quinta-feira, 14 de junho de 2018

O trem que não vem, que não vai, que não vem, que não vai.









Em certos dias, há um pouco mais de um século, três visionários empreendedores resolveram construir uma ferrovia entre o Vale do Paraíba do Sul até o mar, 



transpondo a Muralha num lugar chamado Mocoóca, um baixio que se alinhava com a imponente pedra que os Tupinambás chamavam de Votuporanga e não se sabe porque cargas d'água acabou sendo nomeado de Corcovado, talvez espelhando-se em seu semelhante famoso. A chegada do progresso teria início em Taubaté, parando em três estações que chegaram inclusive a serem construídas (Boracéia, Registro e Fortaleza), cruzaria o alto da serra no ponto Taquarussú, na citada Mocoóca, e desceria com uma inclinação máxima de 3%, com 48 túneis, até Ubatuba, entrando pelo Monte Valério até o ponto final, no local das fotos abaixo. Até festa houve, em 28 de Setembro de 1890, mesmo não sendo a obra terminada, porque naquele tempo bicho político gostava mesmo era de inauguração, ainda que não houvesse nada a ser inaugurado. Trilhos foram colocados na área litorânea, onde hoje é a Rua Franklin de Toledo Piza. Misteriosamente desapareceram, indo parar em outras plagas. Fato é que depois de gastos alguns milhões de contos de réis, a empreitada foi abandonada, Ubatuba voltou a ser isolada, só com sua fé, e a história da Ferrovia Taubaté-Ubatuba ficou no esquecimento, restando apenas poucos relatos guardados em rotos papéis de bibliotecas escuras, e trilhos que viraram postes nas propriedades do Visconde de Rio Claro, no interior de São Paulo. Abaixo, fotos das proximidades do local onde terminaria a ferrovia que nunca veio, enfim.

NEI CAETANO.......VIA  FACEBOOK



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