DR. JOSÉ LUIZ CEMBRANELLI - Que realizou a 1 ª cirugia em Ubatuba -SP ( Foto arquivo Blog Ubatubenes)
A primeira cirurgia em Ubatuba Em 1949 aconteceu em Ubatuba a primeira cirurgia a luz de lampião e a paciente foi Dona Benedita de Novaes Serpa, mulher do fiscal sanitário do Posto de Saúde, o Sr. João Serpa Filho (Fifo). Ela foi vítima de uma apendicite aguda. O médico chefe do Posto de Saúde, na época, era o pernambucano sanitarista Dr. Eurico Ramos Amorim. A Santa Casa não tinha ferramenta para tal procedimento e mesmo que tivesse de nada adiantaria, porque o médico não era operador. Mas Dona Benedita teve muita sorte, neste dia estava em férias na cidade o provedor do Hospital Santa Izabel, de Taubaté, o médico operador Dr. José Luiz Cembranelli. O médico tinha casa de veraneio no largo da Matriz, a 150 m da Santa Casa, sendo imediatamente localizado pelo marido da paciente. Dr. Cembranelli se prontificou a fazer a cirurgia gratuitamente, mas disse que a sua maleta com as ferramentas estava no hospital em Taubaté. - Sê o Sr. autorizar eu vou buscar. Mediante a autorização, Joanito, colega do Fifo, se prontificou a buscá-la. O prefeito era o Dr. Alberto Santos, amigo da família, que emprestou o seu automóvel particular, um Dodge 1947. O motorista foi um dos irmãos Chius, o Tiziu, eram donos de alambique, fabricante da consagrada pinga Ubatubana. Enquanto isso, o Dr. Amorim ficou preparando a paciente. A operação, quando começou já era noite, como não tinha luz naquele momento, foi à base do lampião. Dona Dora, amiga da família, segurava um lampião em cada mão. Fifo, Joanito e Seu Trajano também. A operação foi um sucesso. Vinte anos depois, o médico auxiliar Dr. Amorim, veio a Ubatuba falar com o Joanito, para saber se a Dona Benedita tinha sobrevivido, tendo em vista que ela estava tão mal, que aquela operação era uma missão impossível. Dona Benedita faleceu dia 28-10-2010, aos 93 anos de idade. Outro dia, um dos simpatizantes do farmacêutico Seu Filhinho comentou na rádio Costa Azul sobre o acontecimento desta cirurgia e inseriu o farmacêutico nesse episódio, dizendo que tinha sido ele quem ficou preparando a paciente até a chegada do médico. Mas, para não restar dúvidas aos leitores da revista O Guaruçá fui falar com o filho da paciente, Sr. Joanilson (escrevente aposentado do Cartório de Notas), que desmentiu o fato. Seu Filhinho não estava lá. “Quem cuidou da minha mãe até a chegada do médico operador Dr. Cembranelli, foi o Dr. Eurico Ramos Amorim, médico sanitarista do Posto de Saúde de Ubatuba”. Prezados leitores, é claro que ele não estava lá, em primeiro lugar, ele não era enfermeiro, nem médico, era farmacêutico, dono de uma farmácia. Neste episódio Seu Filhinho não poderia estar ali, porque era inimigo político da família da paciente, do posto de saúde, do governador do Estado, e do prefeito. Jamais poria os pés dentro do Posto de Saúde, que funcionava no prédio da Santa Casa. Veja que os simpatizantes de plantão não perdem tempo, mas a mentira tem perna curta. [Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado IV - Anjos da saúde.] Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail parathecaliforniakid61@hotmail.com. |
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