terça-feira, 18 de outubro de 2016

1887.....GOVERNO PAULISTA AUTORIZA A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA UBATUBA - TAUBATÉ


Para Ubatuba e avante!

No final do século 19 o café entrava em declínio em toda a região. Neste período assume grande importância a cidade de Taubaté, com investimentos na indústria de transformação. Simboliza este período a criação da Companhia Taubaté Industrial (CTI), pelo empresário Félix Guisard, em 1894.



Sete anos antes de Guisard instalar sua CTI, empresários do café optaram por tentar baratear o preço do produto exportado e projetaram uma nova ferrovia entre Taubaté e Ubatuba.

A iniciativa foi dos empresários Francisco Ribeiro de Moura Escobar e Victoriano Eugenio Marcondes Varella. Em 1887 eles receberam autorização do governo de São Paulo para levar os trilhos de Taubaté até São Luiz do Paraitinga. O prazo para a construção era de 12 anos e os empresários iam além: o pedido ao governo era para a exploração do trecho até ‘São José do Paraizo’, uma área hoje pertencente à Itajubá (MG).





O caminho de ferro interessava também à Ubatuba, já que desde a inauguração da Central do Brasil o porto da cidade estava com capacidade reduzida.

A Estrada de Ferro Taubaté-Ubatuba foi financiada exclusivamente por capital privado e para tal tarefa foi criado o Banco de Taubaté. Os trilhos foram importados da Inglaterra e seriam assentados em duas frentes: uma partindo de Taubaté e outra de Ubatuba.


O que os cafeicultores não sabiam é que o investimento em uma nova estrada de ferro aceleraria o processo de falência do grupo. Em 1893 o governo republicano anunciou o fim dos incentivos para importação. Resultado: trilhos não chegavam mais, a mão de obra não tinha com o que trabalhar e meses depois o projeto foi abandonado. Pior: o Banco Popular de Taubaté anunciou sua falência.
Em total crise devido à queda do preço do café no mercado internacional, os cafeicultores pediram ajuda ao governo. Em 1906 representantes dos Estados do Rio, Minas e São Paulo se reuniram em Taubaté e assinaram um compromisso para subsidiar o produto. Este era o trato pelo qual ficou conhecido o “Convênio de Taubaté”.
Enquanto isso o projeto da ferrovia continuou suspenso, mas os investidores da Taubaté-Ubatuba ainda tentaram terminá-la. O governo republicano extendeu o prazo de concessão da via, mas nenhuma obra efetiva foi realizada neste tempo e a concessão foi retirada em 1922.
A herança deixada pelo ‘finado’ projeto foi o bairro do Registro, em Taubaté, único a ter uma estação desta ferrovia. Os trilhos foram retirados e poucas estruturas ainda existem dentro de fazendas entre os bairros Registro e Cataguá.


FONTE..............http://www.taiadaweb.com.br/ferrovias-do-vale-um-caminho-para-ubatuba-e-outro-para-piquete/

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