segunda-feira, 30 de agosto de 2010

GRANDES UBATUBENSES.....: BIMBA

Bimba

Perspicaz, inteligente, espirituoso. Gozador, sempre. Não poucas vezes, fazia-se discreto, fino. Vinte e quatro horas no ar. E mais um gole prô santo.
Sabia dos fatos, fofocas, conversas-fiadas, das maledicências que vagavam pelos papos vadios da cidade esquina a fora.
Nas aglomerações que gravitavam em torno de "grandes acontecimentos" era plantão obrigatório, metendo o bedelho, abrindo sorrisos, escancarando risos.




Invariavelmente rodava e rondava as rodas de conversas que freqüentavam o burburinho da província. Todo perú glú-glú-glú, estufava o peito e liberava forte um sonoro TUFO!!! envenenado de ironia, se ouvisse algo que contrariasse seu bom senso.
Certa vez queria porque queria mudar o nome da boa e famosa pinga Ubatubana. Achava que devia se chamar simplesmente, Bimba. Para tanto, fazia propaganda nesse sentido, cujo carro chefe era uma composição que ele mesmo criou para atingir seu objetivo, cantando por toda parte...
O Bimba era muito engraçado e figura popular das mais interessantes, ricas e simpáticas que já engraçaram essas bandas.
- Quem não se lembra dele?
Num redondo dia de sol, verão a pino, carnaval chegando, um grupo ruidoso de jovens, fazendo furor, entrou pela avenida Iperoig vindo da praia da Enseada, e da então famosa "Barraca do Araca".
Renato Teixeira e seu irmão Roberto "organizavam" a deliciosa folia, de um jeep Willis velho-de-guerra, amarelo, sem capota, com gente por cima de gente e funcionando como abre-alas do grande bloco que tinha à frente o Bimba, inspirador absoluto do inusitado desfile, entrando cidade a dentro.
Buzinando, batendo lata, bumbo, zabumba, pedaço-de-pau, tocando apito e o que houvesse, o grupo reuniu muita gente em frente ao prédio da Câmara Municipal, dançando e entoando a marchinha Borrachudo, letra e música do Bimba e grande sucesso do carnaval daquele ano em Ubatuba e até hoje atualíssima.
Bimba entrou em transe, em estado de graça, de glória. Foi seu grande momento junto a todos que, solidários, fraternos, uníssonos, protestavam alegremente cantando e cantando pela bonita tarde ubatubense daquele dia:


É um absurdo, é um absurdo,
Não tem remédio prá matar o borrachudo
É um absurdo


É um absurdo, é um absurdo
Não tem remédio prá matar o borrachudo

Na casa do dotor fulano
Tem, tem de tudo
Só não tem é o remédio
Prá matar o tal do borrachudo
É um absurdo!!!Fim do texto.

FONTE :






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