Ir ao Restaurante Batatinha era uma celebração, já que você chegava o próprio Batatinha vinha te recepcionar na mesa, não dava sugestões, apenas perguntava como você estava, perguntava da família dos amigos. Feito o pedido, ele mesmo que ia até na chapa preparar a carne e sempre com muita dedicação e sempre acertando no ponto e no molho delicioso que era exclusivo dele. Quando, durante a semana quando íamos almoçar, ele muitas vezes sentava na mesa e lá vinha conversas e histórias até chegar a comida.
Aos domingos já bem cedo tinha que encomendar o frango assado, que era de um tamanho fora do padrão normal, maior, e com o tempero que só ele sabia fazer, e quando se ia buscar o frango, era obrigatório degustar o torresmo que ele fazia, sabor único.
Esse era o ambiente cotidiano agradável e inesquecível que o Batatinha proporcionava aos clientes, que em muito pouco tempo se tornavam amigos.
Quando se passava em frente ao restaurante, lá estava ele, sempre do mesmo jeito, carinhoso e simpático, cumprimentava a todos e todos paravam para trocar uma palavra com ele.
O restaurante contava os serviços do filho, sobrinho e esposa os quais completavam a irradiação de alegria do ambiente do restaurante.
Escrevi sobre esses fatos cotidianos, que certamente milhares de pessoas vivenciaram da mesma forma ou parecida, para celebrar e deixar registrado a existência do Batatinha que nos deixou fisicamente essa semana, mas vai morar eternamente nas mentes e corações de todos que conviveram e admiraram esse ser humano impar. Salve Batatinha, um grande beijo e um abraço forte de todos que nunca irão te esquecer.

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