domingo, 2 de janeiro de 2011

GRANDES UBATUBAENSES..... ZÉ PEDRO , da Picinguaba....


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“Seu” Zé Pedro, como é conhecido lá pelas bandas de Picinguaba, orgulha-se em contar que é descendente de escravos e que mora por lá há mais de setenta anos.
Criou filhos, netos e ainda vive da cultura de subsistência, produzindo farinha de mandioca e vendendo uma pequena quantidade para turistas e moradores da região. Por estar dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, não pode desmatar para ampliar a área de plantio, impossibilitando a produção em grande escala.
A antiga fazenda está situada a 3 quilômetros da BR-101 – Rio Santos – no Núcleo Picinguaba, um projeto de manejo, em conjunto com a comunidade de pescadores que residem nas cercanias, valorizando a cultural e a conservação ambiental.


Quem visita o bucólico local, tem a impressão de que viajou no tempo e aterrissou no século XIX. Erguidas com lisas pedras do riacho e com madeiras de lei, a construção abriga o moinho, cercado pela floresta natural e pelo contínuo som da água que o move.

Por sua localização estratégica, Ubatuba possibilitava um bom comércio mercantil, acessando o transporte de mercadorias para o alto do continente, nas de trilhas que surgiam.
Com a produção de cana, açúcar e aguardente, a riqueza aflorou e a importação de máquinas da Inglaterra tornou-se corriqueira.
Por volta de 1885, o antigo proprietário da fazenda, Capitão Firmino, trouxe para o Brasil o engenho, pretendendo produzir fubá, açúcar e aguardente. E o fez por vários anos, mas, hoje, está restrito à produção de farinha de mandioca para subsistência.
Cercada pela mata virgem, esconde trilhas, “poções” de águas geladas e corredeiras imensas, o que permite ao visitante, usufruir muito daquele pedaço do paraíso.
Uma das famosas trilhas desativadas, mas que ainda pode ser percorrida, desde que acompanhado por um guia, é a “trilha da Fazenda Paraty”, que sai de Picinguaba e atravessa a mata virgem até chegar em Paraty.
A história, contada por quem parece que saiu dela e passada através de gerações, vem se preservando, graças a pessoas como seu “Zé Pedro”.  Indo por lá, não deixe de dar uma “palhinha de prosa” com ele, vale a pena!


FONTE :  www.ubatubaemrevista.com.br


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