terça-feira, 30 de dezembro de 2008

ALBUM " GRANDES UBATUBENSES" ESTÁ ATUALIZADO

Confira agora ou depois acessando a nossa pagina principal " O CAIÇARA" , end.



UM POUCO DA HISTORIA DE UBATUBA....

Antes da conquista e colonização do Brasil pelos europeus, existiam várias comunidades indígenas ou Brasil índios no extenso litoral brasileiro. Culturalmente diferentes entre si, falavam várias línguas com diversos dialetos e, numerosos, habitavam aos milhares as centenas de aldeias. Os índios da Comunidade Tupinambá (excelentes canoeiros) possuíam várias aldeias, sendo que uma delas, a Aldeia Iperoig, localizada na região de Ubatuba quando da chegada dos portugueses. Durante o processo de conquista, que envolveu a catequização de índios pelos jesuítas, os portugueses aliaram-se a comunidades indígenas que habitavam a região de São Vicente e de São Paulo de Piratininga como Tupiniquins e Guaianazes. Os portugueses e seus aliados passaram a invadir aldeias e escravizar índios de outras comunidades, utilizando-os como mão-de-obra escrava. Ao serem atacados, os índios Tupinambás e de outras comunidades organizaram-se e formaram a "Confederação Tamuya" (da antiga língua Tupi, o Tupi arcaico, origem da língua Tupi-Guarani, que significa: o mais antigo, os primeiros e verdadeiros donos da terra) ou, como é conhecida hoje, Confederação dos Tamoios (na língua indígena não existe o plural e o uso do "s" como na língua portuguesa), passando a enfrentar os portugueses. "A Confederação foi, então, a união dos índios verdadeiros donos da terra".

Paz de Iperoig

Em 1563, jesuítas fundadores e administradores de colônias da Coroa Portuguesa (Império e Governo de Portugal Quinhentista): Pe. Manuel da Nóbrega e o noviço José de Anchieta vieram como "embaixadores" (astuciosos diplomatas) negociar a paz entre portugueses e os líderes da Confederação dos Tamoios: índios Tupinambás, na Aldeia Iperoig. Era urgente que se fizesse à paz antes que os indígenas confederados, mais de três mil guerreiros, invadissem os povoados e aldeias portuguesas. O Padre Nóbrega retomou para Bertioga com o Chefe da Confederação, o Cacique Cunhambebe. Anchieta ficou como refém, iniciando seu famoso Poema á Virgem, até a concretização do acordo ou tratado oficial de paz, o primeiro do Brasil, firmado em 14 de setembro de 1563, batizado como Tratado de Paz de Iperoig. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região desde o Rio Juqueriquerê, entre São Sebastião e Caraguatatuba, municípios do atual Estado de São Paulo, até Cabo Frio, no atual Estado do R. J. Essas terras na época pertenciam a Capitania de São Vicente. Benevides enviou tropas de soldados que expulsaram os franceses (antigos aliados dos Tupinambás) do Rio de Janeiro, acabando com a sua colônia França Antártica, e tropas de soldados que atacaram e destruíram as aldeias Tupinambás como a de Iperoig, traindo o acordo de paz. Concedeu sesmarias aos primeiros colonizadores portugueses como lnocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Capitão Gonçalo Correa de Sá, Martim de Sá, Belchior Conqueiro e a Jordão Homem Albernaz da Costa, sesmeiro que pleiteou a emancipação político-administrativa do povoado de Ubatuba.

O povoado torna-se vila

O povoado foi emancipado e elevado à categoria de Vila com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albemaz Homem da Costa, português da Ilha Terceira, promovido a loco-tenente e capitão-mor. Foram construídas a Câmara, a Cadeia e a Igreja dedicada a Nossa Sra. da Conceição em terras doadas pela sesmeira D. Maria Alves por ordem e autorização do Governador Geral do Rio de Janeiro, em 28 de outubro de 1637. Autorização mantida e confirmada pela Condessa de Vimieiro, D. Mariana de Sousa Guerra, donatário da Capitania de Itanhaém (ex São Vicente), da qual faziam parte as sesmarias da região de Ubatuba (do Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até a região de Cabo Frio), em 27 de agosto de 1638. A Condessa de Vimieiro também promoveu Jordão da Costa a ouvidor. Os povoadores se instalaram ao longo da costa, utilizando o mar como meio de transporte (canoas de voga, as longas canoas de um tronco só) e praticaram uma agricultura de subsistência com o auxílio de poucos escravos indígenas. A "pobreza" enfrentada pelos primeiros povoadores da região permaneceu até o final do séc. XVIII época da descoberta de ouro nas Minas Gerais. Com o início da lavoura da cana-de-açúcar, passaram a exportar açúcar e aguardente (pinga) em tonéis de madeira, além de farinha de mandioca e outros alimentos para o abastecimento da região das Minas. Em 1787, o presidente da Província de São Paulo, Bemardo José de Lorena, através de um Édito (Lei) decretou que todas as embarcações com mercadorias a serem exportadas do litoral paulista seriam obrigadas a descarregar no porto de Santos, onde os preços obtidos pelas mercadorias eram mais baixos. A partir do Édito de Lorena, Ubatuba entrou em decadência e muitos produtores abandonaram ou destruíram os canaviais. Os que ficaram passaram a cultivar apenas o necessário para sua sobrevivência. A situação melhorou em 1808 com a abertura dos portos às "nações amigas", pelo Príncipe-Regente D. João VI (com o Brasil elevado à condição de Reino Unido aos de Portugal e Algarves). A medida beneficiou diretamente a Vila de Ubatuba: o café passou a ser cultivado na região e, depois, em todo o Vale do Paraíba, por um grande contingente de escravos negros e, as transações comerciais de importação e exportação do ouro negro (o café) e de outras mercadorias no porto ubatubano cresceram e enriqueceram cafeicultores, comerciantes e tropeiros (que realizavam o transporte de mercadorias valeparaibanas em mulas, através da antiga Estrada Imperial, que ligava o Planalto à Costa, até o Porto).

Ubatuba ganha "status" de capital

Ubatuba ocupou o primeiro lugar na renda municipal do Estado e ganhou "status" de capital. A riqueza se tomou visível em novas construções como teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e os grandes casarões e sobrados da resplandecente elite ubatubense, como o Sobradão de Manoel Baltazar da Cunha Fortes (cafeicultor e comerciante), hoje sede da Fundart - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba. Essa enriquecida Vila de Ubatuba foi elevada à categoria de município em 1855 e, em 1872, foi elevada ao status de Comarca juntamente com a Vila de São José do Paraíba (S. J. dos Campos). Datam desse período a construção do Paço Nóbrega, atual Câmara Municipal, e a Igreja Matriz. Mudanças na política; a construção da ferrovia Santos-Jundiaí e, posteriormente, de outras; o deslocamento da produção do café para as férteis e extensas terras do Oeste Paulista, origem da decadência das cidades do Vale do Paraíba (as quais, graças ao escritor Monteiro Lobato ficaram conhecidas como "Cidades Mortas") e, por fim, a Abolição da Escravatura, provocaram uma irreversível mudança na economia brasileira do final do Império e início do Regime Republicano. Essas mudanças na economia alcançaram Ubatuba deixando-a, também, decadente. O Porto foi fechado, extinguiram-se fazendas e ubatubenses deixaram suas terras. As estradas até o Planalto e as plantações foram engolidas pela mata atlântica. Prédios abandonados acabaram em ruínas e desmoronaram. De 1870 a 1932 Ubatuba ficou isolada, suas terras desvalorizadas. Em 1940 Ubatuba se resumia a 3.227 habitantes.

Os turistas descobrem a cidade

Em 1932, com o objetivo de integrar a região cujo isolamento ficou patente na Revolução Constitucionalista, o Governo Paulista promoveu a reabertura da antiga Estrada Imperial e melhorias que tornaram possível a passagem de veículos. O Município passou a contar com uma ligação permanente com o Vale do Paraíba de onde vieram os primeiros turistas reaquecendo a economia ubatubana. No início da década de 50, com a abertura da SP55: Ubatuba-Caraguatatuba, itensifica-se o turismo e a especulação imobiliária. Em 1967, Ubatuba foi elevada à Estância Balneária. Aos poucos, Ubatuba começou a desenvolver a sua vocação turística que foi reconhecida no final da década de 60 (Séc. XX) por Francisco Matarazzo Sobrinho, um industrial e mecenas das artes de São Paulo que foi eleito prefeito da Cidade, a reestruturou administrativamente e efetuou muitas melhorias. Graças a Matarazzo, Ubatuba ficou muito conhecida e recebeu um grande impulso progressista com a construção da rodovia BR-101 (Rio-Santos) em 1972. O turismo é a maior fonte de renda do Município de Ubatuba. Atualmente, é desenvolvido o Turismo Ecológico-Ambiental, de Aventura e Cultural, pois Ubatuba possui um vasto Patrimônio Natural e Histórico-Cultural: fauna e flora da Mata Atlântica, mais de 80 praias (Continente e Ilhas), cachoeiras, ruínas de antigas fazendas (entre as primeiras do Brasil), antigas construções no centro do Município, sua História e sua Cultura Popular, além do Patrimônio Humano: caiçaras quilombolas e índios Guaranis.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

ILHA ANCHIETA E SUA HISTÓRIA...




Logo após o descobrimento do Brasil, por volta de 1.550, a Ilha Anchieta era habitada pelos índios Tamoios e Tupinambás. Eles chamavam a ilha de Tapira, traduzido como “lugar calmo”. Os Tupinambás tinham como grande líder o cacique Cunhambebe. É um personagem de extrema importância, pois nessa época ocorriam diversos conflitos e os portugueses colonizadores. Os Jesuítas missionários José de Anchieta e Manoel da Nóbrega conseguiram uma aproximação amistosa com Cunhambebe, que resultou no famoso Tratado da Paz de Iperoig, firmado no dia 14 de setembro de 1563. A partir daí, os portugueses puderam ter mais tranqüilidade para a ocupação da colônia.

Foi iniciada então a ocupação da ilha, não só por portugueses mas também holandeses, franceses e outros europeus. Viviam basicamente da pesca e da agricultura. Aos poucos o povoado da ilha foi se desenvolvendo, ganhando uma pequena igreja, vendo crescerem pequenos negócios e até um cemitério foi construído. Em 1885, a Ilha passou a ser denominada Freguesia do Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos.

Em 1902 a Ilha era mais conhecida como Ilha dos Porcos, quando nela foi construída uma Colônia Penal. Para tanto, foram desapropriadas cerca de 412 famílias. Esta colônia viria a ser desativada em 1914, com os presos sendo transferidos para presídios de Taubaté; mas, em 1928 foi reativada e para abrigar os presos políticos do período da ditadura de Getúlio Vargas. Nesta época, além dos habitantes originais, passaram a morar na ilha os soldados e seus familiares.

A Ilha dos Porcos passou a ser denominada Ilha Anchieta em 1934 como parte das homenagens ao quarto centenário do nascimento do Padre José de Anchieta.

Em 1942 a antiga colônia penal se transformou no Instituto Correcional da Ilha Anchieta. As celas foram construídas de modo a formar um pátio retangular. Era nesse pátio que os presos se reuniam, tendo em volta as celas onde ficavam confinados cerca de 453 presos, todos de alta periculosidade.

Havia bastante animosidade entre grupos rivais, que se enfrentavam no pátio, e os cerca de 50 policiais tinham grande trabalho para conter estes conflitos. O principal líder de dos presos era o perigoso João Pereira Lima, o Pernambuco.

Uma dia chega ao presídio para cumprir pena Álvaro da Conceição Carvalho Farto, o famoso Portuga, um criminoso mas também formado em engenharia e muito inteligente. Aos poucos o Portuga passou a influenciar os outros presos, estruturou a vida de todos dando funções específicas a cada um para organizar a vida interna, o que diminuiu os conflitos.

Mas as intenções do Portuga não eram bem essas. Tendo criado uma organização entre os presos, passou a arquitetar um plano para uma rebelião, que incluía a tomada do presídio e das armas que ficavam no quartel do Morro do Papagaio. Sob a influência do Portuga, os detentos passaram a ser mais cordiais e gentis, se aproximaram bastante dos policiais e até da população da ilha, num clima de confiança e paz que na verdade era o preparatório para o golpe.

O plano foi executado em 1952, numa batalha sangrenta entre presos e policiais. Mas um soldado conseguiu nadar até o continente e alertou as autoridades. Diversas guarnições se deslocaram para a Ilha, contendo a rebelião. Foram recapturados 129 presos; alguns, possivelmente tenham conseguido fugir em canoas. Outros tentaram fugir em barcos, mas a imperícia na navegação os fez caírem na água e ficado à mercê dos tubarões. O grande líder, Portuga, tinha problemas cardíacos e foi encontrado morto na Ilha.

Hoje em dia, a Ilha Anchieta mudou totalmente seu perfil, passando a ter sua fauna, flora e riquezas históricas protegidas pelo Parque Estadual da Ilha Anchieta. Na sede do parque, encontramos muitas informações e painéis fotográficos, monitores de turismo para trilhas ecológicas e culturais, e a pequena capela foi restaurada. As instalações do antigo presídio, em ruínas, atraem o público para viver a atmosfera onde aconteceram importantes fatos para nossa história. E além dos turistas, mergulhadores, pesquisadores e outros estudiosos procuram a Ilha Anchieta durante todo o ano.

FONTE : http://www.litoralnorte.com.br/ilhaanchieta/historia.htm

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

FUNDART HOMENAGEOU O NOSSO CAIÇARA MANÉCO HILÁRIO...

Fundart Homenageou Centenário do Caiçara
Manuel Hilário Filho


No último domingo aconteceram as comemorações dos 100 anos do Senhor Manuel Hilário Filho. Na oportunidade a Fundart e a Prefeitura Municipal prestaram sua homenagem àquele que é um dos símbolos da cultura caiçara. Um DVD com o registro da festividade, gravado pela TV Fundart, será entregue ao Senhor Manuel Hilário Filho.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

PEDAÇOS DA HISTÓRIA DE UBATUBA (IPEROIG)

1549 Manuel da Nóbrega. Juntou-se em 1563 a José de Anchieta no trabalho de pacificação dos Tamoios em Iperoig, que retiraram apoio aos invasores franceses, finalmente derrotados. Momento em que os tamoios enfurecidos entram na cabana de Pindobuçu, em Iperoig, e encontram Anchieta e Nóbrega rezando. A tela intitulada "Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu", é parte do acervo do Museu Paulista (antigo Museu do Ipiranga), na capital paulista. a1927 fNM

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

UM POUCO DE UBATUBA - SP







Fundação


Ubatuba começa a aparecer na História do Brasil com o nome de aldeia de Iperoig, nos relatórios do missionário José de Anchieta ao Provincial da Ordem dos Jesuítas, contando sobre os conflitos existentes na região.

Os índios tupinambá foram os primeiros habitantes da região, eram excelentes canoeiros, até que, com a chegada dos portugueses e franceses que tentaram dominá-los e ficar com a terra, os tupiniquins se aliaram aos portugueses e se tornaram os maiores inimigos dos tupinambá.

Os tupinambás de Iperoig se organizaram para defender a terra, formando a Confederação dos Tamoios e passaram a enfrentar os estrangeiros (portugueses e franceses). Em 1563, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta partiram de São Vicente com destino a Aldeia de Iperoig com missão de pacificar os índios. Como os Confederados Tamoios desconfiaram da palavra dos portugueses, Anchieta ficou preso durante vários meses, enquanto Nóbrega voltou a São Vicente para finalizar o Tratado de Paz que passou a figurar na História do Brasil como “A paz de Iperoig” (Primeiro Tratado de Paz, firmado nas Américas). Anchieta enquanto prisioneiro escreveu na areia da Praia de Iperoig, o célebre “Poema à Virgem”, com 4.072 versos em latim.


Criação do município
Com a paz restabelecida, o governador-geral no Rio de Janeiro, tomou providências para colonizar a área, com a intenção de assegurar a posse para a colônia de portugueses. A aldeia foi elevada a categoria de Vila em 28 de outubro de 1637 com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.

No entanto Ubatuba começou a ser colonizado em 1600 por Inocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá e seu irmão Martim de Sá. Mais tarde a donatária da capitania, Mariana Sousa Guerra - a Condessa de Vimieiro, doou a sesmaria a Maria Alves que não podendo colonizar passou o registro das terras em 1610 para Jordão Homem da Costa, construindo a Capela de Nossa Senhora da Conceição continuando a colonização da Aldeia de Iperoig, que em 1637 foi elevada a Vila, com o nome de Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Durante o século XVII, a produção agrícola cresceu e a Baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado Porto da Capitania de São Vicente. No entanto, a Vila de Ubatuba pertencia à jurisdição do Rio de Janeiro, até que uma ordem do Rei subordinou a São Paulo.

Com esse ato, Bernardo José de Lorena, governador da capitania de São Paulo, tinha poderes para manipular o controle do porto, em 1789, esse governo determinou que “toda e qualquer exportação só poderia ser feita pelo Porto de Santos e diretamente ao Reino”. Essa ordem causou grande impacto na agricultura e cultivo foi o início da “primeira decadência do município”.

Melo de Castro e Mendonça, sucessor de Bernardo José de Lorena, ao tomar posse em 28 de junho de 1797, logo procurou averiguar a razão das queixas dos habitantes do litoral.

Verificou que a proibição da exportação era realmente um entrave a economia de Ubatuba, concedendo em 28 de setembro de 1798, a liberdade de comércio e livre exportação.


Ascensão e decadência econômica
De 1800 a 1890 Ubatuba teve o privilégio de ser uma cidade rica, por três vezes a arrecadação do município superou a de São Paulo, o motivo foi à reabertura do Porto. Os ricos exportadores voltaram a reativar seus negócios, nesse período foram construídos os mais imponentes prédios, casas de comércio, escritórios de exportação e luxuosas residências, evidenciando o teatro, onde atualmente funciona o Fórum da Comarca.

Ubatuba chegava ao apogeu econômico e a euforia chegou a ponto dos exportadores planejarem uma ferrovia para modernizar o Porto e fazer concorrência com Santos e Rio de Janeiro e atender os agricultores do Sul de Minas. Mas a pressão dos concorrentes dos outros Portos fez com que o governo decretasse a primeira moratória do Brasil, para impedir a construção da ferrovia.

Os ricos mudaram de cidade, ficaram os pobres e pequenos comerciantes vendo os imponentes sobrados sendo destruídos pelo abandono. Uma tentativa de se construir uma ferrovia entre Taubaté e Ubatuba foi vista com muita esperança, mas a proposta fracassou. A população diminuiu em duas mil pessoas. A estrada da serra ficou praticamente desativada e o tráfego marítimo foi reduzido a um navio de dez em dez dias, no caminho entre Santos e Rio de Janeiro. Ubatuba voltava ao isolamento, não havendo estrada terrestre ao longo do litoral, com toda a comunicação sendo realizada através de canoas.

Somente em 21 de abril de 1933 houve uma nova esperança. Era o engenheiro Mariano Montesanti que descia a serra no seu carro inaugurando a estrada que construiu, ligando o município a Taubaté por rodovia, o que despertou uma nova etapa na história de Ubatuba.


Dias Atuais
Em 1948 conquistou a categoria de estância balneária, em 1950 os taubateanos iniciaram a construção de casas de veraneio e obteve um impulso em 1964, quando o industrial e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho (o Ciccillo Matarazzo) foi eleito prefeito da cidade, e buscou seu desenvolvimento, convocando arquitetos e paisagistas, constituindo uma arquitetura com proporções bem resolvidas, simplicidade construtiva, linhas harmoniosas e respeito ao clima e ao meio ambiente.


Pequeno monumento indicando o trópico de Capricórnio em UbatubaHoje Ubatuba resgata seu passado na cultura caiçara, nas ruas, nas festas de origem portuguesa e nos edifícios históricos, revelando seu potencial como Estância Balneária para o Turismo.

OBS.: Em 1637 a então Aldeia de Iperoig se tornou Vila com o nome de Vila da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Em 1855 se tornou Comarca de Ubatuba e em 1944 à Estância Balneária. (Dados coletados com o Historiador Edson da Silva).