O neto de Pero Lopes de Sousa, Conde de Monsanto, aproveita-se de um equívoco na demarcação territorial entre as capitanias deSanto Amaro e São Vicente e apropria-se de uma parte das terras, incluídas as vilas de Santos, São Paulo e São Vicente.
A solução encontrada pela donatária, a Condessa de Vimieiro, foi transferir a sede de sua capitania de São Vicente para Itanhaém em em 6 de fevereiro de 1624. Neste período, portanto, foram designados dois capitães-mores distintos para cada donatário, com competência territorial sobre a mesma área.
Governantes do período colonial (1553 — 1822)
- Donatários
nº | Nome | Período | Observações |
1 | Martim Afonso de Sousa | 1533 a 1571 | primeiro donatário |
2 | Pero Lopes de Sousa | 1572 a 1586 | filho do precedente |
3 | Lopo de Sousa | 1587 a 1610 | filho do precedente |
4 | Condessa de Vimieiro (Mariana de Sousa Guerra) | 1621 a 1624 | irmã do precedente |
O neto de Pero Lopes de Sousa, Conde de Monsanto, aproveita-se de um equívoco na demarcação territorial entre as capitanias deSanto Amaro e São Vicente e apropria-se de uma parte das terras, incluídas as vilas de Santos, São Paulo e São Vicente.
A solução encontrada pela donatária, a Condessa de Vimieiro, foi transferir a sede de sua capitania de São Vicente para Itanhaém em em 6 de fevereiro de 1624. Neste período, portanto, foram designados dois capitães-mores distintos para cada donatário, com competência territorial sobre a mesma área.
nº | Nome | Período | Observações |
5 | Sancho de Faro | 1645 a 1648 | filho da Condessa de Vimieiro |
6 | Diogo de Faro e Sousa | 1649 a 1653 | filho do precendente |
7 | Luís Carneiro de Sousa | 1654 a 1679 | genro de Sancho de Faro |
8 | Francisco Carneiro de Sousa | 1679 a 1708 | filho do precendente |
Francisco Carneiro de Sousa, segundo Conde da Ilha do Príncipe, reivindica todas as posses dos legítimos herdeiros de Martim Afonso de Sousa e determina ao capitão-mor Luís Lopes de Carvalho que, em seu nome, recupere a possessão de todo o território. Isto acontece em 28 de abril de 1679, quando o capitão-mor restabelece a sede da capitania na vila de São Vicente.
nº | Nome | Período | Observações |
9 | António Carneiro de Sousa | 1708 a1753 | filho do precendente |
10 | Carlos Carneiro de Sousa e Faro | 1753 | último donatário; foi indenizado por DomJosé I, rei de Portugal |
Em 1748 a Capitania de de São Paulo é administrativamente extinta por carta régia e seu território é anexado à Capitania do Rio de Janeiro. Em 1765, novamente por deliberação real, a Capitania de São Paulo é restabelecida.
Sobre o pai da Condessa de Vimieiro:
Pedro Lopes de Sousa, senhor de Alcoentre, (Lisboa, 1497 — 1539), foi um navegador e militar português. Era irmão de Martim Afonso de Sousa.
Filho de família nobre, viveu na corte a infância e juventude. Ainda jovem, tornou-se navegador. Em dezembro de 1530 partiu, com o irmão, em missão ordenada pelo rei Dom João III de Portugal para explorar terras brasileiras. Em 1532, decidiu retornar a Portugal. Na viagem de volta enfrentou e aprisionou dois navios franceses ao largo de Pernambuco. Essa aventura lhe rendeu cinqüenta léguas de terras no litoral do Brasil, oferecidas pela Coroa.
Em 1539, ocupando o posto de capitão-mor de uma esquadra de seis navios, partiu de Lisboa para a Índia. Na viagem de volta, naufragou em São Lourenço, perto de Madagascar, e o seu corpo desapareceu no mar.
O que quer dizer Donataria ou Donatario :
Donatário (a) era título que na organização colonial portuguesa é dado à pessoa a quem era concedida a donataria de um determinadoterritório, numa concepção tardo-feudal que implicava que o poder do rei era delegado nessa pessoa, que, a troco do pagamento de determinadas imposições, recebia o encargo de administrar esse território, procurando a sua colonização e o aproveitamento dos seusrecursos.
Em muitos casos as donatarias eram hereditárias, seguindo a sua transmissão, embora com algumas excepções, a lei sálica.
Dada a penosidade da vida nos territórios doados, era comum a sua divisão em capitanias, em cada uma das quais o donatário se fazia representar por um capitão do donatário, cargo a maior parte das vezes, particularmente quando as donatarias eram incorporadas na coroa, também hereditário.
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