Jorge Fonseca tem 81 anos, nascido em Ubatuba, é filho de Jesuíno Joaquim da Fonseca e Donária Maria da Conceição. Ele fala da origem de sua família e diz que seu avô, pai de Donária, era Antônio Lopes Guimarães - neto de francês, que juntamente com Dona Maria Alves, chegou ao município vindo de Rio de Janeiro. Antonio já estava viúvo, porém casou-se novamente com Izabel da Conceição, uma índia mestiça descendente de escravos. Antônio Lopes, avô de Jorge Fonseca adquiriu terras em Ubatuba de Dona Maria Alves, transformando-as em fazenda. Eram grandes áreas localizadas nas Toninhas, Casanga e Cedro, onde se cultivava plantações de fumo, café e cana, que depois transportavam à Santos em canoa de voga.
A família de Jorge Fonseca era formada por mais sete irmãos, eram eles: Hortência, Nestor, Maria, “Guaiá”, Luiz e “Biscoito”. Este último, tornou-se muito conhecido em Ubatuba pelo ofício de tintureiro. Biscoito, como era carinhosamente conhecido por todos, morava bem no centro de Ubatuba, nas proximidades onde hoje se encontra a casa lotérica, ao lado do Cartório Eleitoral. Biscoito passava roupas para os clientes da lavanderia de sua mulher: eram ternos, camisas e vestidos. Sua janela, que fazia frente à Rua Coronel Domiciano, era local conhecido por muitos ubatubenses, pois ao mesmo tempo em que Biscoito passava as roupas, sua televisão - a primeira de Ubatuba vivia ligada, servindo de passatempo para muitas pessoas que ali paravam para jogar uma conversa fora e assistir a programação diária.
Jorge morou até os 15 anos em uma área, onde hoje se encontra a Praça Treze de Maio, uma propriedade de seu pai Jesuíno Joaquim da Fonseca que plantava e criava animais, não só ali como também em áreas localizadas no Horto. Trabalhou de sol a sol até o final de sua vida, de forma trágica aos 86 anos. Segundo Jorge Fonseca, em um sábado de Aleluia, seu pai e mais dois irmãos foram à costeira, na praia do Perequê Açu para “catar” marisco e, na volta, no meio do caminho, seu Jesuíno decide apanhar mais um pouco, e estando de costas para o mar agachado, uma onda forte o derrubou e o arrastou para o fundo do mar. No dia seguinte, no domingo de Ramos acharam seu corpo com a cabeça ferida, na praia do Perequê Açu e ajudado pelo Félix Guisard, o levaram, na sua camionete, até a Santa Casa, mas sem vida. Já, Donária Maria da Conceição, mãe de Jorge Fonseca, era parteira muito conhecida em Ubatuba, era difícil encontrar algum cidadão que não houvesse nascido nas mãos de Donária. Ela, depois de muitos anos de Ubatuba, decidiu morar em Taubaté nos anos 40, retornando à Ubatuba onde veio a falecer anos depois.
Jorge lembra com emoção e prazer de sua infância em Ubatuba. Brincava, caçava passarinho com estilingue, vivia grandes aventuras desfrutando a natureza junto a seus amigos. Uma época em que ganhar alguns réis, era um privilégio permitido também às crianças. Ele conta que pelo menos uma vez por semana, atracavam navios na costa, como o “Aspirante” ou o “Taipava”, trazendo além de cargas e mantimentos, alguns poucos turistas que ficavam no antigo e famoso Hotel Felipe. Jorge e alguns amigos corriam pelo caminho que levava até a praia do Matarazzo, onde esperavam pelos pequenos botes que traziam até a areia os tripulantes do navio e as cargas. Então, ajudavam os turistas com suas malas levando-os até o hotel Felipe, ganhando boas gorjetas. Jorge Fonseca lembra que não era qualquer um que ficava em estadias naquele hotel pois suas diárias chegavam a vinte e trinta mil réis.
“A minha mocidade – nos diz o entrevistado - começou a ser mais aventureira.” Sobretudo quando começou a aprender a caçar, utilizando espingardas 36 e depois uma 28. Acompanhado de alguns amigos, embrenhavam-se nas matas praticamente virgens de Ubatuba, algumas vezes chegando às divisas com outros municípios onde ficavam de uma a duas semanas. Mas lembra que não era necessário ir tão longe para achar as caças preferidas e até um rancho eles construíram em local bem próximo como o Taquaral. Ali eles encontravam uma diversidade de animais como cotia, raposa, jacutínga, “porco do mato” e uma variedade de aves com o tucano, macuco, sabiá e outros. Jorge hoje se arrepende desta prática predatória, pois muitos animais tinham suas vidas interrompidas por um tiro de espingarda. Ele lembra que uma vez, até macaco eles caçaram, atirando pelo menos em dois deles e que ao limpá-lo, na hora de pelar, quando o viu, disse que parecia muito com gente. Mesmo assim, já que caçaram, comeram o tal macaco. Em uma outra oportunidade, jurou nunca mais repetir o fato, atirou em uma preguiça e quando chegou perto dela para pega-la já morta, havia um filhote agarrada a barriga da mãe. Jorge ficou triste e chateado, jurando que nunca mais mataria este tipo de animal, bem como os macacos. O filhote da preguiça ele acabou levando para terminar de criá-lo, mas acabou dando a uma mulher que prometeu criar e depois soltá-la para a mata.
Jorge lembra também que já moço, aprendeu a fazer tarrafa, sozinho e que depois, em vez das caçadas, preferiu as pescarias de tarrafa em rios1. Naquela época em Ubatuba, ninguém sabia fazer tarrafa, então um dia desses Jorge comprou um novelo de linha para tentar fazê-la sozinho, como não conseguia , resolveu dormir. Conta que sonhou estar fazendo a tarrafa de acordo com sua intuição e ao acordar, rapidamente, tentou lembrar do feitio, assim fez e teceu sua primeira tarrafa. Começou a pescar, jogando tarrafa no rio da Bica, na Picinguaba e no rio Quiririm na praia do Ubatumirim, local onde fez muitas amizades que permanecem até os dias de hoje.
O entrevistado disse que antigamente passava fome em Ubatuba quem queria, eram muitos peixes, uma variedade como tainha, robalo, carapeva e havia muito peixe tanto no mar como nos rios. Conta também que na praia do Itaguá havia cercos que chegavam a amontoar tantos peixes que ao final da distribuição se enterravam as sobras. Em época de tainhas, elas chegavam à baia do Itaguá em grandes cardumes, eram cercadas pelas canoas dos senhores Antonio Vieira, Alfredo Vieira, Benedito Junior e os Liberatos. Eram grandes redes, puxadas até a praia. Uma grande quantidade de enormes tainhas, que ao final eram repartidas entre eles e distribuídas à comunidade. Jorge Fonseca sente que hoje a coisa é bem diferente daqueles tempos de fartura. Diz que hoje os peixes são mirrados e a quantidade que vem nos arrastões da praia do Itaguá, mal alcançam para uma família de poucas pessoas.
Jorge Fonseca relembra os carnavais de Ubatuba com muita nostalgia, comenta que ele sempre foi um boêmio, desde os 10 anos de idade. Costumava escrever letras de marchinhas carnavalescas para os blocos que puxava. Diz que quando tinha uns 8 ou 9 anos de idade, seu pai fez um pandeiro de couro e tampinhas e o levava na rua para ver o bloco “Taruma”, um dos blocos mais famosos de Ubatuba. “Ubatuba já teve o melhor carnaval de rua do litoral paulista.” Além do Taruma, havia a Dança da Fita, a Dança do Bugre, do Boi do Itaguá e do Boi do Centro, a Banda do Cipó, o Moçambique do Mané Raé e até o casamento caipira que era realizado em pleno carnaval, na praça da matriz.
Jorge Fonseca lembra que o carnaval era realizado na maioria das ruas do centro e o corso parava em frente de casas que pediam. Até o Hotel Felipe marcava a presença dos blocos carnavalescos que desfilavam pelo local onde mais tarde seria a Avenida Iperoig. Bares convidavam o bloco do seu Jorge a tocar no local e também no antigo Hotel Atlântico. A alegria era tanta que as pessoas amanheciam nas ruas , pura diversão, sem perigo e sem maldade. Ele relembra dos blocos “os mascarados” que anunciavam o carnaval a partir das duas horas do primeiro dia, domingo, fantasiados de forma assustadora.. Eram sacis, caveiras, fantasias de vermelho imitando o diabo, personagens que corriam atrás das crianças para assustá-las. A partir das dez da noite, alguns se vestiam de morte e saiam fantasiados de caveiras, carregando foices. O último dia era na terça-feira, respeitando a quarta-feira de cinzas quando religiosamente, nenhuma alma viva saia às ruas em sinal de sacro respeito.
Jorge Fonseca era um grande carnavalesco, chamado de mestre, levava a sério os ensaios e as marchas que eram escritas por ele, por exemplo a marcha “Pela primeira vez”, entre outras de sua autoria. Ensaiavam em um mês e meio e o numero de pessoas era de 70 integrantes fantasiados. Sua esposa, Dona Celina ficava responsável por sua fantasia pronta e no cabide, depois ela poderia confeccionar as outras, atravessando, para isso, noites em claro. Os ensaios aconteciam em salões emprestados como no Ateneu, perto da igreja Matriz que foi liberado pelo Padre João. Em outros anos, tais ensaios foram no salão de Dona Idalina Graça: “As de Ouro” e “O boêmio de ouro”.
Eram realizados campeonatos entre os blocos, disputas que davam prêmios em dinheiro e troféus recebidos das mãos do Matarazzo, quando prefeito. Jorge Fonseca diz que todos os anos tirava blocos nos carnavais da cidade, entre os anos de 1940 à 1972. Depois parou, viu que não era mais a mesma coisa, que as pessoas começaram a querer bagunça em vez de diversão sem violência. No início dos anos oitenta, ele volta atendendo ao convite de seu compadre e amigo Toninho Marques, sendo esse o último de seus carnavais frente a um bloco de rua. O bloco foi o “Pé de Cana”, onde as pessoas em uma fantasia muito simples, feita de saco de pano, empunhando uma ponta de cana em folhas pulavam descalços pelas ruas do centro da cidade relembrando décadas anteriores de sua juventude carnavalesca. Jorge Fonseca termina a nossa entrevista falando sobre os carnavais antigos de Ubatuba, lembrando nomes de pessoas da época que tiravam blocos: Mane Raé (Moçambique), Joaquim Rita (Banda Cipó), João Vitório (Dança da Fita); Antonio Argeu (Dança do Bugre) e Dona Maria do Paulo (Dança Sempre Viva), estes os mais antigos. A partir dos anos 40, quando ele começou junto com Bibaco, Ditos Roque, Evaristo, Jonas, Antonio Barbosa, Bideco, Cacareco, Emílio, Miguel Argel, Zé Graciano, Quinzhinho, Virgínia, Benedita Efigênia, Maria di Bê, Catarina, Iracema entre outras pessoas que vinham, inclusive de outras cidades.
Os enunciados do discurso de Jorge Fonseca são signos de uma realidade que dialoga o tempo todo com o passado, de forma imediata e prática. A revitalização do entrevistado parece vir de sua voz, meio pelo qual ele se transforma em protagonista principal da história. As palavras assim cobraram vida e nos envolveram. As palavras percorreram todos os domínios, costurando as informações sobre as origens de sua família, sobre seu trabalho e sobre o carnaval no qual ele era festeiro. Esse saber do cotidiano parece ser, na a concepção caiçara essencial à própria existência, centro de organização de toda a fala de Jorge Fonseca, assim como de todos os entrevistados, é a expressão do interior e do exterior, situada no âmago do meio social do qual o caiçara faz parte. Ele é o espaço privilegiado dessa dinâmica humana em que o ser constrói e se desconstrói no cotidiano, lugar onde penetram os meios de comunicação.
TEXTO EXTRAIDO DO LIVRO " UBATUBA , ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA "
De Jorge Otavio Fonseca e Juan Drouguet
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
UBATUBA E SUA HISTÓRIA ...A folia do divino em Ubatuba
Pedro Paulo Teixeira Pinto
Trazida de Portugal pela Rainha Isabel, nos fins do século XVII, a Festa do Divino Espírito Santo ou Festa de Pentecostes, é uma das mais antigas tradições profano-religiosas do Brasil. Pela atuação de vários fatores adversos, a Folia do Divino, em Ubatuba, não sai mais, ainda permanecendo viva na cidade vizinha de Paraty no Estado do Rio de Janeiro.
A Enseada era um bairro habitado exclusivamente por famílias de pescadores. As casas, de pau-a-pique, chão de barro batido, cobertas de sapé. Luz de lamparina, água de cachoeira carregada em pote para uso doméstico. Sobre tarimba de bambu, esteira de taboa completava a cama.
Na pesca, a atividade principal dos homens. As mulheres davam conta da roça.
Peixe, mandioca e banana eram a base da alimentação, enquanto danças como o Xiba, São Gonçalo, entre outras manifestações típicas, sustentavam as necessidades de entretenimento.
A ausência acentuada do pároco era remediada pelo humilde e dedicado capelão que reunia a comunidade para rezar na capela de Santa Rita.
Boitatá, saci-pererê, corpo-seco, mula-sem-cabeça, assombração, faziam parte do imaginário coletivo e podiam castigar criança desobediente e mesmo adultos.
Mau olhado e quebranto eram afastados pela competência das benzedeiras. Uma delas, dona Sarafina, velhinha, pito no canto da boca, de cócoras, à beira do braseiro do fogão feito no chão, contava longas histórias de meter medo.
Para chegar à cidade, hora e meia a pé, por trilhas e praias, sobre sempre pés descalços.
Nesse cenário, criança, conheci e convivi com a Folia do Divino Espírito Santo, maior festa anual de toda a comunidade caiçara. Durante sua permanência no bairro, todos os dias, de manhã à noite, com a roupa melhor que tinham, todos participavam, casa em casa, da romaria do Divino. Era o grande ato de fé da comunidade.
· OUTROS TEMPOS
Em 1974 a Folia não saiu. "O trabalho da Igreja, atualmente, é mais o de evangelizar, e hoje não há a possibilidade dessas festas se realizarem, pois é um ato religioso que não é mais entendido pelo povo", justificou-se o Vigário da época.
O interesse em resgatar essa importante tradição da cultura caiçara, reuniu algumas pessoas, como a Zenaide, dona Ofhélia e eu, que empenhamo-nos bastante para reviver o evento.
Em 1975 conseguimos que a Zenaide fosse a Festeira e garantimos, não sem luta, a saída do grupo da Folia, e toda Ubatuba recebeu a visita do Divino. Em 1976 foi a minha vez. Vencemos a fase crítica e finalmente a resistência da Igreja. Com a vinda do novo pároco, Frei Sebastião, sensível às manifestações populares religiosas, a Folia se firmou de novo. Contudo, sem o antigo brilho, dentro de uma nova realidade, cada vez mais adversa.
A influência crescente das religiões evangélicas, da atividade turística, da mídia eletrônica, determinaram profundas alterações no perfil de nossa população, hoje formada preponderantemente por migrantes aqui chegados em função da construção civil.
Hoje a Folia do Divino não sai mais, a partir do ano passado, e a razão principal é a falta de foliões. Os que não morreram estão muito velhos e a renovação não encontrou ambiente propício para acontecer.
Jaime Rodrigues em seu artigo "Observações Sobre a Cultura Popular" diz assim:" Uma conseqüência desse admirável mundo novo é a internacionalização do produto artístico-cultural. Isso quando não fortalecidas as culturas nacionais, a conduzem para o aniquilamento ou para a subversão, mediante a simbiose com manifestações alienígenas".
FONTE : Fundart
Trazida de Portugal pela Rainha Isabel, nos fins do século XVII, a Festa do Divino Espírito Santo ou Festa de Pentecostes, é uma das mais antigas tradições profano-religiosas do Brasil. Pela atuação de vários fatores adversos, a Folia do Divino, em Ubatuba, não sai mais, ainda permanecendo viva na cidade vizinha de Paraty no Estado do Rio de Janeiro.
A Enseada era um bairro habitado exclusivamente por famílias de pescadores. As casas, de pau-a-pique, chão de barro batido, cobertas de sapé. Luz de lamparina, água de cachoeira carregada em pote para uso doméstico. Sobre tarimba de bambu, esteira de taboa completava a cama.
Na pesca, a atividade principal dos homens. As mulheres davam conta da roça.
Peixe, mandioca e banana eram a base da alimentação, enquanto danças como o Xiba, São Gonçalo, entre outras manifestações típicas, sustentavam as necessidades de entretenimento.
A ausência acentuada do pároco era remediada pelo humilde e dedicado capelão que reunia a comunidade para rezar na capela de Santa Rita.
Boitatá, saci-pererê, corpo-seco, mula-sem-cabeça, assombração, faziam parte do imaginário coletivo e podiam castigar criança desobediente e mesmo adultos.
Mau olhado e quebranto eram afastados pela competência das benzedeiras. Uma delas, dona Sarafina, velhinha, pito no canto da boca, de cócoras, à beira do braseiro do fogão feito no chão, contava longas histórias de meter medo.
Para chegar à cidade, hora e meia a pé, por trilhas e praias, sobre sempre pés descalços.
Nesse cenário, criança, conheci e convivi com a Folia do Divino Espírito Santo, maior festa anual de toda a comunidade caiçara. Durante sua permanência no bairro, todos os dias, de manhã à noite, com a roupa melhor que tinham, todos participavam, casa em casa, da romaria do Divino. Era o grande ato de fé da comunidade.
· OUTROS TEMPOS
Em 1974 a Folia não saiu. "O trabalho da Igreja, atualmente, é mais o de evangelizar, e hoje não há a possibilidade dessas festas se realizarem, pois é um ato religioso que não é mais entendido pelo povo", justificou-se o Vigário da época.
O interesse em resgatar essa importante tradição da cultura caiçara, reuniu algumas pessoas, como a Zenaide, dona Ofhélia e eu, que empenhamo-nos bastante para reviver o evento.
Em 1975 conseguimos que a Zenaide fosse a Festeira e garantimos, não sem luta, a saída do grupo da Folia, e toda Ubatuba recebeu a visita do Divino. Em 1976 foi a minha vez. Vencemos a fase crítica e finalmente a resistência da Igreja. Com a vinda do novo pároco, Frei Sebastião, sensível às manifestações populares religiosas, a Folia se firmou de novo. Contudo, sem o antigo brilho, dentro de uma nova realidade, cada vez mais adversa.
A influência crescente das religiões evangélicas, da atividade turística, da mídia eletrônica, determinaram profundas alterações no perfil de nossa população, hoje formada preponderantemente por migrantes aqui chegados em função da construção civil.
Hoje a Folia do Divino não sai mais, a partir do ano passado, e a razão principal é a falta de foliões. Os que não morreram estão muito velhos e a renovação não encontrou ambiente propício para acontecer.
Jaime Rodrigues em seu artigo "Observações Sobre a Cultura Popular" diz assim:" Uma conseqüência desse admirável mundo novo é a internacionalização do produto artístico-cultural. Isso quando não fortalecidas as culturas nacionais, a conduzem para o aniquilamento ou para a subversão, mediante a simbiose com manifestações alienígenas".
FONTE : Fundart
ESPECIAL DO LIVRO " Ubatuba, espaço, memória e cultura " - PARTE 2
Capítulo I
UBATUBA, O PRIMEIRO SOL DO VERÃO.
Quem acompanhar a trajetória do Trópico de Capricórnio1 no mapa, verá que ele se encontra, em sua rota imaginária ao redor do globo, com a cidade Ubatuba, localizada ao norte do litoral de São Paulo. E todos os anos, em 22 de dezembro, suas praias recebem os primeiros raios de sol do hemisfério sul, consagrando o início do verão. Essa metáfora espacial serve como ponto de partida para abordar a cidade desde uma perspectiva turística, uma das principais fontes de reconhecimento que se faz desta região do litoral norte de São Paulo.
Apesar de o Trópico de Capricórnio não ser conhecido como uma referência geográfica importante pelos meios de comunicação de massa e pelo público em geral, ele determina um dos motivos pelos quais Ubatuba é, em uma das estações do ano, a primeira a desfrutar do solstício de verão. O calor, a qualidade do clima e das águas coloca Ubatuba como um dos mais importantes recursos turísticos do litoral norte de São Paulo. As pessoas vão ao lugar em férias, pois o clima ameno atrai um fluxo turístico considerável à procura do sol e da Serra do Mar.
A linha imaginária que atravessa Ubatuba passa pela praia do Cruzeiro, próxima ao campo de aviação Gastão Madeira. Um símbolo concreto desse cruzamento é um globo de metal, sobre uma estrela dos ventos, localizado em uma das praças que hoje serve de marco de referência para o lazer e a recreação dos habitantes de Ubatuba. A função simbólica deste lugar convencionado para este fim reveste, o mesmo de um valor ímpar em termos de localização espacial.
Assim, o sol oferece em Ubatuba um espetáculo privilegiado, um dos cenários mais primorosos da aurora do verão de nosso país tropical. Tal explosão de beleza desenha o visual colorido do Cruzeiro e, junto às águas que banham a baía do centro, desenham um belíssimo cartão postal de Ubatuba.
“O primeiro sol do verão brilha aqui”. Foi esse um dos slogans usados pela mídia na divulgação das imagens da cidade, que teve o objetivo de atrair turistas e visitantes. Talvez essa tenha sido a única investida feita na tentativa de explorar turisticamente o potencial do fenômeno imaginário, expresso no visual real da paisagem “deslumbrante” de Ubatuba.
O turismo é uma força motriz da economia mundial nos dias de hoje, uma atividade de importância política, social e cultural. Uma atividade de impacto significativo, que merece a nossa atenção e que compromete o percurso da nossa travessia por eixos do turismo como a geografia, a história e a cultura.
O turismo é, na atualidade, um campo de estudos que, segundo Chris Cooper, em Turismo, princípios e prática (2001), ainda carece de base teórica para tornar-se uma disciplina. Apesar dos vários indicadores atuais que apontam para uma crescente profissionalização do turismo, tanto em termos de atividade prática como teórica, nessa obra, o conceito faz referência ao fenômeno social, impulsionado por motivações de caráter social, em primeiro lugar.
Este trabalho se concentra em torno de uma localidade, pois a intenção é demonstrar a possibilidade de se estabelecer categorias de análise que perfazem a práxis do turismo, como o mapeamento dos recursos turísticos, e a reconstrução da história, imagens, tradições, costumes e folclore.
As abordagens tradicionais operacionalizam e reduzem o turismo a um conjunto de atividades ou transações econômicas – afirma Cooper -, enquanto autores mais recentes têm criticado esse “reducionismo”, enfatizando estruturas pós–modernas, que analisam o significado e o conteúdo do turismo na mira dos fenômenos interativos e artísticos.
A nossa proposta consiste de um estudo regional, localizado e bem definido. A cidade de Ubatuba está carente de um resgate cultural em termos de registro, capaz de oferecer-lhe o frescor do amanhecer e o despertar da consciência de seus habitantes para aspectos sobre seu entorno, sobre sua identidade e sobre as possibilidades de um presente reconhecido pelo valor de suas tradições ancestrais, e pelo poder transformador das instituições sociais que atuam na cidade.
Os eixos mais importantes do livro que apresentamos serão o espaço, a memória e a cultura nativos, que comprometem a apreensão dos sentidos e o olhar, sendo este último o epicentro de toda atividade crítica na produção de conhecimento. E não há nada mais apropriado para esse propósito que o ponto de vista de um nativo nascido em Ubatuba e de um estrangeiro considerado, em última instância, um turista que foi literalmente fisgado pela beleza física e humana de uma cidade que o cativou.
Neste primeiro capítulo, trataremos Ubatuba como um destino turístico inscrito no mapa do mundo, operando uma escolha das 20 praias que definiram dois roteiros e que representam o interesse para o entendimento da ação turística no local, caracterizando os principais atrativos naturais e culturais que fazem desta atividade e da pesca os principais eixos de sustentação econômica do município.
( O livro UBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA, foi editado e lançado em 2005, ecrito pelos autores JORGE OTAVIO FONSECA e JUAN DROUGUETT ) - Em Ubatuba, o livro pode ser encontrado na Biblioteca Municipal de Ubatuba , Praça 13 de Maio, 52 - Centro.)
PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO DIA 05 DE JULHO DE 2010
UBATUBA, O PRIMEIRO SOL DO VERÃO.
Quem acompanhar a trajetória do Trópico de Capricórnio1 no mapa, verá que ele se encontra, em sua rota imaginária ao redor do globo, com a cidade Ubatuba, localizada ao norte do litoral de São Paulo. E todos os anos, em 22 de dezembro, suas praias recebem os primeiros raios de sol do hemisfério sul, consagrando o início do verão. Essa metáfora espacial serve como ponto de partida para abordar a cidade desde uma perspectiva turística, uma das principais fontes de reconhecimento que se faz desta região do litoral norte de São Paulo.
Apesar de o Trópico de Capricórnio não ser conhecido como uma referência geográfica importante pelos meios de comunicação de massa e pelo público em geral, ele determina um dos motivos pelos quais Ubatuba é, em uma das estações do ano, a primeira a desfrutar do solstício de verão. O calor, a qualidade do clima e das águas coloca Ubatuba como um dos mais importantes recursos turísticos do litoral norte de São Paulo. As pessoas vão ao lugar em férias, pois o clima ameno atrai um fluxo turístico considerável à procura do sol e da Serra do Mar.
A linha imaginária que atravessa Ubatuba passa pela praia do Cruzeiro, próxima ao campo de aviação Gastão Madeira. Um símbolo concreto desse cruzamento é um globo de metal, sobre uma estrela dos ventos, localizado em uma das praças que hoje serve de marco de referência para o lazer e a recreação dos habitantes de Ubatuba. A função simbólica deste lugar convencionado para este fim reveste, o mesmo de um valor ímpar em termos de localização espacial.
Assim, o sol oferece em Ubatuba um espetáculo privilegiado, um dos cenários mais primorosos da aurora do verão de nosso país tropical. Tal explosão de beleza desenha o visual colorido do Cruzeiro e, junto às águas que banham a baía do centro, desenham um belíssimo cartão postal de Ubatuba.
“O primeiro sol do verão brilha aqui”. Foi esse um dos slogans usados pela mídia na divulgação das imagens da cidade, que teve o objetivo de atrair turistas e visitantes. Talvez essa tenha sido a única investida feita na tentativa de explorar turisticamente o potencial do fenômeno imaginário, expresso no visual real da paisagem “deslumbrante” de Ubatuba.
O turismo é uma força motriz da economia mundial nos dias de hoje, uma atividade de importância política, social e cultural. Uma atividade de impacto significativo, que merece a nossa atenção e que compromete o percurso da nossa travessia por eixos do turismo como a geografia, a história e a cultura.
O turismo é, na atualidade, um campo de estudos que, segundo Chris Cooper, em Turismo, princípios e prática (2001), ainda carece de base teórica para tornar-se uma disciplina. Apesar dos vários indicadores atuais que apontam para uma crescente profissionalização do turismo, tanto em termos de atividade prática como teórica, nessa obra, o conceito faz referência ao fenômeno social, impulsionado por motivações de caráter social, em primeiro lugar.
Este trabalho se concentra em torno de uma localidade, pois a intenção é demonstrar a possibilidade de se estabelecer categorias de análise que perfazem a práxis do turismo, como o mapeamento dos recursos turísticos, e a reconstrução da história, imagens, tradições, costumes e folclore.
As abordagens tradicionais operacionalizam e reduzem o turismo a um conjunto de atividades ou transações econômicas – afirma Cooper -, enquanto autores mais recentes têm criticado esse “reducionismo”, enfatizando estruturas pós–modernas, que analisam o significado e o conteúdo do turismo na mira dos fenômenos interativos e artísticos.
A nossa proposta consiste de um estudo regional, localizado e bem definido. A cidade de Ubatuba está carente de um resgate cultural em termos de registro, capaz de oferecer-lhe o frescor do amanhecer e o despertar da consciência de seus habitantes para aspectos sobre seu entorno, sobre sua identidade e sobre as possibilidades de um presente reconhecido pelo valor de suas tradições ancestrais, e pelo poder transformador das instituições sociais que atuam na cidade.
Os eixos mais importantes do livro que apresentamos serão o espaço, a memória e a cultura nativos, que comprometem a apreensão dos sentidos e o olhar, sendo este último o epicentro de toda atividade crítica na produção de conhecimento. E não há nada mais apropriado para esse propósito que o ponto de vista de um nativo nascido em Ubatuba e de um estrangeiro considerado, em última instância, um turista que foi literalmente fisgado pela beleza física e humana de uma cidade que o cativou.
Neste primeiro capítulo, trataremos Ubatuba como um destino turístico inscrito no mapa do mundo, operando uma escolha das 20 praias que definiram dois roteiros e que representam o interesse para o entendimento da ação turística no local, caracterizando os principais atrativos naturais e culturais que fazem desta atividade e da pesca os principais eixos de sustentação econômica do município.
( O livro UBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA, foi editado e lançado em 2005, ecrito pelos autores JORGE OTAVIO FONSECA e JUAN DROUGUETT ) - Em Ubatuba, o livro pode ser encontrado na Biblioteca Municipal de Ubatuba , Praça 13 de Maio, 52 - Centro.)
PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO DIA 05 DE JULHO DE 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
FALA CAIÇARA........Ilha Anchieta... O dia 20 de junho de 1952
A criançada há muito que tava de queixo caído e olhos arregalados, com as estórias de vovô.
- É mentiiiiira Rita???
Vovó, que estava de cochilo em sua cadeira de balanço, se viu encurralada pela criançada que queria saber se era verdade ou mentira o que vovô tinha contado. Indagações e mais indagações!!!
A ova de tainha já tava cheirando no brasido. Antes de responder aos netos sobre a história de vovô, vovó arrumou o jantar da criançada. Farinha de mandioca com ova de tainha, batata doce, mandioca e café de cana foi o que acalmou a criançada. Aquela briga de São Jorge contra o dragão, na lua, ainda estava a um quarto do céu. Nem sono, nem resmungo; a criançada não arredou pé da beira da taipa. Três foram pra junto de vovô e o resto ficou amontoado aos pés da cadeira de vovó, parecendo galinha de pinto. Vovó olhou para o vovô num olhar de quem diz: “Você me põe em cada enrascada, velho?!” Mas não titubeou e confirmou a história de vovô:
- É verdade! Isso aconteceu com seu avô! Aquilo que Netuno falou, que a Ilha ia se transformar, mudar de nome e jorrar sangue; aconteceu como um relâmpago!
E assim vovó passou a narrar fatos verídicos de uma história com H.
- Em 1904 um pequeno navio ancorou no largo da Ilha; era o navio do Dr. José Cardoso, secretário do Governo do Estado que decidiu fazer da ilha uma colônia penal correcional, um presídio para aprisionar os mais perigosos criminosos do Brasil. E assim o fez... Declarou a Ilha de utilidade pública. Meu pai morava lá, e assim, como os Cabral, os Graças, os Pinhos, os Góis e outros, contrariados, tiveram que sair; lhes deram uma mixaria e foram morar espalhados pela Enseada, Perequê-Mirim e Saco da Ribeira. No mesmo ano, com projeto do arquiteto Dr. Ramos de Oliveira e construção de Dr. Luiz Antonio Teixeira Leite, deu-se início as obras do presídio. Com capacidade para trezentos detentos, em 1908, o presídio se concretizou, onde ergueu-se uma pedra comemorativa com a inscrição: “Colônia Correcional do Porto das Palmas”. Em 1914 a colônia foi desativada...
Vovó, agora animada continuava.
- Depois, em 1926, chegou um monte de gente estranha falando uma língua, que mais parecia fala de baitaca no cacho de coco, do que gente; eram russos que o governo paulista enviou para a Ilha; desses, morreu mais de cem, envenenados com mandioca brava de fazer farinha, tiradas das roças abandonadas dos caiçaras; com isso o governo mandou-os de volta à sua pátria. “Ilha dos Porcos” era um nome de cunho pejorativo, mas que durou até 1934. Foi aí, por sugestão dos deputados Cincinato Braga e Manoel Hypólito do Rego, que a Ilha passou a se chamar “Ilha Anchieta”, em comemoração ao quarto centenário de nascimento de Padre José de Anchieta, e o presídio como “Instituto Correcional da Ilha Anchieta”. Estava feita a profecia, a Ilha mudou de nome!
Os três que tinham ido para a rede, junto de vovô, já se encontravam em sono profundo. O cachimbo de vovô soltava fumaça feito chaminé de trem. Era bom, porque afugentava os mosquitos micuim.
- Vão dormir crianças que amanhã eu conto o resto! - Falava vovó.
Mas que nada, a criançada em seus pés queria saber do sangue que ia jorrar. Vovó então continuou.
- Os presos foram chegando... Certa vez, isso em 1945, chegou na Ilha um bando de japonês, eram presos políticos de um grupo chamado Shindo Romei; ideologistas japoneses que executavam seus compatriotas, aqui no Brasil, por considera-los amigos dos brasileiros e, por conseguinte, traidores do Japão. Esses japoneses eram muitos bons e trabalhadores, transformaram o capim melado e o sapezal da Ilha em verduras e legumes. Pronto, acabou a história! Agora vocês vão dormir que já é tarde!
- E o sangue vovó, e o sangue? - Insistia a criançada.
- Conta velha, conta que falta pouco. - Interveio vovô.
Não tendo como se safar, vovó continuou com seu relato.
- O sangue veio no dia 20 de junho de 1952. Tinha mais de quatrocentos e cinqüenta presos na ilha, muitos deles eram bons e trabalhavam para manter a organização e o conforto do presídio. Uns faziam comida, outros cuidavam da limpeza, tinha os que eram servos nas casas dos servidores e tinha também a turma que cortava lenha nas matas das redondezas. Foi nessa história de corta lenha que o sangue jorrou. O preso de apelido “Portuga” foi quem elaborou todo plano da rebelião para fugirem do presídio da Ilha. Reunido com: João Pereira Lima, China Show, Gerico, Ildefonso, Mocoroa, Sete Dedos, Diabo Loiro, e outros dos mais perversos bandidos do país; Portuga revelou seu plano... No dia 20, mais de 100 presos saíram para transportar a lenha já cortada no dia anterior, tendo como escolta, apenas dois soldados e dois funcionários do presídio. Diante da amizade e descontração que foi cuidadosamente planejado entre os presos para com os policiais, em certa hora, Pereira Lima, retirou o fuzil do soldado, e assim o motim começou. Lá na mata, mataram os dois soldados, amarraram os dois funcionários e se dirigiram para o presídio. Com as armas de fogo dentro de feixes de lenha, passaram, como sempre, em frente ao quartel, onde em golpes súbitos atacaram, atirando e matando os policiais que faziam a guarda. Foi aí que o sangue começou a jorrar, dominaram a sala de armas e tomaram conta de tudo. Muitos soldados morreram tentando defender o quartel e muitos outros foram mortos apenas por vingança ou satisfazer a sede assassina de matar. A vitória dos presos foi completa. “Em meio a todo aquele massacre, uma voz se fez ouvir: “Se eu souber que uma mulher ou criança foi maltratada, o autor terá morte pelas minhas mãos”. Era o chefe da rebelião, João Pereira Lima, falando alto para todos ouvirem e ainda acrescentou: “Nosso fim é a fuga...” Esperavam o barco Ubatubinha que traria mantimentos, mas não apareceu... Sabendo que aquela história não ia ficar assim, alguns do comando de Pereira Lima fugiram no “Carneiro da Fonte”, que era a lancha da ilha, rumo à praia de Ubatumirim. Nesta travessia muitos presos foram jogados ao mar para aliviar a embarcação. Outros presos fugiram de canoas onde ganharam as matas e serras de Ubatuba.
- É meus netos - continuava vovó - foi a maior rebelião do mundo; foi preciso a Polícia Civil, Marítima, Polícia Militar de São Paulo e Fluminense, além da Marinha, Exército e Aeronáutica, para capturar e acabar com a rebelião. O balanço dessa tragédia foi que fugiram 129 presos, sendo 108 recapturados, morreram 18 presos, 8 policiais, 2 funcionários civis. É meus netos, em 1952 eu tinha a idade de vocês e presenciei todos aqueles tiros, gritos, sangue e mortes! Foi a mais sangrenta rebelião do mundo. Eu estava lá!
Os olhos de vovó estavam umedecidos em lágrimas, só não rolavam para não causar tristeza maior nas crianças.
Aquela história era comovente e para que as crianças não fossem dormir com aquela impressão de horror e sangue, vovô chamou a atenção das crianças contando sobre a nova fase da Ilha Anchieta.
TEXTO DO PROFESSOR JULINHO MENDES
segunda-feira, 21 de junho de 2010
ESPECIAL LIVRO " Ubatuba, espaço, memória e cultura"
Escrito a quatro mãos , o Livro uBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA, foi lançado em 2005, traz a tona a verdadeira historia de Ubatuba , desde a sua pré - historia até os idos de 2005. Autores Jorge Otavio Fonseca ( natural de Ubatub-SP e mano do editor deste blog) e Juan Drouguett ( professor de historia da USP). O livro pode ser encontrado na Biblioteca Muncipal de Ubatuba, Praça 13 de Maio, 52-Centro.
VAMOS A PARTIR DESTE , FAZER UMA VIAGEM PELA HISTORIA DE UBATUBA, ATRAVÉS DO LIVRO "UBATUBA , ESPAÇO , MEMÓRIA E CULTURA" ....
............
INTRODUÇÃO DO LIVRO
Ubatuba – espaço, memória e cultura é uma obra que se origina de uma amizade entre um habitante da cidade e um estrangeiro, para situar-se como um projeto de sistematização regional, visto na perspectiva do turismo, da história e da cultura local.
A cidade de Ubatuba como destino turístico constitui o ponto de partida para dois itinerários diferentes que se fundem para mostrar, conjuntamente, o lado perceptivo daquele que mora na cidade de Ubatuba, e o lado reflexivo do turista que interpreta os efeitos da paisagem e da história com a qual se reveste a cidade ao longo da escrita.
Trata-se de um tipo de construção teórica importante, no sentido de oferecer dados para toda e qualquer pesquisa que se venha a fazer sobre a região. Uma das maiores dificuldades que enfrentamos, uma vez que decidimos fazer frente à esta aventura foi justamente a falta de registro escrito das tradições orais de Ubatuba. Esta questão conferiu a nossa obra um caráter inter e multidisciplinar, desafiando-nos o tempo todo a criar interstícios com as teorias do turismo, com a história do Brasil e, sobretudo, com a fenomenologia do espaço inscrita no imaginário cultural dos habitantes de Ubatuba. Acreditamos que do resultado deste refrescante mergulho, a imagem da cidade possa sair beneficiada plenamente, da mesma maneira que saímos nós uma vez que empreendemos esta travessia e que hoje apresentamos seu resultado.
Há, entretanto, alguns pontos que queremos advertir logo de entrada sobre nosso livro. Em primeiro lugar, o desafio do turismo em Ubatuba às políticas públicas e à iniciativa privada no sentido de investir na cultura local como fonte de conhecimento e progresso; em segundo lugar, reivindicar o valor identitário da cultura tupi no seu viés tamoio para reconhecer um traço importante do caráter brasileiro; e, finalmente, lançar uma proposta à universidade, responsável pela articulação institucional, mais do que necessária dos componentes humanos, que configuram a vida social de uma cidade que tanto tem a oferecer ao desenvolvimento cultural do país. Por esta razão, acreditamos que este seja só um passo de um projeto maior que se desdobrará em futuras publicações, pois o nosso desejo é comunicar um saber fruto da experiência e reivindicar o espaço físico e humano no qual a cultura se insere e se projeta no cenário nacional.
Desta forma, a estrutura do livro é também uma proposta de travessia, um roteiro turístico que se inicia pelo reconhecimento do espaço e do tempo passado, presente e futuro de Ubatuba.
No primeiro capítulo trataremos Ubatuba como um destino turístico, caracterizando os principais atrativos naturais e culturais que fazem do turismo e da pesca os principais eixos de sustentação econômica do município.
No segundo capítulo, apresentaremos um panorama histórico de Ubatuba, outrora conhecida como aldeia de Iperoig, habitada pelos mais aguerridos índios de raiz tupi, os tamoios – que preferiam ser chamados de tupinambás - cuja saga em prol de seus valores ancestrais formou um dos episódios mais originais da história do Brasil, traçando os moldes de uma identidade litorânea1.
No último capítulo, desenharemos o quadro da atual configuração da cultura ubatubense delineada no progresso de suas instituições, modelada na imagem veiculada pela mídia e assumida pela universidade como missão a favor da pesquisa e da produção de conhecimento.
Convidamos a nossos leitores, habitantes de Ubatuba em primeiro lugar, turistas, comunicadores e interessados na cultura de modo geral, a percorrer o itinerário para redescobrir as encenações de uma cidade encantada de chuva e de sol.
CONTINUA ..........Dia 25 de junho de 2010....Próxima atualização
VAMOS A PARTIR DESTE , FAZER UMA VIAGEM PELA HISTORIA DE UBATUBA, ATRAVÉS DO LIVRO "UBATUBA , ESPAÇO , MEMÓRIA E CULTURA" ....
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INTRODUÇÃO DO LIVRO
Ubatuba – espaço, memória e cultura é uma obra que se origina de uma amizade entre um habitante da cidade e um estrangeiro, para situar-se como um projeto de sistematização regional, visto na perspectiva do turismo, da história e da cultura local.
A cidade de Ubatuba como destino turístico constitui o ponto de partida para dois itinerários diferentes que se fundem para mostrar, conjuntamente, o lado perceptivo daquele que mora na cidade de Ubatuba, e o lado reflexivo do turista que interpreta os efeitos da paisagem e da história com a qual se reveste a cidade ao longo da escrita.
Trata-se de um tipo de construção teórica importante, no sentido de oferecer dados para toda e qualquer pesquisa que se venha a fazer sobre a região. Uma das maiores dificuldades que enfrentamos, uma vez que decidimos fazer frente à esta aventura foi justamente a falta de registro escrito das tradições orais de Ubatuba. Esta questão conferiu a nossa obra um caráter inter e multidisciplinar, desafiando-nos o tempo todo a criar interstícios com as teorias do turismo, com a história do Brasil e, sobretudo, com a fenomenologia do espaço inscrita no imaginário cultural dos habitantes de Ubatuba. Acreditamos que do resultado deste refrescante mergulho, a imagem da cidade possa sair beneficiada plenamente, da mesma maneira que saímos nós uma vez que empreendemos esta travessia e que hoje apresentamos seu resultado.
Há, entretanto, alguns pontos que queremos advertir logo de entrada sobre nosso livro. Em primeiro lugar, o desafio do turismo em Ubatuba às políticas públicas e à iniciativa privada no sentido de investir na cultura local como fonte de conhecimento e progresso; em segundo lugar, reivindicar o valor identitário da cultura tupi no seu viés tamoio para reconhecer um traço importante do caráter brasileiro; e, finalmente, lançar uma proposta à universidade, responsável pela articulação institucional, mais do que necessária dos componentes humanos, que configuram a vida social de uma cidade que tanto tem a oferecer ao desenvolvimento cultural do país. Por esta razão, acreditamos que este seja só um passo de um projeto maior que se desdobrará em futuras publicações, pois o nosso desejo é comunicar um saber fruto da experiência e reivindicar o espaço físico e humano no qual a cultura se insere e se projeta no cenário nacional.
Desta forma, a estrutura do livro é também uma proposta de travessia, um roteiro turístico que se inicia pelo reconhecimento do espaço e do tempo passado, presente e futuro de Ubatuba.
No primeiro capítulo trataremos Ubatuba como um destino turístico, caracterizando os principais atrativos naturais e culturais que fazem do turismo e da pesca os principais eixos de sustentação econômica do município.
No segundo capítulo, apresentaremos um panorama histórico de Ubatuba, outrora conhecida como aldeia de Iperoig, habitada pelos mais aguerridos índios de raiz tupi, os tamoios – que preferiam ser chamados de tupinambás - cuja saga em prol de seus valores ancestrais formou um dos episódios mais originais da história do Brasil, traçando os moldes de uma identidade litorânea1.
No último capítulo, desenharemos o quadro da atual configuração da cultura ubatubense delineada no progresso de suas instituições, modelada na imagem veiculada pela mídia e assumida pela universidade como missão a favor da pesquisa e da produção de conhecimento.
Convidamos a nossos leitores, habitantes de Ubatuba em primeiro lugar, turistas, comunicadores e interessados na cultura de modo geral, a percorrer o itinerário para redescobrir as encenações de uma cidade encantada de chuva e de sol.
CONTINUA ..........Dia 25 de junho de 2010....Próxima atualização
UBATUBA 2007 ...ILHA ANCHIETA COMEMORA O " X FILHOS DA ILHA" NESTE FINAL DE SEMAN...
A Ilha Anchieta comemora no próximo final de semana o "X Filhos da Ilha", encontro anual que relembra a rebelião do presídio, que ocorreu em 1952. O evento reúne familiares de pessoas que moravam no local, trabalharam ou estiveram presas na época (os conhecidos "Filhos da Ilha"), e seus descendentes, com o objetivo de não deixar que a história se perca com o tempo.A comemoração, que teve início num encontro em Taubaté com 63 pessoas, contará este ano com cerca de 400 pessoas, que vão acompanhar, no sábado, dia 30, a apresentação de música instrumental da Banda Lira Padre Anchieta, cerimônia religiosa, confraternização dos “Filhos da Ilha” e a apresentação da peça teatral “A Rebelião”. Tanto no sábado, como no domingo, 1 de julho, haverá caminhadas ecológicas e temáticas e um roteiro histórico-cultural, com uma caminhada pelas ruínas do presídio com os antigos moradores da Ilha.A Prefeitura de Ubatuba apóia o evento, que é aberto ao público. Quem tiver interesse em participar e conhecer um pouco mais da história, deve estar no píer do Saco da Ribeira por volta das 8h, de onde saem as escunas que realizam o transporte do continente à ilha.Caminhadas e roteiro histórico-cultural - Além dos dias em que será comemorado o "X Filhos da Ilha", durante todo o mês de julho, a Ilha Anchieta vai oferecer o roteiro de caminhadas ecológicas e histórico-culturais. O roteiro inclui trilhas realizadas com monitoria capacitada e o visitante pode optar entre fazer passeios de interpretação ambiental, nos quais os monitores passam informações diversas sobre o ecossistema local, ou um passeio histórico-cultural, onde o turista terá a oportunidade única de conhecer a história da famosa rebelião do presídio que funcionava na Ilha, contada por pessoas que viveram ali naquela época.Os “filhos da Ilha” acompanham os grupos por uma trilha que passa por oito pontos de interpretação, entre eles as ruínas do presídio, a capela (onde na época aconteciam os casamentos e batizados), ruínas do quartel, da vila militar e da vila civil. Neste inovador programa de trilha histórico-cultural, algumas destas pessoas trabalham voluntariamente, simplesmente pelo prazer de rememorar os fatos e poder preservá-los, transmitindo para os visitantes a fascinante história que envolve a rebelião do presídio da Ilha Anchieta. Já as trilhas de interpretação ambiental proporcionam a oportunidade de conhecer melhor a flora e a fauna da ilha, com monitores ambientais capacitados para o acompanhamento de grupos. Confira a programação do "X Filhos da Ilha" e participe!Sábado, 30/069h30 – Apresentação da Banda Lira Padre Anchieta10h - Cerimônia religiosa11h – Confraternização dos Filhos da Ilha13h – Apresentação da peça teatral "A Rebelião"Sábado 30/06 e Domingo 01/07- Caminhadas ecológicas temáticas- Roteiro histórico-cultural- Os contadores de histórias .
(Fonte: PMU)
(Fonte: PMU)
UBATUBA 2007....SAUDE : DIMINUE OS CASOS DE DENGUE EM UBATUBA
De acordo com o Departamento de Controle de Endemias do município, desde o inicio do ano até o dia 15 de maio, Ubatuba confirmou cerca de 4.000 casos de dengue na cidade. A epidemia foi deflagrada no dia 30 de março e a partir desta data, todos os casos com sintomas aparentes da doença foram notificados como dengue.Depois de várias ações tanto da prefeitura de Ubatuba, quanto da população, o número de casos de dengue começa a baixar consideravelmente no município.Segundo a coordenadora educacional de controle da dengue, Denize Terra Fernandes, a cidade de Ubatuba- até o dia 15 de maio- teve um total de 4.321 casos notificados. Desse total 250 não constaram dengue e 16 ainda estão aguardando resultados.De acordo com dados da coordenadoria do controle da dengue, em janeiro tiveram 112 casos notificados, 638 em fevereiro e 1.721 em março. Já no mês de abril esse número caiu para 1.436 e neste mês, até o dia 15, são 414 casos. “Temos dados apenas até o dia 15 de maio, mas mesmo que isso dobre até o final do mês, o número continua reduzindo consideravelmente. Isso é animador”, disse a coordenadora Denize.Essa queda nos números também já pôde ser sentida na Santa Casa. Segundo Marli dos Santos que é da área epidemiológica do hospital, “a maioria dos casos atualmente da Santa Casa são de pessoas que já pegaram dengue e estão apenas fazendo controles das plaquetas, exames e terminando o tratamento. Casos novos de dengue diminuíram bastante. Com certeza não está como antes”, contou Marli.Desde esta última sexta-feira, 18, a prefeitura de Ubatuba e a Superintendência de Controle de Endemias- Sucen estão realizando um mutirão que terá a duração de trinta dias. O mutirão é denominado “Ubatuba Livre da Dengue” e conta com equipes de combate ao mosquito que percorrerão a maioria dos bairros da cidade, de norte a sul, estimulando a população a colocar para fora de casa os possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegipty.O mutirão vai começar pelo centro e seguirá até as divisas com o Estado do Rio de Janeiro e com a cidade de Caraguatatuba. Equipes formadas por trinta pessoas vão passar nas casas retirando qualquer possibilidade de novos criadouros.O presidente da Associação Comercial de Ubatuba, Ahmad Khalil Barakat diz que “é muito bom saber que os números estão caindo, porém é muito importante divulgar na mídia externa que estamos conseguindo diminuir os casos de dengue. Precisamos também, que este trabalho de prevenção seja permanente no município e esperamos agora que a mídia como um todo se interesse em divulgar que a dengue está sendo controlada, pois nossa cidade é turística e isso acabou influenciando no comércio de Ubatuba".
FONTE : ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE UBATUBA
FONTE : ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE UBATUBA
UBATUBA 2007...Fundart recebe o Promotor de Justiça Curador das Fundações
A convite do Presidente da Fundart, Pedro Paulo T. Pinto, o Promotor de Justiça (de Ubatuba) Curador das Fundações, Dr. Carlos Eduardo Brechani foi recebido no Sobradão do Porto por diretores, conselheiros e funcionários da Fundart
O encontro foi muito proveitoso e na oportunidade o presidente da Fundação, Pedro Paulo Teixeira Pinto ofertou ao Dr. Brechani o livro “Ubatuba – Espaço, Memória e Cultura", dos professores Juan Droquett e Jorge Otávio Fonseca; o CD Canto Caiçara e a camiseta comemorativa dos vinte (20) anos da Fundart.
O encontro foi muito proveitoso e na oportunidade o presidente da Fundação, Pedro Paulo Teixeira Pinto ofertou ao Dr. Brechani o livro “Ubatuba – Espaço, Memória e Cultura", dos professores Juan Droquett e Jorge Otávio Fonseca; o CD Canto Caiçara e a camiseta comemorativa dos vinte (20) anos da Fundart.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
UBATUBA 1923.....É realizada a 1 ª FESTA DE SÃO PEDRO PESCADOR
A FESTA DE SÃO PEDRO PESCADOR, é a Festa mais tradicional de UBATUBA-SP, trata-se de uma justa homenagem ao Santo PADROEIRO DE UBATUBA, é realizada uma vez ao ano, sempre no dia 29 de junho, reune os religiosos e não religiosos, reune as famílias ubatubense , os turistas , enfim reune toda a Comunidade, segue uma bela, maravilhosa matéria produzida impecavelmente pela equipe da UBATUBA EM REVISTA, confira a matéria na integra, a qual eu li , reli e compartilho com vocês.....Para saber mais sobre UBATUBA , seu povo, sua historia, cultura, costumes e etc.., faça uma visita ao site http://www.ubatubaemreviosta.com.br/
HISTÓRICO
A comemoração ao santo padroeiro dos pescadores, em Ubatuba, teve inicio no dia 29 de junho de 1923, às 10:00 horas. Foi numa sexta-feira ensolarada, quando o padre caiçara, Francisco dos Passos, celebrou a missa em altar improvisado sobre balsa confeccionada a partir de seis canoas amarradas umas às outras.
As embarcações, todas de propriedade do Senhor Antonio Atanásio, tinham os nomes de: Corcovado, Carona, Guarandí, Madalena, Flor do Mar e Guapuruvu. O improvisado altar foi fundeado a trinta metros da praia do Cruzeiro em frente ao Casarão do Senhor Gabriel Costa, onde é hoje a Praça Capricórnio (em frente ao Aeroporto “Gastão Madeira”).
Não havia, na época a imagem de São Pedro. Após 19 anos, em 1942, foi doada pelo padre alemão Hans Beil.
ANTECEDENTES
Antes, as comemorações de S. Pedro eram realizadas nas várias praias ao longo da costa. Na cidade ocorria a novena, rezava-se durante 9 noites até o dia de São Pedro, 29 de junho. Não faltava a “alvorada”, procissão pelas ruas, com pessoas conduzindo o “fiofó” ou “fifó”, presa a um bambu, embebida com azeite de nogueira.
Após a “Alvorada”, era levantado o mastro de São Pedro, diante de uma fogueira, onde a criançada lançava galhos verdes de abricoeiro possibilitando uma sequência de estalos.
Entre os fogos, havia o “rojão de rabo”, utilizando flechas de guapuruvu. Jango Teixeira, avô do compositor e cantor Renato Teixeira, era quem detinha a arte de confeccionar esses rojões.
Após a missa, o povo se juntava ao lado da Igreja Matriz para o leilão, com as prendas doadas pela comunidade: caixa de goiabada, litro de vinho, bolo de mandioca, doces, frangos, patos, tainhas, etc.
“Até o inicio dos anos 60, a louvação a São Pedro acontecia também em frente aos ranchos de canoas”, segundo o Sr. Manoel Hilário Filho, pescador nascido em 1908.
Os pescadores, ao cercarem as tainhas, retiravam de cada cento uma “tara” (tainha maior) e doavam ao Santo. No final da tarefa era feito um pequeno leilão e com o resultado compravam rojões e no dia 29, ao meio dia, o sino da Igreja Matriz e das capelas dos bairros repicavam e espocavam rojões na frente dos ranchos, com canoas e tralhas de pesca do lado de fora pra para saudar São Pedro Pescador.
A PROCISSÃO MARÍTIMA
A Procissão Marítima, teve inicio em 29 de junho de 1954, com poucos barcos mas número grande de canoas. Novidade, o povo se aglomerou na barra do Rio Grande, acenando com lenços brancos, enquanto o foguetório anunciava a saída do andor de São Pedro conduzido pelo barco Iara, do Senhor Freitas.
Com barcos todos enfeitados com folhas de bambu, coco “pindova” e com bastante bandeiras de papel colorido a procissão se firmou. Hoje, o dia 29 de junho é feriado municipal e São Pedro é conduzido em procissão da Igreja Matriz até a barra do Rio Grande, onde, o santo é colocado no barco que lidera o cortejo marítimo, baía de Ubatuba afora, com a Bênção dos Anjóis, realizada pelo pároco, pedindo ao Santo, pescaria farta naquele ano. É momento alto da procissão.
RAINHA DOS PESCADORES
A partir de 1962 foi agregado à festa, o concurso da Rainha dos Pescadores, as barraquinhas, dança de quadrilha, etc. O concurso, desde seu primeiro momento, ganhou logo prestígio.
BARRACA DA TAINHA
Em 1977 foi criada a chamada Barraca da Tainha, chegaram as entidades filantrópicas (com comidas típicas) mais apresentações de grupos de congada, xiba, música sertaneja, etc.,com palco para esses “shows”.
Ponto alto foi a Procissão Marítima que reuniu mais de 80 embarcações e a 1º Missa Campal, no morro da Prainha, celebrada pelo Frei Alberto Bissoli.
A FESTA DE SÃO PEDRO PESCADOR
Foi realizada nos locais: Ilha dos Pescadores, na Praça da Matriz, Praça de Esportes (antiga) na Av. Iperoig, junto ao Cruzeiro; na Praia do Perequê-Açú (1968) e Aeroporto. Desde 2007 a festa passou a ocupar a Praça de Eventos na Av. Iperoig, ganhando maior espaço e conforto. Em 2009 reuniu público de mais de 50 mil pessoas em seus cinco dias de realização.
Com a criação da FUNDART – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, em 1987, a instituição passou a organizar a festa, promovendo inclusive a corrida de canoas entre os pescadores e o levantamento de mastro com efígie de São Pedro, na hora da missa.
FONTE :
http://www.ubatubaemrevista.com.br/
quinta-feira, 17 de junho de 2010
UBATUBA 2003....Embratur confirma presença de presidente em Ubatuba
LITORAL VIRTUAL ....Quinta-feira, 03 de julho de 2003 - Nº 815
Prefeito Paulo Ramos e o Secretário Sérgio Carvalho lançarão Pedra Fundamental do Centro de Convenções e Eventos no próximo dia 28
Ubatuba - Foi confirmada pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) a presença do presidente do órgão, Eduardo Sanovicz, no próximo dia 28 de julho, em Ubatuba. Nesta data haverá o lançamento da Pedra Fundamental das futuras instalações do Centro de Convenções e Eventos de Ubatuba. Autoridades estaduais como o diretor do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) José Mauro F.Garcia, o diretor Técnico do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias) Ronaldo Assumpção, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Horácio Pifa, o presidente do Fórum Brasileiro do Convention & Visitors Bureaux e autoridades municipais também estarão no evento. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) da Prefeitura de Ubatuba. Este evento estava programado para acontecer no útlimo dia 27, quando foi adiado de última hora pela Embratur por compromissos inadiáveis na agenda do presidente Eduardo Sanovicz.
Sanovicz chegará no município às 14 horas, quando será recebido pelo prefeito Paulo Ramos (PFL). Às 15 horas haverá o lançamento da Pedra Fundamental das futuras instalações do Centro de Convenções e Eventos, na área cedida pelo Daesp ao lado do aeroporto Gastão Madeira. Na Câmara Municipal haverá solenidade para o presidente da Embratur, às 17 horas. Sanovicz fará uma palestra sobre turismo na Unitau (Universidade de Taubaté - Campus Ubatuba) às 19 horas. Ao final, Sanovicz participará de um jantar de confraternização com setores empresariais e comunidade e permanecerá no município até o dia seguinte. O Secretário Carvalho considera a presença de Sanovicz um momento muito importante para o desenvolvimento econômico do município. “É o marco de uma nova era para o município. Sanovicz é simplesmente o segundo homem do turismo nacional do Governo Lula. Com isso podemos capitalizar positivamente para maiores investimentos no setor turístico de nossa cidade”, afirmou Carvalho.
Centro de Convenções e Eventos - O projeto do Centro de Convenções e Eventos de Ubatuba está sendo desenvolvido em uma área total de 22 mil metros quadrados, sendo cerca de 15 mil metros de área construída. O Centro de Convenções terá 3 mil metros quadrados de área total. A capacidade é para atender cerca de 3 mil pessoas. Também estão no projeto uma sala de trabalho para instalação de equipamentos de tecnologia e informática, duas salas de reuniões e área exclusiva para intervalos e café. Na área para feiras, shows, eventos e outras atividades, são 6 mil metros quadrados com a capacidade para cerca de 5 mil pessoas. O restaurante terá a capacidade rotativa de 500 pessoas e contará com bar. À área de serviços foram destinados 1400 metros quadrados e contará com posto de atendimento médico. Contará com dois elevadores panorâmicos e estacionamento. Todas as instalações foram projetadas pela SAU (Secretaria de Arquitetura e Urbanismo) com rampas e sanitários adequados para atender plenamente portadores de deficiência física.
Segundo o Secretário Sérgio Carvalho, este segmento do turismo de negócios movimentará a cidade, que será trabalhado prioritariamente na baixa temporada gerando emprego e renda para grande parte da população do município. “Aliás, não podemos pensar em turismo sem agregar a questão social”, finalizou Carvalho. O prefeito Paulo Ramos (PFL) considera esta sua iniciativa o início de uma nova era econômica para todos os setores produtivos do município de Ubatuba. “ Desde o início do nosso mandato que estamos buscando a concretização desta obra que trará desenvolvimento econômico e social com geração de emprego e renda. Esta é a nossa meta à frente da Administração Pública: proporcionar mais e melhor qualidade de vida à população de nossa cidade”, concluiu Ramos. (Fonte: ACS-PMU)
Prefeito Paulo Ramos e o Secretário Sérgio Carvalho lançarão Pedra Fundamental do Centro de Convenções e Eventos no próximo dia 28
Ubatuba - Foi confirmada pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) a presença do presidente do órgão, Eduardo Sanovicz, no próximo dia 28 de julho, em Ubatuba. Nesta data haverá o lançamento da Pedra Fundamental das futuras instalações do Centro de Convenções e Eventos de Ubatuba. Autoridades estaduais como o diretor do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) José Mauro F.Garcia, o diretor Técnico do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias) Ronaldo Assumpção, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Horácio Pifa, o presidente do Fórum Brasileiro do Convention & Visitors Bureaux e autoridades municipais também estarão no evento. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) da Prefeitura de Ubatuba. Este evento estava programado para acontecer no útlimo dia 27, quando foi adiado de última hora pela Embratur por compromissos inadiáveis na agenda do presidente Eduardo Sanovicz.
Sanovicz chegará no município às 14 horas, quando será recebido pelo prefeito Paulo Ramos (PFL). Às 15 horas haverá o lançamento da Pedra Fundamental das futuras instalações do Centro de Convenções e Eventos, na área cedida pelo Daesp ao lado do aeroporto Gastão Madeira. Na Câmara Municipal haverá solenidade para o presidente da Embratur, às 17 horas. Sanovicz fará uma palestra sobre turismo na Unitau (Universidade de Taubaté - Campus Ubatuba) às 19 horas. Ao final, Sanovicz participará de um jantar de confraternização com setores empresariais e comunidade e permanecerá no município até o dia seguinte. O Secretário Carvalho considera a presença de Sanovicz um momento muito importante para o desenvolvimento econômico do município. “É o marco de uma nova era para o município. Sanovicz é simplesmente o segundo homem do turismo nacional do Governo Lula. Com isso podemos capitalizar positivamente para maiores investimentos no setor turístico de nossa cidade”, afirmou Carvalho.
Centro de Convenções e Eventos - O projeto do Centro de Convenções e Eventos de Ubatuba está sendo desenvolvido em uma área total de 22 mil metros quadrados, sendo cerca de 15 mil metros de área construída. O Centro de Convenções terá 3 mil metros quadrados de área total. A capacidade é para atender cerca de 3 mil pessoas. Também estão no projeto uma sala de trabalho para instalação de equipamentos de tecnologia e informática, duas salas de reuniões e área exclusiva para intervalos e café. Na área para feiras, shows, eventos e outras atividades, são 6 mil metros quadrados com a capacidade para cerca de 5 mil pessoas. O restaurante terá a capacidade rotativa de 500 pessoas e contará com bar. À área de serviços foram destinados 1400 metros quadrados e contará com posto de atendimento médico. Contará com dois elevadores panorâmicos e estacionamento. Todas as instalações foram projetadas pela SAU (Secretaria de Arquitetura e Urbanismo) com rampas e sanitários adequados para atender plenamente portadores de deficiência física.
Segundo o Secretário Sérgio Carvalho, este segmento do turismo de negócios movimentará a cidade, que será trabalhado prioritariamente na baixa temporada gerando emprego e renda para grande parte da população do município. “Aliás, não podemos pensar em turismo sem agregar a questão social”, finalizou Carvalho. O prefeito Paulo Ramos (PFL) considera esta sua iniciativa o início de uma nova era econômica para todos os setores produtivos do município de Ubatuba. “ Desde o início do nosso mandato que estamos buscando a concretização desta obra que trará desenvolvimento econômico e social com geração de emprego e renda. Esta é a nossa meta à frente da Administração Pública: proporcionar mais e melhor qualidade de vida à população de nossa cidade”, concluiu Ramos. (Fonte: ACS-PMU)
UBATUBA 2005.....Romaria de Ubatuba leva 160 fiéis a Aparecida
5ª Romaria de Ubatuba rumo a Aparecida do Norte saiu nesta quinta-feira, dia 17, pela manhã, depois de acompanhar uma missa com o Frei Aldo na Igreja Matriz. Este ano, a peregrinação reúne mais de 160 pessoas. A caminhada será concluída em 3 dias, passando pelo Núcleo Santa Virgínia, Catuçaba e Lagoinha, chegando ao seu destino no sábado, 19, à noite. No domingo, os fiéis assistem à Missa na Basílica e retornam de ônibus a Ubatuba.
Seguindo a tradição das antigas romarias caiçaras, os ubatubenses saem na primeira lua cheia de novembro. O organizador da romaria, Marcos Antônio Ramos, conta que um momento marcante da caminhada é a chegada ao alto da Serra, onde é feita uma oração para pedir bênçãos à cidade de Ubatuba. ?Um costume dos antigos era pedir uma colheita fértil. Como nossa cidade é turística, nós pedimos que a temporada seja abençoada, sem violência e com bons frutos aos moradores.?
Muitas são as histórias das pessoas que decidem encarar esse desafio. Iná Araújo diz que vai agradecer à Nossa Senhora Aparecida pelas graças alcançadas. ?Estou levando uma carta do meu filho para a Santa?. O Sr. Luiz Pereira conta que está indo pela segunda vez à romaria, porque gostou muito da primeira ida. ?Sou devoto de Nossa Senhora, nasci em Aparecida, vou lá pelo menos cinco vezes ao ano, mas essa ida a pé é um momento especial para refletir sobre a vida. O Sr. Mauro Jordão está indo pela quarta vez à romaria e desta vez, leva consigo sua filha, Maura Aparecida. ?Estamos indo juntos, porque era uma vontade da minha filha. Ano passado, ela não pôde ir porque estava doente, mas esse ano, ela sobe comigo. Vamos agradecer à Nossa Senhora pela nossa vida?. A romaria conta com o apoio da Prefeitura de Ubatuba.
(Fonte: Assessoria de Comunicação PMU)
Seguindo a tradição das antigas romarias caiçaras, os ubatubenses saem na primeira lua cheia de novembro. O organizador da romaria, Marcos Antônio Ramos, conta que um momento marcante da caminhada é a chegada ao alto da Serra, onde é feita uma oração para pedir bênçãos à cidade de Ubatuba. ?Um costume dos antigos era pedir uma colheita fértil. Como nossa cidade é turística, nós pedimos que a temporada seja abençoada, sem violência e com bons frutos aos moradores.?
Muitas são as histórias das pessoas que decidem encarar esse desafio. Iná Araújo diz que vai agradecer à Nossa Senhora Aparecida pelas graças alcançadas. ?Estou levando uma carta do meu filho para a Santa?. O Sr. Luiz Pereira conta que está indo pela segunda vez à romaria, porque gostou muito da primeira ida. ?Sou devoto de Nossa Senhora, nasci em Aparecida, vou lá pelo menos cinco vezes ao ano, mas essa ida a pé é um momento especial para refletir sobre a vida. O Sr. Mauro Jordão está indo pela quarta vez à romaria e desta vez, leva consigo sua filha, Maura Aparecida. ?Estamos indo juntos, porque era uma vontade da minha filha. Ano passado, ela não pôde ir porque estava doente, mas esse ano, ela sobe comigo. Vamos agradecer à Nossa Senhora pela nossa vida?. A romaria conta com o apoio da Prefeitura de Ubatuba.
(Fonte: Assessoria de Comunicação PMU)
terça-feira, 15 de junho de 2010
HISTORIA E CULTURA....Casa de farinha - Ubatuba - SP
A mandioca é uma planta genuinamente brasileira, era a base da alimentação indígena. Depois do descobrimento do Brasil, portugueses e negros adotaram-na também como alimento de primeiríssima necessidade.
Na cultura caiçara a mandioca influenciava até em casamentos. Dizem os mais velhos que ao pedir a mão de uma donzela em casamento, o pai da moça cobrava do pretendente que, no mínimo, tivesse uma roça de mandioca com sua respectiva Casa de Farinha e seria mais certo que, se o pretendente tivesse ainda um bananal e uma canoa, a moça seria rainha.
A casa de farinha mínima, constituía de um ralador de mandioca, uma prensa de tipiti (cesto de taquara de origem indígena para escorrer o caldo) e o formo com seu tacho de cobre ou ferro, para torrar a mandioca depois de prensada, produzindo a farinha.
A industrialização da farinha iniciou-se no começo do século XVII através das fazendas coloniais. Muitas dessas fazendas, hoje em ruínas por várias regiões de Ubatuba, encontram-se abandonadas e deixando de ser mais um atrativo turístico de nossa cidade, mas como a questão histórica e cultural, estão a ver navios, Ubatuba, vai continuando no, ó...
A imagem acima é de uma maquete, criada por Dalmo Klein (já falecido), em exposição no Museu Caiçara, mostra perfeitamente uma Casa de Farinha, uma indústria polivalente que produzia outros manufaturados como: farinha de mandioca, farinha de milho, fubá, quirera, pó de café, arroz descascado, açúcar mascavo e cachaça.
Seu funcionamento, muito simples e rudimentar, permitia que fosse operado apenas pela mão de obra escrava.
Em geral as casas de farinhas eram compostas da seguinte forma: um grande galpão alto e sem paredes permitindo constante ventilação e ao mesmo tempo abrigando da chuva; na parte central, uma grande roda d’água que era movida por água em queda livre, onde sua velocidade podia ser facilmente controlada em função do fluxo de água conduzida até ela. Nessas casas, além dos artefatos para produção da farinha, havia sempre uma moenda de cana, um tacho para fazer a rapadura (açúcar mascavo) e um destilador para produção de aguardente (cachaça).
Os artefatos de uma casa de farinha são: roda d’água, lavador, monjolos, moinho, prensa, marteletes, mó, peneira, tacho.
Fazendo pela cultura e patrocinado por “nós mesmos”, o Museu Caiçara e a turma d’O Guaruçá – folclórico e alegórico, mais uma vez cumpre seu papel diante da sociedade e para o desenvolvimento turístico e cultural da cidade.
Vale a pena conhecer uma Casa de Farinha, visite o Museu Caiçara: rua Pescador Antonio Athanásio da Silva, 273 - dentro do projeto Tamar - bairro do Itaguá.
E mais informações históricas e culturais de nossa Ubatuba, vão vir por aí. Aguardem!
TEXTO DO PROFESSOR JULINHO MENDES
FONTE : http://www.ubaweb.com/
segunda-feira, 14 de junho de 2010
UBATUBA 2003........Areeiros: 300 famílias passando necessidade
Os areeiros de Ubatuba passaram a última quarta-feira, dia 25, em frente à prefeitura esperando para serem atendidos pelo prefeito Paulo Ramos, na tentativa de obter uma solução para o problema que enfrentam há cerca de 70 dias. De acordo com José Roberto Cunha Bueno, cerca de 300 famílias passam dificuldades devido ao fechamento dos portos, onde os profissionais realizam a extração de areia. A medida foi uma determinação da Justiça e foi cumprida pela Polícia Ambiental.
Logo que aconteceu o fato, os representantes da categoria estiveram reunidos com o prefeito que se prontificou a intermediar a situação junto à promotoria do Meio Ambiente. Porém, dez dias após a primeira notificação eles foram impedidos definitivamente de continuar o trabalho. A partir de então, as dificuldades começaram.
Com o passar do tempo, a única alternativa apresentada foi a da formação de uma cooperativa que permitisse obter as licenças ambientais que possibilitassem-lhes retomar suas atividades. Como o processo é demorado, a situação foi se tornando insustentável. Muitas famílias já tiveram a água e a luz de suas casas cortadas; outras, estão com contas vencidas e preocupadas pela possibilidade de terem suas situações pioradas. A alternativa encontrada foi ir à prefeitura em busca de uma nova audiência com o prefeito.
A expectativa, segundo Bueno, era ser recebido de maneira rápida pelo chefe do Executivo, porém o que se viu foi uma espera que se estendeu das 7h30 até às 17h50, quando Paulo Ramos chegou ao gabinete. Neste intervalo, eles foram atendidos por alguns assessores que não apresentaram solução para o caso. Bueno garante que o assessor de Assuntos Externos, Mauro Barros, por exemplo, chegou a dizer que eles deveriam fazer um movimento em frente ao Fórum, já que o problema teria sido ocasionado por uma decisão da Justiça. Durante a espera, o grupo formado por cerca de 20 areeiros recebeu o apoio do vereador Charles Medeiros (PSDB) que forneceu marmitex para que pudessem almoçar.
Ao chegar, o prefeito apresentou algumas alternativas para atenuar o sofrimento dos profissionais.
Para a questão da energia elétrica, ele se dispôs a enviar ao Guarujá, regional da empresa, alguns assessores para acompanharem uma comissão de até dez trabalhadores, para negociar um prazo maior das contas vencidas. No caso das casas que já estão com a luz cortada, ele teria se prontificado a apresentar uma solução para providenciar o pagamento das contas e o religamento da energia.
Sobre a alimentação, o prefeito teria determinado ao secretário de Assistência Social, Edson Alves, que dê uma atenção especial ao caso. Como está prevista, para o próximo dia 10, a chegada de um novo lote de cestas básicas para a secretaria, a categoria seria beneficiada com um atendimento que permitisse minimizar os problemas com a comida que tem faltado já em muitas mesas.
Sobre propostas de trabalho, o prefeito se prontificou a elaborar uma carta de apresentação, acompanhada de um pedido, para que as empreiteiras que prestam serviços no município dêem prioridades aos areeiros desempregados no momento de novas contratações.
Após a conversa, os que estavam em frente a prefeitura decidiram retornar para suas casas.
Cooperativa
Sobre a formação da cooperativa, Bueno disse que tudo está caminhando dentro dos trâmites legais. Porém, é uma solução a médio e longo prazos, já que será preciso também esperar a realização de estudos por parte do governo do Estado e da Prefeitura, para saber quais serão os portos que serão liberados para a extração de areia, após a finalização da regulamentação da cooperativa.
JORNAL A SEMANA NA REDE
Ubatuba 27 de Junho de 2003 Edição Nº 242 Ano IV
Logo que aconteceu o fato, os representantes da categoria estiveram reunidos com o prefeito que se prontificou a intermediar a situação junto à promotoria do Meio Ambiente. Porém, dez dias após a primeira notificação eles foram impedidos definitivamente de continuar o trabalho. A partir de então, as dificuldades começaram.
Com o passar do tempo, a única alternativa apresentada foi a da formação de uma cooperativa que permitisse obter as licenças ambientais que possibilitassem-lhes retomar suas atividades. Como o processo é demorado, a situação foi se tornando insustentável. Muitas famílias já tiveram a água e a luz de suas casas cortadas; outras, estão com contas vencidas e preocupadas pela possibilidade de terem suas situações pioradas. A alternativa encontrada foi ir à prefeitura em busca de uma nova audiência com o prefeito.
A expectativa, segundo Bueno, era ser recebido de maneira rápida pelo chefe do Executivo, porém o que se viu foi uma espera que se estendeu das 7h30 até às 17h50, quando Paulo Ramos chegou ao gabinete. Neste intervalo, eles foram atendidos por alguns assessores que não apresentaram solução para o caso. Bueno garante que o assessor de Assuntos Externos, Mauro Barros, por exemplo, chegou a dizer que eles deveriam fazer um movimento em frente ao Fórum, já que o problema teria sido ocasionado por uma decisão da Justiça. Durante a espera, o grupo formado por cerca de 20 areeiros recebeu o apoio do vereador Charles Medeiros (PSDB) que forneceu marmitex para que pudessem almoçar.
Ao chegar, o prefeito apresentou algumas alternativas para atenuar o sofrimento dos profissionais.
Para a questão da energia elétrica, ele se dispôs a enviar ao Guarujá, regional da empresa, alguns assessores para acompanharem uma comissão de até dez trabalhadores, para negociar um prazo maior das contas vencidas. No caso das casas que já estão com a luz cortada, ele teria se prontificado a apresentar uma solução para providenciar o pagamento das contas e o religamento da energia.
Sobre a alimentação, o prefeito teria determinado ao secretário de Assistência Social, Edson Alves, que dê uma atenção especial ao caso. Como está prevista, para o próximo dia 10, a chegada de um novo lote de cestas básicas para a secretaria, a categoria seria beneficiada com um atendimento que permitisse minimizar os problemas com a comida que tem faltado já em muitas mesas.
Sobre propostas de trabalho, o prefeito se prontificou a elaborar uma carta de apresentação, acompanhada de um pedido, para que as empreiteiras que prestam serviços no município dêem prioridades aos areeiros desempregados no momento de novas contratações.
Após a conversa, os que estavam em frente a prefeitura decidiram retornar para suas casas.
Cooperativa
Sobre a formação da cooperativa, Bueno disse que tudo está caminhando dentro dos trâmites legais. Porém, é uma solução a médio e longo prazos, já que será preciso também esperar a realização de estudos por parte do governo do Estado e da Prefeitura, para saber quais serão os portos que serão liberados para a extração de areia, após a finalização da regulamentação da cooperativa.
JORNAL A SEMANA NA REDE
Ubatuba 27 de Junho de 2003 Edição Nº 242 Ano IV
UBATUBA 2000....Ossada é encontrada no centro da Cidade
Ao realizar o trabalho rotineiro de abertura de valas para instalação de novos cabos telefônicos, os funcionários da Telefônica encontraram restos de ossada, supostamente humana. O local, no centro da cidade, cruzamento das ruas Conceição e Salvador Corrêa, hospedava, nos meados do século XVIII, a primitiva Igreja Matriz de Ubatuba, dedicada a Nossa Senhora da Conceição e também o antigo cemitério municipal.
Segundo documentos do livro “Livro do Arquivo do Estado de São Paulo. Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Inventários e testamentos setecentistas de Ubatuba”, vol. LXIII, Editora do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1937, revelam que os moradores da época manifestavam em testamento seu desejo de serem enterrados próximos e até mesmo dentro da igreja.
Naquela época, era costume enterrar as pessoas ilustres do município próximo ao altar, dentro da própria igreja ou pelas redondezas do prédio.
A Fundart (Fundação de Arte e Cultura) retirou a ossada e está entrando em contato com arqueólogos que deverão orientar quanto às providências a serem tomadas e fazer estudos da área.Ossada é encontrada no centro da Cidade.
JORNAL A SEMANA NA REDE....Publicação Semanal - Edição 84 - Ubatuba, 15 a 22 de junho de 2000
UBATUBA 2000 .....Zizinho é absolvido no STJ
O prefeito de Ubatuba, Zizinho Vigneron (PPS), que vinha sendo acusado de fraude eleitoral, foi confirmado no cargo após a decisão favorável, por unanimidade, dia 13 de junho, da segunda turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), tendo em vista o agravo regimental do Ministério Público.
Zizinho confirma que, com a queda da liminar do Ministério Público, fica fortalecida sua candidatura à reeleição.
O colegiado do STJ esteve constituído pelos Ministros: Peçanha Martins (presidente), Franciulli Neto (relator), Eliane Calmon, Paulo Galotti e Nanci Andrighi.
Em entrevista exclusiva, ele fala sobre a sua vitória.
AS:- Como você viu esses 5 a 0 dos ministros, mantendo a primeira liminar?
Zizinho:- A liminar concedida pelo ministro Francciuli Neto considera procedente a medida cautelar que solicitei, justificando o meu retorno.
O Ministério pode recorrer, mas a chance hoje de acontecer alguma coisa é mínima. Por causa desse resultado, as coisas ficaram extremamente favoráveis pra mim e difícil para o Ministério Público, que pode se desinteressar da ação.
AS: - Então, pode governar tranqüilo até o final do mandato?
Zizinho:- Exatamente, eu acho que é isso que importa. A cidade precisa de tranqüilidade, de paz, principalmente num período eleitoral, onde essa turbulência poderia gerar mais problemas ainda. Agora, estou em paz e com tranqüilidade para administrar.
AS:- Como é que está a parte do processo aqui em Ubatuba?
Zizinho:- O Dr. Joaquim Cursino dos Santos me disse que uma decisão dessas possibilita uma espécie de jurisprudência. Não um arquivamento, mas um aguardo da manifestação do Tribunal, a critério do juiz. O que aconteceu é que a Justiça local já havia dado ganho de causa para mim. Inicialmente, a Dr.ª Sonia não deu a liminar para a Promotoria, quem concedeu a liminar foi o Tribunal, portanto, agora, a questão não está nem em Brasília nem em Ubatuba, está no Tribunal.
AS: - Na realidade, se o processo estiver em andamento em Brasília será só de tribunal para tribunal, do Ministro para a Procuradoria da União, no caso?
Zizinho: - Isso.
AS:- O que você sentiu com esses 5 a 0?
Zizinho:- Como pessoa, como ser humano me sinto feliz em ver que a Justiça praticou, na realidade, justiça. Então, a tranqüilidade, a paz física aumentam e tenho muito mais ânimo para trabalhar. Então, eu me senti uma pessoa muito feliz a partir desse momento. Foi uma satisfação pessoal bastante individual, embora eu não seja de manifestar isso e para arrancar isso de mim vai ser muito difícil.
AS:- Mudando de assunto, quanto à Lei do Antônio Epifânio, que proíbe a pesca, você pretende sancioná-la ou vetá-la?
Zizinho: - Pretendo sancioná-la o mais rápido possível. O que está acontecendo é realmente lamentável porque o nosso pescador artesanal é impedido, é cerceado pela lei e até pela questão ambiental, no entanto, este tipo de pesca, que não deixa nenhuma contribuição ao nosso município, depreda totalmente o meio ambiente, concorre duplamente com o pescador artesanal. Primeiro, porque interfere na cadeia alimentar, então, o peixe vai diminuir e até é uma incoerência porque a lei proíbe os nossos pequenos pescadores de fazerem este tipo de pesca, no entanto, dá abertura para este pescador atuneiro que exerce a atividade não artesanal, mas comercial mesmo. Isto é uma história mais complexa, por que tem um estado legislando atrás do outro e empurrando para o outro, desde o Rio Grande do Sul até São Paulo, onde na metade do litoral, já é proibida e agora nós vamos empurrar de volta para eles ou para o Rio de Janeiro, e assim vai. Eu acho que precisa ter uma lei a nível nacional. Nós somos uma federação e precisamos tomar uma decisão em conjunto, senão, fica uma lei conflitando com outra.
AS:- Você teria alguma novidade em matéria de turismo, algum investimento novo?
Zizinho: - Há uma preocupação quanto aos recursos para o aeroporto porque ainda não houve aprovação por parte da Secretaria de Turismo por causa de uma dúvida jurídica e os convênios só podem ser celebrados até dia 30. Mas, não há nenhum impedimento para assinar convênios mesmo na época eleitoral porque a verba já está assinada pelo governador. O convênio da verba foi assinado, o local da utilização é que não está assinado. Não é mais o convênio e sim apenas a definição de local, se aprovarem a questão do aeroporto. Se não, será remanejada para a continuação da Av. Leovigildo Dias Vieira. Mas, é uma opção muito remota. A luta nossa é que continue com o aeroporto.
JORNAL A SEMANA NA REDE....
Publicação Semanal - Edição 84 - Ubatuba, 15 a 22 de junho de 2000
Perrengue no Pico do Corcovado - Ubatuba - SP
Esse relato é sobre a subida ao Pico do Corcovado em Ubatuba/SP, juntamente com o Jorge Soto. Tivemos alguns problemas na trilha e no topo do Pico. Aqui é só o primeiro trecho, já que a continuação dessa trilha seria a Camburi-Trindade. Aí já é outro relato.
Foto ao lado: na base do Pico do Corcovado.
Fotos, imagens do google earth e um croqui do Sérgio Beck: Clique aqui
A trilha do Pico do Corcovado entrando pela Praia Dura eu já conhecia, mas a trilha que saia da Cachoeira dos Macacos, junto ao Horto Florestal não tinha a mínima idéia de onde ela se iniciava, por isso resolvi tentar subir esse pico entrando por essa trilha.
A Cachoeira dos Macacos eu sabia que ficava perto do Horto Florestal e buscando no google até encontrei os waypoints dessa trilha, que é conhecida como Picada do Lacerda. Em seguida plotei esses pontos numa Carta Topográfica e lá fomos nós. Éramos só eu e o Jorge Soto. Saímos de São Paulo bem de manhãzinha na Terça no dia 04/11, chegando em Ubatuba por volta das 11:00 hrs. Descemos do ônibus no trevo que sai da Rio-Santos e segue pra a Rodoviária de Ubatuba.
Dali seguimos pela Rodovia Osvaldo Cruz até o início da estrada de terra, ao lado do Horto Florestal, a pouco metros do rio que o atravessa. Essa estrada atravessará um pequeno bairro sempre com o rio do lado direito. Nessa estrada fomos perguntando sobre a Cachoeira dos Macacos. Diziam que era só seguir. Algumas pessoas nos vendo que estávamos com mochilas viam nos perguntar para onde íamos. Assim que respondíamos diziam que nunca tinham ouvido falar dessa trilha. Até veio um morador dizendo que conhecia bem a região e bla...bla...bla...bla e também não conhecia essa trilha. E aí eu e o Jorge pensamos: estamos f...... (moradores ao lado da trilha não a conhecem, agora só faltava os waypoints estarem errados).
Depois de uns 30 minutos de caminhada, quando o bairro e as residências já ficaram para trás, haverá uma bifurcação à esquerda, indicando uma escola em uma placa. Seguimos por essa bifurcação. É uma subida bem íngreme que estabiliza logo e daí p/ frente não há mais bifurcações, seguindo sempre em frente.
A Cachoeira dos Macacos, propriamente dita estará localizada em uma trilha bem demarcada que sai à esquerda quando a estrada se estabiliza. É uma cachoeira muito alta com um poço na sua base e que vale a pena dar um mergulho. Existe até um barzinho, que provavelmente funciona em fins de semana.
Voltando à estrada, mais para frente ela passará ao lado de uma residência do lado direito e logo a frente a estrada termina em uma porteira, dizendo que a área é de Preservação Permanente e alertando sobre cães.
Passamos por esse portão e logo à frente haverá a última residência à esquerda com um enorme cachorro, mas que não representava nenhum perigo (sorte nossa). Nessa residência perguntamos ao morador se ele conhecia a trilha que subia até o Pico Corcovado, e para o nosso alívio ele confirmou que existia sim, porém ela estaria fechada a partir da metade, nos indicando o local correto do início dessa trilha quando entra na mata, pois até o momento só tínhamos caminhado por estrada de terra. O início da trilha é uns 100 mts depois dessa residência, à direita, assim que termina a cerca da propriedade. Até aí estava batendo com os waypoints. Beleza, né. Estávamos na trilha certa até ali.
Entrando na trilha e atravessando um pequeno rio, ela está bem demarcada. Uns 10 minutos depois de atravessar esse rio haverá uma pequena bifurcação à direita. A trilha correta é virando nessa bifurcação. Se você for continuar em frente, na trilha da esquerda, como nós fizemos, a trilha vai se fechar totalmente. Ao voltarmos p/ a trilha correta, o mesmo problema. À medida que avançávamos a trilha ia se fechando. Chegou uma hora que não teve jeito. Aí paramos um tempinho e resolvemos voltar. O Jorge era favorável a seguir em frente mesmo sem a trilha, mas existiam 2 problemas. O primeiro era que o total dos waypoints eram 15. Só tínhamos chegado ao 5º, então ainda faltava muito, né (na verdade uns 6 Km em linha reta, mas uma trilha nunca é em linha reta - creio que deve chegar a uns 10 Km de trilha).
O outro problema era o horário, pois não conseguiríamos chegar antes do anoitecer no topo e estávamos em uma altitude muito baixa (pouco mais de 100 mts; o topo era de 1.150 mts). Já deu p/ ver a roubada que a gente foi se meter, né? Aí não teve jeito, voltamos e resolvemos subir o topo saindo da Praia Dura p/ o dia seguinte. Nesse ponto a trilha estava tão ruim e fechada que tivemos até dificuldade de encontrar a trilha de volta.
Passamos pela Cachoeira dos Macacos (foi o que valeu a caminhada daquele dia - cachoeira muito bonita). Voltamos para a Rodovia por volta das 16:00 hrs e lá tomamos o ônibus para o Bairro do Corcovado. Como eu já tinha subido esse pico por essa trilha, sabia onde poderíamos encontrar um bom local de acampamento p/ montar as barracas, passar a noite p/ no dia seguinte, bem de manhãzinha subir o pico.
Detalhes do início da trilha e como não se perder estão no final desse relato.
Acampamos bem ao lado do início da trilha. Na Quarta (05/11) por volta das 08:00 hrs iniciamos a subida (no final desse relato coloquei inúmeras dicas e informações sobre o início da trilha). O tempo parecia que estava bom, mas só parecia. A subida é bem íngreme e boa parte feita com inclinações de quase 60° e alguns locais até mais que isso. E as mochilas lotadas. Assim que subíamos íamos vendo que o topo estava totalmente encoberto e que a chuva estava p/ chegar e não deu outra.
Chegamos na crista por volta das 15:00 hrs com o início da chuva. Ainda tínhamos que caminhar uns 20 minutos na trilha para a direita até a base do Pico. Chegamos ensopados e nada da chuva dar um tempo. O problema agora era achar um local onde pudéssemos montar nossas barracas. No topo é complicado porque é um local totalmente aberto. Descemos um pouco mais e acampamos numa clareira improvisada, ao lado de um pequeno rio.
Como era um local de vertentes, inevitavelmente a água da chuva iria passar pela barraca como se fosse um rio e se não tivéssemos isolante a gente estava f...... A capa da barraca até que agüentou, mas o chão da barraca estava totalmente úmido. E choveu a noite toda.
Por volta das 07:00 hrs acordamos com tempo bom, desmontamos nossas barracas e subimos para o topo, que estava todo encoberto. De vez em quando o tempo abria e aí podíamos ver todo o litoral e a serra do mar, mas não ficamos muito tempo aqui e pouco depois das 09:00 hrs iniciamos nossa descida até o bairro do Corcovado.
Tínhamos que descer em ritmo acelerado, pois havia um ônibus do bairro até o centro de Ubatuba às 12:35 hrs e o outro só depois das 15:00 hrs. E se tomássemos esse das 15:00 hrs teríamos problema em chegar no nosso próximo destino: a Praia do Camburi, quase na divisa com Paraty antes do anoitecer.
E como a descida era em declive bem forte e o solo estava bem escorregadio, tombos eram inevitáveis. Eu parei de contar quando cheguei no 10º. Mas chegamos a tempo p/ pegar o ônibus e chegar no centro de Ubatuba por volta das 14:00 hrs e lá pegamos o circular Divisa Ubatuba/Party, onde descemos no final e seguimos p/ a Praia de Camburi, já quase na divisa com Paraty onde iríamos fazer a travessia Camburi-Trindade.
Um relato dessa travessia Camburi-Trindade está no link abaixo:
http://agsts.multiply.com/journal/item/8/
Dicas:
# Tem um circular que sai do centro de Ubatuba (Linha Bairro do Corcovado). Se for pegar ele, peça p/ descer no ponto de ônibus em frente a um barzinho do número 3150 (tem uma estrada de terra à direita que leva à Reserva Indígena). Abaixo as dicas de como chegar no início da trilha do Pico do Corcovado.
# Cachoeira dos Macacos: No Horto Florestal, a 7 km do Centro, na SP-125 (Rodovia Osvaldo Cruz), que liga Ubatuba a Taubaté, há um acesso à esquerda antes da Estação Experimental. Ela é conhecida também como Poço Verde pelos moradores.
Existe uma outra entrada para o Pico do Corcovado que sai do Núcleo Santa Virgínia, que faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar. São 17 Km do Núcleo até o Pico. É necessário agendar a visita com pelo menos 15 dias de antecedência. Rodovia Oswaldo Cruz, Km 78, (12) 3671-9159 e 3671-9266
# O Caminho para a entrada da trilha do Pico do Corcovado, pela Praia Dura:
Para quem está a pé e estiver vindo de Ubatuba:
- Passar o Rio Escuro, na entrada da praia Dura, e cerca de 1,2 km depois tem uma estrada à direita e entrar.
- Uns 500 metros depois tem uma estrada de terra à direita para o Tour Camping. Não entrar nessa estrada de terra. Continuar seguindo o asfalto, à esquerda.
- Após uns 4 Km e quase 1 hora de caminhada, em frente a um barzinho e ao numero 3150, tem uma estrada de terra à direita, com um placa branca com os dizeres PICO do CORCOVADO e outras coisas escritas. Entrar nessa estrada de terra (talvez a placa não esteja mais lá).
- Passar uma ponte de concreto e na segunda entrada à direita (50 mts desde a ponte) virar (a primeira entrada vai dar em uma Reserva Indígena - não entre aí).
- Logo no início dessa estradinha tem uma porteira com uma corrente e uma casa em frente, à direita.
- Passar essa porteira, umas casas e um campo de futebol, à direita.
A entrada da trilha fica à esquerda, última entradinha antes da estrada atravessar um largo e raso rio (uns 100 mts antes de chegar nele e se voce chegou no rio retroceda um pouco e pegue a última entradinha na mata).
Obs: Antes dessa entrada na mata existe outra num campo aberto desmatado que vai dar em um bananal; não entre nessa.
- Na trilha você atravessa o rio (que aqui está um pouco grande que desce da esquerda). Agora é só tomar a trilha que segue se distanciando do rio. Existe uma pequeno sobe/desce e com a trilha bem demarcada, a caminhada é quase toda em mata e sempre subindo. E toca prá cima!
# Altitudes:
-Aglomerado de Rochas (Igrejinha): onde se avista uma aldeia de índios, a praia Dura, o camping e outra praia à direita: (+ - 450 mts)
-Bica de agua, à esquerda: (+ - 720 mts)
-Clareira com um gramadinho: (+ - 1030mts)
-Bica de água a poucos mts abaixo do topo, sentido norte, descendo por uma trilha (+ - 1050 mts)
-Cume: (1150 mts).
FONTE : http://agsts.multiply.com/journal/item/9
INDIOS EM UBATUBA ...
Ubatuba surgiu da aldeia tupinambá de Iperoig ( Ypiru-yg = rio das perobas). Região rica de boa madeira para embarcações das quais eram habilíssimos canoeiros e construíam grandes canoas de capacidade para até 60 pessoas e como nadadores exímios, chegaram a nadar quilômetros ao encontro das embarcações que vinham para negociar em primeira mão o produto pau-brasil. Ubatuba era o quartel general da nação Tupinambá.
A serra de Boiçucanga, em São Sebastião, foi a divisa do povo Tupinambás ao norte e do povo Tupiniquim ao sul. Ambos viviam em paz até a chegada dos exploradores europeus (de Portugal e França) que os instigaram a lutar pelos interesses colonialista, mercantilista e escravagista.
Os índios que pertenciam à tribo Tupinambá, do grupo Tupi, habitavam todo o litoral brasileiro e falavam a língua tupi-guarani.
Eles eram mais adiantados que os índios do interior do Brasil - os Tapuias.
Eles entendiam de navegação, dormiam em redes, cultivavam alguns produtos agrícolas e possuíam uma série de outros costumes que denotavam um estágio um pouco mais avançado de civilização.
A ligação entre os índios e os portugueses está vinculada à necessidade de colonizar o país. Para isso, era necessário catequizar os silvícolas. Os primeiros catequizadores foram os jesuítas, trazidos para o Brasil por Tomé de Souza, primeiro Governador Geral, em 1549. Os padres Manoel de Nóbrega e José de Anchieta são dois jesuítas que se destacaram pelo trabalho na catequese de índios.
José de Anchieta chegou a escrever a primeira gramática na língua Tupi, como objetivo de ensinar aos índios o catecismo católico.
Sobre a personalidade de José de Anchieta existia um livro na Biblioteca Municipal de Ubatuba. O livro "Anchieta, santo ou carrasco?", que extraviou-se.
A GUERRA
O clima ficou quente, entre os portugueses e os índios. Em 1554, os portugueses mataram mais de 20 mil índios surgindo daí a Confederação dos Tamoios, em 1555 e em 1563, a Paz de Iperoig, que abriu espaço para legitimar a matança dos índios que viviam no litoral brasileiro, principalmente no centro-sul da colônia. Com a paz assinada, os franceses perderam o direito de permanecer. Ficaram os portugueses escravizando os Tupinambás. Esse contato direto com os portugueses, além do genocídio promovido, foi também o início da disseminação de doenças trazidas pelos brancos, das quais os índios não tinham anti-corpos para combatê-las. Hans Staden diz em seu livro que até cobertores contaminados foram trazidos para cá.
Quem sobrou, não teve outro caminho a não ser fugir. Os primeiros a colocarem o pé na estrada foram os índios da costa sul e leste, onde a colonização foi mais rápida e mais abrangente. Os Tupinambás fornecem um dos exemplos mais extraordinários desse êxodo. Logo após 1500, esse povo iniciou um espantoso movimento de migração - o maior de que se tem notícia em tempos históricos na América -, composto por dezenas de milhares de índios, à procura de refúgio na Amazônia. Por volta de 1600 (nesta data já não existia mais nenhum índio em Ubatuba) os Tupinambás atingiram o norte do Brasil e foram importantes no processo de consolidação da ocupação da terra pelos portugueses. Inclusive, participaram ativamente na fundação da cidade de Belém, em 1616. No Pará, os índios também tiveram participação na luta entre portugueses e franceses, ajudando na posse portuguesa. No final, não sobrou nenhum índio para contar história por aqui.
Os Tupinambás, legítimos donatários das terras de Ubatuba, talvez, possam ser encontrados no Maranhão, ou no Pará. Talvez algum historiador se habilite a resgatar essa importante passagem histórica, para Ubatuba e para o Brasil.
Hoje existe a Aldeia Boa Vista, originária do Paraguai, que ajuda a resgatar a dívida contraída com as nações indígenas. Para que os Guaranis pudessem chegar até aqui, foi preciso muito trabalho de conscientização e a dedicação de pessoas, como Marechal Rondon e os irmãos Villas Boas, que levantaram a questão, depois de séculos de obscurantismo. Apesar de não terem atuado em Ubatuba, os sertanistas Cláudio e Orlando Villas Boas - os irmãos da selva - desenvolveram uma missão que se prolongou por mais de 30 anos. Eles conseguiram pacificar as 18 tribos existentes no Parque do Xingu, que viviam separadas pela distância, por culturas distintas, por dialetos diferentes e por rivalidades decorrentes de guerras centenárias.
Mas a maior contribuição dos irmãos foi tornar público o debate sobre os índios, sensibilizando a sociedade brasileira, pavimentando o início de uma solução para o conflito da posse da terra e ajudando na criação da Funai - A Fundação Nacional do Índio.
A importâncias de Ubatuba começou a ser desvendada em 1962, quando na construção do condomínio da praia do Tenório. Lá foi descoberto um sítio arqueológico com idade de 2 mil anos. Os estudos foram desenvolvidos pela professora Dorath Ulhôa Cintra, chefe do setor de pré-história da USP. Esse registro arqueológico prova que a existência dos tupinambás vem desde a época de Cristo. Diversas ossadas foram localizadas neste sítio arqueológico, provando a presença pré-histórica de habitantes em Ubatuba.
Os Guaranis
A história dos índios guaranis começa a ser registrada durante os séculos XVI e XVII. Segundo a história, os guaranis viveram entre a cruz e a espada.
Projetados no papel de dóceis e regrados discípulos dos missionários jesuítas ou da infeliz vítima dos sanguinários bandeirantes, eles estabeleceram uma estratégia própria que visavam não apenas a mera sobrevivência mas, também a preservação de sua identidade e do modo de vida.
No fim do século XIX os guaranis iniciaram um processo de migração rumo ao litoral, até que no final da década de 60 surgiu a Aldeia Boa Vista, em Ubatuba, com a chegada de três famílias trazidas para o Prumirim por Octácilio Dias de Lacerda. Até chegarem ao Prumirim, a saga dos guaranis pode assim ser resumida: Do Paraguai eles emigraram para o Paraná, sendo trazidos para Paraty. De Paraty eles foram para a fazenda do Maia, no bairro do Taquaral, já em Ubatuba.
Um Desentendimento na fazenda tirou-os de lá para a Ponta do Piúva, no bairro da Casanga, até que Lacerda ajudou a escrever a história recente dos índios Guaranis em Ubatuba, estabelecendo assim a Aldeia Boa Vista da Nação guarani. Numa estratégia montada por Lacerda, a Funai acabou legitimando a posse de terra para os índios, resgatando assim a dívida que Ubatuba tinha com os primeiros habitantes desta terra.
Hoje, são 119 índios vivendo na aldeia, liderada pelo jovem cacique Marcos Tupã. A Prefeitura de Ubatuba e a
Funai têm oferecido apoio logístico e nota-se uma mudança significativa no modo de vida dos Guaranis, sem que eles percam a identidade com seus antepassados. Recentemente eles começaram a ser servidos com rede elétrica, abastecida através da captação da energia solar.
A Aldeia Boa Vista está localizada no bairro do Prumirim e conta com uma área de 801 hectares.
FONTE : http://www.ubatuba.com.br/indios.asp
terça-feira, 8 de junho de 2010
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE UBATUBA - HISTÓRICO DA ENTIDADE
A Associação Comercial de Ubatuba foi fundada no dia 04 de abril de 1972.
Sua fundação somente foi possível, graças ao esforço e a determinação do saudoso empresário Olney Valim, que foi até a Associação Comercial de São Paulo e obteve todas as informações necessárias para a criação da Entidade.
Valim presidiu a Assembléia Geral de constituição da Associação Comercial e Industrial de Ubatuba- ACIU, que contou com a participação de aproximadamente 20 empresários da cidade, que nomearam Roberto Lanzoni como seu primeiro presidente.
Ao longo de 38 anos a ACIU sofreu grandes modificações, sempre procurando acompanhar o desenvolvimento do comércio local, adequando-se às necessidades dos seus associados, modernizando suas instalações e equipamentos, estando hoje entre as maiores associações da região.
Presidentes da ACIU
abril/1972 março/1973 Roberto Lanzoni
abril/1973 março/1975 Roberto Lanzoni
abril/1975 outubro/1975 Thiago Darcy Castilho
outubro/1975 março/1977 Samuel de Oliveira Algodoal Júnior (Interino)
abril/1977 março/1979 Benedito Gois Filho
abril/1979 março/1981 Benedito Gois Filho
abril/1981 janeiro/1982 Dorival Matias
fevereiro/1982 fevereiro/1983 Jonatas Soares Castro - Interino
março/1983 maio/1983 Dorival Matias
junho/1983 março/1985 Cláudio Vaselli
abril/1985 março/1987 Cláudio Vaselli
abril/1987 outubro/1988 Cláudio Vaselli
novembro/1988 março/1989 Benedito Gois Filho - Interino
abril/1989 março/1991 Benedito Gois Filho
abril/1991 março/1993 Ahmad Ali Smidi
abril/1993 março/1995 Jurandiau Lovizaro
abril/1995 março/1997 Jurandiau Lovizaro
abril/1997 julho/1998 Carlos Alberto Gomes
agosto/1998 março/1999 José Lanzoni - Interino
abril/1999 julho/2000 Josias Baltazar Nunes Saboia
julho/2000 outubro/2000 Jean Carlo da Silva - Interino
outubro/2000 março/2001 Josias Baltazar Nunes Saboia
abril/2001 março/2003 Mohamad Ramadan El Ali
abril/2003 julho/2004 Dalva Maria dos Santos
julho/2004 outubro/2004 Otávio Mei Silveira - Interino
outubro/2004 março/2005 Dalva Maria dos Santos
abril/2005 março/2007 Ahmad Khalil Barakat
abril/2007 março/2009 Ahmad Khalil Barakat
abril/2009 março/2011 Alfredo Luiz Cunha Correa Filho
Sua fundação somente foi possível, graças ao esforço e a determinação do saudoso empresário Olney Valim, que foi até a Associação Comercial de São Paulo e obteve todas as informações necessárias para a criação da Entidade.
Valim presidiu a Assembléia Geral de constituição da Associação Comercial e Industrial de Ubatuba- ACIU, que contou com a participação de aproximadamente 20 empresários da cidade, que nomearam Roberto Lanzoni como seu primeiro presidente.
Ao longo de 38 anos a ACIU sofreu grandes modificações, sempre procurando acompanhar o desenvolvimento do comércio local, adequando-se às necessidades dos seus associados, modernizando suas instalações e equipamentos, estando hoje entre as maiores associações da região.
Presidentes da ACIU
abril/1972 março/1973 Roberto Lanzoni
abril/1973 março/1975 Roberto Lanzoni
abril/1975 outubro/1975 Thiago Darcy Castilho
outubro/1975 março/1977 Samuel de Oliveira Algodoal Júnior (Interino)
abril/1977 março/1979 Benedito Gois Filho
abril/1979 março/1981 Benedito Gois Filho
abril/1981 janeiro/1982 Dorival Matias
fevereiro/1982 fevereiro/1983 Jonatas Soares Castro - Interino
março/1983 maio/1983 Dorival Matias
junho/1983 março/1985 Cláudio Vaselli
abril/1985 março/1987 Cláudio Vaselli
abril/1987 outubro/1988 Cláudio Vaselli
novembro/1988 março/1989 Benedito Gois Filho - Interino
abril/1989 março/1991 Benedito Gois Filho
abril/1991 março/1993 Ahmad Ali Smidi
abril/1993 março/1995 Jurandiau Lovizaro
abril/1995 março/1997 Jurandiau Lovizaro
abril/1997 julho/1998 Carlos Alberto Gomes
agosto/1998 março/1999 José Lanzoni - Interino
abril/1999 julho/2000 Josias Baltazar Nunes Saboia
julho/2000 outubro/2000 Jean Carlo da Silva - Interino
outubro/2000 março/2001 Josias Baltazar Nunes Saboia
abril/2001 março/2003 Mohamad Ramadan El Ali
abril/2003 julho/2004 Dalva Maria dos Santos
julho/2004 outubro/2004 Otávio Mei Silveira - Interino
outubro/2004 março/2005 Dalva Maria dos Santos
abril/2005 março/2007 Ahmad Khalil Barakat
abril/2007 março/2009 Ahmad Khalil Barakat
abril/2009 março/2011 Alfredo Luiz Cunha Correa Filho
UBATUBA 2006....Prefeitura prestigia artista que representou o município em exposição internacional
A Assessora de Desenvolvimento de Assuntos Comunitários, Silvana Niel, representou o prefeito Eduardo Cesar na solenidade de encerramento do XI Circuito Internacional de Arte Brasileira, realizado nas dependências do Masp – Museu de Arte de São Paulo -, na capital paulista, no último dia 24. A assessora foi prestigiar o artista plástico Luiz Correia, morador de Ubatuba há 15 anos, que foi selecionado, entre inúmeros artistas de 14 estados brasileiros, para representar o município no circuito, que é considerado um dos mais importantes eventos culturais de artes plásticas do mundo.
Com esta escolha, Luiz Correia teve a oportunidade de expor suas telas na Áustria, Eslováquia, Tchecoslováquia, Espanha e em mais três cidades brasileiras: Diamantina (MG), Maringá (PR) e São Paulo. As exposições começaram dia 18 de março e se estenderam até o dia 25 de maio, com apoio do setor cultural da Embaixada Brasileira dos países participantes do circuito.
“Para mim foi algo realmente muito bom e uma oportunidade pela qual eu não esperava. Curadores procuraram por todo o litoral para escolher um artista e viram meus trabalhos em Paraty, onde exponho. É um orgulho muito grande ter sido escolhido ao lado de mais 14 brasileiros para expor em outros países”, disse Luiz Correia, que desde a infância manifestou seu dom pelo desenho e pintura, reproduzindo em crayon, aquarela, pastel e óleo paisagens e assuntos que lhe eram mais familiares. Segundo Luiz, a participação no Circuito já está lhe rendendo novos convites para participar de vernissages nacionais e internacionais. PMU
FONTE :
BLOG UBATUBAVIBORA
Quinta-feira, Junho 29, 2006
Com esta escolha, Luiz Correia teve a oportunidade de expor suas telas na Áustria, Eslováquia, Tchecoslováquia, Espanha e em mais três cidades brasileiras: Diamantina (MG), Maringá (PR) e São Paulo. As exposições começaram dia 18 de março e se estenderam até o dia 25 de maio, com apoio do setor cultural da Embaixada Brasileira dos países participantes do circuito.
“Para mim foi algo realmente muito bom e uma oportunidade pela qual eu não esperava. Curadores procuraram por todo o litoral para escolher um artista e viram meus trabalhos em Paraty, onde exponho. É um orgulho muito grande ter sido escolhido ao lado de mais 14 brasileiros para expor em outros países”, disse Luiz Correia, que desde a infância manifestou seu dom pelo desenho e pintura, reproduzindo em crayon, aquarela, pastel e óleo paisagens e assuntos que lhe eram mais familiares. Segundo Luiz, a participação no Circuito já está lhe rendendo novos convites para participar de vernissages nacionais e internacionais. PMU
FONTE :
BLOG UBATUBAVIBORA
Quinta-feira, Junho 29, 2006
UBATUBA 2006...........Conselho Municipal de Turismo elege a sua 1 ª Diretoria
Com a eleição da diretoria, o CMT avança na busca do desenvolvimento turístico em Ubatuba
O Conselho Municipal de Turismo (CMT) elegeu, na última quarta-feira, 26 de julho, sua primeira diretoria e que deve estar à frente do Conselho durante os próximos dois anos. A escolha de Pedro Paulo Orabona para presidente foi unânime. Para vice-presidente o escolhido foi Fernando Esteves Pedreira (Associação da Baia do Mar Virado); Gustavo Ferreira (Associação Náutica) foi eleito como secretário e Raquel Muniz (OAB) será a segunda secretária.
Pedro Paulo Orabona, que representa a Associação das Operadoras de Mergulho de Ubatuba foi aclamado em sessão ordinária do Conselho, que também votou e aprovou seu regimento interno. Também foi eleita durante a sessão, a primeira comissão setorial, da área náutica, que trabalhará no projeto de implantação do píer do Itaguá.
Para o prefeito Eduardo Cesar, a posse da diretoria do CMT marca o início efetivo dos trabalhos deste Conselho. “Estamos cumprindo com mais um compromisso, que é o de instituir um Conselho Municipal de Turismo para definir ações para incrementar esta que é nossa principal atividade econômica”, disse o prefeito.
Luiz Felipe Azevedo, secretário municipal de Turismo, acredita que “Ubatuba determinou seu caminho, definindo a transformação da cidade em um destino turístico profissional. Cada setor de interesse atuará de modo objetivo, entendendo que o sucesso do todo é o sucesso de cada um. Estamos diante de uma grande e histórica oportunidade, a hora é de trabalho, temos que pensar, agir e nos direcionar para o desenvolvimento turístico de Ubatuba”, afirmou Luiz Felipe.
Membros capacitados
Para que o grupo possa trabalhar de forma otimizada, um grande trabalho de capacitação foi realizado no primeiro semestre deste ano. Os membros participaram de oficinas de nivelamento com o moderador José Gabriel Pesce, considerado atualmente um dos melhores profissionais brasileiros no ramo do turismo.
O empresário Alfredo Cunha Filho, dono de um restaurante em Ubatuba e um dos integrantes do Conselho, participou da capacitação. Ele afirma que ações como essa ajudam a “melhorar a cabeça do empresário”. “Nós precisamos saber o que queremos do turismo em Ubatuba. Algumas cidades estão investindo no turismo popular. Eu acho que nós, aqui, temos potencial para trabalhar com um turismo qualificado, com famílias que vêm para cá e fazem a economia se movimentar. O Conselho tem a função de dividir essa responsabilidade com o prefeito, dar sugestões, batalhar junto com ele para que as coisas aconteçam. Temos que aproveitar que o prefeito Eduardo Cesar nos dá essa abertura para conversar e discutir o que é melhor para a nossa cidade.”
Planos para o futuro
O Conselho Municipal de Turismo é uma ferramenta para que a população possa atuar diretamente nas propostas para que esse segmento se faça de forma organizada e sustentável. Para tanto, ele é dividido por setores de interesse. Dessa forma, cada cidadão poderá atuar, dando sugestões e opiniões que poderão compor o Plano Municipal de Turismo. O arquiteto Daniel Corrêa, conselheiro que representa o Instituto de Arquitetos do Brasil em Ubatuba explica que o Conselho é uma nova estrutura de poder. “Nós somos responsáveis por fazer uma ponte entre a população e o poder público. Nossa função é ouvir, discutir, buscar soluções e batalhar pela realização das metas que traçamos a partir dos anseios da sociedade ubatubense. A criação e implementação desse conselho já é um grande avanço para a nossa cidade”.
O prefeito Eduardo Cesar afirma que a mobilização da sociedade representa a garantia de que os seus anseios serão atendidos, de forma que a coletividade só terá benefícios. “Nós vivemos em uma cidade onde a natureza é abundante e preservada. Somente isso já nos coloca em uma posição privilegiada em relação ao turismo. Se conseguirmos organizar a cidade de forma a oferecer produtos de qualidade em todos os sentidos, temos grandes chances de tornar Ubatuba uma referência nacional e internacional. Mas para isso, é preciso que todos trabalhem juntos, sociedade civil e poder público”. PMU
O Conselho Municipal de Turismo (CMT) elegeu, na última quarta-feira, 26 de julho, sua primeira diretoria e que deve estar à frente do Conselho durante os próximos dois anos. A escolha de Pedro Paulo Orabona para presidente foi unânime. Para vice-presidente o escolhido foi Fernando Esteves Pedreira (Associação da Baia do Mar Virado); Gustavo Ferreira (Associação Náutica) foi eleito como secretário e Raquel Muniz (OAB) será a segunda secretária.
Pedro Paulo Orabona, que representa a Associação das Operadoras de Mergulho de Ubatuba foi aclamado em sessão ordinária do Conselho, que também votou e aprovou seu regimento interno. Também foi eleita durante a sessão, a primeira comissão setorial, da área náutica, que trabalhará no projeto de implantação do píer do Itaguá.
Para o prefeito Eduardo Cesar, a posse da diretoria do CMT marca o início efetivo dos trabalhos deste Conselho. “Estamos cumprindo com mais um compromisso, que é o de instituir um Conselho Municipal de Turismo para definir ações para incrementar esta que é nossa principal atividade econômica”, disse o prefeito.
Luiz Felipe Azevedo, secretário municipal de Turismo, acredita que “Ubatuba determinou seu caminho, definindo a transformação da cidade em um destino turístico profissional. Cada setor de interesse atuará de modo objetivo, entendendo que o sucesso do todo é o sucesso de cada um. Estamos diante de uma grande e histórica oportunidade, a hora é de trabalho, temos que pensar, agir e nos direcionar para o desenvolvimento turístico de Ubatuba”, afirmou Luiz Felipe.
Membros capacitados
Para que o grupo possa trabalhar de forma otimizada, um grande trabalho de capacitação foi realizado no primeiro semestre deste ano. Os membros participaram de oficinas de nivelamento com o moderador José Gabriel Pesce, considerado atualmente um dos melhores profissionais brasileiros no ramo do turismo.
O empresário Alfredo Cunha Filho, dono de um restaurante em Ubatuba e um dos integrantes do Conselho, participou da capacitação. Ele afirma que ações como essa ajudam a “melhorar a cabeça do empresário”. “Nós precisamos saber o que queremos do turismo em Ubatuba. Algumas cidades estão investindo no turismo popular. Eu acho que nós, aqui, temos potencial para trabalhar com um turismo qualificado, com famílias que vêm para cá e fazem a economia se movimentar. O Conselho tem a função de dividir essa responsabilidade com o prefeito, dar sugestões, batalhar junto com ele para que as coisas aconteçam. Temos que aproveitar que o prefeito Eduardo Cesar nos dá essa abertura para conversar e discutir o que é melhor para a nossa cidade.”
Planos para o futuro
O Conselho Municipal de Turismo é uma ferramenta para que a população possa atuar diretamente nas propostas para que esse segmento se faça de forma organizada e sustentável. Para tanto, ele é dividido por setores de interesse. Dessa forma, cada cidadão poderá atuar, dando sugestões e opiniões que poderão compor o Plano Municipal de Turismo. O arquiteto Daniel Corrêa, conselheiro que representa o Instituto de Arquitetos do Brasil em Ubatuba explica que o Conselho é uma nova estrutura de poder. “Nós somos responsáveis por fazer uma ponte entre a população e o poder público. Nossa função é ouvir, discutir, buscar soluções e batalhar pela realização das metas que traçamos a partir dos anseios da sociedade ubatubense. A criação e implementação desse conselho já é um grande avanço para a nossa cidade”.
O prefeito Eduardo Cesar afirma que a mobilização da sociedade representa a garantia de que os seus anseios serão atendidos, de forma que a coletividade só terá benefícios. “Nós vivemos em uma cidade onde a natureza é abundante e preservada. Somente isso já nos coloca em uma posição privilegiada em relação ao turismo. Se conseguirmos organizar a cidade de forma a oferecer produtos de qualidade em todos os sentidos, temos grandes chances de tornar Ubatuba uma referência nacional e internacional. Mas para isso, é preciso que todos trabalhem juntos, sociedade civil e poder público”. PMU
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