CHEGAM OS BRANCOS...
Embora o Brasil tenha sido descoberto em 1500 e em capitanias hereditárias e doadas pelo rei Dom João III, no inicio da colonização, os colonizadores portugueses não se ocuparam o território desses índios. Martin Afonso de Souza fundou a primeira Vila numa área posterior a dos indígenas, a Vila de São Vicente , localizada na capitania que levava o mesmo nome.
No início os portugueses procuraram manter certa distância desses povos. Mas devido a inúmeras razões, entre elas: interesse em ampliar a produção de cana-de-açucar; a preocupação com a posse de seus domínios; a cobiça de outros povos (franceses); e a necessidade de mão de obra, impõem o confronto com os habitantes da terra ( nesse caso os tupinambás).
O territorio era dominado pelos Tupinambás, a paz já não existia. Outros personagens e outros povos também participaram e tiveram sua importância nesse capitulo da nossa história, da história da nossa região.
Os franceses com problemas em seu pais, procuraram novos territórios. Aqui no Brasil colonial já tinham uma relação de troca de mercadorias, com os índios, sem dificuldades ocuparão um território perto de uma aldeia Karioka, onde hoje temos o Rio de Janeiro. Sob o comando por Nicolas Durand Villegaignon e apoiados pelo rei francês Henrique II, ali se instalaram criando um forte e denominado de França Antártica.
Hans Staden, nascido na antiga Prússia , hoje Alemanha, contrato pelos portugueses de São Vicente para participar da segurança no forte de Bertioga, acabou prisioneiro dos índios tupinambás, escreveu um livro que retratava o modo de vida indígena, o qual recebeu o nome Duas Viagens ao Brasil. Neste livro vemos como era o modo de pensar e de viver dos índios dessa região ,na época em que os europeus aqui chegaram..
Outra história importante de nosso País foi o a briga na disputa entre os habitantes nativos , os Tupinambás e os portugueses recém chegados, culminando em 1563 com a “ Confederação dos Tamoios “. Esse movimento foi liderado pelos Tupinambás , embora tivesse a participação de outras tribos.
Do lado dos índios , cada aldeia tinha um chefe, na região de Ubatuba por exemplo era Coaquira. Pindobusu chefiava uma aldeia na região onde hoje fica Paraty e Angra dos reis,a liderança numa parte de Angra dos reis e Mangaritiba, era de Cunhambebe, enquanto no atual Rio de janeiro Aimberê era líder. Uma vez organizada a Confederação teve como chefe Cunhambebe, a quem todos os índios em guerra aos brancos obedeciam cegamente. Nesse episódio de nossa história temos a participação dos padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, os quais estavam a favor dos portugueses. Da Vila de São Paulo, os jesuítas viajaram para o litoral, mais precisamente para a Aldeia de Iperoig, onde hoje fica Ubatuba, tinha um encontro com Coaquira. A definição para o diálogo com essa liderança não foi por acaso, já que Anchieta conhecia Coaquira ao qual já tinha prestados alguns serviços
Com seu conhecimento de medicina.
Durante a viagem pararam na Ilha de São Sebastião (Ilha Bela) não apenas para o abastecimento de água, descanso ou pernoite, mas com um objetivo claro de garantir sucesso na sua empreitada, os jesuítas estudaram o melhor dia para chegarem aldeia de Iperoig. Eles seguiam o calendário religioso com atenção, pretendiam alcançar seu destino num momento para eles todo especial , 33 de maio, dia de São Tiago, e também da invenção da Santa Cruz ( que seria o nome de Ubatuba mais tarde).
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