-Na conversa de hoje farei um resumo sobre a minha família e sua evolução juntamente com a cidade de Ubatuba, a partir do final da década de 30. - Alguns assuntos poderão ser repetidos, mas necessários para o bom entendimento.
-A nossa casa foi construída no final dos anos 30 pelo meu avô, e constava de um quarto, uma sala, cozinha com fogão de lenha, banheiro e uma pequena varanda na frente. - Sobre a laje dessa varanda foi improvisado um pequeno dormitório, onde eu e meu irmão dormíamos. - O acesso era através de uma escada de madeira (tipo escada de pedreiro), bem fixada na parte superior e inferior para evitar acidentes. - Também foi feita uma proteção de madeira para proteger contra quedas dos dorminhocos. - O quintal era grande, onde foi plantado um pé de limão cravo - Juntava muito mato, e dava uma grande mão de obra para limpá-lo.
-Enquanto meu avô estava construindo, também estava sendo levantada em frente a casa paroquial, onde hoje é a sorveteria Rocha, na esquina das ruas Salvador Correia e Thomas Galhardo.
-Com o passar dos anos a nossa casa precisou ser ampliada para poder abrigar toda a família, e então meu pai e meu avô levantaram as paredes e construíram um quarto na parte superior. - Nos fundos fizeram mais um quarto e mais um banheiro. - Na lateral foi feita uma garagem coberta
-Serviu a família durante muitos anos, e só foi vendida depois da morte de meus avós, quando quase todos os filhos e netos já haviam adquirido suas próprias casas ou apartamentos.
-Minha família acompanhou a construção do porto que fica no morro da Ponta Grossa, e de inúmeras casas que foram construídas em direção ao Itaguá, e que hoje vocês sabem como está.
-O campo de aviação era acompanhando a praia de Iperoig, começando logo ao lado do antigo cruzeiro, que era de madeira na época, e continuava até um pouco adiante do atual aeroporto.
-O Rio Grande era atravessado por duas pontes de madeira, sendo que a primeira ainda existe, mas a segunda foi substituida por uma passarela. - O acesso ao caminho do Pereque, atualmente é feito por uma ponte de concreto, partindo da Avenida Iperoig.
-Nos anos 30/40, o trecho após as pontes até chegar ao Pereque era desabitado, e só havia uma pequena capela logo na entrada da praia. - Todas as outras praias eram quase desertas, mas em algumas haviam duas ou três casas de pescadores.
-As estradas que davam acesso às praias só atingiam o Pereque no lado norte, e a Toninhas no lado sul. - Depois veio a Rio-Santos, que deu acesso às outras praias.
-A entrada da cidade, para quem vinha de Taubaté era pela rua Maria Alves, pois a Thomas Galhardo não existia. - O ponto da jardineira, pelo que eu me recordo, foi primeiramente ao lado da matriz (em frente à farmácia do Filhinho), depois passou a ser no armazém do sr. Souza, depois na praça Manoel da Nóbrega, e atualmente é na rodoviária da rua Thomas Galhardo.
-Os rios eram todos de água muito limpas, com muitos peixes, camarões e lagostas.
VIA FACEBOOK
-A energia elétrica quase não existia enquanto era fornecida por uma usina que ficava na serra lá pelos lados da Praia Vermelha do Norte, e só normalizou quando passou a vir da usina particular da Companhia Taubaté Industrial, em Redenção da Serra.
-Atualmente é fornecida pela Elektro, que provavelmente revende a energia comprada de alguma estatal.
-Já escrevi bastante por hoje, e vou postar fotos da casa inicial, do portão de madeira da mesma que está guardado comigo, da casa paroquial, do campo de aviação, depois da casa ampliada, do porto em construção, e da capelinha no Pereque. - Ufa..... e ainda tem das pontes de madeira sobre o Rio Grande, sendo todas legendadas, a pedido de um dos nossos membros.
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