domingo, 10 de novembro de 2013

ESPECIAL DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA ' - PARTE 105


A foto acima não faz parte do livro é só 
ilustrativa


Mais do que servir como palco natural às produções cinematográficas, Ubatuba pode ver no cinema, a oportunidade de enriquecer seu imaginário cultural com o conteúdo do espaço e da memória, como vimos nos capítulos precedentes esta possui um riquíssimo repertório, porque conjuga no tempo mais do que perfeito: o espaço físico e real com o imaginário mítico e ficcional de suas histórias e estórias vividas na outrora Iperoig e na atual Ubatuba.

Referiremos-nos a seguir, a dois filmes que narram ficcionalmente, o momento do encontro entre as civilizações: européia e indigenista do Brasil. Hans Staden (1999) e Caramuru (2001).



Hans Staden (1999) é um filme de Luís Alberto Pereira que parte do relato do artilheiro alemão, prisioneiro dos índios Tupinambá, no Brasil do século XVI. Após sua libertação este consegue voltar à Europa, onde escreve suas experiências no livro Hans Staden – a verdadeira história de seu cativeiro (1557), que se tornou um best seller na época. Detalhes deste livro que narra tal odisséia, encontram-se no capítulo II, item 2, Os Tupinambá, traço da força e da resistência de uma raça, a fim de documentar a experiência deste estrangeiro em terras Tupi. A primeira tentativa do cinema de retratar esta singular história realizou-se no filme Como era Gostoso meu Francês (1971), de Nelson Pereira dos Santos. Existem algumas  diferenças entre estas duas versões que comentaremos a seguir. Ambos os filmes partem de um relato comum – o documento literário. Nelson Pereira dos Santos insere alguns dados de outros viajantes da época como o francês Jean de Léry que veio ao Brasil na comitiva do almirante Villegaignon, o projeto de colonização dos franceses consistia em fundar a França Antártica. Por outro lado, Luís Alberto Pereira acompanha “literalmente”, o diário de viagem do alemão que pormenoriza sua estadia entre os Tupinambá até sua ardilosa escapada.

A grande diferença entre as duas produções cinematográficas está no desfecho da narrativa ficcional, na primeira versão, o protagonista – Jean, é sacrificado de acordo com o ritual antropofágico, na segunda – Hans, consegue enganar os Tupinambá e escapa ao ritual no qual ele seria a principal comida.

VOCÊ  ACOMPANHANDO   A  PUBLICAÇÃO   DO ESPECIAL DO LIVRO " UBATUBA , ESPAÇO , MEMÓRIA E CULTURA"  dos autores Jorge Otavio Fonseca e Juan Droguett"  , editado em 2005.

CONTINUA.........a partir da pagina 324.............

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