Esse boizinho nasceu no dia de São Pedro Pescador, e recebeu a promessa de conhecer o mar, as maravilhas e os seres do mar. Ao ver seu dono deu um mugido estranho, que Cipriano comparou com o som de um ratambufe. O boizinho recebeu o nome de Ratambufe e todos os dias ouvia falar do mar. Cresceu sonhando com o mar!
O dia chegou e era o dia de sua morte. Desceu a serra e, em vez de se dirigir ao matadouro, Ratambufe foi pra beira da praia de Iperoig e lá sentiu e viu a beleza do mar. Se ajoelhou, lambeu a água e parecendo ouvir o canto de uma sereia foi seguindo mar à dentro. E sumiu no mar!
Não se sabe se o boi morreu, pois não acharam nem couro, nem rabo, nem chifre e nem o berro do boi.
“O sonho que o boi sonhava, era um dia ver o mar. O sonho que o boi sonhava, era um dia navegar”
Depois de algum tempo o boi reapareceu, saindo do mar, todo coberto com conchas, transformou-se no Boi de Conchas. --
--- Julinho Mendes - Ubatuba SP.
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