quinta-feira, 22 de outubro de 2020

SOBRE AS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE UBATUBA.............

 



Todos os moradores de nosso município vivem um período de extrema precariedade no que tange ao fornecimento de serviços, se quem vive em áreas urbanas já sofre com isso, imagine as comunidades tradicionais caiçaras e quilombolas, que estão situadas em geral em locais distantes, cujo acesso é difícil e sofrem com a ausência e esquecimento por parte do poder público.
No caso dos Quilombos, temos comunidades já devidamente reconhecidas e outras em processo de reconhecimento, em todos os casos os moradores travam uma luta para conseguir melhorias.
É necessário que os representantes tenham olhos para os problemas dessas pessoas, cujas estradas em péssimas condições dificultam ou até impossibilitam que os moradores se desloquem para o trabalho ou estudos, cujas casas não tem o saneamento básico necessário para que possam viver com saúde, entre outras carências básicas que a maioria das pessoas sequer imagina.
Precisamos garantir que este povo que já sofreu tanto ao longo de nossa história, tenha acesso aos benefícios da vida moderna para uma boa qualidade de vida, tudo isso garantindo a cultura e hábitos tradicionais, que devem ser, além de preservados, estudados, registrados e estimulados, como forma não só de serem “vendidos como produtos turísticos”, mas sim de materializar a identidade de um povo que luta pelo reconhecimento e dignidade na sociedade.
Essa é uma guerra que vem sendo ganha de batalha em batalha, concluo deixando para reflexão um pensamento do grande líder do povo negro, Zumbi dos Palmares:
“É chegada a hora de tirar nossa nação das trevas da injustiça racial. Aquele que é feito escravo por uma força maior que a sua, ama a sua liberdade e é capaz de morrer por ela, nunca chegou a ser escravo. Só fica escravo aquele que tem medo de morrer sobre seus donos.”


Texto e Foto de Clarindo Silva via facebook

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