sábado, 27 de abril de 2013

ESPECIAL.......LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA " - PARTE 90

Livro  "  Ubatuba , espaço,  memória e cultura ", editado e lançado em 2005, esse escrito pelo meu mano Jorge Otavio Fonseca  e pelo professor Juan Drouguet. ...



A Semana é um jornal, fundado em 1999, no dia de aniversário da cidade, durou apenas 5 anos, mas deixou registros dos principais acontecimentos e vivências do município. Seu fundador e proprietário, Josias Sabóia encerrou as atividades do jornal em outubro de 2004, passando a ser um jornal on – line de publicação semanal[1] . Nesta mesma linha, o jornal O Povo teve sua vez para falar sobre a realidade social de Ubatuba, por um período breve, seu fundador e proprietário era Oswaldo Luiz que deixou este projeto e se encaminhou para uma outra publicação.

Na atualidade, Ubatuba conta com três jornais expressivos: A Cidade, Opinião e Agito Ubatuba. Cada um possui um estilo diferente ao referenciar o cotidiano do município e o acontecer nacional e internacional.


[1] Esta publicação do J.B.N.S. Propaganda pode ser encontrada no site: http://www2.uol.com.br/jornalasemana.






O jornal A Cidade fundado em 1985 por Gilberto Bosco Ferretti, natural de Lorena, tem um formato standard, com impressão off – set, realizada em São José dos Campos. Sua periodicidade é semanal e distribuído também aos sábados. No inicio, este jornal tinha 4 páginas, hoje alcança 16. Por outro lado, o jornal Opinião é de circulação regional, seu primeiro número foi publicado em 2005, a circulação semanal garante abertura à população que pode expressar com liberdade seus pontos de vista a respeito da realidade contingente da cidade. Seus diretores são: Oswaldo Luiz e Denis Bomeisel. O jornal Agito Ubatuba é um semanário informativo, lançado em 2004, tem como objetivo a imediatez dos acontecimentos da cidade:cultura, lazer, história, turismo ou esportes são as pautas que regem suas colunas, a tiragem é de 2000 exemplares e a distribuição é gratuita. O diretor executivo deste jornal é Ewaldo Matins e o diretor comercial Kaka Di Lorenzo.




Percebemos que a história da imprensa em Ubatuba, acompanha as fases históricas do jornalismo como meio de comunicação social, através dos processos de institucionalização, que lhes confere o direito de produzir enunciados em relação a essa realidade, socialmente aceita como verdadeira pelo consenso da sociedade na qual estão inseridos. A história do jornalismo em Ubatuba.

O mito da neutralidade e da imparcialidade no jornalismo, que surgiu em meados do século XIX, com a idéia de um jornalismo informativo e que se fortaleceu no século XX, por meio do conceito de objetividade, no Brasil consolidou-se com as reformas editoriais da década de cinqüenta, quando se introduziu no país o modelo norte-americano de fazer jornalismo. O desenvolvimento técnico do jornalismo buscou no “espírito científico”, o cuidado com os fatos. As regras de redação retiraram do jornalismo noticioso qualquer caráter emotivo e participante. Para garantir a impessoalidade, se dispôs um estilo direto, sem metáforas, pois a comunicação jornalística deveria ser antes de mais nada referencial. Antes o jornalismo foi o lugar do comentário sobre as questões sociais, da polêmica de idéias , das críticas e da produção literária. Agora, ele passa a ser “espelho” da realidade. Os acontecimentos emergem naturalmente do mundo real, concebidos como notícia, elemento básico para a construção de um jornal.

Adentrarmos no universo da mídia jornalística foi um ato proposital, para perceber, até que ponto a informação fornecida nos ajudaria a reconstruir a memória da cultura de Ubatuba, objeto de estudo deste livro. Mas a tarefa se revelou complexa, uma vez que a documentação, testemunho histórico recolhido se transforma, segundo Jacques Le Goff, em um monumento, um ato de poder, uma intencionalidade de perpetuação de certa visão do passado. A noção de documento – monumento deriva de uma posição crítica do historiador em face dos documentos, encarados como produto dos jogos de forças presentes nas sociedades históricas. Isto nos aconteceu o tempo todo, no decorrer da pesquisa, seja com livros e relatos dos primeiros colonizadores, assim como no caso dos exemplares do Echo Ubatubense (1897), que conseguimos manusear.

A intervenção do historiador que escolhe o documento, extraindo-o do conjunto de dados do passado, preferindo-o a outros, atribuindo-lhe um valor de testemunho que, pelo

CONTINUA   COM A PUBLICAÇÃO  DA PAGINA 301 N  EM DIANTE..... 

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