Ferdinand Denis. Dance guerriére de religieuse de tupinambas. Acervo digital da biblioteca Nacional.
Na gravura de Ferdinand Denis aparece de maneira nítida a importância da guerra e sua ligação íntima com o mundo espiritual. Os três pagés ao centro agitam seus maracás e defumam os guerreiros com fumaça do pettyn[3] no espaço central da aldeia. Percebe-se que a lógica do ritual descrito na imagem é de preparo para a guerra anterior a cauinagem e de que nenhuma mulher é representada na dança que parece se resume a movimentos circulares.
Todos os tupinambás utilizam como adorno um fecho de penas de aves, porém retiradas como afirmou Léry de outras regiões, pois estas penas eram muito maiores, o que é um indício não muito claro de troca entre gêneros entre culturas diferentes.
No terreiro, além dos tradicionais presságios, preparação do cauim e rituais antropofágicos, ocorriam os enterros dos mortos com o que sugere a próxima imagem, a participação de membros da mesma maloca.
No terreiro, além dos tradicionais presságios, preparação do cauim e rituais antropofágicos, ocorriam os enterros dos mortos com o que sugere a próxima imagem, a participação de membros da mesma maloca.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/20460/1/A-IMPORTANCIA-DOS-ESPACOS-PARA-OS-TUPINAMBAS/pagina1.html#ixzz1LxIMUb1D
Ferdinand Denis. Funeráilles des tupinambas. Acervo digital da biblioteca nacional
Assim o terreiro é espaço de eventuais reuniões, mas também é um espaço para o isolamento, no caso dos funerais; é um ambiente das rotineiras festas e local onde os cadáveres são defumados e enterrados. O local escolhido para o sepultamento é o ponto mais próximo dos ancestrais, onde estes se fazem presentes vez ou outra nos transes dos adivinhos.
Quanto a uma característica bem peculiar a gravura traz um índio, provavelmente um parente sacudindo um maracá próximo a outro nativo moribundo, o que sugere que tais cerimônias eram independentes a influência do Page, presente na maior parte das representações em ocasiões festivas. A imagem ainda ressalta a imagem do maracá como divindade observada pelos brancos, como analisou Vainfas (1995) a respeito das santidades.
Assim a divisão dos espaços obedece a seguinte lógica: a maloca é a menor unidade hierarquizada no grupo local agindo de maneira autônoma na maior parte das vezes,comunicando-se com os demais indivíduos de outras em atividades guerreiras ou em práticas mágico-religiosas,criando laços mais fortes do que muitas vezes os do parentesco.O terreiro ambiente de interação por vezes cede seu espaço as necessidades de determinada maloca,exemplificado no funeral.
FERNANDES, Florestan. Organização Social dos Tupinambá.2a Edição revista e ampliada.Difusão Européia do Livro, São Paulo,1963.
FUJIMOTO, Juliana. A leitura Tupinambá da alteridade: o mito sobre a origem da guerraTexto apresentado no XXIV Simpósio Nacional de História, São Leopoldo RS,
Seminário Temático Os Índios na História: Fontes e Problemas, 15-20 de julho de 2007
LÉRY, Jean de. Viagem á Terra do Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1960
STADEN, Hans. Viagem ao Brasil – Versão do texto de Marpurgo, de 1557. Rio de Janeiro: Officina Industrial Graphica, 1930
THÉVET, André. La Cosmographie Universelle. Paris: Guillaume Chaudiere, 1575
Imagens
Denis, Ferdinand. Acervo Iconográfico Digital da Biblioteca Nacional. Disponível em:
http://catalogos.bn.br/scripts/odwp032k.dll?t=xs&pr=fbn_dig_pr&db=fbn_dig&use=kw_livre&disp=list&sort=off&ss=new&arg=viajantes
[3] Segundo Staden, variedade de tabaco nativa da América. Léry ainda enfatiza o fato de não ser a mesma planta cujo consumo foi difundido por Nicot.
Quanto a uma característica bem peculiar a gravura traz um índio, provavelmente um parente sacudindo um maracá próximo a outro nativo moribundo, o que sugere que tais cerimônias eram independentes a influência do Page, presente na maior parte das representações em ocasiões festivas. A imagem ainda ressalta a imagem do maracá como divindade observada pelos brancos, como analisou Vainfas (1995) a respeito das santidades.
Assim a divisão dos espaços obedece a seguinte lógica: a maloca é a menor unidade hierarquizada no grupo local agindo de maneira autônoma na maior parte das vezes,comunicando-se com os demais indivíduos de outras em atividades guerreiras ou em práticas mágico-religiosas,criando laços mais fortes do que muitas vezes os do parentesco.O terreiro ambiente de interação por vezes cede seu espaço as necessidades de determinada maloca,exemplificado no funeral.
REFERÊNCIAS
CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Forense Universitária. Rio de Janeiro. 2000. Segunda Edição.FERNANDES, Florestan. Organização Social dos Tupinambá.2a Edição revista e ampliada.Difusão Européia do Livro, São Paulo,1963.
FUJIMOTO, Juliana. A leitura Tupinambá da alteridade: o mito sobre a origem da guerraTexto apresentado no XXIV Simpósio Nacional de História, São Leopoldo RS,
Seminário Temático Os Índios na História: Fontes e Problemas, 15-20 de julho de 2007
LÉRY, Jean de. Viagem á Terra do Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1960
STADEN, Hans. Viagem ao Brasil – Versão do texto de Marpurgo, de 1557. Rio de Janeiro: Officina Industrial Graphica, 1930
THÉVET, André. La Cosmographie Universelle. Paris: Guillaume Chaudiere, 1575
Imagens
Denis, Ferdinand. Acervo Iconográfico Digital da Biblioteca Nacional. Disponível em:
http://catalogos.bn.br/scripts/odwp032k.dll?t=xs&pr=fbn_dig_pr&db=fbn_dig&use=kw_livre&disp=list&sort=off&ss=new&arg=viajantes
[3] Segundo Staden, variedade de tabaco nativa da América. Léry ainda enfatiza o fato de não ser a mesma planta cujo consumo foi difundido por Nicot.
[2]Parati, tainha
Marcio Renato Marques
acadêmico do terceiro ano de História da Faculdade Estadual de Filosofia,Ciências e Letras de União da Vitória (FAFIUV).Ler outros artigos de Ma
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/20460/1/A-IMPORTANCIA-DOS-ESPACOS-PARA-OS-TUPINAMBAS/pagina1.html#ixzz1LxJ1x14v
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/20460/1/A-IMPORTANCIA-DOS-ESPACOS-PARA-OS-TUPINAMBAS/pagina1.html#ixzz1LxIdlnfp
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