quinta-feira, 16 de outubro de 2014

BAGRE DE GARRAFÃO........

Por. Fatima Aparecida Carlos de Souza


Leovegildo Dias Vieira era donatário de terras no bairro do Itaguá. Conhecido como Vivi, possuía muitos empregados que trabalhavam em seu alambique.
Não era difícil encontrar as carroças e carros de bois carregados de garrafões de vidro para serem lavados no rio Acaraú, no portinho do Bastião Rita. Com muitos desses vasilhames, acontecia de se quebrarem ou sofrer um trincamento. Quando isso acontecia, eram deixados de lado nas barranceiras do rio.
 
 
 
 
 
Numa época de fevereiro, como de costume, choveu muito. Em conseqüência, veio a enchente. Com a enchente, os garrafões ficaram submersos. Quando a água baixou, tudo voltou ao seu ritmo normal. Alguns meses depois, os empregados de seu Vivi estavam lavando seus garrafões no rio Acaraú, para suprir a nova safra de aguardente. O mesmos garrafões que, posteriormente, seriam levados nas grandes canoas de voga para o mercadão em Santos. Foi nesse momento que ouviram um barulho estranho, vindo do monte de garrafões velhos na beira do rio.
A princípio, pensaram numa cobra grande que poderia estar escondida ali. Com cuidado foram verificar mais de perto. Qual não foi a surpresa? Era um enorme bagre que havia entrado no garrafão, durante a tal enchente, quando ainda filhote, e lá se criara.
 
 
 
 

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