quarta-feira, 12 de abril de 2017

OS TRENS SEM TRILHOS - A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO NORTE DE SÃO PAULO - 1874 - 1931......9 ª PARTE





 Estação ferroviária de Taubaté-SP, estilo europeu ( imagem meramente ilustrativa - Arquivo  Blog  Ubatubense)


Da redação do Blog Ubatubense......Estamos divulgando aqui  um belo trabalho histórico sobre a construção da Estrada de Ferro Norte de São Paulo, de autoria de Guilherme Carra Makowsky, informo que  estou apenas a compartilhar um capitulo da rica história da Ubatuba Antiga, a manutenção deste  blog , eu faço com carinho e por amor a minha querida cidade Ubatuba SP, não tenho nenhum lucro com a atualização desse blog, quero apenas auxiliar na divulgação  da história de minha cidade...



 Texto de  Guilherme Carra Makowsky – Mestrando pelo programa de Pós – Graduação em História Ecomômica do Departamento de História da faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Orientador Prof. Dr. José Jobson de Andrade Arruda.


Apresentado na Conferencia Internacional de História Econômica e VI Encontro de Pós - Graduação em Histórica Econômica.


                                    O ano de 1892 foi  que marcou o apogeu da EFNSP, já no ano seguinte foi publicado o Decreto n º 1.510 de 10 de Agosto de 1893, prorrogando o prazo   de conclusão por mais 24 meses. Em 1893, em Taubaté, a casa de máquinas junto a estação da Ferrovia Central do Brasil estava pronta para receber as composições ferroviárias e a primeira seção da estrada desde Taubaté até o quilometro 40 estava finalizada. 





Na segunda seção, entre os quilômetros 40 e o 84 ½, estavam também terminados os movimentos da terra, bem como as obras de arte até o km 56. A terceira seção, entre os quilômetros 84 ½  e 104 , trecho que atravessaria o alto da Serra do Mar, possuía apenas 2 quilometro finalizados. Em Ubatuba, apenas o trecho entre a cidade e a Ponta Grossa fora finalizado.
                                     Em julho de 1893 a Companhia passou a enfrentar grandes dificuldades e dispensou parte do pessoal técnico. Alguns sub empreiteiros continuaram trabalhando  até o dia 31 de dezembro, quando foi dada  a ordem de suspensão dos trabalhos. Esses ficaram sem receber, pois não há registro de que a EFNSP efetuou a medição dos trabalhos realizados. Com o Decreto n º 1.721, de 2 de Julho de 1894  foi passada a  sentença  de morte da EFNSP, pois declarou extintos  os privilégios de concessão para a construção, uso e gozo da ferrovia . A suspensão dos trabalhos, efeito e não causa,  sucedeu o completo aniquilamento da EFMSP e a consequente ruina do Banco Popular de Taubaté com prejuízo para todos os acionistas e depositantes .
                                      Passaram-se alguns anos, Francisco Ribeiro de Moura Escobar fez nova tentativa de ressuscitar a ferrovia , dirigindo ao governo central memorial pleiteando  a revogação  do decreto que havia declarada extinta a concessão. Alegava, inclusive, a situação de sérias dificuldades econômicas que o país enfrentava.
                                       “ (...) agravada pela Revolta  da Armada, óbices que entorpeceram a marcha de todos os ramos da vida nacional; óbices  que forçaram, pouco depois, a Administração Federal  a suspender quantos trabalhos públicos fossem passiveis de extrema solução; que obrigaram  o Congresso  a aumentar a vexatórias proporções as contribuições públicas ; e finalmente , coagiram  o governo da União à premente e penosa contigência de subscrever o contrato do funding Loan “.


Continua.................Confira no próximo dia 16 de Abril  a sequência dessa matéria sobre  a  história da construção da Ferrovia Taubaté –Ubatuba , história essa que atravessa do período imperial ao republicano......

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