Ubatuba mantinha o rumo norte e os trilhos no chão desde a sua fundação,
em 09 de maio de 1563, quando foi rezada a 1ª missa relatada na carta de
Anchieta. Em 1835/36 Ubatuba exportava mais do que Santos e São Sebastião
juntos, em 1846 e 1856 as rendas de Ubatuba eram maiores que São Paulo
14:500$000 contra 12:950$000. Depois houve a decadência, mesmo assim, continuou
nos trilhos! Em outubro de 1947 aconteceu a 1ª eleição pelo voto direto e foi
eleito o ubatubano da gema e do Centro o advogado Dr. José Alberto dos Santos,
tomou posse em 31-01-1948, daqui para frente foi só alegria. Dr. Alberto
manteve o rumo e prolongou os trilhos por quilômetros. Os sucessores, José
Fernandes, ubatubano da gema e do Centro, 1952/1955, e o taubateano Wilson
Abirached, 1960/1963, deram continuidade e souberam manter o rumo norte e os trilhos
no chão.
Em 1964 se elege a prefeito de Ubatuba, o industrial e mecenas,
Francisco Matarazzo Sobrinho, quadriplicou o prolongamento dos trilhos, em
relação aos seus antecessores e manteve Ubatuba rumo norte, e os trilhos no
chão, deixando uma farta infra-estrutura administrativa para seguirem em frente. Os vereadores e
os prefeitos sucessores mudaram o rumo para o retrocesso que é visível se
comparado com o passado. E os trilhos? Ah... os trilhos... mandaram para o
espaço e, hoje, se encontram perdidos em uma nebulosa qualquer. Quem vai
buscá-lo? Em que rumo vão recolocá-lo? Missão impossível!!! Ubatuba está
perdida. Até hoje, o único rumo que os sucessores deixaram foi da infestação de
mendigos, favelas em áreas públicas e de preservação ambientais. Todos os
prefeitos e vereadores sucessores de Matarazzo tiveram sua parcela de culpa por
omissão ou ação. A cidade está emporcalhada. E o colega Eduardo, vem dizer que
Matarazzo não fez quase nada? E você, fez o que, quando foi vereador e
secretário de Administração do governo Nélio?
Fiovo Frediani substituiu Matarazzo por 60 dias e governou com
competência. Eu estava lá. O projeto do canal de drenagem da rua Liberdade e a
abertura da rua de acesso para o Ipiranguinha com 30 m de largura estavam
prontos, mas o engenheiro de obras Dr. Amâncio Lemes Figueiredo queria esperar
a volta do Matarazzo, que representava o Brasil na feira internacional de artes
em Veneza – Itália, para dar início às obras. Fiovo não aceitou. Nada disso!
Hoje eu sou o prefeito e vai começar agora! Nenê, pega a planta e senta a
pua!!!! Tá na mão! O projeto de paisagismo ficou na responsabilidade do eng.
agrônomo Dr. Flávio Girão de Carvalho, chefe do serviço de parques e jardins,
que ainda reside na cidade. Assim dava gosto de trabalhar.
Parte da matéria : UBI ET ORBI do Colunista Nene Veloso
para o site : www.ubaweb.com
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