Escrito por Eli Ane Oliveira
28 Agosto 2009
Houve um tempo em nossa cidade que as únicas luzes que “alumiavam” a nossa gente a noite era a da lua ou a do lampião a querosene. Contava meu avô que na Barra da Lagoa do Itaguá existia um mistério, a cada sete anos o rio recebia uma força desconhecida e mudava seu curso natural.
Há muitos anos atrás aonde hoje é a ponte, havia um córrego apenas, que desembocava no mar, de onde vinha esse córrego ninguém sabia ao certo, quem sabe lá de cima da serra.
Nessa época numa casinha de sapê e chão batido, morava Chico Cido, velho pescador da Vila Yperoig que sempre estava a pescar no rio.
Em uma tarde ele fisgou com seu anzol alguma coisa pesada, puxando para a margem do rio um cesto de junco cheio de ouro.
Chico Cido levou com cuidado para sua humilde casa aquele importante achado e foi logo avisando sua família que nas gerações seguintes, todos daquele sangue teriam a obrigação de cuidar de uma criança abandonada.
Mas toda pessoa beneficiada com aquele achado, não gozaria completamente dessa felicidade, pois essa herança pertencia ao rio, presente do “Gênio dos Quatro Ventos”, que profetiza assim: Se algum dia esse presente for pescado por um homem a “ Mãe do Ouro” que vive no grotão da serra viria em busca do que lhe era de direito.
E é por isso que a cada sete anos o rio muda seu curso natural. E dizem que é a ‘Mãe do Ouro” em busca da cesta de junco cheio de ouro, achada por Chico Cido velho pescador da Vila de Yperoig.
Matéria Publicada na Ubatuba em Revista Semanal #09 -
Nenhum comentário:
Postar um comentário