Dia 28 de outubro, feriado municipal, comemora-se o aniversário de Ubatuba. A data marca a emancipação político-administrativa da Aldeia de Iperoig que, em 1637, passou a se chamar Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, fundada por Jordão Homem da Costa....
A história oficial da cidade como conhecemos começa assim… Mas antes da chegada dos primeiros exploradores portugueses, Ubatuba era habitada pelos Tupinambá, povo indígena com uma rica cultura e identidade que, apesar de apagadas na maioria dos registros, se mantêm de alguma forma no espírito e na identidade dessa terra, como na força do nome do Cacique Cunhambebe, uma autoridade máxima que teve papel fundamental na resistência e nas relações políticas com os colonizadores. Os Tupinambá eram excelentes canoeiros, o que permanece também presente na cultura caiçara que tem a canoa como um de seus principais símbolos. Além do que, uma das explicações para a origem do nome da cidade diz que Ubatuba significa, em tupi, “muitas canoas”.
Do descobrimento até o estabelecimento da Vila, muitos conflitos e processos se deram até que o projeto de colonização se estabelecesse e se desenvolvesse.
No século XVIII, Ubatuba começou sua primeira fase de desenvolvimento econômico, ligada ao ciclo da cana de açúcar e à atividade portuária. Ao longo do século XIX, a cidade enriqueceu com a exportação. O cultivo do café no próprio território e em expansão por todo o Vale do Paraíba faz de Ubatuba um grande porto exportador, privilegiado ainda mais pela estrada Ubatuba – Taubaté, chegando a ser o primeiro lugar na renda municipal do Estado. Projetos de urbanismo chegaram com a construção de cemitério, igrejas, teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e novas construções para abrigar a elite local, dentre as quais o famoso Sobradão do Porto. Nesse apogeu, Ubatuba é elevada à categoria de cidade em 1855. E, em 1872, vira comarca, juntamente com São José dos Campos.
A economia cafeeira, por um lado, impulsionou o desenvolvimento da cidade e, por outro, levou-a ao declínio, quando o café deslocou-se para o Oeste Paulista, provocando a decadência econômica do Vale do Paraíba e consequentemente, de Ubatuba, principal porto de exportação. De 1870 a 1932 Ubatuba ficou isolada e decadente, as terras se desvalorizaram, as grandes residências transformaram-se em ruínas.
Nos anos 30, inicia-se um novo ciclo de desenvolvimento econômico: o turismo. Após a Revolução Constitucionalista de 1932, com o objetivo de integrar a região, cujo isolamento ficou patente no conflito, o Governo Estadual promoveu melhorias na Rodovia Oswaldo Cruz (Ubatuba-Taubaté), passando a cidade a contar com uma ligação permanente com o Vale do Paraíba. No início da década de 1950, acontece a abertura da SP55, Ubatuba-Caraguatatuba. Em 1967, Ubatuba passa a ser Estância Balneária e, com a abertura da Rodovia Rio-Santos, em 1975, o turismo se torna a maior fonte de renda do município, o que permanece até hoje.
Com 748 mil metros quadrados de área total, 102 praias, mais de 20 ilhas e grande parte de seu território de Mata Atlântica preservada, Ubatuba é hoje considerada um paraíso ecológico do Litoral Norte paulista. O município conta com três Parques de preservação ambiental e um dos primeiros parques subaquáticos do Brasil, situado na área de preservação ambiental do Parque Estadual Ilha Anchieta.
Com aproximadamente 90 mil habitantes, nossa cidade tem a riqueza dos povos tradicionais – quilombolas, indígenas e caiçaras – e a diversidade de uma população dinâmica, miscigenada e apaixonada por sua terra, por todas as belezas naturais e culturais, por todas as possibilidades que ela nos oferece todos os dias e que tanto desejamos preservar e fazer prosperar.
Fonte do Texto e imagem.................https://atmosfera.com/blog/
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