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Os portugueses romperam o acordo de pacificação que durou pouco mais de um ano, sujeitando ao trabalho escravo os índios. A guerra começou justamente onde tinha terminado, em Iperoig coma invasão dos das duas aldeias de Coaquira, morto o velho guerreiro, levaram os sobreviventes ao cativeiro. Depois acabaram com os redutos de Araraí também morto na devastação. Brás Cuba agora escravizava não só em função de suas fazendas e engenhos, mas também para expedições de garimpagem de ouro nos sertões.
Os interesses de José de Anchieta mudam no decorrer do tempo, conforme as próprias políticas circunstanciais da Coroa, principalmente a respeito daquilo que seria o patrimônio territorial, incluindo nesse sentido os índios, radicalmente contra a dominação lusitana.
Men de Sá, governador do Brasil que veio da Bahia para reforçar seu sobrinho Estácio de Sá, ao comando das operações de extermínio dos confederados, convencido de liquidar o poder dos Tamoio em favor da Coroa, o padre da companhia de Jesus, cuja missão era a evangelização e pacificação dos índios, adoçou a situação dramática de Rio de Janeiro, insuflando o governador geral sobre a carnificina de portugueses e, na hora do acerto de contas, assumiu o lugar de soldado, lutando no campo de batalha. Esta imagem de apóstolo das cruzadas contrasta com a visão de Celso Vieira, autor já citado que o coloca como um arauto da paz de Iperoig. A esquadra de Men de Sá chegou à Bahia de Guanabara o dia 8 de janeiro de 1567, com 3 galeões vindos de Lisboa, 2 navios de guerra bem armados. Diante de tal poderio, Aimberé intuiu a derrota inevitável e facilitou as coisas para os franceses e aliados que se mantinham fieis aos propósitos originais da Confederação.
O sacerdote soldado sonha com São Sebastião, o padroeiro do Rio – “o mata índios”, assim como Santiago “mata mouros”. Após o fatídico 19 e 20 de janeiro de 1567, os portugueses dão fim a essa cruzada, celebrando o triunfo com as louvações do jesuíta. Anteriormente, José de Anchieta e Manuel da Nóbrega tinham sido convocados pelo Governador Geral da Bahia, para negociar com os rebeldes Tamoio, um Tratado de Paz no cenário de Iperoig.
Os Tamoio não cederam a essa quebra do tratado. Men de Sá entra com todo o poder de fogo e Anchieta toma partido contra os índios que em outro momento foram “os filhos da terra”.
FONTE : Livro UBATUBA, ESPAÇO, MEORIA E CULTURA - EDITADO EM 2005
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