Esta semana começaram as gravações do filme Desmundo, sob a direção de Alan Fresnot. A vila cenográfica foi construída no Puruba, bem como toda a infra-estrutura. A Prefeitura Municipal está colaborando com a produção e a Guarda Municipal mantém um efetivo de 12 homens para a segurança do local.
O roteiro é uma adaptação do livro de mesmo nome de Ana Miranda, escrito todo na primeira pessoa, e a sua elaboração é de Sabina Anzuateg e do diretor Fresnot.
A equipe de reportagem deste semanário esteve na vila cenográfica, local inicial das filmagens, pois ainda tem o engenho montado no Sertão do Ubatumirim e locação em praias para a chegada da nau capitânia, a qual trará Oribela, principal personagem feminina, interpretada pela atriz global Simone Spoladore.
A Semana:- Seu último trabalho na TV foi Os Maias e aqui você interpreta uma personagem do século 16, dois trabalhos de época. O que representa para você, tão jovem, interpretar personagens tão marcantes?
Simone Spoladore: É uma responsabilidade e um desafio. É uma busca constante de me aproximar daquela atmosfera. Uma menina portuguesa vem para cá e encontra esse “Desmundo”. O que ela sente? Para mim, ela fica invadida por tudo que é diferente: cheiros, temperatura, cores, animais, pessoas mas tudo isso causa-lhe uma grande transformação e ela terá que lidar com essas novidades.
AS:- O que é para você filmar em Ubatuba?
SS:- Nossa, fiquei impressionada com a cidade. Estou adorando. Estamos hospedados em uma pousada na praia do Félix com um pessoal maravilhoso. É uma bênção acordar e olhar para aquele mar lindo, clarinho. Está sendo maravilhoso.
AS:- Quanto tempo você ficará em nossa cidade?
SS:- Até 8 de julho, mais de dois meses, e só com um dia de folga por semana, que quero aproveitar muito para conhecer melhor a cidade e suas praias.
AS:- Sua mensagem aos nossas leitores.
SS:- Espero que eles assistam ao filme e se emocionem, pois estamos fazendo em belo trabalho.
Vários são os personagens deste filme e um deles é interpretado por Caco Ciocler, que fará o Ximeno com quem Oribela irá se socorrer. Conversamos também com o ator Caco Ciocler.
AS:- O que representa para você gravar em Ubatuba um filme de época?
Caco Ciocler:- É fascinante, por ter um afastamento do cotidiano o que facilita embarcar na “viagem” devido aos figurinos e cenários. Aprendemos na escola o que era o Brasil a partir do descobrimento mas tem toda uma história anterior. Está sendo bacanérrima esta oportunidade. A arte foi fiel em suas pesquisas, bem com o figurino, e tudo isso é um aprendizado.
AS:- Quem é o Ximeno?
CC:- Ele é um cristão novo que fugiu da Espanha pela Santa Inquisição. Vem parar no Brasil assim como várias pessoas que fogem de alguém ou de alguma coisa; é um pessoal bem barra pesada. O Ximeno se dá bem e se torna um comerciante, que por obra do destino acaba se encontrando com a Oribela, que foge do casamento com Francisco, lhe dá guarida e acaba rolando uma relação bem complexa.
AS:- Você já teve oportunidade de dar um giro pela cidade, que é parte integrante da história?
CC:- Pelo pouco que pude ver, é de uma beleza estonteante e fico imaginando a chegada dos portugueses. Eles devem ter ficado enlouquecidos. Nós devemos aprender a valorizar estas belezas.
AS:- Como é o seu laboratório para gravar novela e filme ao mesmo tempo? É difícil?
CC:- É necessário concentrar-se naquele personagem. Na novela, o personagem foi elaborado há mais de cinco meses e eu tenho domínio da linguagem, das relações e seus conflitos. Quando comecei a filmar, essa parte de laboratório já estava resolvida. É lógico que sempre pinta alguma coisa na hora, mas você já está imbuído do seu personagem. Só seria complicado se os dois estivessem acontecendo ao mesmo tempo.
AS:- Qual a sua mensagem final?
CC:- Com relação ao filme é que ele fala de amor, basicamente de relacionamento humano. Hoje tudo é via Internet, não mais existindo o cara-a-cara e para mim é o que está faltando.
Durante as filmagens, mais de 160 índios de diferentes tribos são acompanhados pelo ator Darci Figueiredo que tem mais de quinze anos de experiência no trato com os, segundo ele, “verdadeiros brasileiros”. Nas próximas edições, traremos maiores detalhes sobre a atuação deles.
Para finalizar, o diretor Alan Fresnot também foi entrevistado, ao término das gravações da última quarta-feira, dia 2.
AS:- O que significa para um cineasta produzir um filme de época em Ubatuba?
Alan Fresnot:- Filme de época é sempre complicado e um que se passa no século XVI é mais ainda, porque os vestígios arquitetônicos e culturais são quase nenhum. A vantagem da escolha de Ubatuba é em relação a Mata Atlântica, que é muito conservada e bem protegida.
AS:- Qual é a estória do filme?
AF:- É a estória de Oribela, uma das quinze ou vinte adolescentes que são trazidas de Portugal, a pedido do Pe. Manoel da Nóbrega, e que não sabe o porquê da vinda.
AS:- Quem são os atores?
AF:- Francisco será interpretado por Osmar Prado; Oribela, por Simone Spoladore; o Ximeno é o Caco Ciocler e várias participações especiais como Beatriz Segal, Cacá Rosset, Berta Zemel, os Parla-patões, um ator português que fará o papel de governador e mais algumas surpresas.
AS:- Qual a duração das filmagens e quando será o lançamento?
AF:- A princípio, devemos filmar até 07 de julho, pois temos filmagens na vila cinematográfica, no engenho, as cenas de praia e um grande circo armado. O lançamento deverá ocorrer no primeiro semestre de 2002.
A equipe de reportagem deste semanário esteve na vila cenográfica, local inicial das filmagens, pois ainda tem o engenho montado no Sertão do Ubatumirim e locação em praias para a chegada da nau capitânia, a qual trará Oribela, principal personagem feminina, interpretada pela atriz global Simone Spoladore.
A Semana:- Seu último trabalho na TV foi Os Maias e aqui você interpreta uma personagem do século 16, dois trabalhos de época. O que representa para você, tão jovem, interpretar personagens tão marcantes?
Simone Spoladore: É uma responsabilidade e um desafio. É uma busca constante de me aproximar daquela atmosfera. Uma menina portuguesa vem para cá e encontra esse “Desmundo”. O que ela sente? Para mim, ela fica invadida por tudo que é diferente: cheiros, temperatura, cores, animais, pessoas mas tudo isso causa-lhe uma grande transformação e ela terá que lidar com essas novidades.
AS:- O que é para você filmar em Ubatuba?
SS:- Nossa, fiquei impressionada com a cidade. Estou adorando. Estamos hospedados em uma pousada na praia do Félix com um pessoal maravilhoso. É uma bênção acordar e olhar para aquele mar lindo, clarinho. Está sendo maravilhoso.
AS:- Quanto tempo você ficará em nossa cidade?
SS:- Até 8 de julho, mais de dois meses, e só com um dia de folga por semana, que quero aproveitar muito para conhecer melhor a cidade e suas praias.
AS:- Sua mensagem aos nossas leitores.
SS:- Espero que eles assistam ao filme e se emocionem, pois estamos fazendo em belo trabalho.
Vários são os personagens deste filme e um deles é interpretado por Caco Ciocler, que fará o Ximeno com quem Oribela irá se socorrer. Conversamos também com o ator Caco Ciocler.
AS:- O que representa para você gravar em Ubatuba um filme de época?
Caco Ciocler:- É fascinante, por ter um afastamento do cotidiano o que facilita embarcar na “viagem” devido aos figurinos e cenários. Aprendemos na escola o que era o Brasil a partir do descobrimento mas tem toda uma história anterior. Está sendo bacanérrima esta oportunidade. A arte foi fiel em suas pesquisas, bem com o figurino, e tudo isso é um aprendizado.
AS:- Quem é o Ximeno?
CC:- Ele é um cristão novo que fugiu da Espanha pela Santa Inquisição. Vem parar no Brasil assim como várias pessoas que fogem de alguém ou de alguma coisa; é um pessoal bem barra pesada. O Ximeno se dá bem e se torna um comerciante, que por obra do destino acaba se encontrando com a Oribela, que foge do casamento com Francisco, lhe dá guarida e acaba rolando uma relação bem complexa.
AS:- Você já teve oportunidade de dar um giro pela cidade, que é parte integrante da história?
CC:- Pelo pouco que pude ver, é de uma beleza estonteante e fico imaginando a chegada dos portugueses. Eles devem ter ficado enlouquecidos. Nós devemos aprender a valorizar estas belezas.
AS:- Como é o seu laboratório para gravar novela e filme ao mesmo tempo? É difícil?
CC:- É necessário concentrar-se naquele personagem. Na novela, o personagem foi elaborado há mais de cinco meses e eu tenho domínio da linguagem, das relações e seus conflitos. Quando comecei a filmar, essa parte de laboratório já estava resolvida. É lógico que sempre pinta alguma coisa na hora, mas você já está imbuído do seu personagem. Só seria complicado se os dois estivessem acontecendo ao mesmo tempo.
AS:- Qual a sua mensagem final?
CC:- Com relação ao filme é que ele fala de amor, basicamente de relacionamento humano. Hoje tudo é via Internet, não mais existindo o cara-a-cara e para mim é o que está faltando.
Durante as filmagens, mais de 160 índios de diferentes tribos são acompanhados pelo ator Darci Figueiredo que tem mais de quinze anos de experiência no trato com os, segundo ele, “verdadeiros brasileiros”. Nas próximas edições, traremos maiores detalhes sobre a atuação deles.
Para finalizar, o diretor Alan Fresnot também foi entrevistado, ao término das gravações da última quarta-feira, dia 2.
AS:- O que significa para um cineasta produzir um filme de época em Ubatuba?
Alan Fresnot:- Filme de época é sempre complicado e um que se passa no século XVI é mais ainda, porque os vestígios arquitetônicos e culturais são quase nenhum. A vantagem da escolha de Ubatuba é em relação a Mata Atlântica, que é muito conservada e bem protegida.
AS:- Qual é a estória do filme?
AF:- É a estória de Oribela, uma das quinze ou vinte adolescentes que são trazidas de Portugal, a pedido do Pe. Manoel da Nóbrega, e que não sabe o porquê da vinda.
AS:- Quem são os atores?
AF:- Francisco será interpretado por Osmar Prado; Oribela, por Simone Spoladore; o Ximeno é o Caco Ciocler e várias participações especiais como Beatriz Segal, Cacá Rosset, Berta Zemel, os Parla-patões, um ator português que fará o papel de governador e mais algumas surpresas.
AS:- Qual a duração das filmagens e quando será o lançamento?
AF:- A princípio, devemos filmar até 07 de julho, pois temos filmagens na vila cinematográfica, no engenho, as cenas de praia e um grande circo armado. O lançamento deverá ocorrer no primeiro semestre de 2002.
FONTE : Jornal A SEMANA
Publicação Semanal - Edição 130 - Ubatuba, 05 Maio de 2001
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