Prainha do Doca, entre as praias Dura e Vermelha (Arquivo JRS) |
Herança dos antigos (Arquivo JRS) |
Prainha do Doca, entre as praias Dura e Vermelha (Arquivo JRS) |
Herança dos antigos (Arquivo JRS) |
Traquete na Guaivira (Arte na telha - Arquivo JRS) |
EM 2019 O PROJETO DE OFICINAS CULTURAIS “ARTE PARA TODOS” TRIPLICOU O ATENDIMENTO AOS MUNÍCIPES
O Projeto de Oficinas Culturais “Arte Para Todos” realizado pela Prefeitura Municipal de Ubatuba por meio da FundArt triplicou atendimento em 2019; Dados são comprovados pelo relatório anual divulgado pela Instituição.
Desde 2017 a Diretoria Executiva da FundArt busca melhor estruturar o setor cultural da instituição. O setor ganhou processo de arquivamento próprio, investimento em pessoal com assistente administrativo específico para a área cultural, além da implantação de sistema informatizado para o gerenciamento de dados das oficinas culturais.
Com o olhar voltado para a melhor organização, controle e monitoramento de dados referente ao projeto de Oficinas Culturais “Arte Para Todos” foi possível otimizar o investimento no maior projeto sociocultural de Ubatuba. Em 2019, a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba ofertou 1770 vagas nas cinco regiões do município.
Para Camila Marujo, diretora presidente da FundArt, a ampliação do projeto é resultado de um trabalho conjunto, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e associações parceiras e também com os artistas orientadores em atuação nas cinco regiões de Ubatuba.
“2020 nos fez readequar a proposta do projeto para o formato online. Sabemos que a capacidade de atendimento é diminuída devido a situação atual [pandemia Covid-19], mas novamente destaco a parceria com os profissionais envolvidos – a maioria profissionais autônomos do setor artístico, compromissados com o desenvolvimento cultural do município. Sem eles não seria possível dar continuidade a este projeto tão importante! ” – conclui Camila Marujo.
O Projeto de Oficinas Culturais “Arte Para Todos” visa a prática de atividades culturais que proporcionem a aquisição de novos conhecimentos e vivências, de experimentação e de contato com os mais diversos tipos de linguagens, técnicas e ideias possibilitando a difusão cultural e a formação de público para a área de cultura.
O Projeto “Arte Para Todos” – após pausa em julho, volta as atividades no mês de agosto ainda no formato online e mantém seu cronograma anual inalterado até novembro. Quaisquer informações sobre o projeto entre em contato pelo e-mail: cultural@fundart.com.br
Confira os relatórios anuais em nosso site: www.fundart.com.br
Fonte: FundArtDisponível em: https://fundart.com.br/arteparatodos-fundart-divulga-relatorio-anual-do-projeto-de-oficinas-culturais/
A primeira farmácia homeopática foi instalada na rua Dr. Esteves da Silva (antiga Rua da Botica), era de propriedade do ubatubano da gema e do Centro, o farmacêutico: Prof. Cel. Luiz Domiciano da Conceição. Titio Luiz da Botica, como era chamado pelos seus familiares, tinha laços de família com a professora Dionísia Bueno Velloso (família Costa Ferreira). O farmacêutico fez parte da fundação do Ateneu Ubatubense e ocupava o cargo de procurador; era, também, secretário da Intendência Municipal e um competente professor. No Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva, onde já lecionava desde a fundação da escola, em 18/07/1896, “Ocupava a cadeira de Leitura, Recitação e Gramática Portuguesa”. Lembrando sempre, que o primeiro diretor foi o professor Luiz Mariano Bueno, livro Achegas à História do Litoral Norte Paulista, volume I – de autoria do Dr. Félix Guisard Filho, página 152 e do próprio livro de atas do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva. Diga-se de passagem, que as páginas da Ata foram arrancadas do livro do Grupo Escolar. Portanto, a escola não tem mais os originais.
Consta no livro de ponto do pessoal do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva, no espaço reservado para Observações: - “Em 19 março de 1907, o Prof. Cel. Domiciano da Conceição, nesta data assumiu a diretoria d’este Grupo, por ter-me designado para substituí-lo o ex-diretor, cidadão, Luiz Mariano Bueno”. Por ser um professor competente, respeitado, dedicado e amigo de todos, então, designou-o para substituí-lo. Este foi o procedimento que conduziu o professor Cel. Domiciano da Conceição a diretor do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva.
Na comemoração do 3º centenário da elevação da ALDEIA de IPEROIG à categoria de Vila e, tendo o seu nome mudado para, VILA NOVA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ DO SALVADOR DE UBATUBA. Foi neste dia, 28 de outubro de 1937, que em sua homenagem, foi dado o nome de uma rua central da cidade. A antiga “Rua Esperança” passou a chamar-se, Rua Coronel Domiciano.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
VEJA A MATERIA COMPLETA VIA LINK...........https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=34886
FONTE ORIGINAL DA MATERIA........SITE ubaweb.com
Na série Anjos da Saúde, publicado no O Guaruçá, Nenê Velloso cumpre a sua tarefa de nos ensinar sobre a cultura local. Está correto! Afinal, alguém já disse que “uma história de vida não é feita para ser arquivada ou guardada numa gaveta como coisa, mas existe para transformar a cidade onde ela floresceu”. Hoje, lendo os envolventes escritos do Nenê, escolhi o relato da minha vizinha da Praia do Sapê, na década de 1960. A Maria recupera ações de mulheres caiçaras nas questões de saúde, inclusive da sua própria mãe e da minha vó Martinha, a parteira. |
Relato de Maria Cruz Nasci em 48 e estas pessoas povoaram minha infância: Dona Martinha, avó do Domingos, do Jairo, entre outras menos conhecidas, era parteira. Fez todos os partos na nossa região, desde que me entendi por gente. Até quando apareceu médico por aqui e as mulheres ficaram mais “prosas”, aí as parteiras se acabaram. Herdou o dom de Dona Maria Félix, santa criatura que me apresentou ao mundo em 1948. Era uma parteira da Caçandoca, e Dona Martinha que morou lá aprendeu certamente com ela o ofício. Dona Martinha morava no Sapé, depois foi para a Estufa, onde morreu. Também no Rio das Pedras, bairro antes da Tabatinga, havia Dona Ana, que doou a área para a igreja católica daquele bairro. Ela amparava nossa gente, por aqui, e igualmente era muito querida. Homeopatia era com a Dona Quinina (Joaquina), mulher do Seu João Pimenta, que tinha armazém no Sapé. Ela tinha um “livrão” que manuseava a procura da “dose” a cada doença que lhe contassem. Tinha e vendia as doses que preparava num vidrinho ou caçula de guaraná, e todos acorriam a ela e sua medicação de “dose”. Minha mãe, Ana Cruz, oficialmente Ana Rosa das Chagas, atuou nesta época de dona Quinina, e foi a primeira “enfermeira” daqui da região. E ainda hoje guarda seu “pedido-cópia” de remédios, que era endossado pelo Seu Filhinho, e seus livros de apontamentos. Quando prefeito o Dr. Alberto Santos, foi contratada através do Senhor Vivi. Fazia de tudo: curativos, aplicava injeções e comprimidos antigripais, dava “comprimido de ferro”, e outros remédios. Aplicava inclusive soro antiofídico, que também tinha em casa. Abria ou espremia furúnculos, ajeitava quebraduras, arrumava talas de bambu e tiras de pano usado e enfaixava até sarar, e ainda ensinava a fazer os famosos “emplastos” de mato, São Joãozinho e canema, que ajudava a curar o quebrado. Minha mãe só não fazia parto, isto era com Dona Martinha, e que, como todas as parteiras, fazia os remédios para tal ocasião, as famosas “queimadas”, remédio para as parturientes da época. Geralmente a parteira tomava a seus cuidados a parturiente e seu filho até a primeira semana de vida, que era a mais perigosa para o bebê, pelo mal de sete dias, que não me lembro ter ouvido acontecer. Lembro-me da “vacina lizada anti-piogênica”, contra picadas de insetos que geralmente traziam alergias. Tínhamos em nossa casa um armarinho cheio de remédios farmacêuticos e alguns instrumentos simples que ela usava em sua lide diária. Trabalhou durante treze anos, sem um dia de férias, a qualquer hora do dia ou da noite e onde precisassem dela, lá estava minha mãe, ou então atendia em nossa casa mesmo. Parou quando prefeito o Dr. Nélio, quis transferi-la para a ASEL, e mamãe não aceitou. Através de Lei 486/08/77, foi aposentada como pensionista, percebendo hoje um salário mínimo regional ou salário mínimo brasileiro. Jamais recebeu qualquer outro valor sobre seus tempos de serviço. Sobre as benzedeiras, não me perguntou, mas vou enumerar por primeiro as mais antigas que conheci: 1- Tereza Blaque, na Maranduba, xingava muito, mas todos a procuravam. Morreu quando eu ainda era criança. 2- Rosalina Félix, na Maranduba, descendente de escravos da Caçandoca. 3- Minha tia Tatãe, ou Cândida Antonia de Morais, do Sapé, benzia mais crianças. 4- Benedita Fermino, nossa amiga, do Sapé, todas no meu tempo de criança. 5- Olivina, que veio da Praia Grande do Bonete, bondade infinita. 6- Sebastiana Maria, do Sertão da Quina, inclusive fazia as famosas “garrafadas” e que hoje fazem, a meu ver, tanta falta, pois fé também cura. Somente as duas últimas benziam em meu tempo de adulta. Eram criaturas muito benquistas e eram procuradas por todos. Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. Seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com. FONTE: |
Xandu Alves@xandualves10 | @jornalovale
Há histórias (verdadeiras) que parecem ficção de tão extraordinárias. Esta é uma delas.
É de como um naufrágio, um banquete antropofágico, o mau tempo de Ubatuba e um dos primeiros best-sellers do mundo transformaram a cultura e a identidade do Brasil.
O livro influencia o modernismo, que influencia o Cinema Novo e todo o restante.
Hans Staden (1525-1576) era um arcabuzeiro alemão que deixou a terra natal em busca de aventuras aos 20 anos. Foi a Lisboa, mas perdeu o navio para as Índias. Então, veio ao Brasil.
Chegou em janeiro de 1549, em Pernambuco, e ajudou os portugueses a resgatarem compatriotas em guerra com índios.
De volta à Europa, retornou ao Brasil em 1550 com Juan de Sanabria (1504-1549) rumo ao território espanhol, no Sul.
“De Cananeia para baixo era tudo espanhol. Eles tinham projeto de ocupar, mas deu tudo errado, com naufrágios e tragédias”, conta o jornalista e escritor Eduardo Bueno.
Chegaram à na Ilha de Santa Catarina e naufragam. Eles perambularam por dois anos até Staden conseguirem partir em um novo navio, e naufragaram novamente, em Itanhaém.
A expedição foi a São Vicente e o alemão tornou-se coordenador da artilharia do Forte São Felipe, no canal de Bertioga, em 1554, bem no limite com o território tribal dos Tamoios (Tupinambás), que odiavam os portugueses e eram aliados dos franceses.
Numa batida, Staden foi capturado pelos Tamoios e levado a uma aldeia em Ubatuba.
Bueno conta que o capturado entrou na aldeia amarrado e pulando, dizendo: “A vossa comida chegou”. “Ia ser comido num ritual antropofágico”.
Posto para engordar, Staden viu dois portugueses presos serem devorados pelos índios. Então, passa a dizer que é francês. Não dá certo. Só é salvo da panela por causa da abundante chuva de Ubatuba.
Conta Bueno: “Ele diz aos índios que chovia sem parar porque o Deus dele estava chorando. Se o matassem, nunca mais pararia de chover”.
Supersticiosos, os índios pedem para ele fazer parar de chover. Staden reza e, de repente, para de chover.
Agora poderoso, Staden foi libertado, voltou à Europa e escreveu o livro “Duas viagens ao Brasil”, editado pelo médico, anatomista e matemático Johann Dryander em 1557, que tornou-se um best-seller.
O livro só chega ao Brasil em 1892. Mas é uma edição de 1900 que impactará o país. Os direitos foram comprados por Eduardo Prado, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e pai de Paulo Prado, financiador da Semana de Arte Moderna de 1922.
Ele teria dado o livro a Tarsila do Amaral (1886-1973) e a Oswald de Andrade (1890-1954), destaque entre os modernistas e expoentes do conceito antropofágico, de pegar a arte de fora, canibalizá-la e vomitar uma arte nova, brasileira.
Impactados pelo livro, Tarsila fez o quadro Abaporu (‘homem que come gente’, em Tupi), de 1928. Andrade lançou o Movimento Antropofágico, impactando o Cinema Novo e as artes nacionais.
fonte........site............ovale.com.br.