sábado, 18 de junho de 2011
Construindo o passado - 1964-2004 - 1/8...Esperando a futura Rio-Santos - BR-101 Nenê Velloso
Croqui.
Em meados de 1966, o prefeito Matarazzo, determinou ao Setor de Planejamento e Urbanismo (S.P.U.), sob o comando do topógrafo, Sr. Roberto Carlos Norris Nelsen, que fosse elaborado um projeto do Sistema Viário da Cidade. Ele havia recebido informações do Governo Federal, que em breve estaria passando por Ubatuba, uma rodovia ligando Rio de Janeiro a Santos e a cidade tinha que estar preparada. Diga-se de passagem, que o candidato Matarazzo, todas às vezes que nos comícios de campanha, falava que em breve seria construída uma rodovia que ligaria Rio de Janeiro a Santos, passando por Ubatuba, era logo vaiado.
E para proteger a cidade, de um futuro congestionamento que esta rodovia pudesse causar, projetamos o alargamento de todas as ruas do centro velho da cidade. Jogamos o trevo de entrada bem afastado do centro, no início da estrada para o Monte Valério, hoje subestação da Elektro, na Rodovia Oswaldo Cruz - SP-125. Depois, dividimos a cidade em 4 setores: 1º- Perequê-Açú, 2º- Cidade, 3º- Itaguá, 4º- Praia Grande, Tenório e Vermelha. Este projeto recebeu o nome de Planta do Sistema Viário da Cidade (Setor de vizinhança). Dentro dos 4 setores, selecionamos 8 locais, mais vulneráveis a congestionamentos.
O croqui mostra a rua D. João III terminando na rua Cunhambebe. Esse local chamava-se rua Nova e a invasão na projeção da rua só chamou atenção quando foram abertas as ruas do loteamento Jardim Umuarama. Para a sorte da cidade, o proprietário do loteamento era o Sr. Roberto Nelsen, topógrafo e homem de visão. Ignorando este estrangulamento, seguiu a projeção da rua D. João III, apesar de o Jardim Umuarama ter sido aprovado por volta de 1954. 40 anos depois, neste local continua tudo igual, mas, com um agravante, as casas que eram rústicas foram reformadas e ampliadas, recebendo acabamento de primeira, e algumas devidamente aprovadas pela prefeitura.
A expansão da cidade só aconteceu no início do governo Matarazzo. Quando ingressei na prefeitura em 1965, devidamente concursado e aprovado no cargo de desenhista estava nascendo o SPU - Setor de Planejamento e Urbanismo, sob o comando do competente topógrafo Roberto Nelsen, homem de confiança do prefeito. Exerci varias funções relativas ao meu cargo. No governo Matarazzo acumulei o cargo de chefe dos fiscais de obras públicas, no governo seguinte (Dr. José Alberto dos Santos) fui chefe dos serviços de cadastramento de imóveis e revisão e atualização da planta genérica de valores de imóveis; e no governo Basílio, chefe do SAE - Serviço Autônomo de Águas e Esgotos da prefeitura, hoje SABESP.
Dos 10 sucessores de Matarazzo, nenhum se preocupou com a malha viária da cidade, e muito menos os engenheiros, que se limitaram apenas em aprovações de plantas, como se o trânsito da cidade fosse só aéreo. Agora, o jovem prefeito Eduardo César, 11º sucessor de Matarazzo, é a nossa nova esperança para rever este projeto primordial para a cidade, elaborado há 40 anos atrás. Sem uma malha viária ampla e eficiente, não vamos a lugar nenhum. EM PRIMEIRO LUGAR: MALHA VIÁRIA, depois o resto. É assim que se faz.
E 40 anos depois... Nada mudou, tudo piorou
fonte site : http://www.ubaweb.com/
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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