sábado, 30 de outubro de 2021

7 Conferência Municipal de Cultura Ubatuba 2021

 






COMUNIDADE REINANTE VOGA DOS MARES DE IPEROIG SE APRESENTOU NA PRAIA DO FREI PIO...

 


No último dia 28 de Outubro, a CRUMI - Comunidade Reinante Voga dos Mares de Iperoig, o Boi de Conchas, um cardume de peixinhos e um bando de passarinhos reinantes, celebraram Ubatuba na praia do Frei Pio.




Um dia de encantamento pela diversidade, pela empatia e pela paz! (fotos: Andreia Felix, Cristina Morales e Farid)




Com informações de Bado Todão via facebook

Jornal Echo Ubatubense, ed. 20,de 21 de Fevereiro de 1897

 


EIS mais uma edição na íntegra do primeiro jornal de Ubatuba, o Echo Ubatubense, teve apenas um ano de tiragem ou de existência, entre 1896 e 1897.....Confira o número 20, de 
     21 de Fevereiro de 1897..










Praia da Lagoinha, inicio dos anos 70

 






quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A descoberta do camarão na moranga

 




Texto de Julinho Mendes ,extraído  do
Livro.....Escrafunchando  o lagamá - Causos Caiçaras , de Júlinho Mendes

 







BENEDITO IGNÁCIO PEREIRA , O POPULAR B.I.P.

 

BIP (Benedito Inácio Pereira) -O Guaruça.... Foto Júlio César Mendes
Rua Cunhambebe, casa do vovô Lindolfo Ignácio Pereira, "O prega fogo”. Quem passava por ali se deparava, estampado na parede de frente para a rua, com a imagem de São Jorge, montado em seu cavalo, lutando com um dragão.
Devoto de São Jorge, e grande artista plástico que era, BIP pintou a imagem de seu santo padroeiro na frente de sua casa; era uma referência para quem procurasse alguém da família.
Para quem procurasse seu Lindolfo, grande confeiteiro e grande músico; para quem procurasse dona Malvina, grande costureira e cozinheira; para quem procurasse o BIP, grande restaurador de imagens religiosas, desenhista, pintor, poeta, pescador esportivo; para quem procurasse o Pitágoras, grande também, pintor, assobiador, grande doador de sangue e homem de grande gentileza; para quem procurasse a Alcina, grande bordadeira, costureira e cozinheira e para quem procurasse o Daniel Sabiá, bom jogador, grande árbitro de futebol; era só procurar na rua Cunhambebe a casa que tinha o São Jorge estampado na parede...
Para João Claro da Rocha (o nosso querido Rochinha), não existiu, na Prefeitura, homem mais honesto do que o BIP. Benedito Inácio Pereira foi um grande funcionário público que viveu e dedicou boa parte de sua vida em prol da Prefeitura Municipal de Ubatuba. Além de ser um grande desenhista e projetista foi acima de tudo um defensor das praças e áreas públicas existentes nos loteamentos de nossa cidade. Onde houvesse uma invasão, uma árvore cortada, ou um mourão clandestino fincado em uma das praças, lá estava o BIP. Não precisava ser dia normal; podia ser um fim de semana ou feriado, qualquer depredação contra um patrimônio municipal, lá estava ele dando bronca e pondo ordem. Deus me livre se algum tubarão fechasse a entrada de acesso a uma praia ou um caminho que levava a algum de seus pesqueiros; fazia um fuzuê que dava medo; se não conseguisse na conversa, conseguia na porrada... Ia lá com pé de cabra, alicate, picareta e abria o acesso novamente, na marra e sem cerimônia.
Era assim o nosso BIP, aposentou-se e mesmo assim fazia denúncias contra invasores ou depredadores de praças; morreu defendendo nossas praças, praias e verdes.
Que Deus o tenha!
Hoje vemos uma Ubatuba depredada, depredações estas feitas diante dos olhos de nossas autoridades, diante da Polícia Florestal, Polícia Rodoviária, Defesa Civil, ecologistas, enfim, o que observamos é que Ubatuba muito em breve vai virar uma Grande São Paulo e Rio de Janeiro; em nossas matas, mangues e rios só existirão favelas. Com esse inchaço populacional descontrolado, o desemprego, a criminalidade e a violência farão de vítima os filhos das autoridades, dos policiais, dos ecologistas... E os turistas de qualidade? Bye-bye Ubatuba!
Morreu pelas mãos de Deus. Se vivo estivesse, morreria de desgosto em ver sua terra sendo casa-da-mãe-joana.
Por todas essas qualidades, por todo seu trabalho, hoje, através de lei de autoria do vereador “Gerson Biguá”, a área onde se organiza a feira livre, aos sábados, é chamada de “Praça BIP”. Nada mais do que justa essa homenagem para um caiçara ubatubano que sempre defendeu o patrimônio público e as praças de Ubatuba.
(Do sobrinho Júlio César Mendes)

Ubatuba sedia fórum 'Saberes Artesanais', entre 28 e 31 de outubro

 

O evento nos quatro dias acontece em três lugares: Terminal Turístico do Perequê- Açú, Instituto Argonauta e Rancho Caiçara


Ubatuba sedia entre os dias 28 e 31 de outubro o fórum Saberes Artesanais, com mesas-redondas, vivências, oficinas, apresentações musicais e de dança, e uma grande exposição e venda de artesanato.

O evento nos quatro dias acontece em três lugares: Terminal Turístico do Perequê- Açú, Instituto Argonauta e Rancho Caiçara, sempre a partir das 14h, todos eles na Av. Governador Abreu Sodré, na cidade do Litoral Norte.

A agenda completa pode ser conferida no site   https://saberesartesanais.com.br/


FONTE...........www.ovale.com.br

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

GOVERNADORES GERAIS DE RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO DEFINEM OS LIMITES DAS SUAS FRONTEIRAS E A QUEM PERTECEM AS VILAS DE SÃO SEBASTIÃO E DE UBATUBA......ANO DE 1730

 

















FONTE...........http://resgate.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=017-1_RJ&pagfis=13717

COM COLABORAÇÃO  DE  PATRICIA MADEIRA

MORADORES DA VILA DE UBATUBA SÃO PROIBIDOS DE REALIZAREM PESQUISAS DE OURO.... ANO 1722

 



FONTE...http://resgate.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=023-1_SP_MG&pagfis=1349

Colaboração     Patricia  Madeira

ALEXANDRE MONTEIRO DE SAMPAIO NOMEADO AO POSTO DE MESTRE DA VILA DE UBATUBA TEM SEU REQUERIMENTO DE SOLICITAÇÃO DE PATENTE INDEFERIDO - ANO 1745

 


FONTE...............http://resgate.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=023-1_SP_MG&PagFis=9395&Pesq=ubatuba


Com colaboração de  Patricia  Madeira 

REPRESENTAÇÃO DA DOS OFICIAIS DA CÂMARA DA VILA DE UBATUBA PEDE AO GOVERNADOR E CAPITAO-GENERAL DA CAPITÂNIA DE SÃO PAULO MELHORIA DE CAMINHO QUE LIGA A VILA A TAUBATÉ - ANO 1737

 






















FONTE.........Projeto Resgate - São Paulo Alfredo Mendes Gouveia (1618-1823) - DocReader Web (bn.br)


Compartilhado com auxilio de Patricia Madeira  Via Facebok, a qual  é uma grande  colaboradora  no compartilhamentos  de  fotos e documentos referentes   a  Ubatuba Antiga, ajudando nos a preservar  e  compartilhar a  história  de nossa  querida Ubatuba, a  ela nossos agradecimentos...


PARABENS MINHA QUERIDA UBATUBA PELOS SEUS 384 ANOS ...........

 















IMAGENS   DO AQRUIVO PESSOAL  DO MEU AMIGO ODAURY   CARNEIRO  VIA FACEBOOK

ECHO UBATUBENSE.......14 DE FEVEREIRO DE 1897. NÚMERO 19......PRIMEIRO JORNAL UBATUBENSE.......

 




Ubatuba  teve  no ECHO UBATUBENSE   o seu primeiro jornal , o qual teve o Dr. Esteves da Silva como seu Editor Responsável, infelizmente esse jornal só teve um ano  de vida  ,foi editado  e  distribuído  entre  1896 a 1897..

Confira  agora na integra mais um  exemplar deste jornal histórico....

..ECHO UBATUBENSE.......14 DE FEVEREIRO DE 1897.   NÚMERO   19......PRIMEIRO JORNAL UBATUBENSE......











Fonte..Arquivo pessoal  de   Jorge Otavio Fonseca










 












domingo, 24 de outubro de 2021

O " SEM CORAÇÃO "...

 

Obra de Mestre Da Motta na Mostra de Saberes Artesanais - Arquivo JRS

     O  mano Mingo nos recorda de gente que não tem coração. Assim nasceu o poema seguinte.



O SEM CORAÇÃO

Quando a gente ainda era "bicho do mato"
um diabo vestido de doutor nos visitou
olhou o bananal, os pés de café,
as flores de minha avó,
achou tudo muito bonito demais
para aquela família tão pobre de posses
e propôs um preço vil
pela casa, terras, plantações,
desde os morros até ao rio.
Meu avô esconjurou, fez o sinal da cruz,
o mandou embora e depois chamou minha atenção:
- Meu filho, é preciso sabedoria
para reconhecer aquele que não tem coração.

O MORRO DO FIEL TIAGO - O PRETO DO CORCOVADO

 

Caiçaras   em  desfile folclorico

 Não tem como não se encantar com o Pico do Corcovado, em Ubatuba. Dizem os geógrafos que é o segundo mais alto do município. O primeiro, do Alto Grande, está na divisa com o município de Cunha. Muitas histórias os caiçaras contam desses lugares, sobretudo do Corcovado, essa imensa pedra aflorada na Serra do Mar, tão perto de nós, onde antigamente só caçadores visitavam. Hoje é ponto turístico, com grupos organizados enfrentando sua subida e nos proporcionando fantásticas imagens lá do alto. É do Corcovado que vem a história de hoje, parte do nosso folclore.


  Contavam os mais antigos que, no tempo em que Portugal mandava em tudo, um fazendeiro português, traficante de negros escravizados, se instalou no Sertão do Corcovado, por onde enviava ao Vale do Paraíba as vergonhosas cargas de homens tornados mercadorias. Esse homem tinha uma linda filha em idade de casamento. Assim que instalou o engenho de cana, apareceu por ali um jovem fidalgo na pretensão de agradar a moça, de se casar com ela. Só que o pai, um homem terrível, era contrário ao namoro entre os dois. Por isso teve a atitude de encerrar a filha na mais recôndita alcova da casa, sob severa vigilância. Por sorte, um escravizado de confiança, servidor da casa, se prestou a manter a comunicação entre os jovens apaixonados. Disso resultou um combinado: eles fugiriam numa madrugada, em direção ao Morro (Pico) do Corcovado, onde o fiel servidor, por nome de Tiago, lá já estaria esperando desde o dia anterior, com as jóias pessoais da patroazinha e com alforges de alimentos. Mas a sua missão maior era auxiliá-los na caminhada pela mata até encontrarem um lugar seguro, longe do terrível pai. Só que o plano foi descoberto. O moço foi assassinado numa tocaia e a moça foi enviada no primeiro navio que partia para a capital do reino português, de onde ninguém mais soube notícias. O velho morreu de velho depois de tantas maldades. E o escravo  Tiago? Contavam os antigos caiçaras que ele continuava lá, na grande pedra do Corcovado, esperando os fugitivos e assombrando os caçadores que se aventuram em se aproximar do local. O primo Rogé me garantiu que, numa de suas caçadas, ele divisou o homem. "O escravo que aguardava a sinhazinha até hoje vive por lá, estava em cima da pedra. E tem mais, Zezinho: vez ou outra tem gente subindo tudo aquilo para ver se encontra as jóias que o coitado levou naquela ocasião. Veja só do que a ambição é capaz!".

    Eu, partindo dessa história, proporia que o Pico do Corcovado passasse a se chamar Morro do fiel Tiago.