quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ESPECIAL DO LIVRO UBATUBA ,ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA ........PARTE 103


Imagem apenas ilustrativa..Não fazparte do
livro .


O cinema é um meio de comunicação social que nasce da confluência do progresso técnico – científico e da necessidade das sociedades contemporâneas de organizar uma indústria do imaginário. A noção de imaginário social que assumimos neste texto, é basicamente aquela de ser um conjunto de crenças, sonhos, idéias, conceitos, valores, memórias e esperanças que configuram o mapa simbólico de uma sociedade, a partir das quais as ações e as práticas sociais cobram legitimidade no sentido mais amplo. O fenômeno da comunicação massiva se sobressai como indicador social, capaz de englobar transformações e modificações culturais que afetam o campo da sociedade em que se vive hoje em dia. Embora considerando todas


 as transformações ocorridas, fruto do fenômeno de massa, tal conceito é decorrente da luta de classes que marcava as teorias marxistas, desenvolvidas pela Escola de Frankfurt, como explica Bernadette Lyra, no artigo O Cinema e o processo de Comunicação (2003:251).

A indústria do imaginário – o cinema, oferece ao espectador uma grafia de imagens em movimento. É o aparelho técnico perfeito da mais antiga ilusão, da sombra chinesa, da câmera escura, da lanterna mágica e da fábrica de sonhos; códigos figurativos intensificados pela rica perspectiva da fotografia associada ao movimento, à duração, ao som e à vitalidade das cores. A convergência entre os complexos sistemas de transmissão, armazenagem e processamento da informação da imagem fizeram surgir a chamada sociedade da comunicação, uma espécie de código universal que converte os seres humanos em conhecedores. A comunicação em tempos de globalização, supõe entre outras coisas, a superação das fronteiras do tempo e do espaço. A mundialização e a virtualização prefiguram um novo tipo de pensamento, um novo modo de ser e de se relacionar consigo, com “os outros” e com o mundo.

Desde o advento do cinema, o mundo tem uma nova alternativa em termos de diversão. Os irmãos Lumière, no dia 28 de dezembro de 1895, foram os grandes inventores da técnica cinematográfica que cria um espaço virtual. Conta a lenda que os primeiros espectadores das projeções Lumière fugiram apavorados ante a locomotiva que avançava “contra eles”. A chegada desse trem supõe, entre outras coisas, a inversão do sistema perceptivo, a atenção do observador e seu olhar. As imagens geradas pelos irmãos Lumière criam um novo espaço que ultrapassa os limites da tela, trata-se do espaço da
 filmagem. O espaço ficcional entre a câmera e a tela produz mais dois espaços: o filmado e aquele que ocupa o cameraman. Assim, o enquadramento dos filmes institui um ponto de vista, o chamado “fora de campo”, lugar potencialmente virtual, mas também de desapropriação e desvanecimento: o lugar do futuro e do passado, muito antes de ser presente.



Você está acompanhando o Especila referente ao Livro UBATUBA, ESPAÇO,MEMORIA E CULTURA , editado em 2005 ...


Continua  dia   23 deoutubro .........pagina 321 do livro..........

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