segunda-feira, 20 de junho de 2016

2002..............Realizada segunda reunião para urbanização do Itaguá


Foi realizada nesta última quarta-feira, 13, no salão do restaurante Giorgios, uma segunda reunião para tratar da necessidade de urbanização do Itaguá. A primeira reunião foi realizada um ano atrás, onde ficou tratado que todos os interessados em dar sugestões poderiam apresentar projetos na prefeitura municipal onde seriam estudadas todas possibilidades para juntos concluírem um projeto consensual. Mas parece que nada aconteceu. Após um ano, foi realizada esta última reunião onde compareceram 73 pessoas entre comerciantes, autoridades e interessados. 




Segundo o secretário de Urbanismo, Sidney Giraud, o DADE (Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias) poderá repassar para o projeto R$ 600 mil, após a sua aprovação. Para viabilizar o recurso, o secretário e sua equipe apresentaram um projeto junto aos participantes da reunião para que pudessem dar sua aprovação. Este projeto dá prioridade a ciclovia, adaptando todo o espaço da Av. Leovigildo Dias Vieira. Segundo Giraud, o movimento da ciclovia da av. Nove de Julho é tão grande que está havendo congestionamento. Ele disse que ao viajarem para outras cidades puderam observar que os jardins delas são simples, porém muito organizados. E ele pretende seguir a mesma linha. Para esta nova adaptação da Leovigildo, ele diz ter estudado a avenida ponto a ponto. Sendo assim, a ciclovia terá em alguns momentos o formato de ziguezague e o problema dos quiosques também está sendo visto. No projeto apresentado, alguns trechos sofrerão um avanço de aproximadamente 2,5 m sentido mar. Como cada presente representava segmentos diversificados, foram levantados alguns pontos. O senhor Nicolas, da Ubatur, colocou a necessidade de haver atracadouros na orla marítima do Itaguá, pois há 80 km de praia e o turismo náutico gera qualidade turística e empregos na cidade.
Já Guilherme, proprietário do Shopping Porto Itaguá, disse que antes de discutir um assunto importante como este é preciso rever os conceitos que pretendemos atingir do ponto de vista turístico, ou seja, quem queremos que freqüente nossa cidade.
Hugo, do Aquário de Ubatuba, disse que destes R$ 600 mil deveriam ser destinados R$ 50 mil somente para uma pesquisa global, assim teríamos um projeto tecnicamente concluído prevendo inclusive as conseqüências futuras.
O arquiteto Renato Nunes disse que este é um assunto extremamente comprometedor no futuro. Apoiando a idéia de Hugo quanto a pesquisa técnica, disse que quando a rua Felix Guisard foi destinada mão única muitos criticaram inicialmente, hoje todos convivem muito bem com a decisão. Mas tem que se tomar cuidados pois todos sabemos que R$ 600 mil não é dinheiro suficiente para a urbanização de toda a avenida e citou o caso da av. Castro Alves, no Itaguá, que ficou com 150 m sem acabar. Disse também que as adaptações para solucionar problemas imediatos poderão causar outros num futuro próximo. Afinal, não existe avenida somente de um lado.
Alguns apontaram os quiosques como um grande problema e o maior deles é a falta de sanitários. ‘Bigode’, um dos proprietários mais antigos, defende-se: “Há 20 anos, o Itaguá era pura escuridão e quem levantou o bairro foram os quiosques, porém é muito bom estar discutindo novas tendências. Isto é sinal de progresso do local e que juntos poderemos fazer dele um lugar melhor dentro de um consenso popular.”
Todos chegaram a conclusão que a verba não poderá ser perdida, mesmo que seja pouca. Assim, tem-se um prazo curto para a apresentação do projeto, que está à disposição dos interessados na Associação Comercial e Industrial de Ubatuba (ACIU), à rua Dª Maria Alves, 587 - centro, sujeito a alterações mediante a sugestões apresentadas em projeto. Mas também é de consenso geral que se faça um projeto completo de toda a avenida, onde estudem-se todas as possibilidades evitando constrangimentos futuros e, principalmente, que gerem recursos para trânsitos, atracadouros, pedestres, sanitários, enfim, uma urbanização de verdade, onde após o projeto aprovado e transformado em lei, todo e qualquer governo tenha que segui-lo à risca mediante sua diretriz, pois senão correremos o risco de ter uma avenida de muitas futuras adaptações.

FONTE.............Site.....Jornal   A  Semana na Rede....

 Ubatuba 16 de Março de 2002 Edição Nº 175 Ano III


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