sábado, 30 de setembro de 2023
EM OUTUBRO TEM MUSICAL " BOI DE CONCHAS " NO TEATRO MUNICIPAL DE UBATUBA. NÃO VÁ PERDER ....
sexta-feira, 29 de setembro de 2023
Ubatuba celebra 386 anos de emancipação com atividades culturais e esportivas
Ubatuba comemora seus 386 anos de emancipação político-administrativa no dia 28 de outubro. Como uma forma de celebrar a data, a prefeitura e suas secretarias, juntamente com a Fundação de Arte e Cultura – Fundart, realizam uma programação cultural e esportiva de atividades durante todo o mês.
Na área gastronômica, o município e o Rotary Club promovem a 35ª edição da Feira das Nações, de 27 de outubro a 5 de novembro, na Praça de Eventos da avenida Iperoig, com 10 barracas representando a culinária de diferentes países.
Além de todas as iniciativas, a organização ainda prevê a realização do tradicional Desfile que, como em 2022, acontece na rua Dona Maria Alves – devido às obras da avenida Iperoig. Ao todo, são esperados cerca de 2500 participantes representando diversas instituições.
Confira a Programação Completa 386 anos
“Ubatuba: 386 anos de muita história”
PREFEITURA DE UBATUBA SP
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Praça Nossa Senhora da Paz e antiga igreja Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos
terça-feira, 26 de setembro de 2023
segunda-feira, 25 de setembro de 2023
CHARLES MEDEIROS PARTICIPA DE UMA BATE PAPO NA RADIO COSTA AZUJL FM SOBRE O LANÇAMENTO DO LIVRO HANS STADEN " MINHA ALMA, SUA ALMA "
domingo, 24 de setembro de 2023
Estrada Ubatuba Taubaté - Anos 50
Gostaria de postar esta foto, do pedaço da nossa serra que era calçada com estas pedras antigamente e que cheguei a passar por elas, durante várias viagens. (Rodovia Osvaldo Cruz)...Anos 50
Foto arquivo Edith Cardia via facebook
sábado, 23 de setembro de 2023
Capela de S. José da Praia do Félix.
" Sabe Guinho , sou nascido e criado na Praia do Félix. Morei por muitos anos naquele lugar , até mudar para o Perequê - Açú para estudar no grupo " Esteves da Silva ".
Nossa criação foi toda no Félix, nosso cantinho era de uma paz e harmonia tão grande entre os moradores que os padres que vinham realizar a missa batizaram o nosso lugar de " Cantinho do Céu ".
Durante a época do Padroerio da Capela (São José ) fazíamos as quermesses e procissões nas noites estreladas iluminadas apenas por fogueiras , tochas (fifó) e alguns lampiões.
A procissão era a coisa mais linda pois as tochas acompanhavam o andor do Santo de um canto ao outro do Félix, até chegar a capelinha.
Depois da Missa era organizados os festejos com as danças , quentão , vinho quente , milho cozido, canjica e outras comidas.
Mas a melhor parte e mais engraçada era o leilão das prendas. O meu tio era o animador do leilão, que só tinha coisas simples : lata de goiabada, perfumes , garrafão de vinho , óleo para pentear o cabelo.
Tenho muitas saudades daquela época ( lágrimas chegavam aos olhos) e todos aqueles que já se foram...eita tempinho bom ".
Uma das inúmeras histórias contada pelo meu finado sogro Manoel Bernardino , nascido na Praia do Félix em 1.949. Morador do " Cantinho da Paz " aonde ficava a Capela de São José , demolida nesta semana.
Para aqueles que derrubaram a Capela :
Vocês destruíram não só um local que foi por muito tempo usado pela comunidade Católica Caiçara do Félix , mas também destruíram um pouco de nossa Cultura e da história de nossa gente.
Texto publicado na pagina de Guinho Caiçara via facebook e compartilhado por Janos Karoly Szenczi tambem via facebook
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
POPULAÇÃO POBRE UBATUBENSE É OBRIGADA A AJUDAR NA MANUTENÇÃO DAS ESTRADAS EM FAVORECIMENTO AOS FAZENDEIROS PODEROSOS - ANO 1829
A população pobre era obrigada a ajudar a manutenção das estradas ,que favorecia os fazendeiros poderosos ,em 1829 .
Agenda do final de semana
ERA UMA VEZ UMA CAPELA QUE FICAVA ALI NA PRAIA DO FÉLIX
Silvio Cesar Fonseca
Quilombo da Fazenda recebe Termo de Autorização de Uso Sustentável
Na quarta-feira, 20 de setembro, o Quilombo da Fazenda reuniu autoridades, amigos e moradores para celebrar um feito histórico para o local: a entrega do TAUS – Termo de Autorização de Uso Sustentável Coletivo de Área da União pela Superintendência do Patrimônio da União de São Paulo – SPU/SP, que, conforme a advogada do Quilombo da Fazenda, Patrícia Menezes, trata-se de um instrumento de regularização fundiária e um avanço rumo ao reconhecimento territorial. “São 80 mil metros quadrados na Praia da Fazenda. A finalidade dessa titulação é garantir a moradia dos quilombolas atuais e futuras gerações.”
Em meio a emoção e sentimento de dever cumprido, Neimar Loureço, coordenador da CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), lembrou do Seu Zé Pedro, que faleceu em 2021, porém deixou seu legado na luta pelo reconhecimento territorial, e parabenizou Dona Laura, uma das maiores referências nacionais e internacionais Quilombola, e atual liderança do Quilombo da Fazenda.
O coordenador destacou também a importância do feito para o Quilombo da Fazenda e de todos os Quilombos do Brasil. “Esse instrumento técnico demonstra a todos o direito ao nosso território e às áreas. É uma forma de mostrar que a luta nunca é em vão.”
Walquiria Imamura, Procuradora do Ministério Público Federal, complementou a fala dos colegas dizendo que além de ser uma data especial, a entrega da TAUS é um dia histórico e que se sente grata por ter participado do processo ao lado da comunidade do Quilombo da Fazenda.
“Tenho participado dessa composição que luta por justiça social e racial, principalmente. E por isso considero esse um dia feliz para todos. É um título importantíssimo e um passo a ser celebrado e comemorado por todos os quilombos do Brasil e comunidades tradicionais, com certeza.”
O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi representado pelo Diretor do Departamento de Reconhecimento, Proteção de Territórios Tradicionais e Etnodesenvolvimento no MDA, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Antônio Crioulo, que elogiou a luta de todos os Quilombolas da Fazenda durante todos esses anos em prol do desenvolvimento e regularização de suas terras.
Denise Gontijo, secretária de Habitação, representou o prefeito de Ubatuba Marcio Maciel (MDB), congratulou todos pela conquista e confirmou o apoio da Prefeitura. “Estamos à disposição de cada um de vocês para qualquer trabalho que venham a desenvolver. Nós estamos na Prefeitura para recebê-los e atendê-los,” finaliza.
Esse é o segundo Termo de Autorização de Uso Sustentável recebido em Ubatuba, o primeiro foi entregue à comunidade Caiçara da Almada, em julho. Confira: https://www.ubatuba.sp.gov.br/destaques/taus-da-almada/
PREFEITURA DE UBATUBA SP
quinta-feira, 21 de setembro de 2023
Presidente da Província de São Paulo questiona os gastos excessivos em Ubatuba - Ano 1850
O Presidente da Província de São Paulo questiona os gastos excessivos em Ubatuba , no tratamento com os doentes de febre amarela . Em 1850 , o futuro deputado e delegado Barboza Cunha era questionado
NOS TEMPOS EM QUE O ATUAL RIO GRANDE ERA CHAMADO DE RIO CÚA - Ano 1851
Em 1851 , o Rio Grande era chamado Cúa , o preconceito era grande , note a expressão terreno místico no Jornal da época . Jornal O Governista
sábado, 16 de setembro de 2023
Juiz de Paz, João Alves da Graça , denuncia o trafico negreiro irregular na Praia da Tabatinga - Ano 1840
Juiz de Paz, João Alves da Graça , denuncia o trafico negreiro irregular em 1840 , na praia da Tabatinga
Janos Karoly Szenczi
Descendo a Serra a caminho de Ubatuba SP
Oníbus ( Jardineira) para Ubatuba - 1959 - Foto Original tirada por meu pai Dr. Ermettis Ferrarini.
Foto arquivo pessoal de Guilherme Ferrarini ´- Compartilhada antes via facebook
Resistência indígena: Conheça a origem do feriado 'Paz de Iperoig' que é celebrado em Ubatuba
Indio da aldeia Boa Vista, em Ubatuba (SP) — Foto: Wendell Marques/Divulgação
O dia 14 de setembro é feriado em Ubatuba (SP), data em que celebram a "Paz de Iperoig". O feriado foi criado como forma de honrar a memória dos povos indígenas e todos os caiçaras que sofreram com a guerra entre nativos e portugueses no período colonial.
Ubatuba é a cidade com mais indígenas entre os municípios do Vale do Paraíba. São 643 pessoas que vivem na cidade e se declaram indígenas. O dado é do Censo de 2022. A data, além de honrar os ancestrais da população indígena do litoral, também é histórica, remontando a resistência dos povos indígenas em busca da própria liberdade. Relembre:
Chegada dos portugueses
De acordo com os historiadores, logo na chegada dos portugueses ao litoral em 1500, Pedro Álvares Cabral ficou maravilhado com a recepção amistosa dos indígenas. No entanto, cerca de 50 anos depois, os portugueses travaram uma guerra contra os índios Tamuias ou Tamoios (que significa “os mais antigos donos da terra, os primeiros originários”).
Tamoios é um nome genérico que reúne várias tribos num mesmo grupo como os Tupinambás, Guaianases e Aimorés e no meio destes existia a aldeia de Iperoig, originalmente o primeiro nome da cidade de Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo.
Na época, os relatos é que de os portugueses começaram a invadir aldeias aprisionando índios em busca de braços escravos para as lavouras de cana em São Vicente (SP), massacrando mulheres e crianças. Nesse cenários, os nativos tentaram resistir as ocupações e lutar pela própria liberdade.
Paz de Iperoig — Foto: Divulgação
Resistência dos Indígenas
Por cerca de duas décadas, entre 1554 e 1575, a união de cinco chefes indígenas, depois conhecida como Confederação dos Tamoios, foi a única resistência organizada contra a colonização portuguesa. Os chefes eram tupinambá Cunhambebe, de Angra dos Reis; o Coaquira, de Ubatuba; Pindobuçu mais Aimberê, de Cabo Frio e Ararai, chefe dos Goianases.
Os indígenas passaram a contar também com algum apoio armado dos franceses que ocuparam a aldeia dos cari ou cari-oca, a casa dos brancos. No entanto, sendo calvinistas evangélicos, isso só reforçava as razões para mais ataques dos católicos portugueses aos indígenas e franceses.
Diante da resistência indígenas, os portugueses mandaram os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, para que buscassem conversações de paz com os povos nativos.
Foram vários dias de discussões e ameaças e no final venceram os argumentos dos caciques Coaquira e Cunhambebe. Foi decidido mandar uma comissão de negociação, de volta a São Vicente (SP), para conversarem com as “autoridades” portuguesas.
Padres em Ubatuba (SP). — Foto: Divulgação
Paz de Iperoig
Ainda segundo os historiadores, foram meses de espera, entre maio e setembro para tentar uma negociação. Nesse período, o padre Anchieta tinha ficado em Ubatuba como refém.
Em 14 de setembro de 1563, a comissão voltou com a notícia do acordo. Os portugueses prometeram que não escravizariam mais os Tupinambás do litoral e esses, por sua vez, não atacariam as vilas e fazendas dos portugueses. Esse acordo ficou assim conhecido como a 'Paz de Iperoig', momento em que os povos indígenas e caiçaras da atual Ubatuba passariam a ter paz.
Apesar do acordo, a paz durou pouco mais de um ano. A guerra deu um pequeno alívio, mas os portugueses voltaram a atacar a aldeia de Coaquira. A Confederação dos Tamoios voltou a mostrar força e novamente uma guerra entre indígenas e portugueses foi travada, com os portugueses lutando pelo domínio e os indígenas pela liberdade.
Colonização
Em 8 de janeiro de 1567, com o reforço de três galeões vindos de Portugal e dois navios de guerra com canhoneiras, 1.500 soldados mataram os nativos resistentes. Cerca de 160 aldeias foram incendiadas e pestes como o sarampo e a varíola acabaram com os Tamoios restantes.
Iperoig teve seu nome mudado para Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba conseguindo a emancipação em 28 de outubro de 1637. A data é tida hoje como o aniversário da cidade.
Posteriormente, o dia 14 de setembro foi decretado feriado municipal, chamado de 'Paz de Iperoig', como forma de honrar a memória dos povos indígenas, todos os caiçaras que sofreram com a guerra e também em memória aos cinco líderes indígenas que faziam parte da Confederação dos Tamoios.
Crianças indígenas na aldeia Boa Vista, em Ubatuba (SP) — Foto: Wendell Marques/Divulgação