Em certos dias, há um pouco mais de um século, três visionários empreendedores resolveram construir uma ferrovia entre o Vale do Paraíba do Sul até o mar,
transpondo a Muralha num lugar chamado Mocoóca, um baixio que se alinhava com a imponente pedra que os Tupinambás chamavam de Votuporanga e não se sabe porque cargas d'água acabou sendo nomeado de Corcovado, talvez espelhando-se em seu semelhante famoso. A chegada do progresso teria início em Taubaté, parando em três estações que chegaram inclusive a serem construídas (Boracéia, Registro e Fortaleza), cruzaria o alto da serra no ponto Taquarussú, na citada Mocoóca, e desceria com uma inclinação máxima de 3%, com 48 túneis, até Ubatuba, entrando pelo Monte Valério até o ponto final, no local das fotos abaixo. Até festa houve, em 28 de Setembro de 1890, mesmo não sendo a obra terminada, porque naquele tempo bicho político gostava mesmo era de inauguração, ainda que não houvesse nada a ser inaugurado. Trilhos foram colocados na área litorânea, onde hoje é a Rua Franklin de Toledo Piza. Misteriosamente desapareceram, indo parar em outras plagas. Fato é que depois de gastos alguns milhões de contos de réis, a empreitada foi abandonada, Ubatuba voltou a ser isolada, só com sua fé, e a história da Ferrovia Taubaté-Ubatuba ficou no esquecimento, restando apenas poucos relatos guardados em rotos papéis de bibliotecas escuras, e trilhos que viraram postes nas propriedades do Visconde de Rio Claro, no interior de São Paulo. Abaixo, fotos das proximidades do local onde terminaria a ferrovia que nunca veio, enfim.
NEI CAETANO.......VIA FACEBOOK
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