DOCUMENTO HISTÓRICO FANTÁSTICO !!! Data 1826
O Engenho da Ponta Grossa, que foi comprado pelo antepassado do Zizinho Vigneron. Nesse documento ele diz q comprou duas "sortes" de terras, que formavam o engenho..... a testada vai do mar para p leste, começando em uma pedra chamada ITAPUCA e segue ao largo da costa até outra pedra denominada SAPIRIRECUÇU.-
Diz ele que "a gente daquela Província, ainda desconhecendo a necessidade de populadores, fazem aberta guerra aos Estrangeiros, que para ali vão, e tudo e por todos os meios lhes entorpecem".
(Observo que, como revelam outros documentos, muitos estrangeitos invadiam terras dos Ubatubanos, nascendo daí o problema ).
Diz ele q as duas sortes de terra foram por ele compradas de Antônio dos Santos (parece q o ultimo nome é Marzagão) e de sua mulher, Dona Josefa Maria da Trindade, sendo q a primeira sorte de terras, Antônio dos Santos havia comprado de Maria (parece q o sobrenome é Ribeiro), e a segunda sorte de terras Antônio dos Santos havia comprado de Maria da Silva, viúva de Pedro da Ciunha Bueno. Pelo teor do documento, parece q as duas sortes de terras tiveram origem em sesmarias, dadas a Maria "Ribeiro" e Pedro da Cunha Bueno e sua mulher Maria da Silva
Segue, o francês Vigneron, dizendo q comprou as duas sortes de terra com escritura, mas q uma delas não está nem medida nem demarcada, razão pela qual pede a "Provisão" para medir e demarcar ditas terras (só depois de medidas e demarcadas pe que as sesmarias são confirmadas). A mediçãoi e demarcação foram autorizadas. Todavia, não achei o documento que prova que de fato houve medição e demarcação, a confirmar Sesmaria.
Em outro documento q localizei,, (segue foto) estão as passagens de Vigneron pelo porto do Rio de Janeiro. A primeira vez foi em 09-12-1819 (qdo ficou no RIo, e pode ter sido sua primeira viagem ao Brasil). Na segunda vez , em 15-03-1820, vai para Ubatuba. Na terceira vez, em 05-08-1822, provavelmente já com terras por aqui, embarca para Ubatuba com 13 escravos q, creio, tinha acabado de comprar no Rio de Janneiro.
Abaixo, transcrevo a íntegra do documento, onde constam suas alegações e pedido, bem como os despachos das autroridades. Atualizei a grafia das palavras e colocação de virgulas para melhor compreensão. Mantive a grafia so sobrenome "Vingeron".
"28/06/1826
Pede Provisão na forma ordinária, dirigida ao Ouvidor da Comarca de São Paulo.
Rio, 11 de maio de 1826
(2 assinaturas)
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Diz Segismundo Victor Vingeron Jousselandiere, francês, casado, com familia, filhos e fazenda (significa"bens") na Provincia de São Paulo que, tendo comprado por escritua púbica (documento n.1), para seu estabelecimento nesta, em termo da Villa de Ubatuba, um engenho de fazer açúcar, denominado Ponta Grossa, com terras, utensílios e lavoura, a Antônio dos Santos (parece q o ultimo nome é Marzagão) e a sua esposa D. Joisefa Maria da Trindade, está aquele (o engenho) situado em duas sortes de terra, uma que foi comprada, por escritura, pelos antecessores do suplicante a Maria (parece ser "Ribeiro"), que se acha medida e demarcada judicialmente, e outra, que foi comprada, pelos mesmos antecessores do Suplicante, a Maria da Silva, hoje falecida, viúva que foi de Pedro da Cunha Bueno, a qual não se acha nem medida nem demarcada, começa, pela frente, e testada do mar para leste, em uma Pedra chamada Itapuca - segue ao longo da costa até outra Pedra denominada Sapirirecuçu, e destes dois pontos, e pedras, de que se devem soltar dois morros que se encontram, como tudo patenteiam as escrituras, insertas na súplica,, agora junta n.2 (ele junta ao seu pedido, a escritura n.2) Ç querendi o suplicante acabar de medir e demarcar as terras do mencionado engenho, ou para evitar questões, e pleitos, ou para assegurar sua tranquilidade, teme fazê-lo pelos meios ordinários, porque a gente daquela Província, aiunda desconhecendoa necessidade de populadores, fazem aberta guerra aos entrangeiros, que para lá vão, e tudo e por todos os meios lhe entorpecem, temendo, sim , Senhor, as avnegas e dispendiosas demandas, quanto se entra nas medições sem Graça de V.M..." (assinatura de quem trancreveu o pedido do francês.)
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Despacho:
"Haja por bem fazer-lhe a graça de uma Provisão para medir e demarcar a dita sorte de terras, não medidas ou demarcadas, comprada á referida viúva Maria da Silva, na presença dos respectivos titulares, sendo, para o ver fazer, citados todos os ...... confinantes, a fim de comparecerem e apresentarem seus títulos, sob revelia, incumbindo a diligência ao Ouvidor de São paulo =, e com a clásula de que não obstabte quaisquer embargos, recursos e agravos, a medição continuará e terminar[a e tudo será em separado, e feita, serão emposeados os......das terras que lha patenteiam pertencerem-lhe, e com as mais cláusulas de estilo me Graça taes. ( assinaturas de autoridades).
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Despacho :
"A Segismundo Victor Vingeron se há de passar Provis
ao de medição e demarcação.
Rio de Janeiro, 11 de maio de 1826"
Assiando José Caetano d"Andrrade Pinto
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Despacho q não consegui ler. "Rio de janeiro, 23 de junho de 1826"
Assinado Luis Pedro...... e Gustavo Correia de Paula
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"Despacho que não consegui ler. Rio de Janeiro, 23 de junho de 1826."]
Assiando Joaquim de Medeiro Gomes.
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Recibo:
"Recebi os documentos (...) juntados ao requerimento de Segismundo VIctor Vingeron. Rio, 30 de junho de 1826."
Assinado José .....
FONTE.....................Patricia Madeira - Compartilhada na pagina Memória de Ubatuba - Retalhos Históricos via facebook
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