A primeira Sessão da Câmara de Vereadores, dia 9, que o vereador Andrade Henrique dos Santos presidiu após ter sido prefeito interino por mais de quatro meses, foi bastante concorrida.
Questionado se vai concorrer a reeleição, respondeu que está em campanha para vereador com Paulo Ramos e Moralino, ambos do PFL, desde o dia em que entregou o cargo para o prefeito Zizinho, pois até então não sabia quando sairia.
A reportagem do jornal A Semana esteve presente e entrevistou o edil.
A Semana :- Como você viu esses quatro meses à frente da Administração pública?
Andrade Henrique :- Realmente, é um trabalho que quem nunca foi prefeito não consegue avaliar. Foram quatro meses de luta. O prefeito é muito cobrado, e com todo direito, porque foi eleito e tem a responsabilidade de corresponder à expectativa.
Então, ele pode transmitir essa responsabilidade para os eleitores através do trabalho. Assim, posso dizer que saí glorioso de lá, sentindo que trabalhei.
AS: - Então, você julga que foi uma experiência muito boa em sua vida?
AH : - A melhor universidade, equivalente a umas dez faculdades.
AS :- Tem alguma coisa de ruim nessa experiência?
AH :- Não para mim, pois o político jamais poderá achar que a vida dele é ruim; ele tem que atender o povo e se ligar nele. Quando achar que a minha profissão não está boa, pura e simplesmente eu largo minha vida política e pública.
AS :- O que você acha que acertou e o que errou dentro da administração?
AH :- No pouco tempo que fiquei lá, procurei só acertar. Agora, só afastado para ter um pouco mais de reflexão, para ver o que errei. Só deu para saber o que acertei. Eu trabalhei para acertar e todo mundo viu meu trabalho. Lógico, que nesse mundo qualquer um erra. Até o Presidente da República erra, imagina o prefeito. Quem trabalha, erra. Se o cara ficar o dia todo dentro de casa, ele só erra pelo art.º 59 do Código Penal, que é vadiagem.
AS :- Existe uma acusação de várias contratações, até ilegais, feitas na sua administração. É verdade?
AH :- Jamais poderá haver contratação ilegal, porque todas as contratações assinadas pelo prefeito, passam por quem tem crédito legal administrativo. Em 99, o cenário da cidade era um e, em 2.000, com a municipalização do ensino, precisou-se de mais professores e merendeiras. A cidade também cresceu em outras áreas e outras secretarias também precisaram de funcionários. Todas as contratações foram necessárias e a pedido dos secretários.
AS: - E a história dos cheques que foram extraviados no último dia do seu governo?
AH :- Um assessor retirou um talonário do Banco do Brasil e não reparou se já vieram faltando três folhas de cheques, em branco e sem assinatura. Notada a falha, foram tomadas as medidas corretas: foram sustados os cheques e foi feito um boletim de ocorrência. O Zizinho também tomou a medida administrativa, que foi fazer uma sindicância para apurar os fatos.
AS :- Alguém que foi assessor seu na prefeitura vem para a Câmara Municipal?
AH :- O Anderson era meu assessor, foi para a prefeitura comigo e retornou comigo. Quanto ao resto, a Câmara tem um limite de funcionário para contratar e só admitimos o necessário. O cabide de emprego dentro do setor público foi realidade durante muitos anos, eu sei disso.
AS :- Qual é o seu recado?
AH: - Gostaria de agradecer todos os meus amigos, a imprensa em geral, os meus secretários, todos os funcionários da prefeitura, do escalão mais simples até o superior, e a população de Ubatuba pela força que me deram. Estou na Câmara Municipal no horário de expediente, de segunda à sexta-feira, ou estou na minha casa à disposição do povo.Andrade Henriq |
Nenhum comentário:
Postar um comentário