LITORAL VIRTUAL
Segunda-feira, 23 de julho de 2001 - Nº 338
Defesa Civil reforça interdição do local; engenheiro afirma que edifícios apresentam condições de recuperação
Ubatuba - Dois meses após o desabamento parcial do bloco A do edifício Anêmona, na praia das Toninhas, em Ubatuba, a Defesa Civil reforçou a interdição do bloco B que apresentou fissuras em um dos pilares. Anteontem o prédio perdeu reboco e está apresentando uma inclinação média de 1 milímetro por dia.
Laudo extra-oficial apresentado ontem pela Seguradora da CEF (Caixa Econômica Federal) à superintendência Escritório de Negócios do banco no Vale do Paraíba e a representantes da Construtora RPA aponta que o bloco A desabou por problemas de solo. O laudo oficial deverá ser apresentado até o final da próxima semana em Brasília.
Segundo a presidente da comissão da Defesa Civil de Ubatuba, Elizabeth Ferrari Mota, houve uma movimentação do bloco B na noite de quarta-feira e após vistoria foi comprovado que o prédio estava cedendo. Novamente a área foi interditada e houve a necessidade de fazer o escoramento dos pilares.
"Estamos aguardando o laudo oficial para que a prefeitura possa tomar uma medida com relação aos dois blocos."
Para o engenheiro Hung Poching, da Consultoria Maffei Engenharia, que está fazendo a vistoria dos apartamentos, há condições dos prédios serem recuperados. "Com exceção do primeiro andar do bloco que afundou, os outros apartamentos não apresentam nenhum tipo de problema."
Segundo ele, esse tipo de serviço pode ser executado em até seis meses. O custo para a recuperação não foi levantado.
INDENIZAÇÃO - De acordo com o superintendente da CEF, Miguel Sampaio Júnior, o laudo extra-oficial indica que o prédio não cedeu por problemas estruturais e sim pela movimentação do solo. Com isso, ficaria mais fácil a recuperação dos 24 apartamentos do bloco A.
Esse laudo também permite a indenização dos 17 proprietários dos imóveis que financiaram a compra através da CEF. Cada apartamento estava avaliado em cerca de R$ 70 mil.
O edifício Anêmona se tornou uma espécie de cartão postal de Ubatuba. É comum as pessoas pararem em frente aos blocos para fazer fotos. O arquiteto Rodrigo Matiello, 26 anos, de São Paulo, foi ontem fazer um 'estudo' do conjunto. Ele faz pós graduação no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e disse que o prédio será usado na disciplina "Patologia da Construção." (Fonte: ValeParaibano)
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