo máximo de 60 dias. Dois anos depois as obras deveriam estar terminadas e em funcionamento a ferrovia. A estrada de ferro seria de bitola de 1 metro, com linha simples, curvas de raio mínimo de 100 mts. e rampas máximas de 3%. Os concessionários puzeram mãos a obra. Foi preciso, porém, que o Govêrno, agora já republicano, a seu pedido, lhes concedesse uma prorrogação dos prazos estipulados no contrato. O Decreto 332, de 12 de abril de 1890 (Diário Oficial da União, de 17 de abril de 1890), aprovou os estudos definitivos, já então terminados, e prorrogou até 31 de dezembro de 1891 os prazos para incorporação da companhia e início dos trabalhos de construção que, pelo contrato, deveriam terminar em 5 de julho de 1889 e 5 de abril de 1890, respectivamente. Organizou-se, então, a Companhia Estrada de Ferro Norte de São Paulo. Afinal, em 28 de setembro de 1890, tudo se consolida e a estrada de ferro de Taubaté a Ubatuba pareceu que iria se tornar uma indiscutível realidade. Nessa data tiveram início, em Ubatuba, os trabalhos de construção. Bateu-se a primeira estaca no Indaiá, ao sul da cidade. Para a cerimõnia de início dos trabalhos veiu do Rio de Janeiro, para aquela cidade, luzida comitiva. Viajara a bordo do Juno, novo e elegante vapor, que fazia a sua primeira viagem, construído em estaleiros inglêses, destinado à nossa frota mercante de cabotagem. Do Rio para Ubatuba vieram o dr. Honório Ribeiro, diretor da Companhia Estrada de Ferro ,do Norte de São Paulo

FONTE :estagiorh,+A008N013 (2).pdf

CONFIRA A TERCEIRA PARTE    DIA   02  DE  SETEMBRO  DE 2024

II Encontro de Corais reúne vozes do Litoral Norte no Teatro de Ubatuba

 

O Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira sediará, no próximo domingo, 1º, às 20h, o II Encontro de Corais, que reunirá grupos de Ubatuba e de todo o Litoral Norte.

Entre os participantes estarão o Coro da Lira Adulto e Infantojuvenil (Associação Lira Padre Anchieta), o Coro da Aldeia Boa Vista Xondaró Mirim Mborai (Ubatuba), o Coral da Fundação Educacional e Cultural de São Sebastião “Deodato Sant’Anna” – Fundass (São Sebastião), o coral Chorus Vocalis (Caraguatatuba) e o Coral Municipal Celina Pellizzari (Ilhabela).

A apresentação, que contará com mais de 160 vozes, será gratuita e para prestigiar basta retirar os ingressos no site Mega Bilheteria (megabilheteria.com), a partir desta segunda-feira, dia 26. Além disso, o público é convidado a participar de uma campanha solidária, levando um quilo de alimento não perecível para ser entregue no local. Os alimentos serão destinados ao Fundo Social de Solidariedade.

O Encontro é promovido pela Associação Lira Padre Anchieta, com o apoio da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.



FONTE  :   https://www.tamoiosnews.com.br/noticias/cidades/ii-encontro-de-corais-reune-vozes-do-litoral-norte-no-teatro-de-ubatuba/

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A PROJETADA FERROVIA ENTRE O VALE DO • PARAIBA E O MAR - PRIMEIRA PARTE

 




 Próximo a Bairro Alto deveria a estrada de ferro que de Taubate seria construída até Ubatuba, atravessar o Paraibuna, à procura de um passo favorável naquelas alturas existente na Serra do Mar, a fim de que, transposta a principal linha de altitudes, pudesse, em rampa razoável, descer em rumo da cidade praiana. Quem até poucos anos atrás pretendesse, por terra, dirigirse a Ubatuba, encontraria pela frente um percurso penoso e difícil de vencer. Não teria outro recurso senão, em boa cavalgadura, percorrer as quase duas dezenas de léguas que de qualquer das cidades do Vale do Paraíba medeiam até beira-mar. E lá se iam, além de dois dias de viagem desconfortável, uma boa soma de energia trocada em cansaço. Se hoje existem duas estradas de rodagem, ligando o Vale ao Litoral — uma boa, outra regular '— essa região compreendida pelas bacias dos formadores do Rio .Paraíba, de clima suave e bom, de solo fértil e propício a um sem número de cultivos, de gente acolhedora e resoluta, onde impera a' tradição e sobrevive a cordialidade, essa região, como dizíamos, esteve a pique de possuir uma estrada de ferro que, sobretudo, teria a ela apresentado novas e melhores oportunidades de expansão económica durante o último meio século. Em junho de 1875 a Estrada de. Ferro D. Pedro II, lançada em direção da Capital paulista, a partir do Rio de Janeiro, alcançava a cidade de Cachoeira. A êsse tempo já se encontrava em franca atividade a Companhia São Paulo e Rio de Janeiro, constituída para levar a efeito a ligação 'ferroviária entre São Paulo , e o ponto terminal da linha que se projetara Serra do Mar acima, por isso que, logo em novembro desse mesmo ano, estendia seus trilhos e iniciava o tráfego até Mogí das Cruzes. Em julho do ano seguinte chegava a Jacareí, em agõsto a São José dos Campos e a Taubaté em dezembro. Em janeiro de 1877 alcançava Pindamonhangaba, Guaratinguetá em maio e, finalmente, em julho, com 231 kms. de percurso, atingia Cachoeira, ligando, definitivamente, as duas grandes capitais.. Estabelecida a ligação ferroviária de tõdas as cidades do Vale do Paraíba com a capital paulista, a presteza do tráfego e a facilidade do transporte, em contraposição aos demorados e trabalhosos meios de condução até então existentes, que outros não — 144 eram senão as tropas que entre Taubaté e Ubatuba carreavam a maior parte dos produtos de exportação da zona, representados principalmente pelo café, fizeram com que a ferrovia .drenasse, em direção ao põrto de Santos, tõda a carga útil e disponível da região. Todos os produtos do Vale do Paraíba e do Sul , de Minas, que aí vinham ter, e mesmo os do próprio Vale do Paraitinga, deixaram de procurar o põrto de Ubatuba, em lombo de burro, para irem ter ao de Santos sõbre trilhos, onde desfrutariam de melhores condições de embarque e de maiores facilidades de comércio, por isso que ali já se encontravam instaladas as grandes firmas comerciais e as mais importantes casas comissárias de café. Ubatuba, e com ela todo o litoral norte, iniciou um novo ciclo de decadência econômica, fenômeno cujas àmarguras já provara por mais de uma vez em sua história. Conta o dr. Esteves da Silva —• médico e educador que fêz de Ubatuba a sua terra adotiva, e a quem esta deve muito de seu progresso material e cultural da época — em um de seus discursos parlamentares na Assembléia Paulista, como deputado estadual, em 1899, que num lampejo do vida, a região procurou se recompor do impacto sofrido. Quando ainda se planejava e organizava a estrada de ferro São Paulo-Rio de Janeiro, já os fazendeiros da região, prevendo o que sucederia tão logo a mesma entrasse em funcionamento, cuidaram de dar todo o apõio necessário para a construção de uma ferrovia que partindo de Ubatuba fôsse ter ao Vale do Paraíba. Graças ao prestígio das classes rurais litorâneas, Charles Bernard e Sebastião Gomes da Silva Belfort conseguiram obter do govêrno da Província, em 1874, uma concessão para a construção de uma estrada de ferro entre Ubatuba e Guaratinguetá. Deveria ela subir a Serra pelo sistema de cremalheiras. Ainda com o apõio dos fazendeiros da zona, submeteram os concessionários à Assembléia Provincial um pedido de garantia de juros para o capital empregado na construção da ferrovia. Muito embora a Assembléia concordasse com o pedido, recusou-se o Govêrno a assinar o contrato indispensável, exigido pela lei, sob a alegação de que a estrada, se assim o fizesse, sõmente prejuízos daria ao erário público. Estribara-se, a êsse respeito, em um parecer da Superintendência das Estradas de Ferro de São Paulo. Marchas e contramarchas políticas de nada adiantaram. Outra razão alegada pelo então Presidente da Província, pana se negar a assinar o contrato de garantia de juros, era a de que não conseguiriam os construtores atravessar a Serra. A Serra do Mar, nessa altura, seria infranqueável. A companhia não chegou a ser organizada, a construção da estrada não foi iniciada; prescreveram-se os prazos e, mais tarde, em 1897: o Presidente do Estado declarou caduca a concessão. Já por essa época, o desencantado engenheiro Bernard, a nenhuma,




FONTE :estagiorh,+A008N013 (2).pdf


CONFIRA  A  SEGUNDA PARTE   DIA   30 DE AGOSTO DE 2024

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

16 ° Festival de Cultura Popular Caiçarada 2024

 



 🎼🎤🎉Começa nesta sexta-feira, dia 30, o 16o Festival de Cultura Popular – Caiçarada, que reunirá apresentações de grupos musicais locais, corrida de canoas, e barracas de comidas e bebidas típicas da cidade, como consertada, tainha assada e outros pratos da culinária caiçara e quilombola.


✅O evento, que terá início nesta sexta-feira e seguirá até domingo, na Avenida Iperoig, no Centro de Ubatuba, também contará com a Vila Caiçara, composta pela casa de pau a pique, e com o Festival de Viola João Alegre. 


➡️Saiba mais: https://fundart.com.br/16o-festival-da-cultura-popular-caicarada/


#Fundart #Caicarada #Ubatuba

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

TIO MANECO

 

FONTE  :JORNAL ACONTECE Nº 46 - 25 de Agosto 2024 - Jornal de entretenimento, arte e cultura de Ubatuba-SP.

Ruínas esquecidas na Mata Atlântica lembram passado colonial no litoral de SP

 



Ruínas da Lagoinha une história e belas paisagens no litoral paulista | Mike Peel / Wikimedia Commons


Explore as memórias preservadas nas antigas estruturas de pedra e cal, onde história e lendas se entrelaçam


Gladys Magalhães


Em Ubatuba, escondidas pela Mata Atlântica, as Ruínas da Lagoinha revelam partes de um passado colonial do litoral norte de São Paulo.

Protegidas pelo Condephaat desde 1985, elas são os restos de um antigo engenho que quase se tornou a primeira fábrica de vidros do Brasil.

Hoje, essas estruturas oferecem um cenário impressionante para quem gosta de natureza e fotografia, além de serem um ponto de encontro entre a história e as lendas da região sul de Ubatuba.

O lugar  une história e belas paisagens, já tendo sido, inclusive, cenário de ensaios fotográficos e produções artísticas, como do videoclipe da música “Folhas de Outono”, do cantor de pagode Péricles.

A seguir, veja mais informações sobre as Ruínas da Lagoinha.



Restam em pé três colunas de sustentação em pedra e cal, do que teria sido a primeira fábrica de vidros do Brasil - Foto: Reprodução Fundart


O que são as Ruínas da Lagoinha


Restam em pé três colunas de sustentação em pedra e cal, do que teria sido a primeira fábrica de vidros do Brasil - Foto: Reprodução Fundart

As Ruínas da Lagoinha foram tombadas pelo Condephaat em 1985 - Foto: Divulgação PMU


As Ruínas da Lagoinha são um patrimônio histórico e cultural da cidade de Ubatuba, tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Estado de São Paulo desde 1985.

Elas são compostas pelo que restou do antigo engenho da Fazenda do Bom Retiro e por pilares do que seria a primeira fábrica de vidros do Brasil.



Praia da Lagoinha é boa opção para famílias com crianças - Foto: Ivan Cintra / Wikimedia Commons


A história das Ruínas da Lagoinha

Segundo a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart), a Fazenda Bom Retiro, que deu origem às Ruínas da Lagoinha, foi fundada em 1828 pelo engenheiro francês João Agostinho Stevenné. Na época, a fazenda produzia açúcar e cachaça com mão de obra escravizada.

Mais tarde, já no final do século 19, a fazenda pertencia ao capitão Romualdo, e produzia café, cana-de-açúcar, açúcar mascavo e aguardente.

Por conta da produção de aguardente, o capitão tinha a necessidade de vasilhames e, assim, teria dado início à construção de uma fábrica de garrafas, que seria a primeira fábrica de vidros do Brasil.

A construção, contudo, não foi concluída. Mas, restam em pé, três colunas de sustentação em pedra e cal, de cerca de 10 metros de altura cada.

“Não é possível determinar se essa estrutura pertencia ou não a uma “fábrica de vidro", por outro lado, o pé-direito de quase seis metros é pouco comum para uso exclusivamente residencial”, diz a Fundart em seu site.

Como chegar às Ruínas da Lagoinha

As Ruínas da Lagoinha estão localizadas na região sul de Ubatuba, na Praia da Lagoinha, distante cerca de 24 quilômetros do centro de Ubatuba.

O acesso é feito por um condomínio na beira da rodovia Rio-Santos.


Praia da Lagoinha

Após garantir belas fotos nas Ruínas da Lagoinha, o turista tem a opção de curtir um pouco a Praia da Lagoinha. Com mar calmo, a praia é uma boa opção para famílias com crianças.

No local, é possível encontrar cadeiras e guarda-sol para aluguel, além de pequenos quiosques e vendedores ambulantes, para quem deseja comer alguma coisa na praia.


Leia mais em: https://www.gazetasp.com.br/gazeta-mais/curiosidades/ruinas-na-mata-atlantica-lembram-passado-colonial-litoral-sp/1142426/

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Inscrições para o 'Festival de Viola' vão até essa semana no Litoral de SP

 



Evento tem como um dos realizadores a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) / Divulgação


Foi prorrogado pela Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) o prazo de inscrições para o Festival de Viola "João Alegre", que faz parte do 16º Festival de Cultura Popular - Caiçarada. Elas estavam previstas para encerrar na última quinta-feira (15), mas agora foram adiadas para a próxima quarta-feira (21). 


Os interessados em participar podem se inscrever presencialmente, na sede da própria Fundart, por intermédio da ficha de inscrição com os documentos solicitados no site da Fundação, ou por e-mail, enviando os documentos para a fundart@fundart.com.br


Sobre o evento

Previsto para acontecer entre os dias 30 de agosto a 01 de setembro, o 16º Festival de Cultura Popular – Caiçarada acontecerá na Praça de Eventos, na Avenida Iperoig. O evento conta com atrações que vão de corrida de canoas, apresentações musicais e barracas de comidas e bebidas.


Como uma das atrações, o Festival de Viola "João Alegre" tem como intuito promover a criação musical e artística, com foco nos autores e intérpretes regionais. Com uma homenagem ao cantador João Alegre, ele também contará com uma premiação para as melhores composições e performances. 


A programação completa será divulgada nos próximos dias.


Leia mais em: https://www.diariodolitoral.com.br/nacional/litoral-norte/inscricoes-para-o-festival-de-viola-vao-ate-essa-semana-no-litoral/185087/

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Comunidade nikkei realiza visita histórico-cultural na Ilha Anchieta

 

 

Nos dias 16 e 17 de agosto, um grupo da Associação Seiwa Tomonokai, entidade que trata dos legados e heranças históricas da comunidade nikkei do Brasil, esteve em Ubatuba (SP) e realizou diversas atividades, incluindo uma visita, no sábado, à Ilha Anchieta.

O objetivo foi conhecer o local onde, entre os anos de 1946 e 1948, 172 japoneses foram presos, no conturbado contexto pós Segunda Guerra Mundial. As ruínas do presídio permanecem na ilha, que hoje é uma Unidade de Conservação (Parque Estadual Ilha Anchieta – PEIA), sob gestão da Fundação Florestal.

Atualmente, as ruínas estão passando por uma grande obra de contenção, conservação e restauro, devido ao grau de deterioração avançado. Não é permitido entrar nas ruínas do presídio, mas é possível visualizá-las mantendo distância segura. As atividades da Associação Seiwa Tomonokai na ilha Anchieta foram realizadas no gramado que fica no centro das ruínas, e contou com apoio da Fundação Florestal e da Associação Nipo-Brasileira de Ubatuba (ANIBRA).

Na manhã de sábado (17/08), o grupo partiu de escuna saindo do píer do Saco da Ribeira em direção à ilha. O desembarque ocorreu após aproximadamente 30 minutos. O grupo seguiu para o centro de visitantes, onde se encontra exposto o gerador de energia da época da prisão dos japoneses, além de banner com o nome dos 172 presos e com informações e fotos de um deles, Fusatoshi Yamauchi. Ele foi preso por se recusar a pisar na bandeira japonesa durante interrogatório humilhante e xenófobo no Departamento de Ordem Política e Social (Deops). Os visitantes puderam conhecer também as outras histórias da ilha Anchieta.

Foto: Renata Takahashi

No gramado das ruínas, após a montagem do cenário com bandeiras e estandartes, foram realizadas atividades como: escrita de pedidos em pequenas tiras de papel, chamadas tanzakus, para pendurá-los em galhos de bambu, apresentação de kenbu (arte tradicional japonesa que combina elementos de dança e técnicas de espada), apresentação de Shodō (caligrafia japonesa) e doação de estandarte à Fundação Florestal.

 

Foto: Renata Takahashi

A visita da Associação Seiwa Tomonokai à ilha Anchieta ocorreu menos de um mês depois do pedido de retratação pelo Estado brasileiro pela perseguição aos imigrantes japoneses durante e após a Segunda Guerra Mundial, aprovado no dia 25 de julho pela Comissão de Anistia, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O reconhecimento da perseguição estatal foi uma resposta ao pedido de reparação coletiva apresentado pelo produtor audiovisual Mario Jun Okuhara e pela Associação Okinawa Kenjin do Brasil.

A prisão de imigrantes japoneses, em sua maioria inocente, no Instituto Correcional da Ilha Anchieta entre 1946 e 1948, e o episódio da expulsão de famílias da cidade de Santos em 1943 serviram de base para o pedido de retratação.

Um dia antes da visita à ilha Anchieta, a Seiwa Tomonokai, com apoio da ANIBRA, realizou uma confraternização no auditório do Hotel São Charbel, com coquetel de comidas típicas da culinária japonesa, canto de músicas tradicionais, falas sobre os legados e heranças históricas da comunidade nikkei no Brasil, além da exibição do documentário “Yami no Ichinichi – O Crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil”, produzido por Mario Jun Okuhara.

Foto: Renata Takahashi

Por Renata Takahashi / Tamoios News



FONTE  :


Comunidade nikkei realiza visita histórico-cultural na Ilha Anchieta – Tamoios News


sexta-feira, 16 de agosto de 2024

INAUGURADA A PEDRA FUNDAMENTAL DO POSTO DE PUERICULTURA DE UBATUBA - PRIMEIRA PARTE - ANO 1949

 



OBSERVAÇÃO   :  CONFIRA A SEGUNDA E ULTIMA PARTE  DIA  17 DE AGOSTO DE 2024

ÉCOS DO TERCEIRO CENTENÁRIO DE UBATUBA - ANO 1937

 


IGREJA DA MATRIZ DE UBATUBA - ANO 1937

 


ATHENEU UBATUBENSE - A PRIMEIRA ESCOLA E BIBLIOTECA DE UBATUBA - ANO 1937

 


UBATUBA 167 - 1937 - 300 ANOS DE FUNDAÇÃO - PRIMEIRA PARTE


 OBSERVAÇÃO :   CONFIRA   A  SEGUNDA PARTE   AMANHà 17 DE AGOSTO DE 2024

UBATUBA " PAGINAS DE UM DIÁRIO DE VIAGEM " - ANO 1936

 



UBATUBA : UBA E TUBA - MUITOS ARCOS OU MUITAS CANOAS - HISTÓRIA -

 


A VELHA IPEROIG DE 1907


 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

COMUNIDADE CAIÇARA DO SERTÃO DO UBATUMIRIM

 

COMUNIDADE CAIÇARA DO SERTÃO DO UBATUMIRIM

 



No mês de Maio iniciamos a peregrinação da bandeira pelo bairro do Sertão do Ubatumirim. No feriado do dia do trabalhador e da trabalhadora andamos por essa comunidade que preserva os costumes antigos do povo caiçara e possui bons fazedores de canoa.
“Ramos (2017) afirma que há um alinhamento do período da Folia do Divino com os ciclos de fertilidade da natureza, e no território caiçara ela coincide com a “safra” da tainha, período em que circulam pelos mares e baías dessa região geográfica e cultural específica.
Destacamos o quanto a Folia do Divino se entrelaça com outras expressões da cultura caiçara, além de ocorrer no mesmo período em que se pratica a pesca artesanal tradicional da tainha através dos lanços e cercos fixos, a maior parte dos mestres e tocadores são também mestres fandangueiros. Ela também tem relação direta com a canoa caiçara, pois “no tempo de primeiro”, todo o deslocamento das Bandeiras e dos foliões era feito através de canoas a remo.”
Tivemos a ilustre participação da Paulinha, mestra do São Gonçalo e assim visitamos amigas, primos, irmãos e afilhados onde fomos bem recebidos com fartura de alimentos e de sorrisos!
Além do incentivo da Fundart, que sempre apoia as bandeira. Este ano a Folia Caiçara do Divino Espirito Santo Ubatuba conta com o projeto “Memória Caiçara” que tem recursos do Edital 36/2023 PROAC - Apoio a Cidadania Cultural, Produção e Realização de Projeto Cultural, Cultura Popular, Caiçara, Indígena, Cigana e Quilombola do Estado de São Paulo.

Fonte: Dossiê entregue para o Iphan sobre as Folias Caiçaras em 2019.

Da pagina memória Caiçara - Folia do Divino Espirito Santos de Ubatuba
via facebook

VIVÊNCIA COM OS MESTRES DO DIVINO

 



Durante a reabertura do Museu Caiçara fizemos uma roda de prosas sobre a Folia do Divino. Foram contadas histórias de antigos mestres, histórias atuais, curiosidaes e sobretudo o repasse do conhecimento.
O público participou tirando dúvidas e contribuido, porque assim é a forma como acontece no museu comunitário, no Museu Caiçara. Somos todos parte.
Participaram os foliões Neco, Mario Gato, Lauriana e Peola. Foi muito rica a vivência porque com a transmissão dos saberes ela a tradição se mantém viva.



A vivência aconteceu logo depois da Alvorada da Romaria que foi oficialmente a reabertura do Museu Caiçara e esteve junto da exposição "Viva o Divino" que traz a memória dos antigos mestres, num levantamento feito pela própria Romaria, com Mario Gato recolhendo nomes a cada ano e chegando até o ano de 1920 pra cá.




Em setembro teremos mais uma vivência que será no Rancho Caiçara, vamos exibir as fotos e o vídeo da Peregrinação em 2024.
Nos vemos lá!


FONTE  :   Memória Caiçara - Folia Caiçara do Divino Espírito Santo de Ubatuba