segunda-feira, 2 de agosto de 2010

UBATUBA 2001.....Sem-teto invade áreas em bairro de Ubatuba

Pelo menos 200 famílias decidiram ocupar áreas públicas e particulares em busca de lote de terra

Mara Cirino
Ubatuba
Mais de 200 famílias de sem-teto invadiram áreas públicas e particulares no Jardim Carolina, periferia de Ubatuba. A maioria diz que viu a movimentação no local e resolveu garantir um lote. Os donos da área estão entrando com pedido de reintegração de posse.

A área invadida fica ao longo da estrada do Monte Valério e segundo estimativa da Polícia Militar é de que 30 hectares.



"A lei aqui é esta. Chegou, limpou e cercou o terreno, ninguém mais pode entrar", disse Ilma Teles, 28 anos, que está limpando uma área junto com o irmão.

As invasões começaram na semana passada e ganharam força no final de semana quando aumentou a procura por uma área. A informação sobre o local foi passando de boca em boca.

Jorge Amaro, 28 anos, pai de dois filhos, disse que estava andando pela estrada quando viu a movimentação. "Fiquei sabendo que o prefeito Paulo Ramos havia liberado a área para as famílias carente e estou procurando um lugar para levantar meu barraco."

Alguns dos invasores estão dormindo em barracas de plástico ou de madeira para não perderem o lugar. A aposentada Benedita Juliano de Araújo, 58 anos, disse que está com as mãos machucadas de tanto carpir o terreno e montar a barraca.

"Estou fazendo esse serviço para meu irmão que não tem mais condições de pagar aluguel, mas não pode abandonar o serviço de catador de latinha."

O pagamento de aluguel é a principal explicação da maioria dos invasores para buscar um pedaço de terra na área invadida.
OUTRO LADO - O secretário municipal de Obras de Ubatuba, Andrade Henrique dos Santos, disse ontem que não houve nenhuma autorização para a ocupação da área e que as 16 famílias que estão na área pública terão que sair. "Estamos aguardando apenas a liminar da Justiça."
Com relação às outras famílias que estão em área particular o secretário Andrade Henrique dos Santos disse que a prefeitura não pode fazer nada.

Um dos proprietários da área invadida, Domingos Chieus Filho, 75 anos, disse que está entrando com a reintegração de posse dos lotes. "Eu pago o Incra todos os anos e a terra não está abandonada", reclamou.

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