sexta-feira, 29 de maio de 2009
QUEM FORAM OS " TUPINAMBÁS" Primeiros habitantes de Ubatuba (Ypeoig)
O termo tupinambá provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere tanto a uma grande nação de índios, da qual faziam parte, dentre outros, os tamoios, os temiminós, os tupiniquins, os potiguara, os tabajaras, os caetés, os amoipiras, os tupinás (tupinaê), os aricobés e um grupo também chamado de tupinambá.
Os tupinambás como nação dominavam quase todo o litoral brasileiro e possuíam uma língua comum, que teve sua gramática organizada pelos jesuítas e passou a ser conhecida como o tupi antigo, sendo a língua raíz da língua geral paulista e do nheengatu. Entretanto, normalmente, quando se fala em tupinambás está-se a referir às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamoios, cujo objectivo era lutar contra os portugueses, também conhecidos como perós.
Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação Tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos.
Em todas as tribos tupinambás era comum a observância aos heróis civilizadores, como chama Alfred Métraux em seu livro A Religião dos Tupinambás, que eram divindades que haviam criado ou dado início à civilização indígena (Meire Humane e Pae Zomé — mito ameríndio comum em toda a América Meridional). Também era comum a intercessão junto aos espíritos dos pajés, o uso dos maracás, chocalhos místicos cujo uso era obrigatório em qualquer cerimônia.
Atualmente existem dois núcleos de índios Tupinambá, no litoral da Bahia: Olivença, município de Ilhéus, com 20 aldeias e 3864 indígenas; e a aldeia Patiburi, município de Belmonte, com 199 pessoas.
Os tupinambás da Região Sudeste do Brasil tinham um vasto território, que se estendia desde o rio Juqueriquerê, em São Sebastião / Caraguatatuba, no Estado de São Paulo, até o cabo de São Tomé, no estado do Rio de Janeiro.
O grosso da nação tupinambá localizava-se na baía da Guanabara e em Cabo Frio, ou Gecay, o nome da mistura de sal e pimenta que os índios, embora não consumindo o sal, vendiam aos franceses, com os quais se aliaram quando estes estabeleceram a colónia da França Antártica na baía de Guanabara.
As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de cana-de-açúcar no núcleo vicentino, levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe, chamada de Confederação dos Tamoios, englobando todas as aldeias tupinambás, desde São Paulo, Vale do Rio Paraíba (São José dos Campos, Taubaté e outras) até o cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra.
É neste ínterim que Nóbrega e Anchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atual Ubatuba), para tentar fazer as pazes. Segundo a tradição, Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e o Padre José de Anchieta ficou cativo dos tupinambás em Ubatuba. Neste período, ele teria escrito o Poema da Virgem. Fatos lendários e fantásticos teriam ocorrido nesta época do cativeiro, como o milagre de Anchieta: levitar entre os índios, que horrorizados, queriam que ele dalí se retirasse pois pensavam tratar-se de um feiticeiro.
Seja como for, os padres com muita diplomacia, conseguiram desmantelar a Confederação dos Tamoios, promovendo a Paz de Iperoig, o Primeiro Tratado de Paz das Américas. Diz-se que depois de feitas as pazes, Nóbrega advertiu os índios de que, se voltassem atrás na palavra empenhada, seriam todos destruídos, o que de fato ocorreu. Quando os portugueses atacaram os franceses do Rio de Janeiro, estes pediram ajuda aos índios, que de fato acudiram a seus aliados. Isto levou ao extermínio dos tupinambás que moravam em aldeias em torno da Baía da Guanabara, na segunda metade do século XVI. Os que conseguiram se salvar foram os que se embrenharam nos matos com alguns franceses e os índios tupinambás de Ubatuba que, para não ajudarem e não correrem riscos, ou se embrenharam nos matos ou foram assimilados pelos colonos em Ubatuba, gerando a atual população caiçara daquela região assim como a população cabocla do Vale do Paraíba Paulista e Fluminense.
Contudo, o golpe fatal ao fim dos tupinambás, foi o ataque ao último reduto francês em Cabo Frio, com a destruição de todas as aldeias. Tudo destruído com fogo e passado ao "fio da espada". Os sobreviventes ou se embrenharam nos matos e migraram para outras regiões ou alguns poucos ainda, no final do século XVI, podiam ser encontrados numa aldeia de índios cristãos próxima da então recém-fundada cidade do Rio de Janeiro, local onde morreu e foi enterrado o Padre Nóbrega.
Por esses motivos e por algumas declarações que denotariam em tese conivência com o extermínio indígena, é que o Padre José de Anchieta tem sido considerado muito polêmico até os dias atuais, embora noutras oportunidades, tenha declarado que se dava melhor com os Índios do que com os portugueses. Afinal, os padres jesuítas tinham a boa intenção e boa-fé de angariar novas almas para a Igreja, no movimento conhecido como Contra-Reforma, haja vista a Reforma que havia se iniciado e espalhado pela Europa.
FONTE : WIKIPEDIA
Quem foi Cunhambebe
Cunhambebe (século XVI) foi um chefe indígena Tupinambá que dominou todos os caciques Tamoios da região compreendida entre o Cabo Frio (Rio de Janeiro) e Bertioga (São Paulo). Foi aliado dos franceses que se estabeleceram na Baía de Guanabara em 1555 (França Antártica). É citado nas obras do religioso francês André Thévet ("Les singularitez de la France Antarctique", Paris, 1558) e do mercenário alemão Hans Staden, que dele foi prisioneiro entre 1554 e 1557.
Faleceu de "peste" (provavelmente varíola) após a chegada dos colonos franceses de Nicolas Durand de Villegagnon à Guanabara.
Segundo Capistrano de Abreu, houve não apenas um, mas dois Cunhambebes. O pai era o famoso guerreiro que certa vez Hans Staden encontrou em pessoa na serra de Ocaraçu (atual conjunto de morros do Cairuçu, ao Sul de Paraty, região de Trindade). A este Cunhambebe também teria alcançado André Thévet.
Alguns anos após a morte deste Cunhambebe, o padre José de Anchieta teria encontrado o Cunhambebe filho, em Yperoig, rio das Perobas (atual cidade de Ubatuba), para as negociações que deram origem ao Armistício de Yperoig - o primeiro tratado de paz no continente americano, colocando fim à chamada Confederação dos Tamoios, que ameaçava São Vicente e a unidade do território português, haja vista a amizade dos Tupinambás (chefiados por Cunhambebe) com os franceses.
Desarmados os indígenas, os portugueses atacaram os franceses na baía de Guanabara, dizimando o grosso da nação Tupinambá que ali existia. O fato se repetiu no Cabo Frio, tendo sobrevivido os Tupinambás de Ubatuba, que fugindo para o sertão ou misturando-se aos colonos em Ubatuba, deram origem aos atuais caiçaras, na região do Litoral Norte de São Paulo.
No início do século XVII, não havia mais nenhum Tupinambá na região do Rio de Janeiro, além dos convertidos ao catolicismo e os utilizados como serviçais pelos portugueses. Cunhambebe filho, sentindo-se traído pelos "abarés" (padres) e pelos portuguêses, teria amaldiçoado as terras de Yperoig - no lendário episódio cohecido como A Maldição de Cunhambebe.
FONTE : wikipedia
Faleceu de "peste" (provavelmente varíola) após a chegada dos colonos franceses de Nicolas Durand de Villegagnon à Guanabara.
Segundo Capistrano de Abreu, houve não apenas um, mas dois Cunhambebes. O pai era o famoso guerreiro que certa vez Hans Staden encontrou em pessoa na serra de Ocaraçu (atual conjunto de morros do Cairuçu, ao Sul de Paraty, região de Trindade). A este Cunhambebe também teria alcançado André Thévet.
Alguns anos após a morte deste Cunhambebe, o padre José de Anchieta teria encontrado o Cunhambebe filho, em Yperoig, rio das Perobas (atual cidade de Ubatuba), para as negociações que deram origem ao Armistício de Yperoig - o primeiro tratado de paz no continente americano, colocando fim à chamada Confederação dos Tamoios, que ameaçava São Vicente e a unidade do território português, haja vista a amizade dos Tupinambás (chefiados por Cunhambebe) com os franceses.
Desarmados os indígenas, os portugueses atacaram os franceses na baía de Guanabara, dizimando o grosso da nação Tupinambá que ali existia. O fato se repetiu no Cabo Frio, tendo sobrevivido os Tupinambás de Ubatuba, que fugindo para o sertão ou misturando-se aos colonos em Ubatuba, deram origem aos atuais caiçaras, na região do Litoral Norte de São Paulo.
No início do século XVII, não havia mais nenhum Tupinambá na região do Rio de Janeiro, além dos convertidos ao catolicismo e os utilizados como serviçais pelos portugueses. Cunhambebe filho, sentindo-se traído pelos "abarés" (padres) e pelos portuguêses, teria amaldiçoado as terras de Yperoig - no lendário episódio cohecido como A Maldição de Cunhambebe.
FONTE : wikipedia
Origem do nome YPEROIG
Em Ubatuba (aldeia de Yperoig, ou Rio das Perobas), ficou cativo o Abaré - Padre José de Anchieta, pioneiro na catequese dos índios Tupis e um dos primeiros homens a produzir literatura no Brasil. Nóbrega e Anchieta foram incumbidos de difícil missão: fazer as pazes com os índios tupinambás e colocar fim na Confederação dos Tamoios que ameaçava destruir São Vicente e a hegemonia do território Português no Sudeste do Brasil. Ambos os Padres, segundo a tradição, levados no barco de José Adorno, se dirigiram até Ubatuba (Yperoig) e ali chegando, Anchieta, dirigindo palavras de paz e amizade aos Índios, conseguiu aportar e dar início aos trabalhos de pacificação.
Diz a tradição que Anchieta costumava gravar seus poemas nas areias das praias de Ubatuba, dentre eles o poema da Virgem. Nóbrega por sua vez, retornou à São Vicente, levando consigo Cunhambebe (filho) para acertar o primeiro Tratado de Paz das Américas, o Tratado de Yperoig, enquanto Anchieta, ficaria cativo dos Índios Tupinambás de Yperoig (Ubatuba atual).
Fonte: "Wikipedia" [http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubatuba]
Diz a tradição que Anchieta costumava gravar seus poemas nas areias das praias de Ubatuba, dentre eles o poema da Virgem. Nóbrega por sua vez, retornou à São Vicente, levando consigo Cunhambebe (filho) para acertar o primeiro Tratado de Paz das Américas, o Tratado de Yperoig, enquanto Anchieta, ficaria cativo dos Índios Tupinambás de Yperoig (Ubatuba atual).
Fonte: "Wikipedia" [http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubatuba]
domingo, 24 de maio de 2009
GRANDES UBATUBENSES : Dona Maria Alves e Félix Guisard Filho
Dona Maria Alves
Foi D. Maria Alves quem cedeu este terreno onde se ergueu Ubatuba a Jordão Homem da Costa, conferindo-lhe direito de dar sesmarias e datas a todos quantos o pedissem. Foi este, pois o primeiro passo dado para a ereção do povoado, primitivamente denominado Iperoig. O ato de desprendimento de D. Maria Laves, deu ensejo à formação do núcleo social e à criação da cidade que hoje se intitula a pérola do litoral norte do Estado de São Paulo. Os arquivos da cidade e as crônicas dos historiadores não fornecem dados precisos sobre a relevante individualidade de D. Maria Alves, impedindo assim um conhecimento mais profundo de tão insigne figura feminina. --
Félix Guisard Filho --
Nascido no interior do Estado do Rio de Janeiro em 31 de março de 1890, Félix Guisard Filho foi médico, político, historiador, tendo sido uma das mais importantes figuras da cena cultural taubateana na primeira metade do século 20. Em Ubatuba, Félix Guisard Filho foi proprietário do emblemático Sobradão do Porto, hoje sede da Fundart. Seus primeiros trabalhos como escritor datam da década de 1930. Ubatuba muito deve ao ilustre mestre e, em agradecimento, nomeou uma de suas ruas de “Félix Guisard Filho”. Faleceu em 1964.
Foi D. Maria Alves quem cedeu este terreno onde se ergueu Ubatuba a Jordão Homem da Costa, conferindo-lhe direito de dar sesmarias e datas a todos quantos o pedissem. Foi este, pois o primeiro passo dado para a ereção do povoado, primitivamente denominado Iperoig. O ato de desprendimento de D. Maria Laves, deu ensejo à formação do núcleo social e à criação da cidade que hoje se intitula a pérola do litoral norte do Estado de São Paulo. Os arquivos da cidade e as crônicas dos historiadores não fornecem dados precisos sobre a relevante individualidade de D. Maria Alves, impedindo assim um conhecimento mais profundo de tão insigne figura feminina. --
Félix Guisard Filho --
Nascido no interior do Estado do Rio de Janeiro em 31 de março de 1890, Félix Guisard Filho foi médico, político, historiador, tendo sido uma das mais importantes figuras da cena cultural taubateana na primeira metade do século 20. Em Ubatuba, Félix Guisard Filho foi proprietário do emblemático Sobradão do Porto, hoje sede da Fundart. Seus primeiros trabalhos como escritor datam da década de 1930. Ubatuba muito deve ao ilustre mestre e, em agradecimento, nomeou uma de suas ruas de “Félix Guisard Filho”. Faleceu em 1964.
RUINAS DA LAGOINHA... Fazenda Bom Retiro
Refugiada no emaranhado de grandes raízes, está a mortificada Fazenda do Bom Retiro, que no século XIX, glamurosamente era conhecida como "Solar do Capitão Romualdo". Proprietário de 2.400 m², o bom capitão expandia seu comércio de café, cana de açúcar, aguardente e açúcar mascavo, produtos estes que eram negociados no comércio de exportação. O grande capitão Romualdo morava no casarão da fazenda com sua doce esposa Mariana. O casal não teve filhos, mas tratava todos os que lhes serviam como seus parentes. Segundo contam, a sua fama honrosa não foi só por sua riqueza mas, sim, por sua humanidade para com os negros escravos. No Solar do capitão, seus escravos faziam as refeições na mesa principal, sempre com a preocupação de alimentar primeiro as crianças. Aos sábados pela manhã, tiravam sua hora de lazer na praia da Lagoinha. Quando a Lei Áurea vigorou, nenhum trabalhador, não mais escravo, abandonou os serviços da fazenda. Isso só aconteceu tempos depois de sua morte, quando sua esposa, não suportando sua falta, veio a enlouquecer. Esquecidas no tempo, hoje conhecemos as "Ruínas da Lagoinha", classificadas como Antigo Engenho por ter um grande aqueduto e uma roda d'água compondo o conjunto arquitetônico de mais ou menos dez metros de altura: um edifício construído com argila, óleo de animais marinhos, areia da praia com conchas e pedras simétricas, que dão formas arredondadas às janelas e portas gigantes, que só a criatividade poderá reconstituir. Em 1986, as ruínas foram tombada pelo Condephaat como Engenho Bom Retiro, graças a colaboração do espeleólogo francês Guy Collet, Sociedade Amigos da Lagoinha, Prefeitura Municipal de Ubatuba e Secretaria do Estado. Hoje, as ruínas estão sob os cuidados da Fundart que está com projetos futuros quanto a sua manutenção e preservação histórico-cultural e turística. Localizada ao sul, a 23,9 km do centro e 1 km de estrada à direita do bairro da Lagoinha, você poderá permitir-se fazer uma viagem no tempo, onde sua imaginação é o limite. E, quando perceber, estará tão próximo da história que poderá fazer a sua própria, aventurando-se na trilha que sai das ruínas conduzindo a uma belíssima cachoeira!!
UBATUBA E O CICLO DO CAFÉ E A PROSPERIDADE...
Em 1787 o presidente da Província de São Paulo decreta que todas as mercadorias da capitania deveriam ser embarcadas por Santos(Édito de lorena), medida que ocasionou a decadência da economia da cana e do porto de Ubatuba. A situação só iria melhorar com a abertura dos portos em 1808 e o comércio ganharia novo impulso com o cultivo do café no município e no Vale do Paraíba, que tornou-se economicamente próspero na segunda metade do século. Ubatuba passa aser o porto exporatdor da região cafeeira, chegando a receber anualmente cerca de 600 navios transatlânticos. Pela "rota do café" entraram nesse perído áureo mais de 70 mil escravos.
A Vila de Ubatuba passa em 1855 à categoria de cidade. O urbanismo alcança o município, são criados o cemitério, novas igrejas, um teatro, água encanada, mecador municipal e residências para abrigar a elite local. Ubatuba constava entre os municípios de maior renda da província, tendorecebido através de seu porto a primeira máquina de tecelagem do Estado, destinada a Taubaté. Nela circulavam viajantes, negociantes, tropeiros e aventureiros, companhias de teatro e ópera; havia festas e bailes nos solares e o Ateneu Ubatubense dispunha de biblioteca de mais de 5000 volumes doada pelo Imperador D. Pedro II.
O cultivo do café traz modificações profundas na paisagem física e urbana de Ubatuba: as áreas planas crescem de valor e são devastadas ; a demanda por construções mais complexas (embarcações, casas e mobiliário, carros de boi) vai ocasionando o fim da madeira de lei e aumenta a população negra. Em 1836 a população negra supera a branca e ocorrem revoltas nas fazendas de café, que chegaram a ter cerca de 12.000 escravos. A partir de 1870, antecipando-se ã deflagração da guerra franco-prussiana, dezenas de famílias nobres francesas instalaram-se em Ubatuba, comprando grandes extensões de terras e organizando fazendas onde se cultivou o café, fumo, cana-de-açucar, frutas tropicais e especiarias. também montaram olarias e mansões senhoriais.
A Vila de Ubatuba passa em 1855 à categoria de cidade. O urbanismo alcança o município, são criados o cemitério, novas igrejas, um teatro, água encanada, mecador municipal e residências para abrigar a elite local. Ubatuba constava entre os municípios de maior renda da província, tendorecebido através de seu porto a primeira máquina de tecelagem do Estado, destinada a Taubaté. Nela circulavam viajantes, negociantes, tropeiros e aventureiros, companhias de teatro e ópera; havia festas e bailes nos solares e o Ateneu Ubatubense dispunha de biblioteca de mais de 5000 volumes doada pelo Imperador D. Pedro II.
O cultivo do café traz modificações profundas na paisagem física e urbana de Ubatuba: as áreas planas crescem de valor e são devastadas ; a demanda por construções mais complexas (embarcações, casas e mobiliário, carros de boi) vai ocasionando o fim da madeira de lei e aumenta a população negra. Em 1836 a população negra supera a branca e ocorrem revoltas nas fazendas de café, que chegaram a ter cerca de 12.000 escravos. A partir de 1870, antecipando-se ã deflagração da guerra franco-prussiana, dezenas de famílias nobres francesas instalaram-se em Ubatuba, comprando grandes extensões de terras e organizando fazendas onde se cultivou o café, fumo, cana-de-açucar, frutas tropicais e especiarias. também montaram olarias e mansões senhoriais.
CONHEÇA A EQUIPE DE VOLLEI DE UBATUBA - Jogos Regionais do vale do paraiba 1961
Na foto acima temos a foto histórica da nossa equipe adulta de volley, a qual participou dos 1 º Jogos Regionais do Vale do Paraiba - 1961;
Em pé : Pedro Paulo(hoje Presid. da FUNDART), Lelis, Rivaldo e Roberto Torres.
Agachados : Zé Enio , Luiz Viana e Beto -
Foto tirada em Julho de 1961, há 47 anos atrás , no TUNEL DO TEMPO.....
isto é história ...de Ubatuba ...
quinta-feira, 21 de maio de 2009
NO TUNEL DO TEMPO : Rubens Salles e Jair lamosa
O Juiz Jair Lamosa (In Memorian) dá entrevista para o reportes Rubens Salles(In Memorian), antes de se iniciar mais uma partida pelo Campeonato Municipal da categoria Dente de Leite de Ubatuba, ´nãos e sabe a data desta foto, (talvez entre 1974 a 1976)mas o que vale eé poder divulgar o momento e a imagem de duas pessoas , as quais já partiram há um bom tempo para o andar de cima, foram grandes homens, ubatubenses de destaque, os quais foram dois dos maiores incentivadores do esporte local, em especial do futebol ubatubense. Fica aqui saudades ....
Rubens Salles , além de grande reporter foi grande incentivador do futebbolubatubense, hoje em homenagem a ele, a Escolinha de Futebol da Prefeitura leva o seu nome.
Jair Lamosa, foi um dos grandes arbitros de nossa cidade, foi por um bom tempo proprietario de uma banca de jornais defronte a antiga Biblioteca Municipal, a qual ficava quase defronte a atual Rodoviária São José. A foto em cima é uma homenagem a duas figuras ilustres de nossa história, da historia do povo ubatubense....
terça-feira, 19 de maio de 2009
SÉRIE " Ubatuba, espaço,memória e cultura " -Livro de Juan Douguet e Jorge O. Fonseca
1.PRAIA IPEROIG OU CRUZEIRO
Localização
A Praia Iperoig, também chamada de Praia do Cruzeiro, localiza-se bem no centro de Ubatuba, levando toda a avenida principal da cidade o nome de Iperoig – Cruzeiro -, margeando toda a extensão que compreende a barra da Lagoa, divisa com a Praia do Itaguá e o rio Grande que passa sob a ponte que liga com o bairro da praia do Perequê Açu.
Acesso
Os acessos são vários, por algumas das ruas do centro como a Dom João III, Professor Thomaz Galhardo, Dª Maria Alves, Condensa de Vimieiro e a Dr. Esteves da Silva, ou então, pelos bairros do Itaguá ou Perequê Açu. Para quem vem de outros bairros da cidade pode-se fazer uso das linhas de ônibus coletivo da empresa Cidade de Ubatuba, e são vários os horários deste tipo de transporte coletivo.
Visão
A baía do centro de Ubatuba tem em toda sua extensão de orla a Praia Iperoig ou Cruzeiro dividindo este espaço com a sua “irmã”, a Praia do Itaguá. Esta baía proporciona um visual deslumbrante, o maior cartão postal de Ubatuba, onde foram registrados grandes acontecimentos da vida regional e mesmo da história do Brasil1.
Na praia do Cruzeiro, as areias são grossas e amareladas, suas águas não tão escuras como as do Itaguá, nesta última as areias são finas e meio acinzentadas. Em época de maré baixa, o mar é tão manso como no Itaguá, mas quando a maré sobe costuma ser fundo e às vezes bravo. A praia é cheia de árvores, chapéus de sol ou amendoeiras e os abricoteiros.
Durante o dia, a beleza e o brilho do nascer do sol, logo pela manhã nos atordoa e os barcos de pescas no horizonte ajudam na composição harmoniosa de uma pintura. À noite, o mesmo visual das águas e de suas amendoeiras tem como deslumbre na composição, o reflexo da lua e das estrelas somado a fresca das brisas oceânicas.
Hoje, o turista e visitante pode desfrutar desta paisagem à beira mar seguindo por um agradável caminho no calçadão de ponta a ponta ou mesmo nas ciclovias em tranqüilas pedaladas. Em toda sua extensão a Praia Iperoig ou do Cruzeiro conta com a avenida, nela grandes acontecimentos da vida cívica e cultural da cidade acontecem aí. Palco para grandes eventos religiosos como a Paixão de Cristo, festas como a de São Pedro pescador, a Feira das Nações, entre outros, e o Carnaval de rua que alcança neste lugar maior expressividade.
Na Avenida Iperoig, existe um grande número de restaurantes e bares nos embalos dos finais de semanas e na alta temporada, lotando-a com pessoas de diferentes procedências.
O artesanato, também está presente em lojas especializadas, ou, na famosa e já tradicional Feirinha Hippye de Ubatuba bem ao lado da Cruz do Cruzeiro. Bem na direção da Avenida Professor Thomaz Galhardo, há o Centro de Informações Turísticas, que atualmente funciona como sede da Secretaria de Turismo de Ubatuba.
As opções de lazer na orla de Iperoig ou Cruzeiro são muitas, desde seus bares e restaurantes como o Parque de diversões fazendo a alegria das crianças e até de adultos e a mais recente pista de skat construída para os jovens esportistas de Ubatuba e da região, em frente ao campo de aviação Gastão Madeira, mais especificamente na recente Praça Trópico de Capricórnio.
Tanto a praia como a Avenida Iperoig são o cenário de uma das festas mais tradicionais da cultura ubatubense, a Festa de São Pedro o pescador, celebrada o dia 29 de junho. A cidade de Ubatuba há mais de oitenta anos aderiu a esta tradição judaico - cristã para enaltecer e homenagear seus pescadores, homens humildes, caiçaras que vivem dos frutos que o mar lhes oferece.
A comemoração inicia-se com a saída da imagem do Santo da Igreja Matriz em uma procissão até a Ilha dos Pescadores onde se encontra com os barcos de pesca já enfeitados e em um deles a imagem do Santo que segue em bela procissão pelo mar. Dezenas de barcos, seguindo o que leva o Santo, cruzam a bela baía central de Ubatuba com direção à Ponta Grossa por uma hora. De volta, assim que entram no boqueirão da Ilha dos pescadores, após o farol é feita uma parada, frente ao Morro da Prainha e da estátua de São Pedro encima do morro.
Ali é feita a benção dos anzóis simbolizando parte desta tradição em homenagem ao Santo padroeiro e aos pescadores. Em questão de minutos o padre dá continuidade à navegação chegando logo ao destino final, próximo de onde seria a missa campal, celebrando a liturgia com toda uma população de cidadãos residentes, turistas e visitantes2. A imagem de São Pedro foi trazida para Ubatuba pelo padre alemão Hans Bell, em 1942. Desde então, ela tem-se tornado o motivo da identificação e a conseqüente devoção da população caiçara, sendo uma das festas mais importantes do calendário litúrgico de Ubatuba. A Festa de São Pedro veio a enaltecer e a valorizar a Praia de Iperoig.
A hospedagem nesta praia torna-se fácil aos turistas e visitantes, pois por se tratar de uma região central existe uma série de opções na avenida que beira a sua orla assim como no centro comercial de Ubatuba são várias as opções hoteleiras.
Para alimentação existem: restaurante, lanchonetes e bares com cardápios variados para todos os paladares, desde o lanche rápido até a um prato específico da culinária caiçara.
Demanda Turística
A praia de Iperoig não é mais tão freqüentada como antigamente, e nem tão indicada. Mas, por se tratar de uma praia tão centralizada e com tantas opções de lazer como o calçadão e a ciclovia em toda sua extensão vêm sendo muito requisitados por turistas e visitantes que fazem caminhadas pelo calçadão desfrutando do bonito jardim e das muitas sombras de suas amendoeiras. Costuma ter grande movimento de visitantes e turistas na “alta temporada” e em determinadas datas, como no Ano Novo e nos dias de Carnaval. Nela, ainda, há campeonatos de pesca, fazendo parte do calendário de atrativos esportivos da cidade.
Enfim, a Praia de Iperoig, localizada no marco perfeito da baia do centro de Ubatuba, em suas manhãs oferece um espetáculo privilegiado em um dos cenários mais primorosos que se possa ter do litoral ubatubense. A luz do sol dourada, ao fundo o horizonte em duas tonalidades, o azul do mar e do céu, contrastando com o verde das montanhas. Os pássaros e, às vezes, os pequenos barcos de pesca completam o cenário da aurora do verão, desenhando na baía de Iperoig um dos mais belos espetáculos naturais.
2.PRAIA DO ITAGUÁ
Localização
A Praia do Itaguá localiza-se bem próximo ao centro de Ubatuba, sendo toda margeada pela Avenida à beira mar, Leovegildo Dias Vieira, formando uma longa extensão de praia e orla da baía central de Ubatuba.
Acesso
Para o acesso de quem chega à Ubatuba pela rodovia Rio Santos, BR 101, vindo de Caraguatatuba, passando o primeiro trevo após a praia Grande se faz o contorno sentido centro pelo bairro do Itaguá, pela via da Avenida Capitão Felipe até o final na rotatória que fica na frente da praia.
Pela Rodovia Oswaldo Cruz, vindo de Taubaté, passa-se pelo trevo na entrada da cidade sentido centro e logo em seguida pela Avenida Professor Thomaz Galhardo até o final, chega-se a Avenida Iperoig beirando a praia, segue-se esta até a praia do Itaguá.
A Empresa de ônibus Cidade de Ubatuba oferece 8 linhas em horários diversos com destino Itaguá, mas para quem curtir uma caminhada à beira mar, pode-se, à partir da Avenida Iperoig ou do Cruzeiro, seguir pelo calçadão, ou mesmo de bicicleta pela ciclovia.
Visão
A Praia do Itaguá se destaca por sua areia escura, tornando sua água no mesmo tom. Esta areia, dita por conhecedores como sendo medicinal, é chamada de areia monazítica. Itaguá é uma praia muito mansa, quase sem ondas. Hoje, infelizmente, não muito própria para o banho de mar, pois, a qualidade de sua água costuma estar imprópria e proibida pela SETESB3.
Mesmo assim, a praia de Itaguá possui uma beleza própria percorrendo boa parte de toda a baía central de Ubatuba. Para enaltecer este visual, os primeiros raios solares caminham pelo mar chegando até suas areias onde já existe logo cedo a presença daqueles pescadores que na madrugada jogaram suas redes para de manhã fazer o arrastão. Nesta mesma manhã os moradores locais presenteiam os próprios olhos com uma inigualável paisagem.
A sua extensão começa na foz do Rio Acaraú e vai até a foz do Rio Tavares ou Barra da Lagoa, este último fazendo a divisa com a Praia Iperoig. Um aspecto topográfico, já comentado no início deste capítulo, a linha imaginária do Trópico de Capricórnio, passa exatamente nesta praia, contradizendo e sendo mais preciso que o local onde se situa o marco principal na Praça Trópico de Capricórnio frente ao campo de aviação Gastão Madeira na praia Iperoig ou do Cruzeiro.
A bela Itaguá guarda muitas histórias e acontecimentos juntamente com Iperoig e a exemplo disso, no dia 1º de Junho de 1973, de suas areias partiu rumo à Santos, a canoa Maria Comprida que construída por 5 moradores do local, remaram durante 3 dias até chegar ao seu destino em comemoração da Paz de Iperoig.
Turistas e visitantes podem desfrutar de vários atrativos que beiram toda a Avenida Leovegildo Dias Vieira como os dois pequenos shoppings que oferecem algumas lojas, lanchonetes, sorveterias e cinema para garantir a diversão de toda família. Os famosos quiosques a beira mar contam com vários tipos de músicas, inclusive ao vivo para todos os gostos.
Itaguá reúne um número considerável de restaurantes, bares, lanchonetes e pizzarias que oferecem uma variedade de cardápios com todo tipo de comida: caseira, típicas caiçara, massas, e até de cozinha internacional.
Para hospedagem de turistas, as opções são diversas, desde casas de aluguel e pequenas pousadas até hotéis com infra-estrutura de primeira qualidade. Nas ruas que iniciam na avenida da praia adentrando o bairro do Itaguá existe uma variedade imensa de hospedagem.
Demanda Turística
O fluxo do movimento em sua orla é grande, principalmente na “alta temporada”, passagem de ano, carnaval e finais de semana durante o mês de janeiro. Por se tratar de uma avenida de acesso quase que obrigatória para o centro de Ubatuba e por reunir uma diversidade de opções para o lazer e points de encontro, Itaguá ganha um movimento tremendo dia e noite com gente de todos os cantos do Brasil. Jovens crianças e velhos caminham pela orla do Itaguá dando vida a esta praia urbanizada, local de saída de escunas.
PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO : 05 DE JUNHO 2009 -
cAPITULOS : Praia do Cedro, Praia Grande e Praia da Fortaleza
Madre Maria da Glória
Estava totalmente em flor as mexeriqueiras, goiabeiras e abacateiros. Começava a primavera.
- Julinho, lá na ALA, tá grosso de marrequinha! Vamos lá? - Falou-me Zezinho do Ximinguinho, companheiro de tudo quanto era brincadeira.
Furamos a cerca e já estávamos no meio do bando de marrequinhas. Estilingada pra cá, estilingada pra lá, quando de repente, saindo por de trás de um ranchinho nos apareceu uma senhora de idade. Não teve jeito de correr porque o flagrante foi cara a cara.
- Meninos, em vez de caçar passarinhos vocês não querem aprender a desenhar? Venham cá que eu irei mostrar-lhes o que a criançada está fazendo.
Seguimos a velha meio desconfiados e nos deparamos com um galpão cheio de pinturas, desenhos, artesanatos, esculturas etc. Numa outra sala havia umas vinte crianças que faziam desenhos e pinturas.
- Vocês não gostariam de desenhar também? - Perguntou a velha senhora.
Não pensamos duas vezes, fomos logo pegando no papel e lápis e começamos a desenhar também.
Era a Escola de Artes da nossa inesquecível Madre Glória que existia onde hoje é o supermercado Semar e a Secretaria Municipal de Educação, no prédio da Ala.
Segunda, quarta e sexta-feira, lá estava eu junto com os novos amigos da arte. Segunda-feira era dia de desenhar e pintar. Uns mexiam com guache, lápis de cor ou de cera, outros pintavam com látex ou tinta a óleo. Na quarta-feira era dia de entalhar madeira, construir porta-retratos, bandejas de azulejos, cinzeiros e diversos artefatos de madeira. Nas sextas-feiras, não faltava um aluno. Numa sexta-feira era dia de pintar flores no muro do cemitério ou em qualquer outro muro público da cidade. Na outra sexta era dia de construir esculturas da areia, aí era gostoso; com baldes, pazinhas, enxadinhas, garrafas, palitos de sorvetes e com o pensamento no tipo de escultura que iríamos criar, íamos para a praia do Perequê-Açú. Chegando lá, sentados em círculo, ouvíamos com toda atenção os ensinamentos para a criação de uma boa escultura. Ali passávamos a manhã, e no final a recompensa, era uma escultura mais bonita do que a outra. Dava gosto de ver, mas também, dava dó, pois não tinha como traze-las para casa, tínhamos que deixá-las a mercê da maré. Dizia madre Glória:
- Não tenham dó, pois o mar as levará para o reino de Netuno!
Duas pessoas se destacavam com suas belas esculturas, um era o Mesquitinha e o outro Odaurí Carneiro, ambos eram campeões nessa modalidade, onde levavam o nome de Ubatuba em concursos de esculturas na areia em competições intermunicipais.
Era esse o trabalho de Madre Maria da Glória, era uma mãe, uma conselheira, uma educadora, enfim, uma mulher que dedicou parte de sua vida em prol da educação artística e cultural da criançada ubatubana. Não éramos crianças de rua, éramos crianças com família constituída, tínhamos pai, mãe, escola e um lar. Hoje porém, embora existam instituições para cuidar do menor, acredito que não seja como era a escola de artes de Madre Glória. Lá realmente aprendíamos alguma coisa de útil, tanto é que hoje temos em nossa cidade artistas que passaram por lá e que “vivem” de sua arte. Existia naquela escola, o mais completo e diverso material para se fazer arte, tanto para meninos como para meninas. Sentíamos orgulho em ver nossos trabalhos expostos na sala de exposições ou pendurados pelas paredes. Fico agora me perguntando: “Que fim levou aqueles belos trabalhos de artes?”
Fica aqui a lembrança daquela que também foi minha professora de francês, no Deolindo, a nossa querida Madre Maria da Glória, que hoje ensina sua arte para os anjos lá no céu.
Por Julinho Mendes
FONTE : www.ubaweb.com
- Julinho, lá na ALA, tá grosso de marrequinha! Vamos lá? - Falou-me Zezinho do Ximinguinho, companheiro de tudo quanto era brincadeira.
Furamos a cerca e já estávamos no meio do bando de marrequinhas. Estilingada pra cá, estilingada pra lá, quando de repente, saindo por de trás de um ranchinho nos apareceu uma senhora de idade. Não teve jeito de correr porque o flagrante foi cara a cara.
- Meninos, em vez de caçar passarinhos vocês não querem aprender a desenhar? Venham cá que eu irei mostrar-lhes o que a criançada está fazendo.
Seguimos a velha meio desconfiados e nos deparamos com um galpão cheio de pinturas, desenhos, artesanatos, esculturas etc. Numa outra sala havia umas vinte crianças que faziam desenhos e pinturas.
- Vocês não gostariam de desenhar também? - Perguntou a velha senhora.
Não pensamos duas vezes, fomos logo pegando no papel e lápis e começamos a desenhar também.
Era a Escola de Artes da nossa inesquecível Madre Glória que existia onde hoje é o supermercado Semar e a Secretaria Municipal de Educação, no prédio da Ala.
Segunda, quarta e sexta-feira, lá estava eu junto com os novos amigos da arte. Segunda-feira era dia de desenhar e pintar. Uns mexiam com guache, lápis de cor ou de cera, outros pintavam com látex ou tinta a óleo. Na quarta-feira era dia de entalhar madeira, construir porta-retratos, bandejas de azulejos, cinzeiros e diversos artefatos de madeira. Nas sextas-feiras, não faltava um aluno. Numa sexta-feira era dia de pintar flores no muro do cemitério ou em qualquer outro muro público da cidade. Na outra sexta era dia de construir esculturas da areia, aí era gostoso; com baldes, pazinhas, enxadinhas, garrafas, palitos de sorvetes e com o pensamento no tipo de escultura que iríamos criar, íamos para a praia do Perequê-Açú. Chegando lá, sentados em círculo, ouvíamos com toda atenção os ensinamentos para a criação de uma boa escultura. Ali passávamos a manhã, e no final a recompensa, era uma escultura mais bonita do que a outra. Dava gosto de ver, mas também, dava dó, pois não tinha como traze-las para casa, tínhamos que deixá-las a mercê da maré. Dizia madre Glória:
- Não tenham dó, pois o mar as levará para o reino de Netuno!
Duas pessoas se destacavam com suas belas esculturas, um era o Mesquitinha e o outro Odaurí Carneiro, ambos eram campeões nessa modalidade, onde levavam o nome de Ubatuba em concursos de esculturas na areia em competições intermunicipais.
Era esse o trabalho de Madre Maria da Glória, era uma mãe, uma conselheira, uma educadora, enfim, uma mulher que dedicou parte de sua vida em prol da educação artística e cultural da criançada ubatubana. Não éramos crianças de rua, éramos crianças com família constituída, tínhamos pai, mãe, escola e um lar. Hoje porém, embora existam instituições para cuidar do menor, acredito que não seja como era a escola de artes de Madre Glória. Lá realmente aprendíamos alguma coisa de útil, tanto é que hoje temos em nossa cidade artistas que passaram por lá e que “vivem” de sua arte. Existia naquela escola, o mais completo e diverso material para se fazer arte, tanto para meninos como para meninas. Sentíamos orgulho em ver nossos trabalhos expostos na sala de exposições ou pendurados pelas paredes. Fico agora me perguntando: “Que fim levou aqueles belos trabalhos de artes?”
Fica aqui a lembrança daquela que também foi minha professora de francês, no Deolindo, a nossa querida Madre Maria da Glória, que hoje ensina sua arte para os anjos lá no céu.
Por Julinho Mendes
FONTE : www.ubaweb.com
quarta-feira, 13 de maio de 2009
O Imaginario Caiçara
Por: Dalva Neves
Os caiçaras contam
O primeiro cinema:
O primeiro cinema era perto do Fórum,na Praça da Matriz.
Era o cine Iperoig. A gente via filmes do Mazzaropi lá.
Benedito Fernandes Cristo.
A primeira rádio.
Eu inaugurei a primeira rádio de Ubatuba em 1957,cantando nela.
Não tinha disco suficiente prá tocar e eu fiquei cantando ao vivo nela. Era a rádio Iperoig ZYR 205. Cantei das 5,30 até as 07,00 h da noite,quando começou a Hora do Brasil tivemos que parar.
João Batista de Araujo (João Alegre)
A primeira calça comprida.
Idalina foi a primeira mulher entre nós a usar calças compridas. Ela era expansiva, alegre, mas era uma mulher que dizia verdades.
Dalva Neves
Escritora de cartas
Quando eu era jovem tinha muita criança fora da escola.
Dizia-se muito: estudar pra que? pra mandar bilhetinho pro namorado?.Era assim que a maioria pensava. Engraçado é que durante muitos anos recebi gente aqui na porta de casa que não sabia escrever e vinha pedir para eu escrever as cartas que queriam mandar para os parentes. Escrevi muita carta para os moradores de Ubatuba.
FONTE : www.jornalagitoubatuba.com
Os caiçaras contam
O primeiro cinema:
O primeiro cinema era perto do Fórum,na Praça da Matriz.
Era o cine Iperoig. A gente via filmes do Mazzaropi lá.
Benedito Fernandes Cristo.
A primeira rádio.
Eu inaugurei a primeira rádio de Ubatuba em 1957,cantando nela.
Não tinha disco suficiente prá tocar e eu fiquei cantando ao vivo nela. Era a rádio Iperoig ZYR 205. Cantei das 5,30 até as 07,00 h da noite,quando começou a Hora do Brasil tivemos que parar.
João Batista de Araujo (João Alegre)
A primeira calça comprida.
Idalina foi a primeira mulher entre nós a usar calças compridas. Ela era expansiva, alegre, mas era uma mulher que dizia verdades.
Dalva Neves
Escritora de cartas
Quando eu era jovem tinha muita criança fora da escola.
Dizia-se muito: estudar pra que? pra mandar bilhetinho pro namorado?.Era assim que a maioria pensava. Engraçado é que durante muitos anos recebi gente aqui na porta de casa que não sabia escrever e vinha pedir para eu escrever as cartas que queriam mandar para os parentes. Escrevi muita carta para os moradores de Ubatuba.
FONTE : www.jornalagitoubatuba.com
sexta-feira, 8 de maio de 2009
TEATRO UBATUBENSE RECEBE PRÊMIO : O projeto “AS LAVADEIRAS DE RIO E SEUS AMORES DE MAR”, de autoria do artista ubatubense Bado Todão É PREMIADO
O projeto “AS LAVADEIRAS DE RIO E SEUS AMORES DE MAR”, de autoria do artista ubatubense Bado Todão, foi contemplado com o importante Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, divulgado no Diário Oficial de 20 de abril de 2009.
O projeto desta ópera popular, em elaboração pelo grupo Ubacunhã de Ubatuba desde 2007, será financiamento pela Petrobras através da Fundação Nacional de Artes – Funarte, órgão federal ligado ao Ministério da Cultura, além de contar com a organização técnica e jurídica da empresa de produções artísticas Cia. Do Mar, também da cidade.
O projeto, escolhido entre mais de 1500 participantes, fará apresentações, a partir do segundo semestre de 2009, pelo estado, e prevê uma turnê pelo litoral paulista desde Itanhaém até Ubatuba.
PRÊMIO FUNARTE DE TEATRO MYRIAM MUNIZ – 2008 / 2009
A Fundação Nacional de Artes (FUNARTE),
é o orgão responsável, no âmbito do Governo Federal, pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, ao teatro, à dança e ao circo. Vinculada ao Ministério da Cultura, a Funarte tem como objetivos principais o incentivo à produção e à capacitação de artistas, o desenvolvimento da pesquisa e a formação de público para as artes no Brasil.
Para cumprir essa missão, a Funarte concede bolsas e prêmios, mantém programas de circulação de artistas e bens culturais, promove oficinas, publica livros, recupera e disponibiliza acervos, provê consultoria técnica e apóia eventos culturais em todos os estados brasileiros. Além de manter espaços culturais no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz –
Criado para incentivar a produção e a montagem, de peças da mais variadas modalidades e gêneros e para apoiar grupos e companhias teatrais envolvidas em projetos de pesquisa teórica, de experimentação de linguagem, de arte-educação, entre outras atividades.
Realizado pela primeira vez em 2006 o Prêmio, que tem patrocínio da Petrobras, se consolidou como uma das principais ações de estímulo à produção teatral do país. O nome do programa é uma homenagem à atriz Myriam Muniz (1931-2004), que fez parte da geração inovadora do Teatro Arena. Reconhecida por interpretações marcantes no teatro e no cinema, Myriam dedicou os últimos anos de sua carreira à formação de novos talentos.
Projeto “As Lavadeiras de Rio e seus Amores de Mar”
A lavadeira de rio e o pescador artesanal, estas funções, remanescentes das culturas ancestrais do Brasil, norteiam esta Ópera Popular.
O projeto tenta fazer uma reflexão acerca do tema: Cultura Tradicional, enfocando sobretudo o antigo povo do litoral paulista, o caiçara. Retraduzindo as suas manifestações, a sua musicalidade e ritmos, os seus costumes e mitos, e principalmente a mais intrínseca relação deste povo, manancial de brasilidade, com a criação e reflexão poéticas.
“As Lavadeiras de Rio e seus Amores de Mar” será, certamente, um documento artístico de relevância para, além de resgatar a estima dos últimos representantes deste povo, apresentar às novas gerações uma leitura artística da importância desta gente na construção dos valores da nossa sociedade.
O projeto propõe ser um veículo de resgate à poética tradicional caiçara, reenfocando as manifestações ancestrais através de suas músicas, letras e ritmos e lhe dando um fardamento artístico contemporâneo. Desenvolvido pelo Grupo de Cultura Popular “Ubacunhã” da cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, o projeto de montagem desta Ópera Popular tenta absorver novas estéticas de profissionais das áreas de teatro, música e dança, para com isso agregar novos valores e conceitos.
Estima-se, nos meses de julho e agosto de 2009, uma turnê de apresentações pelas cidades do litoral paulista que ainda preservam as características culturais do povo caiçara: Itanhaém, São Vicente, Santos, Bertioga, São Sebastião, Ilha Bela, Caraguatatuba e Ubatuba.
FONTE : Bado Todão
O projeto desta ópera popular, em elaboração pelo grupo Ubacunhã de Ubatuba desde 2007, será financiamento pela Petrobras através da Fundação Nacional de Artes – Funarte, órgão federal ligado ao Ministério da Cultura, além de contar com a organização técnica e jurídica da empresa de produções artísticas Cia. Do Mar, também da cidade.
O projeto, escolhido entre mais de 1500 participantes, fará apresentações, a partir do segundo semestre de 2009, pelo estado, e prevê uma turnê pelo litoral paulista desde Itanhaém até Ubatuba.
PRÊMIO FUNARTE DE TEATRO MYRIAM MUNIZ – 2008 / 2009
A Fundação Nacional de Artes (FUNARTE),
é o orgão responsável, no âmbito do Governo Federal, pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, ao teatro, à dança e ao circo. Vinculada ao Ministério da Cultura, a Funarte tem como objetivos principais o incentivo à produção e à capacitação de artistas, o desenvolvimento da pesquisa e a formação de público para as artes no Brasil.
Para cumprir essa missão, a Funarte concede bolsas e prêmios, mantém programas de circulação de artistas e bens culturais, promove oficinas, publica livros, recupera e disponibiliza acervos, provê consultoria técnica e apóia eventos culturais em todos os estados brasileiros. Além de manter espaços culturais no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz –
Criado para incentivar a produção e a montagem, de peças da mais variadas modalidades e gêneros e para apoiar grupos e companhias teatrais envolvidas em projetos de pesquisa teórica, de experimentação de linguagem, de arte-educação, entre outras atividades.
Realizado pela primeira vez em 2006 o Prêmio, que tem patrocínio da Petrobras, se consolidou como uma das principais ações de estímulo à produção teatral do país. O nome do programa é uma homenagem à atriz Myriam Muniz (1931-2004), que fez parte da geração inovadora do Teatro Arena. Reconhecida por interpretações marcantes no teatro e no cinema, Myriam dedicou os últimos anos de sua carreira à formação de novos talentos.
Projeto “As Lavadeiras de Rio e seus Amores de Mar”
A lavadeira de rio e o pescador artesanal, estas funções, remanescentes das culturas ancestrais do Brasil, norteiam esta Ópera Popular.
O projeto tenta fazer uma reflexão acerca do tema: Cultura Tradicional, enfocando sobretudo o antigo povo do litoral paulista, o caiçara. Retraduzindo as suas manifestações, a sua musicalidade e ritmos, os seus costumes e mitos, e principalmente a mais intrínseca relação deste povo, manancial de brasilidade, com a criação e reflexão poéticas.
“As Lavadeiras de Rio e seus Amores de Mar” será, certamente, um documento artístico de relevância para, além de resgatar a estima dos últimos representantes deste povo, apresentar às novas gerações uma leitura artística da importância desta gente na construção dos valores da nossa sociedade.
O projeto propõe ser um veículo de resgate à poética tradicional caiçara, reenfocando as manifestações ancestrais através de suas músicas, letras e ritmos e lhe dando um fardamento artístico contemporâneo. Desenvolvido pelo Grupo de Cultura Popular “Ubacunhã” da cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, o projeto de montagem desta Ópera Popular tenta absorver novas estéticas de profissionais das áreas de teatro, música e dança, para com isso agregar novos valores e conceitos.
Estima-se, nos meses de julho e agosto de 2009, uma turnê de apresentações pelas cidades do litoral paulista que ainda preservam as características culturais do povo caiçara: Itanhaém, São Vicente, Santos, Bertioga, São Sebastião, Ilha Bela, Caraguatatuba e Ubatuba.
FONTE : Bado Todão
terça-feira, 5 de maio de 2009
MUSICA É CULTURA....COM VOCÊS O " SEXTETO CAIÇARA"
O grupo musical foi criado em Ubatuba, em novembro de 2003, na reunião de seis amigos com o objetivo de inovar o cenário da música instrumental para cerimônias de casamento, jantares, convenções, festas culturais, sociais etc.
Isoladamente, cada um dos músicos que formaram o Sexteto Caiçara possuía experiências em outros grupos e bandas, porém sentiam a necessidade de montar um grupo diferente, de qualidade, com estilo jovem, sem deixar de lado os elementos clássicos e românticos, que são capazes de contagiar todos os gostos musicais.
O grupo é uma formação clássica de quinteto de metais (02 trompetes, 01 trompa, 01 trombone e 01 tuba) unindo-se ao swing e a energia da bateria e percussão. Desta forma, foi possível criar arranjos modernos para músicas tradicionais, assim como adicionar ao repertório músicas de estilos variados como samba, bossa-nova, maxixe, maracatu, frevo; ritmos latinos como salsa, merengue, bolero e, ainda, estilos como jazz e blues das brass bands norte-americanas que dão tempero todo especial ao estilo único, alegre e contagiante do grupo.
Atualmente, o grupo vem valorizando ao máximo a oportunidade conquistada com profissionalismo e dedicação sendo muito requisitado para festas importantes de todos os gêneros, com isso, estabelece junto ao público uma interatividade ímpar o que deixa claro a qualidade e empenho dos músicos, que com orgulho, compõem o Sexteto Caiçara.
Isoladamente, cada um dos músicos que formaram o Sexteto Caiçara possuía experiências em outros grupos e bandas, porém sentiam a necessidade de montar um grupo diferente, de qualidade, com estilo jovem, sem deixar de lado os elementos clássicos e românticos, que são capazes de contagiar todos os gostos musicais.
O grupo é uma formação clássica de quinteto de metais (02 trompetes, 01 trompa, 01 trombone e 01 tuba) unindo-se ao swing e a energia da bateria e percussão. Desta forma, foi possível criar arranjos modernos para músicas tradicionais, assim como adicionar ao repertório músicas de estilos variados como samba, bossa-nova, maxixe, maracatu, frevo; ritmos latinos como salsa, merengue, bolero e, ainda, estilos como jazz e blues das brass bands norte-americanas que dão tempero todo especial ao estilo único, alegre e contagiante do grupo.
Atualmente, o grupo vem valorizando ao máximo a oportunidade conquistada com profissionalismo e dedicação sendo muito requisitado para festas importantes de todos os gêneros, com isso, estabelece junto ao público uma interatividade ímpar o que deixa claro a qualidade e empenho dos músicos, que com orgulho, compõem o Sexteto Caiçara.
Texto da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Sebastião-SP
DO LIVRO " Ubatuba, espaço,memória e cultura" de Juan Drouett e Jorge O.Fonseca
1.PRAIA DA PICINGUABA
Localização
A Praia da Picinguaba está localizada ao norte do município, a 40 km do centro de Ubatuba. Da entrada no km 8 da Rodovia Rio – Santos, BR 101, até suas areias são mais 6 km. Picinguaba está entre as praias de Bicas e Brava do Camburi.
Acesso
O acesso à praia é pela rodovia Rio Santos, BR 101. Existe uma linha de ônibus Centro - Picinguaba da empresa Cidade de Ubatuba, com alguns horários, que chega até a Vila da Picinguaba.
Visão
Com apenas 50 metros de praia, Picinguaba é uma charmosa vila, onde podem ser reconhecidas as típicas formas de vida caiçara1. A pouca praia é compensada por diversas belezas que o mar e a mata oferecem àqueles que lá ainda mantêm suas raízes e aos que lá chegam para sentir a verdadeira sensação da vida tranqüila dos seus típicos moradores.
Embora suas muitas casas de alvenaria se destaquem no meio da paisagem natural do local, a praia mantém um visual esplendoroso e selvagem. Essas casas rústicas abrangem também alguns morros.
Adentrando nas matas das proximidades da praia, pode-se aventurar por trilhas e em 30 minutos de caminhada chegar na Cachoeira do Saco da Guarda ou então no Saco da Cabeçuda. Ainda, no percurso de uma outra trilha mais longa, atravessando o Morro do Baú, está a praia do Praiano. As histórias locais - lendas repassadas oralmente - advertem aos turistas a nunca chegar em altos gritos, pois correm o risco de nunca mais voltar.
Vale ressaltar que a baía da Picinguaba reserva aventuras para todos os gostos e, além da pescaria, dos passeios de traineiras e canoas disponíveis na vila, pode-se daí avistar ilhas como a Comprida, das Couves, entre outras, e praias vizinhas como as das Bicas, Fazenda, Brava e Camburi.
Demanda turística
A demanda turística da praia de Picinguaba chega a ser seleta principalmente devido à sua localização, distante do centro de Ubatuba. Nos meses do verão, o movimento é maior de turistas, com maior presença de estrangeiros, artistas plásticos, entre outros.
2.PRAIA DO UBATUMIRIM
Localização
A Praia do Ubatumirim está localizada a 28 km do centro de Ubatuba, ao norte da cidade2. Da entrada a partir da rodovia Rio – Santos, BR 101, exatamente no km 18. Depois, são mais de dois quilômetros de estrada de terra. Ela está entre as praias do Estaleiro do Padre, na mesma faixa de praia após o rio Ubatumirim e a pequena praia da Justa.
Acesso
O acesso para Ubatumirim se dá pela rodovia Rio – Santos, km 18. A mesma linha de ônibus existente para Picinguaba passa por esta praia. A empresa que faz a linha tem vários horários, existem ônibus que chegam a entrar no Sertão do Ubatumirim, mas nenhum deles chega até a praia.
Visão
Com uma extensão de 3.800 metros, juntamente com a Praia do Estaleiro, a praia de Ubatumirim é uma continuação da mesma, mas separadas pela foz do rio que leva o mesmo nome da praia e que pode ser avistada em todo seu esplendor do mirante da Almada.
A beleza dessa praia levou o local a ser palco de produções cinematográficas e televisuais.
A longa extensão da praia do Ubatumirim nos permite enxergar um panorama vasto. A praia agrada aos que procuram sossego, tranqüilidade, longe dos grandes centros urbanos. Ao lado direito da praia existe um pequeno rio de água escura que desemboca no mar. Seguindo pela orla marítima é possível, em períodos de marés baixas, atravessar a costa, sentido à praia da Justa. Também é possível, com a maré muito baixa, atravessar em questão de poucos metros até a ilhota das Cobras, muito próxima do continente, entre as praias de Ubatumirim e a Justa.
Turistas ou visitantes que pretendem passar dias na Praia do Ubatumirim e desfrutar melhor de suas belezas naturais, os meios de hospedagem mais imediatos são os campings: o da Zita, do Damásio, do Geraldo, do João, ou a pousada da Zita e do Lucasmar Chalés, todos com uma infra-estrutura razoável, com estacionamento, iluminação, sanitários e chuveiros.
Demanda turística
A demanda da praia de Ubatumirim é bem variada, principalmente na “alta temporada”, chegando a lotar, como no ano novo, no mês de janeiro e no carnaval.
3.PRAIA DO PROMIRIM
Localização
A Praia do Promirim está localizada a 19 km do centro de Ubatuba, entre as praias do Félix e do Léo.
Acesso
O acesso único, como a maioria das praias de Ubatuba se dá pela Rodovia Rio – Santos, BR 101. Da entrada, passando por uma guarita, um loteamento com ruas asfaltadas e estacionamento até chegar às areias da praia, são mais 2 km. Os meios de transportes podem ser: carro ou o ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, que faz o circuito das praias mais ao norte do município.
Visão
O Promirim é um interessante conjunto que se oferece aos nossos olhos numa composição de praia, cachoeira, rio, ilha, sertão e por uma das últimas aldeias remanescentes indígenas da região litorânea. A aldeia da Boa Vista de índios guarani está no sertão da praia. Nessa praia, o turista poderá ter acesso ao artesanato indígenas, que usam como matéria-prima madeira, raízes, penas coloridas e cabaças, vendidas à beira da rodovia, nas proximidades da cachoeira do Promirim.
A praia do Promirim tem água límpida e cristalina. Típica praia de tombo, é mais indicada para a prática de surf do que para banhistas. Há também a praia do Promirim, que pode ser alcançada em minutos. A travessia pode ser feita através de pequenas lanchas com motor de popa.
Há também a cachoeira do Promirim, próxima do centro de Ubatuba. A queda principal está localizada a 15 km da região central da cidade, e seu acesso se dá pela rodovia Rio - Santos, sentido Parati.
Para a hospedagem existem campings e pousadas próximas da praia, com ótimas acomodações e uma infra-estrutura.
Demanda turística
A praia do Promirim oferece uma demanda variada, porém é mais freqüentada por surfistas. A época de grande movimento e pico são os meses de dezembro e janeiro. O local também recebe muita visitação durante o carnaval. No resto do ano, há queda.
PRÓXIMO CAPITULO A SER PUBLICADO : Continuação com :1.PRAIA IPEROIG OU CRUZEIRO,
1.PRAIA DO ITAGUÁ
Localização
Dia 20 de maio de 2009...
Localização
A Praia da Picinguaba está localizada ao norte do município, a 40 km do centro de Ubatuba. Da entrada no km 8 da Rodovia Rio – Santos, BR 101, até suas areias são mais 6 km. Picinguaba está entre as praias de Bicas e Brava do Camburi.
Acesso
O acesso à praia é pela rodovia Rio Santos, BR 101. Existe uma linha de ônibus Centro - Picinguaba da empresa Cidade de Ubatuba, com alguns horários, que chega até a Vila da Picinguaba.
Visão
Com apenas 50 metros de praia, Picinguaba é uma charmosa vila, onde podem ser reconhecidas as típicas formas de vida caiçara1. A pouca praia é compensada por diversas belezas que o mar e a mata oferecem àqueles que lá ainda mantêm suas raízes e aos que lá chegam para sentir a verdadeira sensação da vida tranqüila dos seus típicos moradores.
Embora suas muitas casas de alvenaria se destaquem no meio da paisagem natural do local, a praia mantém um visual esplendoroso e selvagem. Essas casas rústicas abrangem também alguns morros.
Adentrando nas matas das proximidades da praia, pode-se aventurar por trilhas e em 30 minutos de caminhada chegar na Cachoeira do Saco da Guarda ou então no Saco da Cabeçuda. Ainda, no percurso de uma outra trilha mais longa, atravessando o Morro do Baú, está a praia do Praiano. As histórias locais - lendas repassadas oralmente - advertem aos turistas a nunca chegar em altos gritos, pois correm o risco de nunca mais voltar.
Vale ressaltar que a baía da Picinguaba reserva aventuras para todos os gostos e, além da pescaria, dos passeios de traineiras e canoas disponíveis na vila, pode-se daí avistar ilhas como a Comprida, das Couves, entre outras, e praias vizinhas como as das Bicas, Fazenda, Brava e Camburi.
Demanda turística
A demanda turística da praia de Picinguaba chega a ser seleta principalmente devido à sua localização, distante do centro de Ubatuba. Nos meses do verão, o movimento é maior de turistas, com maior presença de estrangeiros, artistas plásticos, entre outros.
2.PRAIA DO UBATUMIRIM
Localização
A Praia do Ubatumirim está localizada a 28 km do centro de Ubatuba, ao norte da cidade2. Da entrada a partir da rodovia Rio – Santos, BR 101, exatamente no km 18. Depois, são mais de dois quilômetros de estrada de terra. Ela está entre as praias do Estaleiro do Padre, na mesma faixa de praia após o rio Ubatumirim e a pequena praia da Justa.
Acesso
O acesso para Ubatumirim se dá pela rodovia Rio – Santos, km 18. A mesma linha de ônibus existente para Picinguaba passa por esta praia. A empresa que faz a linha tem vários horários, existem ônibus que chegam a entrar no Sertão do Ubatumirim, mas nenhum deles chega até a praia.
Visão
Com uma extensão de 3.800 metros, juntamente com a Praia do Estaleiro, a praia de Ubatumirim é uma continuação da mesma, mas separadas pela foz do rio que leva o mesmo nome da praia e que pode ser avistada em todo seu esplendor do mirante da Almada.
A beleza dessa praia levou o local a ser palco de produções cinematográficas e televisuais.
A longa extensão da praia do Ubatumirim nos permite enxergar um panorama vasto. A praia agrada aos que procuram sossego, tranqüilidade, longe dos grandes centros urbanos. Ao lado direito da praia existe um pequeno rio de água escura que desemboca no mar. Seguindo pela orla marítima é possível, em períodos de marés baixas, atravessar a costa, sentido à praia da Justa. Também é possível, com a maré muito baixa, atravessar em questão de poucos metros até a ilhota das Cobras, muito próxima do continente, entre as praias de Ubatumirim e a Justa.
Turistas ou visitantes que pretendem passar dias na Praia do Ubatumirim e desfrutar melhor de suas belezas naturais, os meios de hospedagem mais imediatos são os campings: o da Zita, do Damásio, do Geraldo, do João, ou a pousada da Zita e do Lucasmar Chalés, todos com uma infra-estrutura razoável, com estacionamento, iluminação, sanitários e chuveiros.
Demanda turística
A demanda da praia de Ubatumirim é bem variada, principalmente na “alta temporada”, chegando a lotar, como no ano novo, no mês de janeiro e no carnaval.
3.PRAIA DO PROMIRIM
Localização
A Praia do Promirim está localizada a 19 km do centro de Ubatuba, entre as praias do Félix e do Léo.
Acesso
O acesso único, como a maioria das praias de Ubatuba se dá pela Rodovia Rio – Santos, BR 101. Da entrada, passando por uma guarita, um loteamento com ruas asfaltadas e estacionamento até chegar às areias da praia, são mais 2 km. Os meios de transportes podem ser: carro ou o ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, que faz o circuito das praias mais ao norte do município.
Visão
O Promirim é um interessante conjunto que se oferece aos nossos olhos numa composição de praia, cachoeira, rio, ilha, sertão e por uma das últimas aldeias remanescentes indígenas da região litorânea. A aldeia da Boa Vista de índios guarani está no sertão da praia. Nessa praia, o turista poderá ter acesso ao artesanato indígenas, que usam como matéria-prima madeira, raízes, penas coloridas e cabaças, vendidas à beira da rodovia, nas proximidades da cachoeira do Promirim.
A praia do Promirim tem água límpida e cristalina. Típica praia de tombo, é mais indicada para a prática de surf do que para banhistas. Há também a praia do Promirim, que pode ser alcançada em minutos. A travessia pode ser feita através de pequenas lanchas com motor de popa.
Há também a cachoeira do Promirim, próxima do centro de Ubatuba. A queda principal está localizada a 15 km da região central da cidade, e seu acesso se dá pela rodovia Rio - Santos, sentido Parati.
Para a hospedagem existem campings e pousadas próximas da praia, com ótimas acomodações e uma infra-estrutura.
Demanda turística
A praia do Promirim oferece uma demanda variada, porém é mais freqüentada por surfistas. A época de grande movimento e pico são os meses de dezembro e janeiro. O local também recebe muita visitação durante o carnaval. No resto do ano, há queda.
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1.PRAIA DO ITAGUÁ
Localização
Dia 20 de maio de 2009...
sábado, 2 de maio de 2009
O IMAGINARIO CAIÇARA
Completou neste ultimo domingo, 26, 83 anos bem vividos a sra. Benedita de Oliveira Santos, caiçara incansável e batalhadora para a melhoria de Ubatuba que tem na sua história de vida passagens brilhantes e pitorescas, dentre elas,destacamos seu " conto" que foi publicado pela Fundart nos idos de 2003 com maravilhosos depoimentos e história do Imaginário Caiçara.
A VIRGEM
Uma noite, tive uma visita. Estava deitada na cama, acordada, quando a luz da lamparina se apagou. O quarto ficou totalmente escuro e foi então que apareceu a Virgem, toda de branco, da cabeça até a ponta dos pés. Ela trazia na cabeça uma coroa resplandecente: meu quarto ficou todo cheio de luz. Perguntei para ela o que ela queria de mim;que era só pedir que eu faria. Ela ficou um tempo em pé me contemplando.
Depois sentou-se ao meu lado e colocou sua mão em meu coração e disse: "Eu não quero nada de você. Vim aqui só para lhe dizer para ter sempre fé em Deus, que você vencera todos os obstáculos de sua vida. E quando você necessitar, clama por mim, que eu estarei ao seu lado". Ela disse isso, e se levantou e foi saindo, sem me dar as costas; a luz voltou ao que era, e ela desapareceu. Eu chorei três dias e três noites sem parar. E a partir desse dia minha vida só caminhou para cima...Olhe essas rosas em meu jardim, são rosas sem espinhos.
PARABÉNS Dona Benedita De Oliveira Santos (Bidíca para os íntimos)
A VIRGEM
Uma noite, tive uma visita. Estava deitada na cama, acordada, quando a luz da lamparina se apagou. O quarto ficou totalmente escuro e foi então que apareceu a Virgem, toda de branco, da cabeça até a ponta dos pés. Ela trazia na cabeça uma coroa resplandecente: meu quarto ficou todo cheio de luz. Perguntei para ela o que ela queria de mim;que era só pedir que eu faria. Ela ficou um tempo em pé me contemplando.
Depois sentou-se ao meu lado e colocou sua mão em meu coração e disse: "Eu não quero nada de você. Vim aqui só para lhe dizer para ter sempre fé em Deus, que você vencera todos os obstáculos de sua vida. E quando você necessitar, clama por mim, que eu estarei ao seu lado". Ela disse isso, e se levantou e foi saindo, sem me dar as costas; a luz voltou ao que era, e ela desapareceu. Eu chorei três dias e três noites sem parar. E a partir desse dia minha vida só caminhou para cima...Olhe essas rosas em meu jardim, são rosas sem espinhos.
PARABÉNS Dona Benedita De Oliveira Santos (Bidíca para os íntimos)
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