Já passará mais de cem anos do inicio da colonização portuguesa no
Brasil, mas a Coroa Portuguesa ainda não tinha tomado em definitivo a
posse de suas terras. Para que isso ocorresse era necessárias e foram
realizadas várias tentativas de penetrações no território brasileiro
por parte de estrangeiros , estes também interessados na posse de
áreas , as quais fornecessem as riquezas necessárias ao emergente
capitalismo comercial.
Uma das soluções encontradas pela Coroa Portuguesas foi conceder
sesmarias a cidadãos portugueses, o que, alem de economicamente mais
viável, iria garantir a posse da terra. Assim, foram aparecendo
diversas ocupações na metade do século XVII, dentre as novas Vilas que
surgiram, esta entre elas a Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do
salvador de Ubatuba. Desde o surgimento desta Vila, algumas famílias
começam a se radicar nas áreas doadas pela herdeira da capitania de
São Vicente , a Condessa de Vimieiro.
Ubatuba não foge a regra, sendo uma sesmaria doada a Dona Maria Alves,
sogra de Jordão Homem Albernaz da Costa, que foi o fundador da então
Vila. Tal política era incentivada pelo então Governador do Rio de
janeiro, salvador Correa de Sá e Benevides, em cujo governo se dá a
elevação de Ubatuba a categoria de Vila, em 28 de outubro de 1637.
A Vila , desde seu surgimento até meados do século XVIII, conhecera
pouco crescimento e a sua economia era baseada na subsistência.
Somente a partir da segunda metade do século XVIII, com o aumento da
produção do ouro nas Minas Gerais, é que o comercio interno da Colônia
(Brasil) ganha nova dimensão. Nessa época Ubatuba articula-se com
Minas no comércio de açucar, aguardente, farinha de mandioca, anil,
fumo e pescado salgado.. Essas atividades principalmente as ligadas ao
comercio açucareiro, serviram para alterar a forma de vida da então
vila.
A Câmara local passa a fazer reivindicações, a vila cresce e um
pequeno comércio entre Ubatuba e o Rio de Janeiro começa a se
desenvolver . Este comércio, embora no início reduzido, assume aos
poucos um papel de suma importância dentro dos quadros econômicos da
região, prioncipalmente , quando os interesses da capitania de São
paulo estão em jogo.
O relacionamento próximo entre a vila paulista de Ubatuba e no Rio de
Janeiro estava em desacordo com a política desenvolvida pelo então
governador da capitania de São Paulo. O capitão-mor representante de
São Paulo, Bernardo José de Lorena, proibiu o comércio entre as vilas
da capitania com qualquer outro porto, exceto o de Santos.
Essa proibição ocasionou um choque para a produção açucareira local,
já que os preços oferecidos pelos santistas eram menores , muito
menores referente aos oferecidos pelos cariocas. Gerou-se um
desinteresse por parte dos produtores , acarretando-se assim uma queda
brusca na produção.
Esse monopólio comercial do porto de Santos só foi alterado com a
chegada da família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, com sua
política de Abertura dos Portos.
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