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livro .
O cinema é um meio de comunicação social que nasce da confluência do progresso técnico – científico e da necessidade das sociedades contemporâneas de organizar uma indústria do imaginário. A noção de imaginário social que assumimos neste texto, é basicamente aquela de ser um conjunto de crenças, sonhos, idéias, conceitos, valores, memórias e esperanças que configuram o mapa simbólico de uma sociedade, a partir das quais as ações e as práticas sociais cobram legitimidade no sentido mais amplo. O fenômeno da comunicação massiva se sobressai como indicador social, capaz de englobar transformações e modificações culturais que afetam o campo da sociedade em que se vive hoje em dia. Embora considerando todas
as transformações ocorridas, fruto do fenômeno de massa, tal conceito é decorrente da luta de classes que marcava as teorias marxistas, desenvolvidas pela Escola de Frankfurt, como explica Bernadette Lyra, no artigo O Cinema e o processo de Comunicação (2003:251).
A indústria do imaginário – o cinema,
oferece ao espectador uma grafia de imagens em movimento. É o aparelho técnico
perfeito da mais antiga ilusão, da sombra chinesa, da câmera escura, da
lanterna mágica e da fábrica de sonhos; códigos figurativos intensificados pela
rica perspectiva da fotografia associada ao movimento, à duração, ao som e à
vitalidade das cores. A convergência entre os complexos sistemas de
transmissão, armazenagem e processamento da informação da imagem fizeram surgir
a chamada sociedade da comunicação, uma espécie de código universal que
converte os seres humanos em conhecedores. A comunicação em tempos de
globalização, supõe entre outras coisas, a superação das fronteiras do tempo e
do espaço. A mundialização e a virtualização prefiguram um novo tipo de
pensamento, um novo modo de ser e de se relacionar consigo, com “os outros” e
com o mundo.
filmagem. O espaço ficcional entre a câmera e a tela produz mais dois
espaços: o filmado e aquele que ocupa o cameraman. Assim, o enquadramento
dos filmes institui um ponto de vista, o chamado “fora de campo”, lugar
potencialmente virtual, mas também de desapropriação e desvanecimento: o lugar
do futuro e do passado, muito antes de ser presente.
Você está acompanhando o Especila referente ao Livro UBATUBA, ESPAÇO,MEMORIA E CULTURA , editado em 2005 ...
Continua dia 23 deoutubro .........pagina 321 do livro..........
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