sábado, 26 de dezembro de 2020

MADRE GLORIA MEDIADORA DA ARTE EM UBATUBA

 

            Imagem de Madre Gloria, pertence compartilhada da internet

, aqui para ilustrar essa matéria.

Encontrar um significado para a palavra Arte é quase impossível de colocar em palavras, pois não é só uma teoria e sim um universo de vivências. Isso é só uma prova do quão incrível é a arte.  O objetivo deste estudo de caso exploratório é deixar registrada toda a passagem da Irmã Maria da Glória por Ubatuba, de forma a registrar sua contribuição educacional na vida de muitas pessoas que tiveram seu contato. Foram utilizadas com bases de dados artigos científicos, pesquisas publicadas em jornais impressos, cartas, documentos e coleta de dados mediante a conversa face a face com pessoas que tiveram contato direto com a Irmã. Madre Maria da Glória se dedicou intensamente à educação e a melhoria de vida das pessoas. Foi uma personalidade marcante em toda a sua história de vida. Conclui-se que Madre Maria da Glória colaborou para o desenvolvimento da arte na vida do ser humano, pois, trabalhava diretamente com a arte em todas as suas atividades. Amante do mundo artístico, amor incondicional ao próximo, total dedicação à educação ela foi um exemplo de vida que ficará marcado na história de muitos Ubatubenses e da própria história de Ubatuba.

References

COSTA, A. C. G. Educação Artística, trabalho e Vida. Arte na Escola. Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2017.
FREITAS, J. B. F. Arte é conhecimento, é Construção, é Expressão. Conteúdo da Escola. Disponível em: . Acesso em: 09 jan. 2017.
FUNDAÇÃO DE ARTE DE UBATUBA (FundArt). Madre Glória 84 anos de luz: Jubileu de Diamante. G. S. de História e Geografia de Ubatuba. Ubatuba, abr. 1991.
GOTTSFRITZ, G. Garota Sapeca. Jornal Correio Caiçara. Publicado em 23 ago. 1995.
JORNAL A CIDADE. III Concurso Madre Glória de Escultura na Areia. 20 jul. 1997.
______. Madre Glória morre aos 91 anos. Publicado em 03 maio 1998.
______. Parque dos Ministérios ganha escola. Publicado em 15 nov. 1998.
______. Zizinho e Alckmin entregam escola. Publicado em 29 nov. 1998.
JORNAL CORREIO CAIÇARA. Escultura de Areia: Concurso Homenageia Madre Glória. Publicado em 19 jul. 1995.
NOTÍCIA NA HORA. Escola de Ubatuba tem prêmio de educação ambiental. Publicado em 27 nov. 2008. Disponível em: http://am.noticianahora.com.br. Acesso em: 13 nov. 2016.
ROLIM, L. C. Semeadoras da Esperança: ALA: uma forma de educar. Santos: Loyola, jan. 1998.
UBATUBA. Câmara Municipal. Decreto Legislativo n° 2/1980: concede o Título de “Cidadã Ubatubense”, de19 de agosto de 1980. Ubatuba,1980.
______. Madre Glória: Compilado de Depoimento de 1992 e outros textos do arquivo da FundArt. Fundação de Arte de Ubatuba. Prefeitura Municipal de Ubatuba. Ubatuba, 1992.
______. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação. Lei Municipal nº 1782: histórico da escola EMEF “Madre Maria de Glória”: organização da escola, 21 dez. 1998.




sábado, 19 de dezembro de 2020

PROJETO ACERVO CAIÇARA GANHA NOVO SITE.........

 


Por: Redação    Jornal   A CIDADE  UBATUBA E REGIAO
18 de Dezembro de 2020 às 07:00

 

A Prefeitura de Ubatuba, por meio da FundArt acaba de lançar ao ar o novo site do Projeto Acervo Memória Caiçara, com um layout atualizado e responsivo.
O Projeto Acervo Memória Caiçara é resultado do trabalho de pesquisa da Profa. Dra. Kilza Setti realizado com as populações litorâneas desde meados dos anos 60. O acervo apresenta registros sonoros – depoimentos, festas e peças musicais que foram digitalizados na íntegra, além do registro de imagem fixa (fotos, mapa da região estudada) e em movimento (filmes em DVD), manuscritos, impressos e publicações.
Tanto a consulta presencial ao acervo quanto a CONSULTA ONLINE da base de dados permitem conhecer trechos musicais, fotos e depoimentos sobre a vida e a cultura caiçara, que  envolvem temas relacionados à visão de mundo, consciência de preservação ambiental e cultural, consciência das perdas de espaço e território, acesso aos bens naturais, questões religiosas, repertórios e atividade musical, mudanças na vida caiçara e outros assuntos de interesse geral.
Para Valdecy dos Santos, Maestro do Coro da Lira e integrante do Projeto Acervo Memória Caiçara, o legado desta pesquisa é de valor inestimável para a cultura brasileira.
“O projeto permitiu aos descendentes dessa terra um fortalecimento  do viver  caiçara e de sua cultura, que através do  acervo e sua legitimidade passaram a  valorizar  suas origens. Hoje observamos o crescimento de grupos tradicionais como Fandangos, Folias do Divino, grupos de Xiba, entre outras manifestações caiçaras,  tendo como   líderes os familiares  dos mestres antigos, que estão eternizados  no Acervo Memória  Caiçara. Além disso, temos a participação em  festas tradicionais desses grupos com um aumento considerável de crianças e jovens, compondo sua  estrutura, retratando o orgulho da cultura caiçara, mostrando o fomento  da preservação dos saberes” conclui Valdecy.
O acervo completo, bem como os equipamentos adquiridos para o projeto estão sob a guarda da FundArt desde 2008, e se encontram disponíveis para consulta presencialmente na sede administrativa da FundArt – Praça Nóbrega, 54, Centro (atualmente de segunda a sexta-feira das 9h às 15h) – ou online pelo site www.memoriacaicara.com.br

Fonte: Fundart

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Museu Histórico "Washington de Oliveira"

 

"Construídas a Câmara, a Cadeia e a Igreja, elementos básicos para a instituição de uma vila, feito o recenseamento para confirmar o mínimo populacional necessário a tal providência, por Provisão de 28 de outubro de 1637, do então Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, a antiga aldeia de Iperoig foi elevada à categoria de Vila sob o pomposo nome de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba".





Oliveira, Washington de. Ubatuba Documentário (Coleção Depoimento - v. 11).

São Paulo, Editora do Escritor, 1977. p. 43, 44.



Assim, surgiu a 1.ª cadeia em Ubatuba: um edifício público para aprisionar suspeitos e transgressores das leis, que tira ou restringe a liberdade do indivíduo segundo normas, ética e moral impostos e seguidos pela sociedade que vem progredindo e evoluindo através dos tempos.

No Século XIX, até 1833, a Prisão compartilhou com a Câmara o mesmo endereço. Depois, com o edifício ruindo, passaram a ocupar casas alugadas sem infra-estrutura (como celas sem grades) até a Câmara finalmente conseguir uma sede própria: o casarão do Dr. José Paulo do Bonsucesso Galhardo na atual Avenida Iperoig. Este casarão, que também foi sede do Fórum e do primeiro museu de Ubatuba, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT. Porém, as inúmeras reclamações e pedidos efetuados pela Câmara, durante o Império, para construção de uma sede apropriada para a cadeia somente foram atendidos pelo Governo Estadual Republicano no início do Século XX.

Hoje, objeto de recordação para alguns e instrumento de informação e educação para outros, a Cadeia Velha, *antiga estação ferroviária (nunca utilizada) reformada entre 1901 e 1902 foi o primeiro prédio construído em "linhas modernas" em Ubatuba. O projeto de reforma foi efetuado por Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (Euclides da Cunha 1866-1908), engenheiro, militar, jornalista, escritor e autor da famosa obra literária: "Os Sertões", quando funcionário da Secretaria da Agricultura "Indústria" Comércio, Viação e Obras Públicas do Governo do Estado de São Paulo. A reforma foi executada pelo construtor português Silva (primeiro nome desconhecido) e pelo mestre pedreiro Manuel Sapão.

Nas primeiras décadas do Século XX, situada na antiga Praça do Programa, atual Praça Nóbrega, a Cadeia alojou os poucos caiçaras que transgrediam as "leis e a ordem" como: bêbados, brigões, presos e carcereiros a caminho da Colônia Correcional do Porto das Palmas (na Ilha dos Porcos, posteriormente Presídio da Ilha Anchieta - projeto de Ramos de Azevedo, atualmente parte do Parque Estadual da Ilha Anchieta PEIA) e, hospedaria para viajantes.

Em 1972, a Cadeia foi transferida para uma nova e ampla sede na Rua Thomaz Galhardo, mais adequada ao aumento da população carcerária. Reformado, o antigo edifício passou a sediar diferentes órgãos e instituições: o Centro Municipal de Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo, de 1977 a 1982, e a Companhia Estadual de Tratamento de Esgoto e Saneamento Básico - CETESB, de 1984 a 2000.

No início do Século XXI, reconhecida como patrimônio histórico municipal a ser preservado, a Cadeia Velha passou a ser o espaço da História... O primeiro museu fundado na gestão do prefeito Francisco Matarazzo Sobrinho, pelo Decreto 25 de 23/11/1966, sob a denominação de Museu Regional de Ubatuba, foi montado nos porões da Câmara em 1968 pelo historiador Paulo Camilier florençano; Nello Garcia Miglioni; Alcir José Guaglio, Luiz Ernesto Kawall, jornalista, e pelo artista plástico José Vicente Dória da Morta Macedo. Mas, devido ao excesso de umidade, que gerou mofo e bolor, e o ataque de pragas, como cupim e broca, a conservação do acervo museológico ficou comprometida.

O Museu, com o nome modificado para Museu Histórico Pedagógico de Ubatuba em 1970, por Decreto do Governador Abreu Sodré, teve seu acervo transferido em 1987 para o andar térreo do Sobradão do Porto/Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba - Fundart, patrimônio histórico tombado pela antiga Superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN (atual IPHAN) e pelo CONDEPHAAT. No Sobradão do Porto, o Museu ganhou o apelido de "Museu Hans Staden" (não houve uma mudança oficial do nome). Um ano depois, a visitação foi suspensa por problemas técnicos e estruturais do acervo museológico e do edificio (processos de restauro paralisados no Governo Collor), além da falta de mão-de-obra especializada, ficando a Cidade sem o museu histórico. Mas em 24 de julho de 2001, o Museu novamente montado e reestruturado foi aberto ao público em nova sede: a Cadeia Velha.

O Museu teve seu nome modificado para Museu Histórico "Washington de Oliveira", pela Lei 2092 de 16/10/2001, gestão do prefeito Paulo Ramos, em homenagem ao ubatubense farmacêutico, ex-prefeito, pesquisador e escritor Washington de Oliveira, o "filhinho da farmácia" ou, simplesmente, "filhinho", falecido em 19 de janeiro de 2001, aos 93 anos de idade filhinho escreveu três livros publicados: Ubatuba - Documentário, Lendas e Outras Histórias e a Farmácia do Filhinho. Dedicou sua vida à valorização da História e da Cultura de sua terra e a preservação da saúde e da "memória" do caiçara de Ubatuba.



*Segundo depoimentos de antigos moradores como o do pesquisador e escritor Washington de Oliveira (Filhinho da Farmácia) e pesquisa efetuada pelo jornalista Gama Rodrigues (textos diversos de Gama Rodrigues e outros organizados pelo historiador José Luiz Pasin: "O Outro Euclides - O Engenheiro Euclides da Cunha no Vale do Paraiba 1902-1903, UNISAL - Núcleo de Pesquisa Regional, Lorena, 2002.)".



O Museu hoje



O Museu Histórico já passou e ainda passa por muitos problemas, ainda lutamos para a sua sobrevivência. A Cadeia Velha, sua atual sede, é um prédio antigo, de grande importância histórica e arquitetônica para Ubatuba. Mas mal conservado por décadas, acabou com muitas infiltrações internas e externas que destruíram parte dos painéis e que prejudicaram o acervo museológico e arqueológico entre 2001 e 2002. Trabalhos morosos de reformas e consertos levaram a descoberta de um passado de remendos no encanamento antigo de ferro e no escoamento das águas das chuvas. Mesmo assim, são mais de 100 anos de História! Esse importante patrimônio histórico ainda precisa de restauro e precisará sempre de manutenção, ou seja, de atenção!

O acervo museológico em madeira e metal (ferro) também precisa de cuidados, cuidados eternos...contra cupim, broca, umidade, etc. Precisará sempre ser estudado, revisto, reestruturado, reorganizado e ampliado. Um museu não é uma instituição estática, não é um objeto pronto, será sempre uma obra inacabada para que possa ser atualizada e modernizada. Acima de tudo, os materiais expostos representam a vida caiçara através dos tempos. Somos nós através de nossas ações, boas ou ruins...




Endereço

Praça Nóbrega, nº 08 - Centro



Agendamento de Visitas

Escolas e hotéis devem agendar as visitas com antecedência e através de ofício com os seguintes dados: nome da instituição, telefone para contato, nome dos responsáveis acompanhantes (guias de turismo, professores, etc.), total de alunos ou turistas, faixa etária, origem (cidade/estado no caso de turistas, bairro no caso dos estudantes) e data e horário da visita. Os dados solicitados são importantes para os trabalhos de estatística, relatórios e levantamento histórico do Museu e da Fundart.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Iperoig (Ubatuba) e a Confederação dos tamoios

 

A PEÇA " GUERRA EM IPEROIG" SERÁ TRANSMITIDA GRATUITAMNENTE VIA YOU TUBE

 


A peça "Guerra em Iperoig" abre a nova temporada do teatro online do Centro Cultural Oi Futuro. O espetáculo, ao vivo e gratuito, acontece entre esta segunda e quinta-feira, às 20h, no Youtube. Com roteiro adaptado à linguagem digital com cenas pré-gravadas e ao vivo, esta é a estreia nacional do espetáculo dirigido pela Mundana Companhia, com Aury Porto, Érika Puga, Zahy Guajajara e Silvero Pereira. A peça também tem participações de Mariana Ximenes, Anderson Kary Báya, Gui Calzavara, Igor Pedroso, Lian Gaia e Raquel Kubeo.

A história parte de uma pesquisa sobre a Confederação dos Tamoios e faz uma reflexão sobre como a guerra travada entre portugueses e tupinambás em meados do século XVI na região de Iperoig, hoje Ubatuba (SP), se reflete nas relações de exploração dos povos indígenas até hoje. É um olhar que inspira uma interpretação do Brasil através dos séculos.

A montagem propõe uma reflexão, à luz do nosso passado histórico, sobre nossa sociedade", diz o ator Aury Porto.


FONTE..........https://www.ofluminense.com.br/