Viviam da caça e da pesca e encontravam na Mata Atlântica os alimentos de que necessitavam: frutas, palmito, pequenos animais. Eram habilidosos na canoagem e na pesca, se deslocavam pelo interior viajando a pé pelas trilhas da Serra do Mar.
A organização social dos Tupinambás tinha como parâmetro básico o parentesco, sustentado pelo sistema religioso que determinava os valores sociais e o comportamento de cada indivíduo. Esta organização se baseava principalmente nas tarefas relacionadas ao trabalho, divididas por idade e por sexo.
As mulheres cuidavam da casa, das crianças, da roça, da fabricação de farinha, da fiação de telagens. Os homens jovens eram responsáveis pela defesa da tribo e expedições guerreiras e pela coleta dos alimentos na caça e na pesca, pela derrubada da mata e preparação da terra para o plantio, pela construção das canoas e armas, pela construção das casas, enquanto que os idosos, tanto homens quanto as mulheres ficavam sentados dando conselhos e passando aos mais jovens a sabedoria das tradições da tribo. Os índios usavam, a queimada para abrir espaços na mata que seriam usados para o cultivo de alimentos, esta prática denominada coivara é ainda muito utilizada no interior do Brasil.
Em relação à religião pode-se ressaltar que eles gostavam de rituais em que se comemorava a passagem de um grupo ou de um indivíduo da vida para a morte, além disto era comemorada a gestação, o nascimento, o casamento, a iniciação da vida adulta e outros acontecimentos. Eles não gostavam de acreditar em um deus supremo, preferiam cultuar em mitos, heróis e forças da natureza. Todas as crenças eram passadas de geração em geração. A medicina dos índios estava ligada à religião e o pajé era a pessoa mais sábia da tribo e era ele o elo de ligação entre a religião e os homens.
Os Tupis possuíam noções de astronomia pela observação das estrelas, da lua e do sol. Conheciam os hábitos dos animais, os locais que freqüentavam, as trilhas que percorriam nas matas e conheciam também as características dos frutos que usavam como alimentos. Possuíam conhecimento sobre as propriedades medicinais dos vegetais que usavam para curar doenças.
Os nativos da terra transmitiam o que sabiam através da palavra falada, apenas pela memória oral, não deixaram documentos escritos sobre sua história. Os primeiros colonizadores tentaram identificá-los dando nome a cada povo, mas criaram grande confusão, porque não conheciam bem as línguas faladas pelos índios e faziam registros confusos em relação ao grau de parentesco das diversas línguas provenientes do mesmo tronco. Das línguas faladas na costa Atlântica, o Tupinambá era predominante e foi a mais assimilada pelos franceses e portugueses.
FONTE : trecho do site : http://www.marcillio.com/rio/hifrtupi.html
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