ESPECIAL DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO , MEMORIA E CULTURA " - PARTE 110




Jorge morou até os 15 anos em uma área, onde hoje se encontra a Praça Treze de Maio, uma propriedade de seu pai Jesuíno Joaquim da Fonseca que plantava e criava animais, não só ali como também em áreas localizadas no Horto. Trabalhou de sol a sol até o final de sua vida, de forma trágica aos 86 anos. Segundo Jorge Fonseca, em um sábado de Aleluia, seu pai e mais dois irmãos foram à costeira, na praia do Perequê Açu para “catar” marisco e, na volta, no meio do caminho, seu Jesuíno decide apanhar mais um pouco, e estando de costas para o mar agachado, uma onda forte o derrubou e o arrastou para o fundo do mar. No dia seguinte, no domingo de Ramos acharam seu corpo com a cabeça ferida, na praia do Perequê Açu e ajudado pelo Félix Guisard, o levaram, na sua camionete, até a Santa Casa, mas sem vida. 






Já, Donária Maria da Conceição, mãe de Jorge Fonseca, era parteira muito conhecida em Ubatuba, era difícil encontrar algum cidadão que não houvesse nascido nas mãos de Donária. Ela, depois de muitos anos de Ubatuba, decidiu morar em Taubaté nos anos 40, retornando à Ubatuba onde veio a falecer anos depois.

Jorge lembra com emoção e prazer de sua infância em Ubatuba. Brincava, caçava passarinho com estilingue, vivia grandes aventuras desfrutando a natureza junto a seus amigos. Uma época em que ganhar alguns réis, era um privilégio permitido também às crianças. Ele conta que pelo menos uma vez por semana, atracavam navios na costa, como o “Aspirante” ou o “Taipava”, trazendo além de cargas e mantimentos, alguns poucos turistas que ficavam no antigo e famoso Hotel Felipe. Jorge e alguns amigos corriam pelo caminho que levava até a praia do Matarazzo, onde esperavam pelos pequenos botes que traziam até a areia os tripulantes do navio e as cargas. Então, ajudavam os turistas com suas malas levando-os até o hotel Felipe.

CONFIRA    A   SEQUÊNCIA   A SER PUBLICADA AQUI NO DIA 18/01/2014
A PARTIR DA PAGINA  335

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