Arquivo Nenê Velloso.........André Broca Filho, de Guaratinguetá (SP). Advogado, industrial, fazendeiro e comerciante. Foi prefeito, deputado estadual e federal por várias vezes.
Era da competência do Posto de Saúde, ao término das construções residenciais e comerciais, a expedição do Habite-se. Após o término da construção da residência do deputado André Broca Filho, na avenida Iperoig, o Dr. Amorim foi fazer a vistoria. Quando lá chegou, não viu no quintal sinas da construção da fossa séptica. Porém encontrou vestígios de uma valeta recém-aterrada, que saia do quintal e ia até o canteiro central da avenida Iperoig e dali seguia em sentido ao Rio Grande, na boca da barra.
Então ele seguiu o rastro da vala e... lá estava a boca da manilha, por onde seria despejado o esgoto da residência do deputado, direto no rio Grande. O médico pernambucano do sangue quente saiu indignado e falando aos quatro cantos da cidade que ia lacrar a residência do deputado mesmo que o prefeito não concordasse. Negou a expedição do Habite-se e, comunicando ao prefeito o motivo, disse:
- Se o Sr. não concordar, eu rasgo o meu diploma de médico em praça pública.
Se rasgou ninguém viu, só uma coisa é certa, não amanheceu na cidade.
Neste episódio, o prefeito Alberto Santos usou a mesma tática do seu opositor Seu Filhinho (desagradou o prefeito, era removido imediatamente), ex: sapo de fora aqui não chia, se chiar... sobe a serra no chicote! Anoitece e não amanhece na cidade! No caso do deputado Broca Filho, o prefeito Alberto Santos pediu sua remoção civilizadamente.
Diga-se de passagem, hoje tem muita gente precisando subir a serra no chicote.
Haja... chicote!!!
[Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado IV - Anjos da saúde.]
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